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Como entender a expressão: Igreja Santa e Pecadora? (Santa e Meretriz)?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 25 de maio de 2014 | 11:58








Diz a palavras de Deus em Mateus 18,7: “Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem...” - E vós, maridos, amais as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, a fim de purificá–la com o banho da água e santificá–la pela Palavra para apresentar a si mesmo a Igreja, gloriosa, sem mancha nem ruga, ou coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. É grande este mistério: refiro–me à relação entre Cristo e a sua Igreja” (Ef 5, 25. 32).






Quem santifica a Igreja não são os homens mas a ação paciente e amorosa de seu esposo: Jesus Cristo!






A Igreja Católica não teme expor sua verdade histórica, pois a Igreja sempre se considerou SANTA e PACADORA, ou seja, na expressão dos primeiros doutores da Igreja: SANCTA E MERETRIX. Contemplando este mistério da Igreja, São Pio X dizia: “Os reinos e os impérios desmontaram; os povos que a glória de seus nomes assim como sua civilização os havia tornado célebres, desapareceram. Viram–se nações que, atingidas pela decrepitude, se desagregaram por si mesmas. A igreja, porém, é imortal por natureza, jamais o laço que a une ao seu celeste Esposo se romperá e, em conseqüência, a velhice não pode atingi-la; ela permanece exuberante da juventude, sempre transbordante dessa força com a qual ela nasceu do coração transpassado de Cristo morto sobre a Cruz”. (Encíclica Iucunda Sane).A Santa Igreja Católica é a primeira, verdadeira, vencedora e única. A unidade da santíssima fé católica é um grande milagre e obra colossal da Igreja Latina.O seu escopo é a salvação da humanidade pelo seu Senhor, Mestre, Pastor e Salvador Jesus Cristo.A Igreja é a mestra por excelência da mais alta ciência da educação. Ela é a gloriosa mãe fecunda de todos os filhos de Deus e promotora de santificação das ovelhas do Sumo Pastor Jesus Cristo.O mundo que conhecemos sem a Igreja católica teria sido entregue a Barbárie,basta lermos um pouco da história Universal.Para Igreja vencer imperadores idólatras e imorais, exércitos bárbaros, monarquias corruptas, sistema político e filosóficos ateus e carniceiros, cismas, seitas, secularismo e relativismo são necessárias armas poderosíssimas e atualizadas. Quais são essas armas? A Sagrada Escritura, A Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério infalível. Todo fundamento da Igreja Católica está no amor da Santíssima Trindade que termina no gênero humano.





(o amor venceu o ódio)




Não há como negar que o pecado existe dentro da Igreja, dado que esta é uma realidade divino-humana; a fragilidade dos homens que, com Cristo, integram a igreja, manifesta-se através dos séculos.O Próprio Cristo fundou a Igreja sobre Pedro (Mateus 16,18) aquele que o negou três vezes.Os escritos do Novo Testamento o reconhecem, apresentando tanto a santidade da Igreja (cf. Ef 5,25s; 1Cor 1,2; 6,11...) como o pecado de seus filhos (cf. Gl 5,19-21; Rm 13,13s...). Os Padres e antigos escritores da Igreja formularam essa dupla face da Igreja em termos um tanto paradoxais. Assim S. Ambrósio (t 393): "A Igreja existe de duas maneiras: como aquela que não conhece o pecado ou como aquela que deixa de pecar" (PL 15, 1724); Ela é imaculada ex maculatis ou "imaculada, à qual pertencem os maculados" (PL 15, 1540). A expressão mais forte é a locução casta meretriz aplicada à Igreja por alguns dos Padres antigos; nenhum deles nega a santidade indefectível da Igreja derivada da sua índole sacramental ou da presença viva de Cristo, Cabeça do Corpo eclesial, mas reconhecem as falhas dos filhos da Igreja.





O Grande teólogo Hans Urs von Balthasar comenta o fato, dizendo:






