Por: *Vítor Moura
Um grande problema do
estudo da comunicação mediúnica é testar a veracidade das mensagens. Céticos acusam de que são
fraudes ou anedotas e os espíritas não consideram necessidades de demonstrações
mais criteriosas. Sugiro um novo enfoque:
buscar em outros livros de Kardec e seus continuadores afirmações e previsões
inverificáveis na época em que foram escritas e depois se revelaram verdadeiras
ou falsas. Seria uma forma
"indireta" de testar as teses de Kardec.
REENCARNAÇÃO:
Em O Livro do Espíritos
(LE), ítem 222, afirma-se que a antigüidade da idéia da reencarnação seria um
meio de provar sua veracidade. Isto é um tipo de falácia conhecido como
"argumentum ad antiquitatem", i.e., afirmar que algo é verdadeiro só
por ser antigo ou "porque sempre foi assim".
Vejamos o que diz Kardec:
1)- “Seja, porém, como
for, o que não padece dúvida é que uma idéia não atravessa séculos e séculos,
nem consegue impor-se a inteligências de escolas, se não contiver algo de
sério. Assim, a ancianidade desta doutrina, em vez de ser uma objeção, seria
prova a seu favor.”Me parece que aqui a
palavra “prova” tem um significado mais de “indício”.Independente disso, o que
ele quis dizer é que, já que séculos se passaram e ninguém conseguiu provar que
a reencarnação é uma mentira, por nenhum meio, isso é um indício de sua
autenticidade.
2)- Em O
Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE), cap IV; aparece a idéia de que Jesus
ensinou a reencarnação ao falar com Nicodemus (Jo 3.1-2) a respeito de que era
preciso "nascer de novo".Como para este a noção de
reencarnação era estranha, perguntou com sarcasmo como era possível
"nascer uma Segunda vez".O motivo da confusão entre
os dois seria, segundo modernos exegetas, o fato de no texto original grego o
termo "de novo" ser traduzido por; "anothen", que também
pode ter o significado de " do alto".O segredo é este: Jesus
referiu-se a "do alto" e Nicodemus entendeu "de novo.Não há aqui nenhum
pleonasmo inútil. Jesus já nos considerava renascidos; do contrário, diria que
nos é necessário ‘nascer de novo’ para vermos o reino de Deus.
3)- No mesmo capítulo há a
sugestão de que João Batista era Elias, baseando-se nos versículos de Mt
11.12-15. Tudo bem, se não fosse o fato de Elias nunca ter morrido, mas
ascendido aos céus, arrebatado por um redemoinho (2 Rs 2.11). o ministério de
João era "no espírito e no poder de Elias" (Lc 1.17).A narrativa diz que Elias
e Eliseu estavam “caminhando e conversando”, quando um “carro de fogo, com
cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho”.Segundo uma opinião,
Eliseu teria visto a separação entre o corpo físico e o perispírito de Elias,
justificadas a alusão a “carros de fogo” e “subida ao céu” pela luminosidade
espiritual do profeta... Entretanto, julgamos ser pouco razoável atribuir-se a
um espírito deprimido e responsável por numerosos crimes (Elias mandou matar
vários infiéis) tamanha luminosidade, apesar de sua condição de profeta. [...]”entrou
pelo deserto caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu
para si a morte, dizendo: Já basta, ó Senhor; toma agora a minha vida, pois não
sou melhor do que meus pais.(1º Reis, XIX,4.)”
4)- A alegação de que
ressurreição é a reencarnação entendida pelos judeus do séc. I. Como eles não
criam em novo nascimento, acreditavam que no retorno ao mesmo corpo.Segundo Kardec o certo
seria crer em reencarnação, visto ser impossível reagrupar nossos átomos após o
corpo se decompor.Isto é falso, pois Paulo
pregou a ressurreição final em um "corpo glorificado", distinto do
atual e "se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa
fé..." (1 Co 15.12-55).
