O que tem a ver esse post com o filme “A.I
Inteligência artificial”? Calma, você vai já entender! Filmado em 2001 no EUA, o
mesmo partiu de um projeto do Stanley Kubrick, que faleceu deixando a direção
do longa nas mãos de Steven Spielberg o qual dispensa apresentações. O longa
começa mostrando uma realidade não muito distante dos nossos conflitos
cotidianos, mas tem um diferencial: a alta tecnologia, ou seja, humanos e robôs
convivendo juntos! Partindo daí, o filme começa a narrar
a historia de David um Protótipo de criança que foi programando para um simples
função: "amar seus pais acima de tudo". Henry um funcionário da Cyber, leva
esse protótipo para casa mesmo sem a permissão de sua esposa Mônica. Com o passar dos dias Mônica começa a ter afeições por David,
pois seus instintos maternais estavam aflorados. E tendo um único filho, o
qual estava em coma, ela não tinha a quem transmitir esse amor, com isso adota
David como seu filho, um garoto carinhoso e muito atencioso. Milagrosamente, Martin
filho biológico de Mônica, desperta do coma e volta para casa, criando uma situação
embaraçosa e armando provocações contra seu irmão robô, David, o qual era tão inocente
que não percebeu tais atos provocativos. Até que em um acidente, David quase mata seu irmão
afogado na piscina, causando uma revolta nos pais e levando-os a tomar a
decisão de abandona-lo, o que nos leva a um outro momento do filme quando a
ficção se torna drama. David não aceita ser descartado! Pois ele como um robô
programado, ama sua mãe incondicionalmente! Com um amor puro e “verdadeiro”, ele implora
para voltar para casa e simplesmente ouvir de sua mãe que ela o ama. Mas o
silencio dela é crucificador! Persistente, David não desiste, e então lhe pergunta: “E seu Eu fosse um menino de verdade, a Sra. me amaria?...” Só
que David nunca ouviu a resposta de sua mãe, pois ela entrou no carro e foi
embora ao prantos, deixando-o ali, perdido na floresta. Partindo desse ponto, o filme
toma um outro novo rumo! David entra numa busca frenética da “Fada Azul” como
aquela que saciaria sua carência de amor maternal que ele tanto buscava...Vou
fazer agora a ligação deste filme com a colaboração de um texto de meu diretor espiritual
Padre Walter, que me deu durante um de nossos encontros, o qual muito me ajudou a entender esta nossa "sede de infinito que
só podemos saciar em Deus!" (segue o texto após a imagem).
“Um jovem estudante universitário – educado no devido tempo, na fé, voltou para sua cidade durante as férias. O rapaz tinha
aprendido alguma coisa sobre Freud. Encontrou na praça o seu pároco. Os tempos
do catecismo estavam bem distantes. Depois de alguns cumprimentos, o
ex-coroinha, agora também ex-fiel, com ares altivos, lança-lhe ali a grande
descoberta: “Caro padre, não se iluda: as pessoas que
vão à sua igreja não vão por causa da fé, mas por causa da sublimação do impulso
sexual. O senhor sabia?” - O velho pároco não se descompõe. Freud, ainda
que famoso, o padre não o conhece, e também o termo “sublimação” não lhe soa
familiar (o termo “Sublimierung” foi introduzido por Freud no vocabulário
psicanalítico para nomear um processo que explica as atividades humanas sem
qualquer relação aparente com a sexualidade, mas que encontrariam o seu
elemento propulsor na força da pulsão sexual) mas, o velho padre sabe alguma
coisa da alma humana, dos seus desejos e das suas contradições. Com muita
calma, então, rebate-lhe:
“Quanto a mim, você sabe o que lhe digo?
Que quando você bate à porta de um bordel, pensa que está buscando saciar-se com a carne de
uma mulher, mas no fundo, está buscando a Deus!”
Xeque Mate? Ou Eureca? "Isso, isso, isso!" Já dizia Chaves diante de algo revelador ou esclarecedor
“Todo aquele que bebe desta água terá sede
de novo. Mas quem beber da água que Eu lhe darei, esse nunca mais terá sede!”
(João 4,13-14).
Tudo aquilo que nós bebemos deste mundo nos deixa com sede, não nos sacia! Pode ser que tenhamos uma saciedade momentânea, mas a sede volta depois! Tomamos bebidas para aliviar a sede que há dentro de nós, mas elas nos aliviam por um momento apenas. Precisamos, o tempo inteiro, reabastecer-nos dessa água, desta bebida, ou daquele alucinógeno. Quando insistimos em suprir nossa sede de infinito com algo que ilude a nossa fantasia, até parece que vai resolver a nossa sede, quando, na verdade, deixa-nos com mais sede ainda! Nossa relação com o mundo é assim também, porque nós temos sede de eternidade, sede de amor e afeto. Temos sede de Deus, mas estamos, muitas vezes, bebendo água em fonte contaminada; ou cisternas rachadas, água suja, água que não nos lava, que não nos purifica nem mata nossa verdadeira sede! Precisamos beber nas fontes puras da água da vida, e ela tem um nome, essa fonte é Jesus! É do coração d’Ele que brota a água da eternidade, que nos lava e purifica, que nos renova e restaura. É a verdadeira água que sacia nossa sede, atinge nossas carências mais profundas; a água que atinge aquela insatisfação interior que há dentro de nós e, muitas vezes, buscamos solucionar exteriormente. Com o tempo, a maturidade vai chegando, as decepções se acumulam, expectativas são frustradas, confianças são quebradas, e vamos tomando consciência que nenhuma pessoa nesse mundo, ou coisa alguma pode saciar a nossa sede de infinito a não ser Jesus, nosso Deus e nosso Tudo!
Às vezes, até idolatramos pessoas que nos levaram de certa forma até Jesus, mas depois entendemos que essas pessoas
também, não podem nos saciar, pois elas não são a fonte, não são a água pura, a
água da vida! Elas podem até ser a bica, ou a seta que nos aponta Jesus, mas apenas
isso, não podemos exigir mais que isso! Descobrir isso é libertador! Nos
perdoamos e perdoamos aqueles(as) que Deus colocou próximos a nós, e podemos também agora, entender o canto de São Tomás de Aquino:
“Ó Jesus, que nesta vida pela fé eu vejo.
Realiza, eu te suplico, este meu desejo:
Ver-te, enfim, face a face, meu divino amigo!
Lá no céu, eternamente, ser feliz contigo!”
Amém!
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