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Curso básico e oracional (através da Lectio Divina): "introdução às Sagradas Escrituras"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 17 de agosto de 2012 | 10:34





Por *Francisco José Barros Araújo 



Atenção! Comece a leitura das sagradas escituras pelo ANTIGO TESTAMENTO pelos livros mais fáceis e agradáveis como: os Sapienciais, depois: Os Salmos, livros históricos, os Profetas, e por último a Torá (procurando entender a "marcha ascendente e gradual da revelação"): Na leitura do NOVO TESTAMENTO: começar pelos 4 Evangelhos, depois Atos dos Apóstolos, seguido das Cartas Paulinas e apostólicas, e por último o Apocalipse de São João. Você verá que ao ler a bíblia, o Novo Testamento revela e cumpre as Profecias do Antigo Testamento, na "marcha ascendente da Revelação Divina", respeitando claro, a cultura e contexto de seu Povo escolhido para revelar-se (primeiramente aos Judeus e logo após aos Gentios, ou Pagãos,  que aderiram a mensagem de Cristo). Tanto o Antigo como Novo Testamento prefiguram quatros analogias principais:






1º)- Jesus o "Cristo" (o messias profetizado e esperado). 


2º)-A  Igreja (eclésia - assembléia - povo de Deus).


3º)-Maria Santíssima (a vírgem filha de Sião).


4º)-O projeto divino de Salvação e redenção do gênero humano.







Procure ver e descobrir quem são estas figuras relativas e comparativas no Antigo Testamento, com esses três personagens! Vamos destacar logo abaixo, a figura de Maria no plano de Salvação:





Maria a filha de Sião e sua estreita relação  com o Antigo Testamento! 


  

 




 

“Solta gritos de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, ó Israel! Alegra-te e rejubila-te de todo o teu coração, filha de Jerusalém! O Senhor revogou a sentença pronunciada contra ti, e afastou o teu inimigo. O rei de Israel, que é o Senhor, está no meio de ti; não conhecerás mais a desgraça. Naquele dia, dir-se-á em Jerusalém: Não temas, Sião! Não se enfraqueçam os teus braços! O Senhor teu Deus está no meio de ti como herói Salvador! Ele anda em transportes de alegria por causa de ti, e te renova seu amor. Ele exulta de alegria a teu respeito como num dia de festa. Suprimirei os que te feriram, tirarei a vergonha que pesa sobre ti.” Sf 3,14-18

              




Maria pode ser chamada "Filha de Sião", pois na sua pessoa chega ao auge e se concretiza a vocação da antiga Jerusalém e do inteiro povo eleito. Ela é a flor de Israel, desabrochada ao término de um longo itinerário, feito de luzes e de sombras, durante o qual Deus ia preparando Israel para acolher o Messias. Maria é uma pessoa do Novo Testamento, sim! Mas, ela nasceu e cresceu no mundo, na cultura e   na religião do seu povo hebraico. Este é o substrato, presente também nos evangelhos e em todos os escritos do Novo Testamento, quando eles falam de Maria. Se queremos conhecer Maria na Bíblia, devemos certamente nos debruçar de modo especial sobre o Novo Testamento, mas também não negligenciar o Antigo e, com ele, este substrato inegável. Encontram-se no Antigo Testamente dois textos bastante explícitos que não somente na liturgia católica, mas também na compreensão dos exegetas, e não somente dos católicos, são considerados como profecias que parecem anunciar Maria e sua missão na história da salvação. O primeiro dele é até chamado “Proto-Evangelho”.



Ainda no início da Bíblia, no 3º capítulo do livro do Gênesis, depois do pecado de Adão e Eva, Iahweh diz em sua fala à serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás a cabeça” (3.16). 




Na Bíblia de Jerusalém, em sua edição brasileira da Paulus Editora de 2002, este versículo se interpreta em nota de rodapé da seguinte forma:




Este versículo constata a hostilidade fundamental entre a serpente e a humanidade, mas deixa entrever a vitória final da humanidade; é um primeiro clarão de salvação, ou “Proto-evangelho”. A tradução grega, começando a última frase com um pronome masculino, atribui esta vitória não à linhagem da mulher em geral, mas a um dos filhos da mulher; dessa forma é estimulada a interpretação messiânica já na tradição judaica antiga, depois retomada e explicitada por muitos Padres da Igreja. Com o messias, sua mãe é implicada e a interpretação mariológica e a tradução latina ipsa conteret tornou-se tradicional na Igreja.




Outro texto, tradicionalmente relacionado a Maria, é do livro do profeta Isaías 7,14:




“Eis que a virgem concebeu e dará à luz um filho e dar-lhe-á o nome de Emanuel”




A Bíblia de Jerusalém explica:




O sinal que o rei Acaz recusou a pedir, é-lhe dado [….] por Deus. É o nascimento de um menino cujo nome, Emanuel, isto e, “Deus conosco” (cf. 8,8.10) é profético (cf. 1,26) e anuncia que Deus protegerá e abençoará Judá. A profecia do Emanuel ultrapassa sua realização imediata, e foi legitimamente que os evangelistas (Mt 1,23 citando Is 7,14; Mt 4,15-16 citando Is 8,23-9,1), depois toda a tradição cristã, nela reconheceram o anúncio do nascimento de Cristo.





O substrato mariano do AT em algumas figuras e acontecimentos que apontam para Maria:




-A primeira e talvez mais relevante figura veterotestamentária para a compreensão evangélica de Maria é, sem dúvida, Eva. Ela recebeu de Deus o dom da vida e a missão de transmiti-la, de modo que é a mãe de todos os viventes no plano natural, ao passo que Maria foi chamada a ser a mãe de Jesus e de todos que a ele pertencem, especialmente na Igreja que nasceu na cruz, sendo simbolizado este nascimento pela água e o sangue que jorraram do coração de Jesus, quando foi perfurado pela lança. Aí sobretudo, ela se tornou mãe de todos que vivem a nova vida que Jesus nos mereceu pela sua morte. Como Eva é considerada colaboradora de Deus no plano da criação, Maria o é no plano da salvação.Eva em sua desobediência oferece a Adão o fruto do pecado. Maria em sua humilde obediência de serva do Sr, oferece a humanidade o fruto da salção: Jesus!








