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Revelações da Virgem em La Salette: "Roma perderá a fé?" Mitos e verdades

Written By Beraká - o blog da família on quinta-feira, 22 de setembro de 2022 | 12:04


 


 


A VERDADEIRA PROFECIA RESERVADA AOS ROMANOS:

 

 

 

Romanos 16,20: “Em breve o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos pés de vocês”




Aqui surge aquela pergunta que não quer calar: Me digam como Roma esmagaria Satanás sob seus pés sem a fé em Jesus Cristo? Se Jesus disse que "Satanás não pode expulsar Satanás!" (Mc 3,23), como seria possível essa mirabolante façanha?...

 

 

Magistério da Igreja sobre a Revelação de Deus

 

 

§51 "Aprouve a Deus, em sua bondade e sabedoria, revelar-se a si mesmo e tomar conhecido o mistério de sua vontade, pelo qual os homens, por intermédio de Cristo, Verbo feito carne, no Espírito Santo, têm acesso ao Pai e se tomam participantes da natureza divina".

 

 

 

§52 Deus, que "habita uma luz inacessível" (1 Tm 6,16), quer comunicar sua própria vida divina aos homens, criados livremente por ele, para fazer deles, no seu Filho único, filhos adotivos. Ao revelar-se, Deus quer tornar os homens capazes de responder-lhe, de conhecê-lo e de amá-lo bem além do que seriam capazes por si mesmos.

 

 

 

§53 O projeto divino da Revelação realiza-se ao mesmo tempo "por ações e por palavras, intimamente ligadas entre si e que se iluminam mutuamente". Este projeto comporta uma "pedagogia divina" peculiar: Deus comunica-se gradualmente com o homem, prepara-o por etapas a acolher a Revelação sobrenatural que faz de si mesmo e que vai culminar na Pessoa e na missão do Verbo encarnado, Jesus Cristo. São Irineu de Lião fala repetidas vezes desta pedagogia divina sob a imagem da familiaridade mútua entre Deus e o homem: "O Verbo de Deus habitou no homem e fez-se Filho do homem para acostumar o homem a apreender a Deus e acostumar Deus a habitar no homem, segundo o beneplácito do Pai "

 

 

 

§54 "Criando pelo Verbo o universo e conservando-o, Deus proporciona aos homens, nas coisas criadas, um permanente testemunho de si e, além disso, no intuito de abrir o caminho de uma salvação superior, manifestou-se a si mesmo, desde os primórdios, a nossos primeiros pais." Convidou-os a uma comunhão íntima consigo mesmo, revestindo-os de uma graça e de uma justiça resplandecentes.

 

 

 

§55 Esta Revelação não foi interrompida pelo pecado de nossos primeiros pais. Deus, com efeito, "após a queda destes, com a prometida redenção, alentou-os a esperar uma salvação e velou permanentemente pelo gênero humano, a fim de dar a vida eterna a todos aqueles que, pela perseverança na prática do bem, procuram a salvação" - E quando pela desobediência perderam vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte. (...) Oferecestes muitas vezes aliança aos homens e às mulheres.

 

 

§56 Desfeita a unidade do gênero humano pelo pecado, Deus procura antes de tudo salvar a humanidade passando por cada uma de suas partes. A Aliança com Noé depois do dilúvio exprime o princípio da Economia divina para com as "nações", isto é, para com os homens agrupados "segundo seus países, cada um segundo sua língua, e segundo seus clãs" (Gn 10.5)

 

 

 

§57 Esta ordem ao mesmo tempo cósmica, social e religiosa da pluralidade das nações destina-se a limitar o orgulho de uma humanidade decaída que unânime em sua perversidade, gostaria de construir por si mesma sua unidade à maneira de Babel. Contudo, devido ao pecado, o politeísmo, assim como a idolatria da nação e de seu chefe, constitui uma contínua ameaça de perversão pagã para essa Economia provisória.

 

 

 

§58 A Aliança com Noé permanece em vigor durante todo o tempo das nações, até a proclamação universal do Evangelho. A Bíblia venera algumas grandes figuras das "nações", tais como "Abel, o justo", o rei-sacerdote Melquisedeque, figura de Cristo, ou os justos "Noé, Daniel e Jó". Assim, a Escritura exprime que grau elevado de santidade podem atingir os que vivem segundo a Aliança de Noé, na expectativa de que Cristo "congregue na unidade todos os filhos de Deus dispersos" (Jo 11,52).