5)- Em Gênese (Gen), cap XV, 65, Kardec dá a
idéia de que Jesus teria dois corpos: o carnal e o fluídico.O primeiro foi sepultado e
o segundo foi o que teria aparecido para os apóstolos. Isto contradiz as
palavras do próprio ao afirmar: "Vede as minhas mãos e os meus pés, que
sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, pois um espírito não tem carne e osso,
como vedes que eu tenho" (Lc 24.39).Temos 3 explicações para
essa passagem:
1ª-Jesus não disse essa
passagem.Na Bíblia de Jerusalém, de
cuja tradução participaram católicos e protestantes, em nota de rodapé a
respeito da passagem de Lucas 24,39, lemos:“Este v. deve ser
conservado, apesar de sua omissão por bons documentos”.Isso significa dizer que
apesar de não constar dos documentos originais (bons documentos) esse versículo
foi mantido (conservado). Essa é a prova de que Jesus não teria dito isso. Esse
versículo foi introduzido posteriormente.(Colaborou para essa
resposta Paulo Neto, colaborador do site www.espirito.org.br)
2ª-Jesus realmente
disse essa passagem, mas não disse “espírito”, disse “fantasma”.Em algumas traduções, ao
invés de “espírito”, encontramos “fantasma”, dizendo mais respeito ao fenômeno
de vidência, ou seja: Jesus dizia que não era um fantasma, um espírito
desmaterializado, e sim que ele estava se apresentando materializado, tanto que
pede para que o toquem, mostrando que um fantasma não tem carne nem ossos, e
dizendo que era ele mesmo, materializado, para diferenciar da vidência
imaterial, como quando ele se apresentou intangível para Maria Madalena.
3ª- Jesus realmente
disse essa passagem do jeito como foi escrita.Vale a explicação
anterior. Jesus queria dizer que não era um espírito do jeito que normalmente
se imaginava, ou seja, intangível. Daí ele dizer que um espírito (intangível)
não tinha carne nem ossos, e que era ele mesmo (tangível). Daí pedir para que o
tocassem, para mostrar que estava num estado diferente de quando havia
aparecido a Maria Madalena.(Colaborou para essa
resposta e a anterior José Reis Chaves, colaborador do site
www.espirito.org.br)
6)- “O Sol não seria um mundo habitado por seres
corporais, mas um local de reunião de Espíritos superiores que, de lá, irradiam
seus pensamentos para outros mundos (...) Todos os sóis parecem estar numa
posição idêntica" (..)"Considerando do ponto de vista de constituição
física, o Sol seria um foco de eletricidade ".De fato, o Sol emite uma
quantidade gigantesca de cargas elétricas, que viajam no espaço através do
chamado vento solar, composto principalmente de prótons, partículas alfa,
elétrons e fótons. Neste sentido, pode-se dizer que o Sol seja um foco de
eletricidade. Agora, energias sendo irradiadas pelo Sol. Será que a Astrologia
tem razão? Por que não foi adiantado que o Sol é na verdade um plasma
superaquecido, onde poderosas reações de fusão em seu núcleo lhe dão vida. Tudo
bem que isto estava além da ciência da época, mas seria uma revelação poderosa
que daria grande crédito.
7)- Em Gen, cap VI, 25 se encontra uma
declaração escabrosa sobre a Lua, feitas pelo espírito de Galileu, através da
mediunidade de Camille Flamarion:"As condições em que se efetuou a
desagregação da Lua pouco lhe permitiram afastar-se da Terra e a constrangeram
a conservar-se perpetuamente suspensa no seu firmamento como uma figura ovóide
cujas partes mais pesadas formaram a face inferior voltada para a Terra e cujas
partes menos densas lhe constituíram o vértice se com esta palavra se designar
a face que, do lado oposta à Terra , se eleva para o céu. É o que faz que esse
astro nos apresente sempre a mesma face. Para melhor compreender-se o seu
estado geológico, pode ele ser comparado a um globo de cortiça, tendo formada
de chumbo a face voltada para a Terra.""Daí, duas naturezas
essencialmente distintas na superfície do mundo lunar: uma, sem qualquer
analogia com o nosso, porquanto lhe são desconhecidos os corpos fluídicos e
etéreos; a outra, leve, relativamente à Terra pois que todas as substâncias
menos densas se encaminharam para esse hemisfério. A primeira, perpetuamente
sem águas e sem atmosfera, a não ser, aqui e ali, nos limites desse hemisfério
subterrâneo; a outra, rica em fluidos, perpetuamente oposta ao nosso
mundo".As viagens espaciais
comprovaram que a face oculta da Lua não se difere em natureza da que fica
voltada para nós, sendo igualmente inóspita. A aparente imobilidade da Lua se
deve ao fato de sua órbita ser síncrona: rotação em torno do eixo e translação
em volta da Terra têm a mesma duração (28 dias).