-A segunda figura mais importante do AT, tido como typos de Maria, é Abraão, o pai da fé do antigo povo eleito. De modo paralelo a Abraão, Maria se considera a mãe da fé dos crentes do novo povo de Deus. De fato, como Abraão acreditou contra tudo que se podia considerar possível, assim também Maria, como se mostrou sobretudo quando o anjo lhe disse que ia ser a mãe do Filho de Deus.








-Como figuras de Maria no Antigo Testamento podemos considerar também as mulheres que estavam no início da vida de Moisés e preservaram a criança recém-nascida da morte: a mãe dele e a filha do Faraó. Familiares nos são dois outros personagens do AT: Judite e Ester. Judite salva o povo do perigo iminente de uma derrota fatal; Ester o salva da morte já decretada, pela sua intercessão junto ao rei. Assim as duas prefiguram Maria que preserve seu filho da morte, fugindo com ele e com José para o Egito, para protegê-lo diante de Herodes que o queria matar. Esta fuga de Maria e José com Jesus pode-se ver prefigurada também na saída do povo de Israel da escravidão do Egito, de uma situação de morte.










A cena da anunciação do nascimento de Jesus pelo anjo Gabriel evoca várias anunciações do Antigo Testamento, sobretudo a de Samuel à sua mãe Ana (1 Sm 1), mas também, a de Isaac a Sara, a esposa de Abraão (Gn 18,9-16).










Assim, apontamos no Antigo Testamento algumas pessoas e acontecimentos que foram relacionados ou que podemos ver em estreita e inegável relação com Maria, a mãe de Jesus, e com acontecimentos da vida dela.  Mas não são apenas estas ou mais algumas outras pessoas ou fatos pontuais do mundo religioso e cultural de Israel do Antigo Testamento que podem ter ou tiveram alguma relação com Maria e sua missão. Era também todo o ambiente em que ela nasceu e cresceu que formou o substrato da sua vida, escolhida para ser a mãe do Deus encarnado (conforme Lucas 1,43).

 






O Antigo Testamento (46 livros)




POR QUE O DEUS DO ANTIGO TESTAMENTO PARECE SER DIFERENTE DO DEUS DE JESUS CRISTO, NO NOVO TESTAMENTO?







Os homens da antiguidade, mesmo os mais chegados a Deus, tinham mentalidade primitiva e, praticavam o que hoje para nós seriam “escândalos morais”: mentira, fraude, crueldade para com os adversários, concubinato, poligamia, etc. "Deus respeita o lento desabrochar da natureza. Esse desabrochar da consciência humana deveria acontecer pela reflexão dos homens de todos os tempos, e pela meditação da Revelação de Deus.Assim, por esses dois meios – reflexão e Revelação – a consciência do povo de Deus foi se aperfeiçoando, desde a moralidade simples dos Patriarcas do Antigo Testamento até à lei de Cristo – a caridade. O caminho foi lento e árduo por causa das conseqüências do pecado original que enfraqueceram a inteligência e a vontade do homem.Veja a fé de Abraão, o fervor da oração de Davi, o zelo de Elias, são modelos que devemos imitar. A Igreja porém, não os coloca nos altares porque nem sempre suas atitudes servem hoje de modelo de vida. " D. Estevão Bettencourt em seu livro “Para entender o Antigo Testamento” (editora Lúmen Christi), nos ajuda a entender esta realidade: Os textos bíblicos que narram coisas desse tipo deixam chocado o leitor que não se dá conta da moral primitiva desses homens. Pode parecer que nem a consciência repreendia os israelitas que assim procediam, e que nem o próprio Deus os censurava. Antes de tudo é preciso saber que nem tudo que o Antigo Testamento narra é proposto como “norma de conduta” para nós. Nem todas as ações de um herói (como Sansão, por exemplo) de um livro inspirado por Deus, são realmente inspiradas por Deus.A Bíblia não tem erro de doutrina, tem as verdades de fé reveladas por Deus, mas,  pode sim, ter falhas de outra natureza! A Igreja, assistida pelo Espírito Santo, sabe fazer este discernimento, e é para isto que Jesus deixou o Magistério sagrado do Papa e dos Bispos. A Igreja sabe encontrar as verdades dogmáticas transmitidas mesmo através de histórias às vezes “não tão edificantes”. Os “escândalos” narrados no Antigo Testamento fazem parte da miséria dos filhos de Adão. Então, ao se defrontar com os episódios de “barbárie” das Escrituras antigas, não devemos nos prender no aspecto repugnante que eles podem ter; devemos saber observar além da aparência superficial, e olhar “para dentro desses acontecimentos” com o olhar de Deus. Assim, esses episódios nos falarão de algo muito mais sublime! Às vezes no Antigo Testamento os homens considerados justos (Abraão, Moisés, Davi,…) cometem atos considerados aos nossos atuais critérios como pecaminosos. Para entender esta dificuldade é preciso que consideremos o problema dentro de um quadro à luz de Deus, e não simplesmente do nosso ponto de vista de homens do século XXI. (Seria cair naquilo que os historiadores chamam de "Anacronismo": julgar o passado com a mentalidade do presente).





A BÍBLIA CONTEM: “VERDADES, MITOS, ERROS, OU MENTIRAS ?”

 


1º)- Pedagogicamente, o Antigo testamento nos ensina a TEMER A DEUS, e o Novo Testamento nos ensina a AMAR A DEUS! 



2º)- Julgar o passado com a mentalidade do presente chama-se: "ANACRONISMO", só pessoas ignorantes e anacrônicas procedem desta forma!







