O SACRAMENTO DO “TOCO DE CIGARRO” (Leonardo Boff)
Capítulo I - Porta de entrada do edifício sacramental de boff
O homem
está no mundo. Ele “é capaz de ler a mensagem do mundo” (p. 9) através das
realidades que, em suma, são sinais de outra realidade. E assim chegamos a
Deus, a “realidade fundante de todas as coisas” (p. 10). O homem pode “fazer de
um objeto um símbolo e de uma ação um rito” (p. 11). Quando essa ação e esse objeto apontam para outra coisa maior, então
chamamos de sacramento. Para o cristianismo a matéria é sacramental. Esta chegou à sua máxima
densidade em Jesus Cristo, Sacramento Primordial do Pai. Este deixou a Igreja
que é (COMO
QUE...) sacramento universal de salvação. Ela se concretiza nas
várias situações da vida e funda a estrutura sacramental centrada especialmente
nos sete sacramentos (p. 12).
O santíssimo Sacramento da eucaristia comparado a uma simples e reles Caneca e um "toco de cigarro?" - que palhaçada!
A Igreja
sempre percebeu que tudo pode ser sinal sacramental da graça divina. Sacramentos segundo Boff, são “sinais que contém, exibem, rememoram,
visualizam e comunicam uma outra realidade diferente deles, mas presente neles”
(p. 18). A linguagem da religião e do sacramento nunca é apenas descritiva, mas
principalmente evocativa: de um passado e de um futuro vividos no presente (p.
18). O exemplo da caneca que traz Boff, evoca muito bem isso. Quem olha de fora
com um olhar científico não enxerga o mesmo de quem olha de dentro com um
olhar sacramental. Nesse
sentido, o toco de cigarro do pai lembra ao autor, o pai que viveu e vive
com ele em sua memória. Ele remota à fé, que “ilumina e exorciza o absurdo da morte” (p. 22). Quando mais profundamente o homem se relaciona com
o mundo e com as coisas do seu mundo, mas encontra a sacramentalidade (p.23).
O QUE NOS ENSINA O SAGRADO MAGISTÉRIO SOBRE SACRAMENTO?
O termo “sacramentum”, originariamente, significava o juramento militar prestado pelos legionários romanos. Um jovem, por exemplo, para se tornar um soldado romano deveria fazer uma espécie de juramento militar, ou seja, um ritual de entrada ou de iniciação numa nova forma de vida, um compromisso sem reserva, um serviço fiel até o risco de morte. Portanto, ao fazer esse “sacramentum”, ou esse “juramento”, o soldado ligava-se ao seu superior com o dever de obediência irrestrita às suas ordens. Podemos, então, concluir que o sacramento possui, ao mesmo tempo, um aspecto jurídico (juramento ou um contrato) e um aspecto sagrado (esse juramento era sagrado).Agora, nós já podemos entender melhor a definição dessa palavra. A palavra latina “sacramentum” significa, etimologicamente, algo que santifica (res sacrans) e equivale ao vocábulo grego “mysterion”, ou seja, coisa sagrada, oculta ou secreta. Portanto, “sacramento” foi a palavra escolhida em latim eclesiástico para traduzir “mysterion”.
O Catecismo da Igreja Católica, no número 1131, oferece-nos a seguinte definição:
"Os sacramentos são sinais eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, pelos quais nos é dada a vida divina".
A noção de sacramento inclui os seguintes elementos:
É uma “coisa sensível”, isto é, algo que o homem é capaz de perceber pelos sentidos corpóreos (água no batismo, o pão e o vinho na Eucaristia etc.).Essa coisa sensível é, por outro lado, “sinal de outra realidade (a ‘vida divina’ ou ‘graça’).Foi instituído por Jesus durante a sua vida terrena. Está ligado de maneira inseparável à Igreja. Possui uma eficácia sobrenatural para produzir a graça na alma de quem recebe! Tudo isso o toco de cigarro e a caneca do pai de Boff é impossível de nos conceder!