8)- Do mesmo espírito, no
mesmo livro, é a afirmação de que Marte não possui satélites. Em 1877, foram
descobertas as duas luas marcianas, menos de uma década após a morte de Kardec.
9)- Em LE, cap III, 55:" São habitados
todos os globos que se movem no espaço?" [Resposta dos espíritos]:
"Sim..."
"Segundo os
espíritos, de todos os mundos que compõem o nosso sistema planetário, a Terra é
dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria
ainda baixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos..." - "Muitos espíritos,
que na terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em
Júpiter...". Quando nossas sondas se lançaram ao espaço e chegaram as
explorar de perto outros planetas, algumas até pousaram em suas superfícies
(p.e Marte e alguns asteróides), constataram ambientes hostis à vida animal.
Talvez micróbios possam sobreviver em alguma lua de Júpiter ou de Saturno e no
subsolo marciano, mas só. Alguns espíritas tentam sair desse impasse alegam que
a vida nos outros orbes do sistema de uma natureza diferente da nossa e
invisível para nós. Este pensamento acarreta um problema: tal hipótese não pode
ser comprovada ou reprovada, não há como saber se é verdadeira ou não. Para uma
doutrina que se diz ter cunho científico, essa postura de contornar os
problemas que aparecem os tornando inverificáveis é, no mínimo, equivocada.Quanto ao fato de
espíritas tentarem sair desse impasse alegando que a vida nos outros orbes é
invisível, concordo que não é essa a atitude que se deva tomar.Realmente não é
uma postura científica, mas lembro que são só alguns, não todos. O que eu quero
agora discutir aqui é o que os Espíritos Superiores disseram e a possibilidade
de vida em Marte.
10)- A ressurreição de Lázaro (Gen, cap XV, 40) seria apenas uma
letargia e o cheiro ruim, uma suposição de sua irmã, afinal já se passavam 4
dias de sua morte.Certo que certas pessoas
que aparentam estar mortas não estão (este pode ter sido o caso da filha de
Jairo, Marcos 5.24), mas esta não era a situação de Lázaro pois em Jo 11.11-14
Cristo diz claramente que ele morreu.Suas palavras: "Lázaro
adormeceu, mas vou para que o desperte". Lamentavelmente não foi
entendido. Apesar de tudo o que haviam aprendido na longa convivência com o
Mestre, e com os segredos do Reino, os discípulos não entenderam. Nem sequer
raciocinaram que ninguém dormiria dois dias seguidos sem despertar; nem que,
num sono normal, não haveria mister que o Mestre se abalasse da Galiléia à
Judéia só para despertá-lo, coisa que qualquer pessoa poderia fazer. Mas os
melhores homens têm seus momentos de obnubilação mental: aliquando,bonus
dormitat Homerus.Diante da incompreensão
absoluta dos discípulos, o Mestre vê que tinham que ser tratados como profanos.
Então fala "abertamente": "Lázaro morreu" (apéthanen, do
verbo apotnêskô, derivado de thnêskô, da mesma raiz que thánatos; essa raiz
tomou o sentido, em grego, de "morrer", embora o significado original
do sânscrito de onde provém, dhvantá, seja "coberto, velado, escuro"
- cfr. Émile Boisacq," Dictionnaire Etimologique ele la Langue
Grecque", Heidelberg, 1950, págs. 333; e Sir Monier Monier-Williams,
"A Sanskrit-English Dictionary", Oxford, 1960, pág 252).