3º)-Os escritos da Bíblia não recorreram a linguagem filosófica da nossa Cultura Grega-romana ocidental para falar dessas realidades, mas, à linguagem mítica, figurada, de imagens tomadas do mundo de suas experiências cotidianas, enfim, da "cultura oriental" que é mais experiencial que intelectual (exemplo: Ecle 1,2:"Vaidades das vaidades tudo é vaidade..."O autor Judeu fez a experiência da vaidade para somente depois, a narrar). O Fundamentalista nega a possibilidade de erros na bíblia (não por parte de Deus), argumentando que quando se admite que esses existem (fazendo coro com os ATEUS) então, a bíblia não merece nossa plena confiança e deixaria de ser PALAVRA DE DEUS! É preciso lembrar que na bíblia as ações são TEÂNDRICAS (ações divino-humanas), inspirada sim por Deus, mas em parceria com o elemento humano como seu instrumento. A "NÃO VERDADE INTENCIONAL" é denominada MENTIRA. Ambos, tanto o erro como a mentira, contradizem a realidade que se pode verificar e demonstrar. Porém, o primeiro (O ERRO) é por acidente, a outra (A MENTIRA) é intencional. É importante não confundir erro com mentira, ou engano! Como veremos a bíblia contem erros acidentais, contudo não contem mentiras propositais. Por exemplo: Eu posso dizer que o Amazonas fica no Norte do Brasil a uma distância em linha reta de 31.38 km do Rio Grande do Sul.(quando na realidade é de 3.138 km).Cometi um erro acidental de digitação ao citar a distância incorreta, porém, realmente o estado do Amazonas fica ao Norte do Brasil! O nosso conceito OCIDENTAL de verdade é intelectual, o da bíblia é existencial. É com este conceito de verdade JUDAICA ORIENTAL que foram compostos os escritos da bíblia. A verdade que se trata nos escritos da bíblia, situa-se no plano da mensagem e não dos dados reais em si mesmo. Projetar nosso conceito de “verdade OCIDENTAL” nos escritos bíblicos e situá-los em um mundo conceitual e intelectual como o dos gregos, que não era o dos Judeus, é esperar deles o que não pretenderam nunca nos oferecer.







ATENÇÃO! A Igreja não nega que existem na Vulgata de São Jerônimo, alguns livros que são realmente "deuterocanônicos"! 




Durante a era da igreja primitiva, existiam muitos manuscritos que supunham ser inspirados, mas não eram! Muitos chegaram até nós, como o "Apocalipse de Pedro" e o "Evangelho de Tomé", cujas igrejas cristãs rejeitaram como não pertencendo às Escrituras. 







Durante o primeiro século, os judeus discordavam sobre a constituição do cânon das Escrituras. De fato, havia muitos "cânons" sendo usados, incluindo livros usados por cristãos. Para combater a disseminação do rito cristão, os rabinos se encontraram na cidade de Jâmnia em 90 d.C. para determinar quais os livros que continham as verdadeiras palavras de Deus.Pronunciaram-se afirmando que muitos livros, incluindo os Evangelhos, eram impróprios para serem considerados Escritura Sagrada. Este cânon também excluiu 7 livros (Baruc, Eclesiástico, livros 1 e 2 de Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, e algumas porções de capítulos do livro de Daniel e Esther) que os cristãos consideravam como parte do Antigo Testamento, pois estavam na Septuaginta.










O grupo de judeus que estavam em Jâmnia tornou-se o grupo dominante no decorrer da história judaica, e hoje muitos judeus (não todos), aceitam tal cânon!



Entretanto, alguns judeus, como os da Etiópia, seguiam um cânon diferente, e idêntico ao cânon Católico do Antigo Testamento, pois incluíam os sete livros deuterocanônicos (cf. Enciclopédia Judaica, vol 6, p. 1147). 





Não é necessário dizer que a Igreja não aderiu a decisão do "concílio regional (não universal) judaico",  feito por alguns judeus nacionalista de Jâmnia, por três Motivos:



1)- Primeiro, foi um Concílio judaico meramente regional (não universal), e de caráter mais político-nacionalista que religioso.


2)- Segundo, Jâmnia rejeitou precisamente os documentos que constituíam a base da Igreja Cristã: Todos os Evangelhos e todos os outros documentos do Novo Testamento! (nisto até os protestantes também recusam-se a aceitar!).



3)- Terceiro, rejeitando os deuterocanônicos, Jâmnia rejeitou livros que foram usados por Jesus e os apóstolos e que estavam contidos na edição da Bíblia que os apóstolos usaram no dia-a-dia, a tradução alexandrina da "Septuaginta". 









A aceitação pelos cristãos dos deuterocanônicos era lógica porque estes estavam incluídos na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento que os apóstolos tinham disponivel, e a usaram para evangelizar!


 

 

"Traga-me os rolos, especialmente os pergaminhos" (II Tim 4,13)





Com essas palavras, o apóstolo Paulo pediu a seu jovem discípulo e missionário, Timóteo, que lhe trouxesse certo material escrito. A que tipos de rolos e pergaminhos Paulo se referia? Por que fez esse pedido?





Os apóstolos singraram muitos mares em busca de almas. Paulo, sozinho, percorreu milhares de quilômetros pela Europa e Ásia, inclusive, em algumas cidades mencionadas no Pentecostes, onde se falava predominantemente, o grego (Atos 2, 1-13). Filipe, por exemplo, se dirigiu ao eunuco (Atos 8,29) quando este lia uma narrativa da Septuaginta ou LXX, a versão em grego do Velho Testamento. E não lhe falou em outra língua senão em grego!Em meados do primeiro século E.C.  quando Paulo pediu a Timóteo que lhe trouxesse os escritos, os 46 livros das Escrituras Velho Testamentária, a maioria deles provavelmente estavam em rolos separados. O professor Alan Millard observou que esses rolos eram muito caros, pela pouca disponibilidade, pois não estavam ao alcance de todos. Porém, algumas pessoas tinham acesso a pelo menos partes deles. Por exemplo, o eunuco etíope tinha um rolo das escrituras no seu carro e “lia em voz alta o profeta Isaías”. Ele era um homem de poder sob Candace, rainha dos etíopes, e estava administrando todo o tesouro dela. Com certeza era suficientemente rico para possuir partes das Escrituras (Atos 8, 27, 28). No seu pedido a Timóteo, Paulo escreveu: 



“Quando vieres, traze o manto que deixei em Trôade com Carpo, e os rolos, especialmente os pergaminhos.” (2 Tim. 4, 13) 




Isso indica que Paulo possuía uma certa quantidade de rolos. O que poderia ser mais importante na sua coleção de rolos do que a Palavra de Deus? A respeito da palavra “pergaminhos” nesse versículo, o erudito bíblico Archibald T. Robertson observou:



“Esses provavelmente eram cópias de livros do Velho Testamento, e o pergaminho era mais caro (pela durabilidade) do que o papiro.” 