Desde que Jesus instituiu a Sagrada Eucaristia na Santa Ceia, a Igreja nunca cessou de celebrá-la, crendo firmemente na presença do Senhor na hóstia consagrada pelo sacerdote legitimamente ordenado pela Igreja e sem impedimentos legais após sua ordenação. Nunca a Igreja duvidou da presença real do Corpo, Sangue, Alma e Divindade do Senhor na Eucaristia. Desde os primeiros séculos, os padres da Igreja ensinaram essa grande verdade recebida dos apóstolos. Na Última Ceia, Jesus foi muito claro: “Isto "É" (verbo SER) o meu corpo”. “Isto é o meu sangue” (Mt 26,26-28). Ele não falou de símbolo, ou de sinal nem de lembrança neste momento. Apenas ao final de tudo, pediu para fazer memória de todo aquele cerimonial. Portanto, "a MISSA como um todo é memorial, mas a presença é REAL". São Paulo atesta a presença do Senhor na Eucaristia quando afirma: “O cálice de bênção, que bebemos, não é a comunhão do Sangue de Cristo? E o pão que partimos, não é a comunhão do Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16). Não há como interpretar de modo diferente essas palavras, senão admitindo a presença real e maravilhosa do Senhor na hóstia sagrada. Lamentavelmente, a Cruz e a Eucaristia foram e continuam a ser “pedra de tropeço” para os que não creem, mas Jesus exigiu até o fim esta fé. Aos próprios apóstolos ele disse: “Também vós quereis ir embora?” (Jo 6,67). Ao que Pedro responde na fé, não pela inteligência: “Senhor, a quem iremos, só Tu tens palavras de vida eterna“(68). Nunca Jesus exigiu tanto a fé dos apóstolos como neste momento. E se exigiu tanto, sem dar maiores esclarecimentos como sempre fazia, é porque os discípulos tinham entendido muito bem do que se tratava, bem como o povo que o deixou dizendo: “Estas palavras são insuportáveis? Quem as pode escutar?” (Jo 6,60). Para cada um de nós também a Eucaristia será sempre uma prova de fogo para a nossa fé, mas, crendo na palavra do Senhor e no ensinamento da Igreja, seremos felizes. Quando Lutero pôs em dúvida a presença real e permanente do Senhor na Eucaristia, o Concílio de Trento (1545-1563) assim se expressou: “Porque Cristo, nosso Redentor, disse que o que Ele oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente o seu Corpo, sempre na Igreja se teve esta convicção que o sagrado Concílio de novo declara: pela consagração do pão e do vinho opera-se a conversão de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo nosso Senhor, e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; e esta mudança, a Igreja católica chama-lhe com justeza e exatidão, transubstanciação” (DS, 1642; CIC n.1376). Acima de tudo, é preciso recordar que a Igreja recebeu do Senhor o carisma da infalibilidade em termos de fé e moral, a fim de não permitir que os seus filhos sejam enganados no caminho da salvação (cf. Jo 14,15.25; 16,12-13). Portanto, o que a Igreja garante, há vinte séculos, jamais podemos duvidar, sob pena de estarmos duvidando do próprio Jesus. Para auxiliar a nossa fraqueza, Deus permitiu que muitos milagres eucarísticos acontecessem entre nós: Lanciano (sec VIII), Ferrara (1171), Orvieto (1264), Offida (1273), Sena (1330 e 1730),Turim (1453), etc., que atestam, ainda hoje, o Corpo vivo do Senhor na Eucaristia, comprovado pela própria ciência. Há tempos, foi traçado na Europa um “mapa eucarístico”, que registra o local e a data de mais de 130 milagres, metade deles ocorridos na Itália.Não conseguir acreditar plenamente neste mistério da fé é um direito seu, agora como católico, isso não lhe dar o direito de suas dúvidas virem querer propor ao conjunto da Igreja a relativização ou diminuição deste mistério com comparações espúrias e esdrúxulas.