11)- No ítem 48 do mesmo capítulo, a multiplicação dos pães é
atribuída ao fascínio "por sua palavra e talvez também pela poderosa ação
magnética que ele exercia sobre seu auditório, não sentissem a necessidade
material de comer".Uma leitura acurada de Mt
14.13-21 revela que a fome era física, que " todos comeram e se
fartaram" e que foram recolhidos doze cestos cheios de sobras.
12)- No ítem 47, ele não
fornece nenhuma explicação plausível para a transformação da água em vinho
ocorrida nas bodas de Cansá (Jo 2.1-12).Jesus "era de uma
natureza demais elevada para se deter em efeitos puramente materiais" e
que isso "o teria nivelado a um mágico" (duvido que alguém nascido em
manjedoura, sendo digno de berço de ouro, teria essa arrogância). Uma saída
também tentada foi dizer que não foi um milagre, mas um parábola como tantas
outras que Jesus relatou. O problema é que isso se trata de uma narrativa histórica,
em que aparecem, além de Jesus, sua mãe e seus discípulos; e é primeira
referência a um milagre de Jesus nesse evangelho.
13)- Poder-se-á conhecer o
tempo que dura a formação dos mundos: da Terra, porexemplo?“Nada te posso dizer a
respeito, porque só o Criador o sabe e bem louco será quem pretenda sabê-lo, ou
conhecer que número de séculos dura essa formação.”Exames radiológicos em
rochas estima a idade da Terra em 4,5 bilhões de anos. A teoria do Big Bang
estima a idade do universo entre 15 e 20 bilhões. É um traço positivista achar
limites da ciência estão dentro da experimentação direta. Comte, o criador
desta corrente filosófica,não achava que se pudesse, por exemplo, saber de que
são feitas as estrelas. Ainda no século XIX, o estudo do espectro luminoso da
luz destas, permitiu saber de que gases elas são feitas. Esta opinião é de
Kardec ou do Espírito de Verdade?
14)- RACISMO: Quero deixar
claro que nunca conheci nenhum espírita racista e desconheço qualquer atitude
preconceituosa dentro de seus centros. Entretanto, esta passagem existe! Talvez
por "Obra póstumas" ter menor importância em relação aos outros
livros, muita gente desconheça esta opinião de Kardec. Ele foi muito avançado
para seu tempo em questões como igualdade de direitos entre os sexos e
divórcio. Mesmo assim, aparenta ter defeitos próprios do ambiente em que viveu,
dentre eles uma visão eurocêntrica. É mais culpa da época que do homem. O que
realmente intriga é como espíritos mais "evoluídos" e mais à frente
que ele não o avisaram do erro de considerar os europeus referencial absoluto
de beleza e elevação.
15)- Espiritismo, Ciência e Lógica: "Caminhando
de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque se novas
descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se
modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará"
(A Gênese).O tempo passou. O século XX foi pródigo em destruir
paradigmas, a começar pela Física clássica. Da constatação de que ela não
explicava satisfatoriamente certos fenômenos surgiram dois novos campos: a
Relatividade de Einstein e a menos famosa ao grande público, mas igualmente
revolucionária, Mecânica Quântica. Os elétrons, prótons e nêutrons não podem
ser imaginados como pequenas coisas independentes do mundo restante. O mundo
quântico nada tem haver com essas coisas, que podem ser apalpadas. Apenas
permite aos cientistas relacionar diferentes observações dos átomos entre si ou
em matérias ainda menores, como procedimento para harmonizar suas observações.