Desde a juventude Paulo foi educado aos pés de Gamaliel, que era instrutor da Lei mosaica e estimado por todos. Assim, seria lógico que Paulo tivesse obtido para si cópias dos rolos da Palavra de Deus (Atos 22,3).

 

 


Dois terços das citações do Antigo Testamento no Novo são oriundos da Septuaginta - Uma quantidade considerável! 



Em nenhuma parte os apóstolos falaram aos seus discípulos ou convertidos para evitar estes sete livros ou alguma doutrina contida neles. Assim como os judeus dispersos pelo mundo usavam e usam a versão da Septuaginta, os primeiros cristãos aceitaram os livros encontrados nela.Sabiam que os apóstolos não iriam engana-los ou arriscar suas almas colocando falsas Escrituras em suas mãos - especialmente não os avisando contra isto. 




Mas, os apóstolos não colocaram os deuterocanônicos nas mãos de seus convertidos simplesmente como parte da Septuaginta!



Porém, eles regularmente citavam-nos em seus escritos! Por exemplo, Hebreus 11 nos encoraja a "imitar os heróis do Antigo Testamento! E no Antigo Testamento, alguns foram torturados, rejeitados, não querendo o seu resgate, para alcançarem algo melhor na ressurreição" (Heb 11,35). Você pode achar Elias ressuscitando o filho da viúva de Sarepeta em 1 Reis 17, e você pode achar seu sucessor Eliseu ressuscitando o filho da mulher sunamita em 2 Reis 4. Mas, uma coisa não se poderá achar - em nenhum lugar no Antigo testamento protestante, do começo ao fim, de Gênesis a Malaquias: alguém sendo torturado e rejeita o seu resgate para alcançarem algo melhor na ressurreição! Querendo achar tal fato, deve procurar no Antigo Testamento da Bíblia católica - justamente nos livros deuterocanônicos, mais precisamente, em Macabeus,  que Martinho Lutero Retirou de sua bíblia alemã! 



Esta história de fé acompanhada de torturas, é encontrada em 2 Mac 7, onde lemos que: 



"Durante a perseguição dos Macabeus, aconteceu também que, tendo sido presos sete irmãos com sua mãe, o rei os queria obrigar a comer carne de porco contra a lei...os outros irmãos exortavam-se mutuamente com sua mãe, a morrerem corajosamente, dizendo: 'O Senhor Deus vê e consola-se em nós'...Morto deste modo o primeiro, levaram o segundo ao suplício...respondendo na língua dos seus pais, disse: Não! Pelo que este também padeceu os mesmos tormentos que o primeiro. Estando já para dar o último suspiro, disse desta maneira: 'tu ó malvado, faze-nos perder a vida presente, mas Deus, o Rei do universo, nos ressuscitará para a vida eterna, a nós que morremos, por fidelidade às suas leis!" (2 Mac 7,1.5-9). 




Os filhos morreram um por um, proclamando que eles serão recompensados pela ressurreição FUTURA:





"Entretanto a mãe deles, sobremaneira admirável e digna de memória, vendo morrer os seus sete filhos em um só dia, suportou heroicamente a sua morte, pela esperança que tinha no Senhor. Cheia de nobres sentimentos, exortava, na língua dos seus pais, a cada um deles em particular, dando firmeza... Dizia-lhes: 'não sei como fostes formados em meu ventre; não fui eu quem vos deu o espírito e a vida, ou que formei os membros do vosso corpo. O criador do mundo, que formou o homem no seu nascimento e deu a origem a todas as coisas, vos tornará a dar o espírito e a vida, por sua misericórdia, em recompensa do quanto agora vos desprezais a vós mesmos, por amor das suas leis", Diz o último irmão, "Não temas este algoz, mas sê digno de teus irmãos, aceita a morte, para que eu te encontre com eles no dia da misericórdia" (2 Mac 7,20-23.29).



Os primeiros cristãos reconheciam amplamente estes 7 livros como Escrituras Sagradas! 





Não somente porque os apóstolos os colocaram em suas mãos, mas porque também se referiram a eles no próprio Novo Testamento, citando o que recordavam como exemplos a serem seguidos. 



A aceitação dos deuterocanônicos é evidente ao longo da história da Igreja. O historiador protestante J.N.D. Kelly escreve: 



"Deveria ser observado que o Antigo Testamento admitido como autoridade na Igreja era algo maior e mais compreensivo que o Antigo Testamento protestante...ela sempre incluiu, com alguns graus de reconhecimento, os chamados apócrifos ou deuterocanônicos. A razão para isso é que o Antigo Testamento que passou em primeira instância nas mãos dos cristãos era a versão grega conhecida como Septuaginta - a maioria das citações nas Escrituras encontradas no Novo Testamento são baseadas nelas preferencialmente do que a versão hebraica - nos primeiros dois séculos - a Igreja parece ter aceitado a todos, ou a maioria destes livros adicionais, como inspirados e trataram-nos sem dúvida como Escritura Sagrada. Citações de Sabedoria, por exemplo, ocorrem em 1 Clemente e Barnabé - Policarpo cita Tobias, e o Didache cita Eclesiástico. Irineu se refere a Sabedoria, a história de Susana, Bel e o dragão (livro de Daniel), e Baruc. O uso dos deuterocanônicos por Tertuliano, Hipólito, Cipriano e Clemente de Alexandria é tão freqüente que referências detalhadas são necessárias" (Doutrina Cristã Antiga, 53-54). 