Recordemos também, a ilustração do pão que uma mãe faz para os filhos na
história contada por Boff
Esse pão é “diferente porque recorda
e traz presente por si mesmo (in-manência) e através de si mesmo
(trans-parência) algo que vai além de si mesmo (trans-cendência)” (p. 29). E
essa é a dimensão sacramental daquele gesto que a mãe zelosamente repete. Esse
gesto depende também de quem observa. Isso pode ser alargado ao mundo. No capítulo II, Boff fala da caneca. Aquele utensílio doméstico que nos
remete a épocas tão antigas, e a diversas situações com ela vividas. Diz que a
caneca vista de fora, com os óculos do cientista, é tão-somente um objeto de
louça ou de ferro, porém, com os olhos da fé sacramental, a mesma caneca
adquire uma importância inefável: "A
caneca fala da história da família que ela sempre acompanhou, na vida e na
morte. Ela foi entrando cada vez mais na família. No final era um filho a mais
cercado de carinho. E hoje está lá ainda a falar e a relembrar na fidelidade e
na humanidade de servir a água que agora ficou doce, fresca e boa por causa da
caneca...Essa é a visão interior da caneca. Foi o relacionamento havido com ela
que a fez ser um sacramento familiar." (p. 19). No capítulo III, o autor discorre sobre o sacramento do toco de cigarro.
Nos soa estranho, banal e reducionista referir-se a tão grande mistério dessa
forma, comparando a Eucaristia, o Sacramento por excelência a um simples toco
de cigarro. Principalmente hoje em dia, onde temos campanha contra o fumo,
despersuadindo os tabagistas de continuarem no vício que já ceifou tantas
vidas, talvez até de alguém bem próximo(a) a nós. Nesta parte do livro, Boff
narra uma experiência pessoal, para fazer essa analogia: "Era
o dia 11 de agosto de 1965. Munique, na Alemanha. Lembro-me bem: lá fora as
casas aplaudiam o sol vigoroso do verão europeu; flores multicores explodiam
nos parques e acenavam ridentes das janelas. São duas horas da tarde. O
carteiro me traz a primeira carta da pátria. Ela vem carregada de saudade
deixada pelo caminho percorrido. Sofregamente abro-a. Todos de casa escreveram.
Parece quase um jornal. Paira um mistério: "Já deves estar em Munique quando leres estas
linhas. Iguais a todas as outras, esta carta, embora diferente das demais, te
traz uma bela mensagem, uma notícia que, vista sob o ângulo da fé, é deveras
alvissareira. Deus exigiu de nós, há poucos dias, um tributo de amor, de fé e
de penhorado agradecimento. Ele
desceu no seio da nossa família. Olhou-nos um a um e escolheu para si o mais
perfeito, o mais santo, o mais maduro, o melhor de todos, o mais próximo d'Ele,
o nosso querido papai. Querido, Deus não o tirou de nós, mas deixou-o mais ainda entre nós.
Deus não levou papai só para si, mas deixou-o mais ainda para nós. Ele não
arrancou papai da alegria de nossas férias, mas plantou-o mais fundo na memória de todos nós. Deus
não furtou papai da nossa presença, mas deu-o mais presente. Ele não o levou,
mas o deixou. Papai não partiu, mas chegou. Papai não foi, mas veio para que papai fosse mais pai ainda, para que
papai estivesse presente hoje e sempre, aqui no Brasil com todos nós, contigo
na Alemanha, com o Ruy e o Clodovis em Lovaina e com o Waldemar nos Estados
Unidos." (p. 22, negritos meus).
Realmente, é um lindo e comovente relato! No dia seguinte, Boff examina melhor o envelope da missiva e observa a presença de um toco de cigarro...
"Fora o
último que havia fumado, momentos antes de um enfarte do miocárdio o haver
libertado definitivamente desta cansada existência." (p. 22). E Boff define sacramento: "Toda vez que uma realidade do mundo, sem
deixar o mundo, evoca uma outra realidade diferente dela, ela assume uma função
sacramental. Deixa de ser coisa para se tornar um sinal ou um símbolo. Todo sinal é sinal de alguma coisa ou de algum
valor para alguém. Como
coisa pode ser absolutamente irrelevante. Como sinal pode ganhar uma valoração
inestimável e preciosa. Tal o toco de cigarro de palha que, como coisa, é lançado ao lixo.