O átomo se converteu num simples código para um modelo matemático, não em parte
da realidade. A Mecânica Quântica é aceita até hoje devido ao seu pleno êxito,
não por ser intuitiva e bela. Muito pelo contrário: os paradoxos que seu
sistema geraria no mundo macroscópico desafiam o senso comum e intrigaram até
seus criadores. Sua modelagem probabilística acabou com o sonho de ser prever
qualquer evento, desde que fossem dadas as condições iniciais. O acaso entrou
definitivamente na Ciência, pelo menos no microcosmo. Muita gente não gosta
disso. O próprio Einstein não gostava disso exclamou: "Deus não joga
dados". Mas parece que Ele joga, sim! Até a Matemática que se achava acima
das crises de paradigmas das demais disciplinas também teve seu choque. Os
matemáticos se empenhavam na busca de um conjunto finito de axiomas do qual se
pudesse deduzir toda a Matemática. O banho de água fria veio quando o Gödel
demonstrou que qualquer sistema lógico é incompleto. Sempre haverá sentenças em
que não se poderá decidir se elas são verdadeiras ou falsas e a inclusão de
mais axiomas apenas retarda o surgimento dessa questão. Em suma, há verdades
que nunca serão atingidas. Longe de ser desesperador isto é bom. É sinal de que
a Matemática nunca irá se esgotar. Podemos criar álgebras e geometrias tão
malucas quanto queiram nossa imaginação; só uma coisa é exigida: coerência. A
Lógica libertou-se totalmente das amarras ao mundo real.O olhar que as ciência
lançam sobre o homem também mudou. Não somos mais o produtos acabado da
evolução, não estamos à testa de uma fila indiana das espécies. Somos apenas um
ramo de uma árvore ramificada, que é constantemente podada pela tesoura da
extinção. Não somos os mais evoluídos; pois evolução não significa progresso,
mas adaptação. Uma ervinha é mais auto-suficiente que nós e toda nossa
inteligência não é garantia de vida eterna.As causas primárias e finais
voltaram. A busca por uma "teoria final" que unifique em um só campo
a Relatividade e a Mecânica Quântica prossegue. Dela se espera poder se descobrir
o que levou o Universo a ser do que jeito que é e qual o seu destino.E o
Espiritismo nestas mudanças? O fosso entre as metodologias da “ciência
espírita” e as demais “ciências” do mundo material foi progressivamente
aumentando:
Ciência
|
Espiritismo
|
Comum novas gerações de cientistas
refutarem trabalhos anteriores. Aversão à critérios de “autoridade”.
|
Medo de se distanciar da ortodoxia
kardequiana. Culto à autoridade contido no espírito da Verdade ou Kardec. Há
exceções, óbvio.
|
Obras de grandes mestres (Principia
Mathematica, Origem das Espécies, etc) ainda lidas como referência, fontes de
valor históricos e como uma forma de adentrar no raciocínio do autor. Os
estudantes, porém, usam bibliografia recente, expandida e corrigida.
|
Livros de Kardec ainda utilizados sem
alterações, mesmo no que há de errado. Notas de rodapé corrigem alguns erros
|
A lógica é usada como ferramenta
apenas. O raciocínio precisa estar corroborado evidências.
|
A lógica é utilizada como meio de
prova ou refutação de hipóteses, não havendo verificação de se a natureza
pensa igual.
|
O bom senso e a experiência usual nem
sempre são seguidos (Relatividade e Mecânica Quântica que o digam. Idem para
a “ação à distância” de Newton). Optam-se por soluções pragmáticas, ainda que
esdrúxulas.
|
O senso comum, ao lado da lógica, é
superestimado.
|
Há grande discussão em torno da
filosofia da ciência quanto à questão da melhor metodologia para o
estabelecimento de novos conhecimentos (refutabilidade, crise de paradigmas,
etc).
|
O conhecimento espírita ainda é
majoritariamente indutivo, baseado em moldes científicos do século XIX
(positivismo).
|
Teorias inverificáveis, mas belas,
são postas de lado.
|
Persiste a presença de hipóteses “ad
hoc” inverificáveis para sustentar pontos nebulosos da doutrina. (ex: vida “invisível”
em outros planetas)
|
Apropriações entre ramos da ciência
(malthusianismo no darwinismo, biologia na sociologia – darwinismo social,
eugenia) hoje são vistas com reservas.