O reconhecimento dos deuterocanônicos como parte da Bíblia dada pessoalmente pelos pais da igreja, também foi conferida por esses mesmos pais como uma regra, quando se encontravam nos Concílios da Igreja!Os resultados dos Concílios são especialmente úteis porque não representam a visão de uma só pessoa, mas o que fora aceito pelos líderes da Igreja de todas as regiões: Católicas e Ortodoxas (que são separados dos Católicos).



O cânon das Escrituras: Antigo e Novo Testamento, (bem antes do Concílio de Trento), foi fixado definitivamente no Concílio de Roma em 382, sob a autoridade do Papa Damaso I - E foi logo reconhecido por sucessivos Concílios, tanto regionais como universais !



-O mesmo cânon foi firmado no Concílio de Hipona em 393 e no de Cartago em 397. O fato destes Concílios não serem "ecumênicos"(ou seja, universais, como também não foi o do judeus de Jâmnia),  não rejeita o fato de suas decisões não serem aceitos como baseadas em verdade de fé. 


-Em 405 o Papa Inocêncio I reafirmou o atual cânon em uma carta ao bispo Exuperius de Toulouse.



-Outro Concílio de Cartago, este no ano de 419, reafirmou o atual cânon como os seus predecessores e pediu ao papa Bonifácio que "confirme este cânon, pois estas são as que recebemos de nossos pais para serem lidos na Igreja". Todos estes canos formavam a mesma Bíblia católica atual, todos eles incluindo os 7 livros deuterocanônicos.


-Este mesmo cânon foi implicitamente confirmado no sétimo Concílio Ecumênico, o de Nicéia II (787), que aprovou os resultados do Concílio de Cartago de 419, 


-E agora explicitamente apenas "reafirmou" nos Concílios Ecumênicos de: Florença (1442), Trento (1546), Vaticano I (1870) e Vaticano II (1965). 



A grande verdade é que os deuterocanônicos são incômodos aos protestantes, pois mostram a confirmação da doutrina da Igreja Católica, e por esta razão eles foram retirados do Antigo Testamento por Lutero e colocados a princípio como apêndice (à parte)!




Lutero também tentou retirar livros do Novo Testamento que contrariavam sua doutrina pessoal:  Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse - e os colocou como apêndices, da mesma forma que os outros. Estes foram mais tarde recolocados de volta no Novo Testamento por outros protestantes, mas os 7 livros do AT foram deixados de fora (com que autoridade? Pois a autoridade de Ligar e desligar (Mateus 16,18) não foi dada a Lutero que era apenas um Monge (nem bispo era), e sim ao sucessor legítimo de Pedro: Os Papas).










A razão porque eles foram retirados é que ensinam doutrinas católicas que os protestantes rejeitam! (vimos acima no início desta matéria, um exemplo onde a carta aos Hebreus nos mostra um exemplo do Antigo Testamento contido em 2 Mac 7, um incidente não encontrado em nenhuma Bíblia protestante, mas facilmente localizada na Bíblia católica).




Porque Lutero teria retirado o livro de Macabeus, se ele claramente serviu de fonte para aquela parte do Novo Testamento?




Simples: alguns capítulos mais adiante o livro apóia a prática da oração às almas dos mortos para que sejam purificados das conseqüências dos seus pecados (2 Mac 12,41-45); em outras palavras, a doutrina católica do purgatório.Desde que Lutero rejeitou o ensino histórico do purgatório, fundamentação das indulgências, que ele defendeu nas 95 teses, mas depois resolveu revoltar-se contra esta doutrina (que data de antes de Cristo, como mostra o livro de Macabeus), ele teve que retirar este livro da Bíblia e coloca-lo como apêndice. (Note que ele também retirou Hebreus, o livro que cita 2 Macabeus, e o colocou também como apêndice). Para justificar esta rejeição a livros que estavam na Bíblia desde tempos antes dos apóstolos (a Septuaginta foi traduzida para o grego antes do nascimento de Jesus e dos apóstolos), os primeiros protestantes recorreram ao fato de que os judeus daqueles dias não honraram tais livros, retornando assim ao Concílio regional de Jâmnia no ano 90 (d.C). Mas os reformadores estavam atentos apenas aos judeus europeus; não prestando a devida atenção aos judeus africanos, como os etíopes, que aceitavam os deuterocanônicos como parte de sua Bíblia.Eles censuraram as referências ao deuterocanônicos no Novo Testamento, assim como seu uso da Septuaginta. Ignoraram o fato de que existiam múltiplos cânnos judaicos circulando no primeiro século, apelando a um Concílio judaico pós-cristão que não possuía nenhuma autoridade para com os cristãos para se falar que "os judeus não aceitaram estes livros".Na verdade, foram longe e sem unanimidade entre os próprios Judeis, tentando buscar algo que fundamentasse a rejeição a estes livros da bíblia Septuaginta.




Reescrevendo a história da Igreja 





Anos mais tarde eles até iniciaram a propagação do mito de que a Igreja Católica "adicionou" estes sete livros à Bíblia no Concílio de Trento (que apenas reafirmou). 
Os protestantes também tentaram distorcer as evidências patrísticas em favor do deuterocanônicos. Alguns superficialmente afirmam que os Pais da Igreja não os aceitavam, enquanto outros fazem reivindicações comedidas que certos importantes pais, como Jerônimo, também não os aceitava. 
É verdade que São Jerônimo, poucos e isolados escritores, não aceitavam alguns deuterocanônicos como inspirados. Entretanto, Jerônimo fora persuadido, contra sua convicção original, a incluir os deuterocanônicos em sua edição Vulgata pelo fato de que os livros eram comumente aceitos e era esperado que fossem incluídos em todas as edições da Bíblia.Além do mais, deve ser documentado que em anos mais tarde Jerônimo de fato aceitou certos deuterocanônicos como inspirados.Em sua resposta a Rufino, ele defendeu bravamente as partes deuterocanônicas de Daniel mesmo que os judeus de seu tempo não o fizessem. 