 

 

 

§59 Para congregar a humanidade dispersa, Deus elegeu Abrão, chamando-o "para fora de seu país, de sua parentela e de sua casa" (Gn 12,1), para fazer dele "Abraão", isto é, "o pai de uma multidão de nações" (Gn 17,5): "Em ti serão abençoadas todas as nações da terra" (Gn 12,3).

 

 

 

§60 O povo originado de Abraão será o depositário da promessa feita aos patriarcas, o povo da eleição, chamado a preparar o congraçamento, um dia, de todos os filhos de Deus na unidade da Igreja; será a raiz sobre a qual serão enxertados os pagãos tornados crentes.

 

 

 

§62 Depois dos patriarcas, Deus formou Israel como seu povo, salvando-o da escravidão do Egito. Fez com ele a Aliança do Sinal e deu-lhe, por intermédio de Moisés, a sua Lei, para que o reconhecesse e o servisse como o único Deus vivo e verdadeiro, Pai providente e juiz justo, e para que esperasse o Salvador prometido.

 

 

 

§63 Israel é o Povo sacerdotal de Deus, aquele que "traz o Nome do Senhor" (Dt 28,10). É o povo daqueles "aos quais Deus falou em primeiro lugar", o povo dos "irmãos mais velhos" da fé de Abraão.

 

 

 

§64 Por meio dos profetas, Deus forma seu povo na esperança da salvação, na expectativa de uma Aliança nova e eterna destinada a todos os homens, e que será impressa nos corações. Os profetas anunciam uma redenção radical do Povo de Deus, a purificação de todas as suas infidelidades, uma salvação que incluirá todas as nações. Serão sobretudo os pobres e os humildes do Senhor os portadores desta esperança. As mulheres santas como Sara, Rebeca, Raquel, Míriam, Débora, Ana, Judite e Ester mantiveram viva a esperança da salvação de Israel. Delas todas, a figura mais pura é a de Maria.

 

 

 

§65 "Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos pais pelos profetas; agora, nestes dias que são os últimos, falou-nos por meio do Filho" (Hb 1,1-2). Cristo, o Filho de Deus feito homem, é a Palavra única, perfeita e insuperável do Pai. Nele o Pai disse tudo, e não há outra palavra senão esta. São João da Cruz, depois de tantos outros, exprime isto de maneira luminosa, comentando Hb 1,1-2:Porque em dar-nos, como nos deu, seu Filho, que é sua Palavra única (e outra não há), tudo nos falou de uma só vez nessa única Palavra, e nada mais tem a falar, (...) pois o que antes falava por partes aos profetas agora nos revelou inteiramente, dando-nos o Tudo que é seu Filho. Se atualmente, portanto, alguém quisesse interrogar a Deus, pedindo-lhe alguma visão ou revelação, não só cairia numa insensatez, mas ofenderia muito a Deus por não dirigir os olhares unicamente para Cristo sem querer outra coisa ou novidade alguma.

 

 

 

§66 "A Economia cristã, portanto, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo". Todavia, embora a Revelação esteja terminada, não está explicitada por completo; caberá à fé cristã captar gradualmente todo o seu alcance ao longo dos séculos.

 

 

 

 

SOBRE AS "REVELAÇÕES PRIVADAS"(APARIÇÕES):

 

 

 

§67 No decurso dos séculos houve revelações denominadas "privadas", e algumas delas têm sido reconhecidas pela autoridade da Igreja. Elas não pertencem, contudo, ao depósito da fé. A função delas não é "melhorar" ou "completar" a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a viver dela com mais plenitude em determinada época da história. Guiado pelo Magistério da Igreja, o senso dos fiéis sabe discernir e acolher o que nessas revelações constitui um apelo autêntico de Cristo ou de seus santos à Igreja. A fé cristã não pode aceitar "revelações" que pretendam ultrapassar ou corrigir a Revelação da qual Cristo é a perfeição. Este é o caso de certas religiões não-cristãs e também de certas seitas recentes que se fundamentam em tais "revelações".

 

 

Antigo e Novo Testamento como verdadeira Revelação

 

 

 

§129 Por isso os cristãos lêem o Antigo Testamento à luz de Cristo morto e ressuscitado. Esta leitura tipológica manifesta o conteúdo inesgotável do Antigo Testamento. Ela não deve levar a esquecer que este conserva seu valor próprio de Revelação, que o próprio Nosso Senhor reafirmou. De resto também o Novo Testamento exige ser lido à luz do Antigo. A catequese cristã primitiva recorre constantemente a ele. Segundo um adágio antigo, o Novo Testamento está escondido no Antigo, ao passo que o Antigo é desvendado no Novo - "Novum in Vetere latet et in Novo Vetus patet".