"Se abstrairmos o pecado de todos os seus membros , esta não será mais Igreja. A Igreja tem seu destino nos seus membros, da mesma maneira que estes têm o deles nela. Por isto os pecados dos filhos e das filhas recaem sobre a Mãe, e por isto esta deve orar e implorar a salvação própria em seus membros".Os teólogos têm procurado penetrar e elucidar o sentido dessa realidade ambígua (SANTA E PECADORA). Não coincidem entre si exatamente ao fazê-lo, mas de modo geral concordam em dizer que a Igreja é indefectivelmente santa, mas ela tem membros pecadores; é a Igreja dos pecadores. Estes, mesmo após o pecado grave, continuam pertencendo à Igreja; por isto, esta, como Mãe, tem que reconhecer e confessar os pecados de seus filhos e tem que promover a conversão e a purificação dos mesmos. A Igreja pura e sem mancha congrega homens que podem pecar, e na realidade pecam; é o que afirma, entre outros textos recentes, a Constituição Lúmen Gentium 8, 3:"A Igreja é fortalecida pela força do Senhor ressuscitado, a fim de vencer pela paciência e pela caridade suas aflições e dificuldades tanto internas quanto externas, para poder revelar ao mundo o mistério de Cristo, embora entre sombras, porém com fidelidade, até que no fim seja manifestado em plena luz". Se a Igreja como Mãe é santa, mas tem filhos pecadores, entende-se que ela precise de renovar ou reformar periodicamente os setores em que se exerce e manifesta a fragilidade de seus membros humanos. Há coisas que devem ser questionadas na Igreja, mas não se pode pôr em questão a própria Igreja. Uma Igreja que vive se acusando e negando a si mesma, ainda que invoque como motivo o de dar glória a Deus como único Senhor, não corresponde à consciência nem à prática da Igreja no Novo Testamento. Quando a proclamação da penitência é total e generalizada, corre-se o risco de não acontecer nenhuma conversão concreta na vida eclesial e pessoal. Na Igreja há de se manter a Tradição viva e ininterrupta, revestida, porém, das expressões que a tornem compreensível aos homens das sucessivas épocas da história.



Para que as reformas de instituições da Igreja necessitadas de renovação possa ser auténtica e frutuosa, devem-se preencher quatro condições importantes:






1)  Observar o primado da caridade e dos valores pastorais sobre as belas idéias: A tentação de um pensador que tenha clara intuição do que poderia ser feito para renovar uma sociedade ou a própria Igreja, é deixar-se empolgar por tal idéia, esquecendo a caridade e a edificação do próximo, que são valores primaciais na Igreja. Aplicando-se ao trabalho, esse pretenso reformador não renova, mas divide a Igreja. Tal foi o caso de Tertuliano (+220 aproximadamente), o de Pedro Valdo e dos Valdenses, que, de maneira passional e exacerbada, pregavam novos rumos para a Igreja no século XII. No extremo oposto situam-se S. Francisco de Assis (+1226) e São Domingos de Gusmão (+1221), que, alheios ao fausto e à riqueza, souberam incentivar a santa pobreza na Igreja mediante a sua palavra caridosa e o seu teor de vida humilde e convicta.Escreve o Papa Pio XI a respeito:"Toda reforma verdadeira e duradoura partiu, em última análise, da santidade de homens inflamados e movidos pelo amor a Deus e ao próximo. Generosos, prontos para escutar os apelos de Deus e para os realizar imediatamente em si, e no entanto seguros deles mesmos, porque seguros da sua vocação, cresceram até se tornarem as luzes e os renovadores do seu tempo. Onde, pelo contrário, o zelo reformador não brotou da pureza pessoal, mas era a expressão e explosão da paixão, ele confundiu em vez de esclarecer, destruiu em vez de construir, foi mais de uma vez o ponto de partida de aberrações mais fatais que os males que esperava ou pretendia remediar" (Encíclica Mit Brennender Sorge, ASS 1937, p. 154).





2)  Permanecer na comunhão com o Todo:Para não se desviar no caminho da sua missão, o reformador tem de manter um contato vivo com toda a Igreja, na qual atua o Espírito, penhor de comunhão entre todos os membros do Corpo de Cristo. Não aceitar este princípio fundamental foi a tragédia de grandes figuras que julgaram não poder ser fiéis à verdade a não ser prendendo-se à sua própria interpretação antes que ao sentido da Igreja.




3)  A Paciência tudo espera ( I Cor 13,7: “O amor é paciente, a tudo espera e a tudo suporta, a tudo perdoa...”) - Para que as reformas tenham êxito, é necessário saber esperar, respeitar o ritmo dos acontecimentos e das pessoas, reconhecer as limitações e imperfeições. Para que as reformas tenham êxito, são necessárias humildade e flexibilidade. Há verdades que só amadurecem depois de ter sido carregadas e nutridas por alguém no decorrer de uma vida de fidelidade e de serviço. Ademais é de notar que cada pessoa tem seu ritmo próprio de abertura e compreensão; enquanto alguns estão bem definidos, outros ainda hesitam; ora é preciso que aqueles não se afastem destes, nem escandalizem os seus irmãos mais lentos, mas, ao contrário, tudo façam para caminhar com eles, ajudando-os a desabrochar genuinamente em seu modo de raciocinar. Todavia a paciência não deve ser confundida com a covardia, nem a espera com a preguiça. Assim como há impaciências excessivas, há paciências excessivas. Ambos os excessos podem ser caminho para a catástrofe. O que a Bíblia diz sobre a paciência de Deus? Ezequiel 33,11: “Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel? Deus demorou em castigar o povo desobediente de Israel para manter a honra do seu próprio nome: "Por amor do meu nome, retardarei a minha ira e por causa da minha honra me conterei para contigo, para que te não venha a exterminar" (Isaías 48,9).Se Deus tivesse praticado a justiça na hora, a primeira vez que Israel pecou, ele nunca teria cumprido a promessa de oferecer salvação para todos nós através do descendente de Abraão (Gênesis 12:3).No Novo Testamento, Paulo usa a palavra longanimidade para descrever essa demora em castigar. Ele diz em Romanos 9,22-24: "Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?" O apóstolo Pedro explicou que Deus ainda não trouxe o Juízo final porque “ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2 Pedro 3,9).A justiça aplicada sem longanimidade teria resultado na condenação de todos, até de nós! Deus temporariamente poupou um povo para salvar muitos outros.