|
Apropriações correntes são feitas sem
garantia de que são válidas (ação e reação, noções de mecânica quântica,
etc.)
|
Ciências que não têm acesso direto ao
seu objeto de estudo (astronomia, história, etc.) lançam mão da análise
indireta dos efeitos que chegam até nós. (espectro de luz, documentos
históricos).
|
Pede um lugar “especial” entre as
ciências por não ter acesso direto ao seu objeto de estudo (espíritos).
|
Orações, Meditação e estados
alterados de consciência são passíveis de estudo, mas isto não significa que
seja verdade aquilo que seus praticantes dizem.
|
Verdades podem ser extraídas de
“estados alterados de consciência”, vulga mediunidade. Contudo, nenhuma
proposta rigorosa para a separação do joio e do trigo foi apresentada.
|
Não faz afirmações morais.
Descobertas podem, inclusive, entrar em choque com a moral vigente.
|
Produz cartilhas de certo e errado.
Eufemismo são usados para se alegar que “não é bem assim...”
|
O espiritismo tem
uma quantidade maior de pressupostos, o que torna-o mais frágil.Uma prova da sobrevivência da mente ao fim do corpo apenas prova isto: a
vida após a morte; não garante nada a respeito da existência de um deus ou
regras de "ação e reação" (karma).Deuses podem muito bem continuar não existindo ou não dando a
mínima para o que fazemos e até serem imperfeitos, que a vida após a morte não
seria um contra-senso.O budismo theravada vive muito bem sem um deus. A
reencarnação pode ser um fato como muitos se esmeram em provar, mas ela tem
mesmo de ser do jeito que Kardec diz?Poderia se dar por um processo aleatório, independente de um
karma; mais de uma essência (ou alma) poderia se reunir em um mesmo ou uma
mesma essência se dividir para corpos distintos, possibilidade também aceita
por vertentes budistas; novas almas poderiam ser geradas junto com feto, sem
nenhum karma passado.Deus, reencarnação, espíritos, karma; espíritas acham que
estes conceitos forma um bloco monolítico e que a existência de um depende dos
outros, o que não é verdade.Há mais pressuposto que não foram ditos, mas apenas com estes
eu pergunto: pode o espiritismo mudar ou até excluir algum deles sem ter que
mudar de nome?Se a resposta for um estrondoso SIM, quem sabe exista ainda um modo de
mudar a atitude dos espíritas e dar-lhes mais rigor.Se a resposta possuir alguma espécie de "se", então estamos
diante de um religião ou, com boa vontade, uma filosofia, nunca uma ciência.O espiritismo possui inspiração racionalista, mas isto não basta para
fazer dele um campo de pesquisa.
Epílogo:
Vim de meio espírita, achava a teoria bela e lógica. Conforme fui amadurecendo, constatei que o suntuoso edifício do
Kardecismo apresenta, no mínimo, sérias rachaduras. O que quero é sacudir um pouco os fiéis para que respondam as
lacunas. Se eu ainda acredito em espíritos?
-Não! Eles são muito mentirosos e contraditórios...
Por: *Vítor Moura (vitormoura@hotmail.com)
Fonte: http://falhasespiritismo.6te.net/
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Caro Anônimo de evolução suspeita,
"Mensagens com palavrões e ofensas de cunho pessoal não serão mostradas e excluidas."
O aviso é claro, não mais o responderei e deixarei exposta esta sua evoluidíssima expressão espírita aos acompanhadores deste apostolado saberem seu nível.
Só voltarei a respondê-lo caso se indetifique.Com sua identificação vc adquirirá direito de resposta e serei obrigado a manter suas postagens, do contrário nada feito.
Repito para sua salvação: Hebreus 9,27: "Só se morre uma vez e logo após vem o Juizo."
Que Deus o ilumine.
Shalom !!!
Bem,alguns detalhes:
-Todo mês existem novos livros sendo Psicografados e lançados.