 

 

 

Argumentos exteriores da fé na Revelação

 

 

 

§156 O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz de nossa razão natural. Cremos "por causa da autoridade de Deus que revela e que não pode nem enganar-se nem enganar-nos". "Todavia, para que o obséquio de nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados das provas exteriores de sua Revelação. Por isso, os milagres de Cristo e dos santos, as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, sua fecundidade e estabilidade "constituem sinais certíssimos da Revelação, adaptados à inteligência de todos", "motivos de credibilidade" que mostram que o assentimento da fé não é "de modo algum um movimento cego do espírito".

 

 

 

Capacidade do homem de acolher a Revelação?

 

 

 

§35 As faculdades do homem o tomam capaz de conhecer a existência de um Deus pessoal. Mas, para que o homem possa entrar em sua intimidade, Deus quis revelar-se ao homem e dar-lhe a graça de poder acolher esta revelação na fé. Contudo, as provas da existência de Deus podem dispor à fé e ajudar a ver que a fé não se opõe à razão humana.

 

 

 

§36 "A santa Igreja, nossa mãe, sustenta e ensina que Deus, princípio e fim de todas as coisas, pode ser conhecido com certeza pela luz natural da razão humana a partir das coisas criadas". Sem esta capacidade, o homem não poderia acolher a revelação de Deus. O homem tem esta capacidade por ser criado "à imagem de Deus".

 

 

 

Não haverá outra Revelação!




§66 "A Economia cristã, portanto, como aliança nova e definitiva, jamais passará, e já não há que esperar nenhuma nova revelação pública antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo". Todavia, embora a Revelação esteja terminada, não está explicitada por completo; caberá à fé cristã captar gradualmente todo o seu alcance ao longo dos séculos.

 

 

 

“Lembrem do valor da fidelidade ao Papa!”

 

 




 



Essa foi a mensagem de Bento XVI aos novos cardeais, eleitos! Bento repetidamente manifesta sua submissão e confiança no Papa Francisco! Mas quem tem razão é o Bruninho Roberto e a Carla Sheila, que se recusam a reconhecer a sua autoridade papal e declararam a Sé vacante! Muitos desses “sedevacantistas” gostam de compartilhar nas redes sociais a seguinte frase, que supostamente faria parte (como vimos acima), da mensagem divulgada por Nossa Senhora de La Salette:

 

 

“Roma perderá a fé e se tornará sede do Anticristo”

 

 




 



Essa frase faz mesmo parte da "mensagem ORIGINAL" de La Salette? E o que poderia significar? Vamos explicar agora!

 

 

 

Muito resumidamente, a verdade é:



      A aparição de La Salette é aprovada pela Igreja? (explicaremos adiante o que isso quer dizer)

 

 

      Há duas versões aprovadas pela Igreja sobre “segredo” revelado aos videntes de La Salette – uma versão breve (a mensagem pública) e outra mais detalhada, que foi enviada ao Papa Pio IX.

 

 

      A mensagem (original) pública e a versão sobre o segredo enviada ao Papa Pio IX NÃO CONTÊM o texto “Roma perderá a fé...”

 

 

•      A versão da vidente Mélanie de 1879 foi condenada pela Igreja,  e é a única que diz que “Roma perderá a fé...”

 

 

 

Portanto, a versão do segredo de La Salette que profetiza a apostasia de Roma NÃO MERECE O CRÉDITO DOS CATÓLICOS! Isso é tudo o que precisamos saber sem muitas delongas! Agora, se você quer entender todo esse rolo em detalhes, senta que lá vem história!

 

 

 

A APARIÇÃO E A 1a VERSÃO COMPILADA DO SEGREDO

 

 

 

Em 1846, a Mãe de Jesus apareceu a dois pastores, na pequena cidade francesa de La Salette-Fallavaux. Esses videntes se chamavam: Mélanie (de 15 anos) e Maximin (de 11 anos). Mélanie e Maximin diziam que a “bela senhora”, em prantos, havia lhes contado um segredo, que eles deveriam revelar ao Papa. Não há nenhuma novidade trazida pelas revelações de La Salette. Tudo o que foi dito já havia sido previsto na Bíblia – especialmente, no Apocalipse – e nas visões sobrenaturais reveladas por diversos santos.Em 1847, a diocese local compilou os relatos dos dois videntes em um texto único sobre o “segredo” que a Virgem teria lhes contado. E então foi divulgada a "mensagem pública de La Salette", que é a versão mais breve do segredo.