São Jerônimo  posteriormente escreveu:





"Que pecado eu cometi se segui o julgamento da Igreja? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a formar contra a história de Susana - e a história de Bel e o dragão, que não se acham nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Eu não estava relatando minha própria visão, mas antes as questões que eles (os judeus) estavam acostumados a fazer contra nós" (Contra Rufinus 11,33 [402 d.C.]).




Desta forma Jerônimo reconheceu o princípio pelo qual o cânon foi fixado: o julgamento da Igreja (Mateus 18,18), não o dos judeus!


 

Como ler as citações na "bíblia Católica?" (na protestante é diferente)

 




Aprendemos até aqui que a Bíblia é um livro Divino e Humano (TEÂNDRICO)ou seja,  Deus é seu autor principal (INFALÍVEL) mas, é também humana, pois é fruto da ação humana (FALÍVEL). A inspiração divina incide sobre todas as faculdades do escritor: conhecimento, imaginação, memória, vontade e faculdades executivas.






A Bíblia quer ensinar uma verdade religiosa, importante para a nossa salvação. Assim, a verdade bíblica deve ser buscada na sua totalidade, porque Deus não se revela de uma só vez, mas aos poucos, à medida que o homem pode compreender.




Já constatamos que no Antigo Testamento usado pelos judeus e protestantes é diferente do nosso não somente pelo número de livros. Na Bíblia Hebraica há também diferenças na maneira de dividir os livros em grupos. 




Podemos falar, portanto, de uma divisão Hebraica (Prólogo ao Eclo 1,1.8s.24;  e uma divisão Cristã da Bíblia (Lc 24,27.44)




Em relação aos livros da Bíblia, no Antigo Testamento, a Bíblia cristã católica contém 46 livros, diferente da Bíblia cristã hebraica e protestante que contém somente 39 livros. Os sete livros a mais contidos no Antigo testamento da Bíblia cristã católica, foram escritos depois do retorno do povo do exílio da babilônia e se estabeleceram na região da Judeia. Estes livros são por nós conhecidos como Livros Deuterocanônicos e só se encontram na Bíblia católica,porque faziam parte da bíblia Septuaginta, usada por Jesus e os apóstolos. São os livros cuja São aceitos por uns judeus e protestantes, e rejeitados por outros. São Eles: Tobias, Judite, Baruc, Sabedoria, Eclesiástico, 1 e 2 Macabeus. Alguns textos de: Ester 10,4-16-24; Daniel 3,24-90; e os capítulos 13 e 14.




Vamos agora ver como são lidas as citações bíblicas e estar atentos para identificar se é de um texto de uma Bíblia Católica ou bíblia protestante?




Citações das Bíblias católicas (se não estiver assim, é uma bíblia protestante):




1º)- A vírgula separa os versículos do capítulo.



Ex.: Mt 16,18 lê-se – Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus, capítulo 16, versículo 18.


Ex.: Gn 3,1 lê-se ?...



2º)-O hifen apresenta uma sequência initerrupta de capítulos ou versículos.



Ex.: At 1-2 lê-se – Livro dos Atos dos Apóstolos, capítulos 1 e 2 (integrais).


Ex.: 15,2-5 lê-se – Livro do Êxodo, capítulo 15, versículos 2 a 5.



Exemplos para aprendizado:


-Jo 3-5 lê-se...


 -Jo 3, 1-5 lê-se...


-2Tm 2,1-6 lê-se...


-Mt 1,5-12,9 lê-se...




3º)- O ponto apresenta capítulos e/ou versículos citados isoladamente.



Ex.: 1Cr 1.3 lê-se – Primeiro Livro das Crônicas, capítulos 1 e 3.


Ex.: Is 32,1.4.6 lê-se – Livro do Profeta Isaías, capítulo 32, versículos 1, 4 e 6.


Ex.: 2Mc 3,2.5.7-9 lê-se...




4º)- O ponto e vírgula dispõe capítulos e versículos isolados, mas pertencentes ao mesmo livro.



Ex.: Jo 3,23-25; 6,1-4 lê-se – Evangelho de Jesus Cristo segundo João, capítulo 3, versículos de 23 a 25 e capítulo 6, versículos de 1 a 4.


Ex.: Gn 5,1-7;6,8; Ex 2,3 lê-se...



5º)- A leitura de um versículo e apenas o seguinte (s)



Ex.: Mc 8,27s lê-se – Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, capítulo 8, versículo 27 e 28.



6º)-Leitura de um trecho completo da narração, ou perícope (ss, ou - )



Ex.: Mc 8,27ss lê-se – Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos, capítulo 8, versículos de 27 ao 33.


1Sm16,1 – 2Sm24,25 lê-se – Primeiro Livro de Samuel, capítulo dezesseis, versículo um até o capítulo vinte e quatro, versículo vinte e cinco do segundo livro de Samuel.



7º)- Às vezes encontramos um “a” ou um “b” após o versículo




Indicam se é a primeira ou a segunda parte do versículo. Isso acontece quando o versículo é formado por uma ou mais frases.



Ex.: Mt 4 , 21a ou Mt 4, 21b – Versículo 21: Um pouco mais adiante, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago e João, filhos de Zebedeu(a). Eles estavam no barco junto com o pai, consertando as redes (b).



Com essas dicas de leitura das citações bíblicas, vamos exercitar doravante as leituras das sagradas escrituras com melhor entendimento e fervor, considerando que celebraremos, no dia 30 de setembro, a grande festa do mês da Bíblia, onde somos convidados a mergulharmos com mais intencidade nas escrituras sagradas ao longo desse mês.