4) Retorno a uma Tradição mais profunda, mais próxima a Igreja Primitiva (eliminando Teologias da Prosperidade, fazendo da casa de Deus um antro de ladrões, Igrejas independentes, culto ao dízimo e sucessolatria, espírito de piton e advinhação, bem como ênfases em curas e exorcismos, deixando a Caridade e a pobreza de lado) - Para que a renovação enriqueça a vida da Igreja, há de ser executada na fidelidade à Tradição, que exprime a identidade da Igreja. Todo autêntico movimento de renovação tem dois componentes essenciais: de um lado, a volta às fontes e, de outro lado, a encarnação da fé das origens nas novas situações. Fica assim excluído o modismo ou o mudar por mudar, cego, atento unicamente aos convites do momento presente, sem consideração do passado (COSPINDO NO PRATO QUE COMEU):"Pois bem, esta Igreja santa às vezes é abandonada por alguns que receberam tudo dela e que se tornaram cegos aos seus dons. Por vezes, em certos momentos como agora, zombam dela alguns que continuam a receber dela seu alimento. Um vento de crítica amarga, universal e sem inteligência chega por vezes a transtornar as cabeças e a apodrecer os corações. Um vento assolador, esterilizante, um vento destruidor, hostil ao sopro do Espírito. É então, quando contemplo o rosto humilhado de minha mãe, quando mais a amo. Sem me lançar a contra-críticas, saberei demonstrar que a amo na sua forma de escrava. E justamente na hora em que alguns ficam hipnotizados diante dos traços de um rosto apresentado como envelhecido, o amor me fará descobrir nela, com muito mais verdade, suas forças ocultas, suas atividades silenciosas, que constituem sua perene juventude, todas as grandes coisas que nascem no seu coração e que converterão a terra por contágio.”




A Igreja dos pecadores. Paradoxalmente a Igreja sem mancha nem ruga é também a Igreja dos pecadores. Isto não abala a fidelidade eclesial, pois é justamente na fragilidade dos homens da Igreja que brilha com mais esplendor a glória da graça de Deus. A fraqueza dos membros da Igreja é prova de que é Deus quem a sustenta, e não o talento das criaturas.A Igreja criticada e desprezada ( JOGA PEDRA NA GENI):Uma Igreja que deixasse de ser desprezada e humilhada, não seria mais a Igreja de Jesus Cristo condenado e crucificado; não seria mais a Igreja dos Apóstolos perseguidos e martirizados; não seria mais a Igreja da loucura da Cruz. Uma Igreja cujas estruturas "democráticas" não incomodassem mais ninguém, teria perdido sua identidade evangélica. Porém aqui vale o velho ditado: “Só se atira pedra em árvore que dar frutos...”











Uma Igreja, samaritana, depositária e servidora do Evangelho. Somente na Igreja temos acesso a Jesus; somente na Igreja permanece autêntico o Evangelho. Mesmo que muitos cristãos sejam infiéis ao Evangelho, a igreja continua anunciando o mesmo Evangelho, e transmitindo a vida de filhos de Deus aos que a procuram sinceramente."A Igreja, hoje mesmo, está-me dando Jesus. Explica-me, ensina-me a vê-lo, conserva para mim sua presença. Dizer isto é dizer tudo. Que poderia eu saber de Jesus, que vínculo haveria entre nós dois sem a intermediação Igreja? Pois como sabemos NOVO TESTAMENTO não caiu do Céu prontinho, já dividido em capítulos e versículos, com Ziper e tudo, mas tudo isto foi trabalho laborioso desta mesma Igreja que tanto Zombamos hoje .





Para encerrarmos:








A propósito, alguém conhece alguma denominação cristã que já pediu perdão “PUBLICAMENTE” pelos erros de seus pastores e filhos do passado e do presente, como fez nosso saudoso São Papa João Paulo II? Ficamos no aguardo com FATOS E DADOS  concretos, e se possível com fontes seguras...





"Louvado seja N. Sr Jesus Cristo!"






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Anônimo
15 de junho de 2022 às 17:45

Padre Pio estava certíssimo! Não é a Igreja que precisa de nós, nós é que precisamos da Igreja.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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