 

 

 

AS VERSÕES DO SEGREDO APROVADAS POR ROMA

 

 

 

Além da “mensagem pública”, há uma outra versão do segredo: a que foi enviada ao Papa!Em 1851, os videntes permitiram que suas versões individuais do segredo fossem redigidas e enviadas a Roma, para a análise do Papa Pio IX.Mélanie e Maximin forneceram, em separado e cada um a seu modo, mais detalhes do que a “bela senhora” teria lhes revelado. Roma não divulgou esse conteúdo, que ficou guardado nos arquivos do Vaticano (tão bem guardado que se perdeu!) - Ainda em 1851, após receber o apoio do prefeito da Sagrada Congregação dos Ritos, o bispo de Grenoble publicou um documento garantindo que a aparição de La Salette “possui em si todas as características da verdade, e que os fiéis têm motivos para crê-la incontestável e certa". Por muitas décadas, os textos originais de Mélanie e Maximin (de 1851) foram considerados como perdidos. Isso gerou uma grande controvérsia, pois era impossível comparar a versão do segredo que Roma aprovou com a “versão estendida” que seria muitos anos depois publicada por Mélanie.

 

 

 

Reação de todos os que foram ao arquivo do Vaticano buscando as cartas originais dos videntes:

 

 

 

Até que, em 1999, o padre Michel Corteville descobriu as versões originais do segredo (de 1851), durante uma pesquisa nos arquivos do antigo Santo Ofício. ATENÇÃO! Nas cartas originais dos videntes que foram entregues ao Papa “NÃO há nenhuma referência à apostasia de Roma!” -  Isso pode ser verificado no livro que o padre Corteville publicou, em parceria com René Laurentin: Découverte du secret de la Salette. Portanto, a “profecia” sobre Roma perder a fé seria acrescentada por Mélanie em uma nova versão, que ela publicaria somente em 1879, já sofrendo de "desequilíbrios psicológicos" desde 1851.

 

 

 

A VERSÃO acrescida posteriormente e CONDENADA DO SEGREDO

 

 

 

Com o apoio e o imprimatur de um bispo italiano, em 1879, Mélanie publicou um panfleto com uma nova versão do segredo de La Salette, bem mais expandida, com revelações completamente novas! Desta vez, o texto traz a controversa “profecia” sobre a apostasia de Roma e diz que “a Igreja será eclipsada”. Segundo o Pe. Jean Jaouen, no livro La grâce de La Salette, depois de ingressar em um convento em 1851, Mélanie foi se tornando cada vez mais desequilibrada mentalmente. Seu comportamento se mostrava sempre mais bizarro. Mélanie começou a contar histórias fantásticas de sua infância milagrosa, dizendo que brincava com o menino Jesus e que fazia procissão religiosa com os animais. Ela teve ataques histéricos, ameaçou morder seu superior e começou a fazer profecias apocalípticas. Como uma religiosa errante, Mélanie vivia pulando de galho em galho. "Passou por várias ordens como noviça, e nenhuma aceitou que ela professasse os votos definitivos". Foi nesse cenário caótico que a versão do segredo de 1879 foi acrescida e publicada. E quais foram os frutos dessa nova versão? Em vez de edificação espiritual e aumento das virtudes entre os fieis, “espalhou o anticlericalismo”, as rixas, e incentivou o desacato aos sacerdotes!Multiplicavam-se nas comunidades católicas cenas como essa: Dona Candoca e Dona Mariquinha, católicas fervorosas, discutindo se Roma perderá ou não a fé...Roma reagiu, condenando essa versão acrescida posteriormente ao segredo, que Mélanie dizia ser a "integral". No ano seguinte à sua publicação, a Santa Sé, por meio do cardeal Caterini, proibiu que esse panfleto de 1879 continuasse a ser impresso e divulgado. Muitos católicos teimavam em desobedecer essa ordem, e a confusão só aumentava. Por isso, em 1915, o Santo Ofício publicou um decreto proibindo o estudo e a divulgação de TODAS as versões do segredo de La Salette (a não ser que o fiel tivesse a autorização de seu bispo). O Santo Ofício renovou a condenação em 1922, e o panfleto de 1879 (somente esta versão com acréscimo) entrou para no Index, em 1923. A condenação (de três papas sucessivos), pode ser acessada no site no Vaticano, em latim. Essa é uma tradução livre:

 

 

 

Acta Apostolicae Sedis (1923) ANNUS XV - VOLUMEN XV

 

 

 

Decreto

 

 

Quarta-feira, 4 de Maio de 1923

 

 

 