-Você se baseia num livro de 2000 anos. Eu num de 300
Querida, a ICAR tem MUITOS erros maiores que o espiritismo.
Matheus
www.alphasemfronteiras.com
Prezado espírita Matheus,
Seja bem vindo ao nosso apostolado, obrigado pela visita e apreciação de nossas postagens, as quais mereceram seus comentários um pouco equivocados, por desconhecimento de causa.
Não sei se por provocação está a me chamar de "querida", aguardo suas devidas correções, já que me parece ser um ser evoluido e educado, pois sou homem com H maiúsculo e orgulhosamente do sexo MASCULINO.
Com relação a matéria e erros espíritas, não fui eu que propus ou inventei, mas seu próprio fundador baseado nas revelações infalíveis dos espíritos, e de um tal " espírito da verdade. Seguem mais algumas para sua apreciação e comentários respeitosos espero:
OS ERROS CIENTÍFICOS DAS REVELAÇÕES DOS ESPÍRITOS A KARDEC:
O movimento dos astros é circular (GEN, cap. VI, p.100);
Os satélites são o resultado do "destacamento" de matéria dos planetas (GEN, cap. VI, p. 101);
Marte não possui satélites (GEN, cap. VI, p. 103);
O universo é eterno (GEN, cap. VI, p. 113);
Há vida inteligente em outros planetas (GEN, cap. VI, p. 115);
Todos os globos são habitados, inclusive as estrelas (LE, q. 55, p. 60);
Kardec afirma que Adão existiu, e no mesmo parágrafo dá razão a quem nega que ele tenha existido (LE, q. 51, p.59).
CONCLUSÃO:Por estas e outras, em paises de 1º mundo como na França, onde se originou, ninguém acredita mais em espiritismo.Só perdura em paises de 3º mundo como a América Latina e África.
"Se enxerguei além dos outros, é por que estava no ombro de gigantes" (Isaac Newton)
“Pregando a Verdade e confirmando os irmãos na verdadeira fé, com a graça de Deus construo Catedrais nas almas para que nelas possam habitar o Espírito Santo de Deus” ( Pierry de Craon).
Um abraço fraterno.
Shalom !!!
Esqueceu de falar dos inúmeros casos em que a bíblia se mostra falha, contrariada...
Prezado espírita anônimo,
A BÍBLIA CONTEM: “VERDADES, MITOS, ERROS OU MENTIRAS ?”
Já tive também estas dúvidas, mas depois do Curso de Teologia vi que:
Os atuais estudos da bíblia com as últimas descobertas arqueológicas de Quemran, usam até Carbono 14 para datar a época dos escritos e comparar com as atuais bíblias.
Posso ler em uma placa de identificação: BraZilia a 2.500 km - tem um erro ortográfico, mas está correto dependendo de onde vc está, portanto não é uma mentira.
1)-Mito costuma ser associado com falsidade, mentira, como se a única narração veraz fosse a história, e para muitos como se restrigisse à única verdade demonstrável (científica). Esse juízo obedece a idéia que não corresponde à dignidade de Deus e da Bíblia a outro tipo de narração que não seja a história.Falar desta forma seria negar que as parábolas de Cristo não contem verdades e não tem nenhum valor.
2)-O fato, no entanto, é que o mito, a parábola, a poesia o conto,a narrativa, etc, buscam expressar uma verdade. É uma maneira de dar expressão compreensível a uma realidade não sensível. Esta verdade é do tipo da poética, que não é o mesmo tipo de um relato histórico.Poesia não representa história, no entanto, tem “sua verdade”, e uma verdade freqüentemente mais profunda do que a de um relato histórico.Mitos como a “Espada de Dâmocles,do Minotauro e tantos outros” tem sua verdade, ou moral histórica.
3)-O narrador não tomaria o relato mítico com a mesma certeza histórica com que tomaria o relato da conquista de Judá por Nabucodonozor. Não é propósito do mito comunicar memória histórica de acontecimentos realmente ocorridoS(Mas a moral ou, experiência vivida), embora o narrador pudesse pensar que alguns desses eventos se deram sim (quão difícil é saber o que os outros pensavam,ou o que de fato ocorreu , e mais ainda antigamente.