ATENÇÃO! Encontrando citações diferentes destas apresentadas, pode-se referir a uma citação da Bíblia cristã protestante que utiliza sinais diferentes. Vejamos esta citação da bíblia católica: Jo 3,23-25 - Na bíblia cristã protestante se escreve assim: Jo 3:23.25 (porém, a forma de ler é a mesma).

 






I – A "TORÁ OU O PENTATÊUCO" - (5 LIVROS, OU 5 ROLOS DA LEI):










1. Gênesis (as orógens)


2. Êxodo (saída)


3. Levítico ( livro dos levitas - leis do culto)


4. Números (O livro de Números fornece informações de um censo que nos ajuda a entender o tamanho da população de Israel no começo e perto do fim de suas peregrinações no deserto).


5. Deuteronômio (significa "segunda lei, ou repetições" - a primeira foram os Dez Mandamentos).
   





II - OS LIVROS HISTÓRICOS da "septuaginta" (BELÍSSIMAS HISTÓRIAS DA AÇÃO E PEDAGOGIA DE DEUS COM SEU POVO, DESDE A SAÍDA DO EGITO ATÉ A CONQUISTA E INSTALAÇÃO NA TERRA PROMETIDA (CANAÃ), QUE NÃO FOI DADA, MAS CONQUISTADA COM O AUXÍLIO DE DEUS!





*Obs.: Fazer A Leitura destes livros ficando atento aos períodos e datas, evita-se querermos colocar Jesus na Arca de Noé, e não confundir Josué com José!):





    * 6. Josué

    * 7. Juízes

    * 8. Rute

    * 9. I Samuel

    * 10. II Samuel

    * 11. I Reis

    * 12. II Reis

    * 13. I Crônicas

    * 14. II Crônicas

    * 15. Esdras

    * 16. Neemias

    * 17. Tobias

    * 18. Judite

    * 19. Ester

    * 20. Jó

    * 21. I Macabeus

    * 22. II Macabeus
  





III -  (LER OS SALMOS  EM SEPARADO NOS INTERVALOS DOS LIVROS HISTÓRICOS - PRINCIPALMENTE, AO LER I e II Reis que Contam as Histórias de Davi (Grande parte dos Salmos são atribuídas a Davi):







*23. Salmos








V- OS LIVROS SAPIENCIAIS ( RESUMO DA SABEDORIA EXPERIMENTADA E NÃO ESPECULATIVA DO POVO JUDEU) –  começar a leitura da bíblia por eles, deixando o livro de Cântico dos Cânticos deste bloco por último:





    * 24. Provérbios

    * 25. Eclesiastes

    * 26. Cântico dos Cânticos

    * 27. Sabedoria

    * 28. Eclesiástico


  

VI - OS PROFETAS (ATENTAR PARA ATUAÇÃO DOS PROFETAS : Antes, durante, e após o segundo Cativeiro do Povo Judeu – O Tipo de profecia e exortações são diferentes) - profetas maiores (escreveram mais), profetas menores (escreveram menos):






    * 29. Isaías

    * 30. Jeremias

    * 31. Lamentações

    * 32. Baruc

    * 33. Ezequiel

    * 34. Daniel

    * 35. Oséias

    * 36. Joel

    * 37. Amós

    * 38. Abdias

    * 39. Jonas

    * 40. Miquéias

    * 41. Naum

    * 42. Habacuc

    * 43. Sofonias

    * 44. Ageu

    * 45. Zacarias

    * 46. Malaquias




Profetas pré-exílicos: (841 - 755)

 

ABDIAS 

JONAS 

JOEL  

AMÓS 

ISAÍAS  

OSÉIAS 

MIQUÉIAS

NAUM 

SOFONIAS 

HABACUQUE 





EXÍLIO BABILÔNICO (605 - 586)





1ª FASE 605 (Daniel) – durante o exílio

2ª FASE 597 (Ezequiel) – durante o exílio

3ª FASE 586 (Jeremias) – antes e durante o exílio 





Profetas pós-exílicos (520 - 435)




AGEU (520)


ZACARIAS (520)


MALAQUIAS (435)







Novo Testamento (27 livros)





I – OS QUATRO EVANGELISTAS (OS TRÊS PRIMEIROS SÃO OS CHAMADOS SINÓTICOS, OU SEJA PARECIDOS – Atenção: Marcos e Lucas não faziam parte do grupo dos 12 apóstolos).






     *47. São Mateus (Apóstolo)

    * 48. São Marcos (Discípulo)

    * 49. São Lucas (Discípulo)

    * 50. São João (Apóstolo)





II – OS ATOS DOS APÓSTOLOS APÓS A MORTE DE CRISTO - A EXPANSÃO DA IGREJA NASCENTE:





    * 51. Atos dos Apóstolos ( Escrito por São Lucas)





III – AS CARTAS comunitárias PAULINAS  (CARTAS DE SÃO PAULO ÀS PRIMEIRAS COMUNIDADES CRISTÃS - Procure saber a ordem Cronológica em que foram escritas, e o por que?):





    * 52. Romanos

    * 53. I Coríntios

    * 54. II Coríntios

    * 55. Gálatas

    * 56. Efésios

    * 57. Filipenses

    * 58. Colossenses

    * 59. I Tessalonicenses

    * 60. II Tessalonicenses






AS CARTAS PESSOAIS DE SÃO PAULO  DIRIGIDAS A PESSOAS ESPECÍFICAS: Ao Jovem Timóteo, a Tito, e Filemôn:






     * 61. I Timóteo

    * 62. II Timóteo

    * 63. Tito

    * 64. Filêmon
   



LER A CARTA AOS HEBREUS POR ÚLTIMA NESTE BLOCO(É atribuída sua autoria a um discípulo de São Paulo):







* 65. Hebreus




  

IV – CARTAS APOSTÓLICAS (comunitárias Dos apóstolos: Tiago,Pedro, João e Judas:




    * 66. São Tiago

    * 67. I São Pedro

    * 68. II São Pedro

    * 69. I São João

    * 70. II São João

    * 71. III São João

    * 72. São Judas






V- Último livro  da bíblia ( Autoria do Apóstolo João , escrito em seu Cativeiro na Ilha de Pátmos na Grécia):




73. Apocalipse (de São João apóstolo)


















Segue um roteiro básico e simples  com alguns passos iniciais para a "leitura oracional da bíblia"



1)- Antes da leitura faça o sinal da Cruz completo, e dizendo ao traçar cada sinal da Cruz na testa, boca e coração:   




“Que a palavra de Deus penetre a minha mente,que eu possa proclamá-la com minha boca e que ela converta o meu duro coração, tudo isto em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, Amém...” 