Na assembleia geral da Suprema Sagrada Congregação do Santo Ofício, os Eminentíssimos e Reverendíssimos senhores Cardeais, responsáveis por salvaguardar a fé e os costumes, proscreveram e condenaram o opúsculo: «A aparição da Santíssima Virgem sobre a montanha de La Salette, no sábado dia 19 de Setembro de 1845 - Simples reimpressão do texto integral publicado por Melanie, etc. Sociedade de Santo Agostinho, Paris-Roma_Bruges, 1922»; mandando, no que a isso diz respeito, que se apressem a retirar das mãos dos fiéis os exemplares do opúsculo condenado. E no mesmo dia o Santíssimo Padre, pela divina Providência Papa Pio XI, na costumada audiência dada ao Reverendíssimo Assessor do Santo Ofício, aprovou a decisão dos Eminentíssimos Cardeais que lhe foi relatada. Uma nova condenação da versão do segredo de 1879 seria publicada pelo Santo Ofício sob o pontificado de Pio XII, em 1957.Então, não devemos confundir a mensagem autêntica de Nossa Senhora de La Salette com os delírios de Mélanie.No passado, papas já foram expulsos de Roma ou se viram obrigados a fugir da cidade, governando a Igreja de outro lugar (como no tempo de Avignon). Nesse contexto, pode-se sem problemas encaixar uma profecia sobre a apostasia de Roma. Porém, se alguém entende que “Roma perderá a fé” no sentido de que a Igreja sediada em Roma ensinará alguma doutrina errada, então essa pessoa está crendo em uma heresia.A versão condenada do segredo (de 1879) não continha nenhuma heresia ou erro moral. Mas a Santa Sé a condenou pelos seus efeitos nocivos. A sentença de que “Roma perderá a fé” não é herética, dependendo da interpretação. Mas facilmente pode estimular a falta de reverência contra o clero e dar origem a teses infames contra o Papa.Comparando as duas versões do segredo de La Salette, é importante notar essa grande diferença: bem longe de sugerir qualquer desconfiança contra a Igreja de Roma (como a versão de 1879), o primeiro texto do segredo revelado por Mélanie em 1851 profetiza o triunfo do vigário de Deus, o Papa.Tamanha diferença no tom e na essência das duas versões apresentadas por Mélanie é algo, no mínimo, suspeito, não?

 

 

 

SITUAÇÃO DO SEGREDO APÓS O CV II

 

 

 

Após o Concílio Vaticano II, a Igreja aboliu proibição de os católicos acessarem e debaterem os livros do Index. Com isso, a divulgação do texto de Mélanie com a profecia de que “Roma perderá a fé” não está mais proibida. Agora, observe a esquizofrenia: os tradicionalistas costumam rejeitar tudo o que veio após o Concílio Vaticano II... Mas essa rejeição é estranhamente seletiva! Quando se trata da versão estendida do segredo relatado por Mélanie, os radtrads parecem não se importar com o fato de que o veto sobre essa “revelação” foi suspenso sob a autoridade de... um papa do CV II!? Ainda que não esteja mais em vigor a proibição de se divulgar a versão do segredo que contém a “profecia” sobre a apostasia de Roma, um pouco de estudo e de bom senso são suficientes para rejeitar a crença nesse texto.

 

 

 

REVELAÇÕES PRIVADAS NÃO INTEGRAM O DEPÓSITO DA FÉ! SABIAM DISTO?

 

 

 

E é sempre bom lembrar que revelações privadas não fazem parte do depósito da fé católica (Catecismo da Igreja, ponto 66). Nem mesmo as revelações que foram consideradas pela Igreja como livres de erro e dignas de crédito podem ser consideradas como dogmáticas.Quando a Igreja aprova a devoção a uma aparição mariana, isso quer dizer que aquela aparição é credível (digna de crédito), ou seja, é bastante provável (atenção ao "provável") que seja verdadeira.Portanto trata-se de uma autorização de culto dada pela autoridade da Igreja a uma aparição, após verificar que ela não contém erros de fé ou moral no conteúdo de sua revelação e que, muito provavelmente, aconteceu de fato.Como explicou o então cardeal Ratzinger, em seu "comentário teológico" sobre as aparições de Fátima, os católicos podem aderir às revelações privadas relacionadas às aparições aprovadas DE FORMA PRUDENTE. Pru-den-te! Entendeu, ou precisa ainda desenhar e explicar o desenho? Não há nada melhor exemplo de imprudência do que um bando de católicos histéricos e desocupados pegarem uma suposta profecia revelada por uma vidente em sua fase mais louca da vida e tentarem usar isso para desacreditar o atual papado.

 



Fonte: O Catequista




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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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