4)-Julgar o passado com a mentalidade do presente chama-se: ANACRONISMO, só pessoas ignorantes e anacrônicas procedem desta forma).
Shalom !!! E obrigado pela visita.
Ora quanta insolência e desrespeito por parte dos espíritas neste blog e ainda mais referentes às Escrituras Sagradas. Só espero que o PAI Celeste tenha tolerância convosco! Imagino que Kardec tenha copiado de fato boas partes das Escrituras ditas "escritas há 2.000 anos atrás" em que confiam num escrito de 200 anos. Ora ora ora, "até eu faço um Evangelho" melhor do que o de KARDEC. Já não tenho bons relacionamentos com vocês, ue me peseguem constantemente mediante seu chefe: com mais de 30 chamados para ir num centro mesa branca de Kardec, e que esta resistência e testemunho meu seja multiplicada pois odiaria ver um bom servo do Pai Celestial adentrando os portões do Espiritismo. Negar o Diabo e utilizar o nome do Filho como bom exemplo é fácil. Há um só Mestre e um só mediador : o Ungido, filho de YHWH.
Se a reencarnação faz parte de uma evolução espiritual, porque baixam em mesa branca, tem duas opções de evolução ?
Concordo plenamente, e creio que somente a Palavra de Deus merece credibilidade, pois foi escrita sob a inspiração do Espírito Santo,Deus! Não espírito de quem morreu. Lamentavelmente, e por falta de argumentos sólidos e convincentes, , algumas pessoas(em evolução como dizem crer) apelem por baixarem o nível, e blasfemem contra o Livro Sagrado.Afirmam entretanto que Jesus é um espírito evoluído, venha a mentir, quando diz: "Santifica-os na Verdade, a Tua Palavra é a VERDADE". A Bíblia(Novo Testamento para os nossos dias da Nova Aliança) é o ABSOLUTO para o cristão verdadeiro,que teme a Deus e respeita o que Ele ensinou!!
Ambos,Espiritismo e Catolicismo rastejam em busca das verdades,da até pena,quanto obscurantismo,religião um mal necessário,empacou a evolução da terra em mínimos quinhentos anos.
Rosival, de qual Deus você tá falando, da DEIDADE(o incognoscível),JAVÉ O amoral do velho testamento,ou de ENIL,aquele que veio de fora,os deuses astronautas?!
Nasci em berço espírita ,mas quando me tornei adulto comecei a questionar alguns pontos que não achava coerentes,e pude ver que não há um mínimo de ciência atrelada ao espiritismo por várias razões, um ponto que me intriga e cria um paradoxo em relação ao tal de reencarnar para resgatar dívidas passadas é com relação aos animais.
1 porque sofrem se não tem nada a resgatar?
2 porque alguns nascem e vivem em berço de ouro enquanto outros nascem miseravelmente em lixões e são duramente castigados pela vida e pelos seres humanos?
3 possuem vida e sentem dor, além de terem uma inteligência limitada,mas não deixam de ter,tem direito ao respeito e consideração pelos humanos porém tudo que encontram durante a existência é sofrimento e tortura vindo dos homens.
Obtive muitas " respostas" dia espíritas,todas insatisfatórias e falhas que não me convenceram de modo algum,ao meu ver me pareceu que estavam tentando contornar a situação com suas próprias teorias a esse respeito. Essas entre outras coisas me fizeram libertar de seguir a risca essa doutrina,acredito em reencarnação, porém não como eles dizem. Existe algo a mais,segredos que não nos são revelados que os espíritas e todos nós desconhecemos. Como descobrir a verdade? Libertando se de doutrinas e estudando sem as limitações das religiões.
De que adianta um livro ser escrito há 300 anos atrás e só falar mentiras e besteiras e o livro de 2000 anos tem mais valor, pois fala a verdade de Deus, pois o próprio Jesus Cristo foi o Maior defensor da Bíblia!
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