Logo após, faça a oração de invocação ao Espírito Santo de Deus: 





"Vinde Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis, e acendei neles o fogo do vosso amor, enviai Sr o vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da terra. Oremos, oh Deus que instruístes os corações dos vossos fieis com a luz  do Espírito Santo, fazei também, que apreciemos corretamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de sua consolação, por Cristo Senhor nosso.Abri meus lábios oh Senhor, e minha boca anunciará vossos louvores, vinde oh Deus meu auxílio, apressai-vos e socorrei-me sem demora. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre, Amém."






Não nos esqueçamos da promessa do próprio Cristo:





“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á.E qual o pai de entre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?Ou, também, se lhe pedir um ovo, lhe dará um escorpião?Pois se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?...” (Lucas 11,9-13)






2)-Como se pode ver na lista abaixo, a bíblia completa "SEPTUAGINTA" (INCLUEM os 7 livros que foram tirados por Lutero: I e II Macabeus,Tobias, Judite, Ester,alguns capítulos de Daniel,e o profeta Baruc), compõe-se de 73 livros, divididos em Antigo e Novo Testamento. Cada livro é didaticamente separado por capítulos (Números em negrito e maiores) e versículos (Números menores).





Ex.: Gen 1,1-15.20; 3,2-6 – Significa: Livro do Gênesis (A.T.), capítulo 1, ler dos versículos de 1 ao 15; depois só versículo 20; e depois ler Gênesis capítulo 3, dos versículos 2 até o 6.





3)- Procure ler de dois  a três capítulos por dia, aplicando o método da Léction Divina (Leitura Divina – Método de leitura milenar na Igreja desenvolvida pelos monges Cartuxos no século XII) que consiste na “ESCADA de QUATRO PASSOS”:















- PRIMEIRO PASSO: A leitura – O QUE O TEXTO DIZ ? (Leia repetidas vezes, se possível em vós alta o texto até conseguir repeti-lo de cor resumidamente e mentalmente sem ver), veja as notas de Rodapé de uma boa Bíblia, bem como as introduções aos livros que ficam antes de cada livro (Sugiro a bíblia O Peregrino,a de Jerusalém e ou, a TEB). Procure também fazer uma leitura comparativa, ou seja,para ver se ela justifica algum dogma proclamado solenemente pela Igreja.Aqui verdadeiramente você faz um ESTUDO BÍBLICO.Use as notas introdutórias tantos dos livros do antigo testamento como do Novo, para entender o contexto do escrito e as particularidades de cada autor sagrado.





- SEGUNDO PASSO: A Meditação – O QUE O TEXTO ME DIZ? (Quem são os personagens principais ? O ambiente ? O contexto ? A quem se dirige ? Por que ?) - Fique atento e tome para si se o texto trás:



a)- Uma ordem de Deus (verbo está no imperativo/mandando) - Ex.: 
Lucas 10, 36 -37: “Qual, pois, destes três te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos assaltantes? E ele disse: O que usou de misericórdia para com ele. Disse, pois, Jesus: Vai, e faze da mesma maneira!”




b)- Promessa de Deus (verbo está apontando para o futuro, que ainda vai acontecer) - Ex.: 
Mateus 13, 42: “os anjos os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes”





c)-Um princípio Eterno de Deus, ou seja, Deus revelando-se quem Ele verdadeiramente É, ou seja, Deus lhe falando PESSOALMENTE, se revelando por "aquilo que Ele É e não é" - Ex.: 
1 João 4,8: "Deus É amor!" - 1 Coríntios 13, 4-7: "A caridade (o amor) É benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade; não se ensoberbece; Não se porta com indecência; não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não se alegra com a injustiça, mas com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, tudo perdoa! A caridade jamais acabará..."




- TERCEIRO PASSO: A Oração – O QUE  DIGO AO TEXTO ? A oração segundo Santa Tereza D'Avila, é um diálogo de amizade com Deus, que é a verdade e a misericórdia em pessoa.Aqui você pode pedir o auxílio ao Espírito Santo de Deus, para que Ele fale pessoalmente a você a partir da leitura de sua palavra e  que provoque mudanças de ordem prática na sua vida.Qual sua resposta à palavra de Deus,por uma ordem, promessa, ou revelação que Ele lhe mostrou ? Peça a graça e o auxílio do Espírito santo de Deus e no uso dos Carismas para corresponder a sua santa vontade.




- QUARTO PASSO: A Contemplação – O QUE O TEXTO FAZ ? É o momento de após a leitura dos capítulos,ou versículos, deixar que eles ao longo do dia produza seus frutos.Qual sua resposta e sentimentos à aquilo que Deus lhe falou ? Anote os frutos de sua oração e faça se possível compromissos concretos: Pessoais e Comunitários que beneficiem a você e aos outros dentro da Vontade de Deus.






Tenha uma boa,frutuosa e abençoada leitura !














Bibliografia:






- Guigo II, Cartuxo, A Escada dos Monges, in Lectio divina. Ontem e hoje (Mosteiro Santa Cruz: Juiz de Fora/ MG, 1999)






*Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17




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Anônimo
11 de setembro de 2024 às 10:08

excelente! muito obrigada por sua generosidade em partilhar esse curso aqui na internet

Claudete Sampaio - MG

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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