Como símbolo é guardado qual tesouro inapreciável." (p. 23).
CRÍTICAS “à TEOLOGIA SACRAMENTAL DO TOCO DE CIGARRO”
DE LEONARDO BOFF:
Essencial
é, assim compreender qual é o sentido que o teólogo Boff empresta a este termo
análogo, a partir de sua obra: Igreja Carisma e Poder: "A
Igreja é aquela parte do mundo que, na força do Espírito, acolheu o Reino de
forma explícita na pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado (e por que não dizer Deus encarnado?), guarda a permanente
memória e a consciência do Reino, celebra sua presença no mundo e
em si mesma detém a gramática do seu anúncio, a serviço do mundo" (p.16).
A definição é longa! e precisa de explicação! O mundo é, para Boff:
"O lugar da realização histórica
do Reino" (idem). E o Reino -
"que engloba mundo e Igreja" - "é o fim bom da totalidade da
criação em Deus finalmente liberta totalmente de toda imperfeição e penetrada
pelo Divino que a realiza absolutamente" (idem).Assim, o Reino - tão estranhamente formulado particularmente por Boff - se realiza no mundo e a Igreja é mediadora dele - mas não exclusiva
mediadora (pp.84 e 139) - mas um de seus sinais, segundo Boff, não o único
sinal.
Boff abandona, desta forma, dois conceitos fundamentais do catolicismo!
1)-Um,
expresso diretamente por Nosso Senhor Jesus Cristo ao dizer: "Meu Reino não é deste mundo".
2)-E
outro, decorrente do "quem
crer e for batizado será salvo, quem não crer será condenado". (Mc 16,16),complementado por: "quem vos ouve a mim ouve " (Lc 10,16), e
sintetizado na fórmula "extra Ecclesiam nulla salus".
O que Boff prega, é pois uma outra igreja que conduz a um Reino meramente terreno, sem transcendência alguma!
Uma igreja
que é cósmica, igualitária e pneumática. Diz Boff: "Se
porém o Cristo pneumático
(ressuscitado) não conhece mais limitações e limites estanques
então Seu corpo que é a Igreja não pode também se encapsular dentro dos limites
de sua dogmática, de sua liturgia e de seu direito canônico. A
Igreja possui as mesmas dimensões do Cristo ressuscitado. E essas dimensões são
cósmicas. Suas funções e mistérios, suas estruturas e serviços que existem e
devem existir, devem contudo manter-se sempre abertos ao Espírito que sopra
onde quer e que é uma permanente força dinâmica no mundo. Todos os homens
agraciados e que estão com o Espírito Santo deveriam por isso mesmo sentir-se
membros da Igreja e encontrar um lugar para si dentro de suas estruturas
visíveis. Ninguém está fora da Igreja, porque não existe mais um
"fora", porque ninguém está fora da realidade de Deus e do Cristo
ressuscitado. O homem pode contudo
negar-se à cobertura; pode subjetivamente recursar-se a aceitar semelhante
realidade. Mas nem por isso ele deixará de estar dentro" (p.232).
Boff deseja uma Igreja sem definições dogmáticas, litúrgicas ou
canônicas – Uma Igreja “Casa-da-mãe-Joana!”
Não é de
estranhar assim que Boff considere "importante" a afirmação de T.
Bruneau: "A desintegração institucional é, a
meu ver, a condição “sine qua non” da participação do leigo na Igreja do
Brasil". É, aliás, sobre a Igreja
enquanto instituição que ele descarrega o mais pesado de suas críticas,
acusando-a de ser não acidental, mas essencialmente, uma violadora dos direitos
humanos (pp.58 e ss.). De acordo com Boff, na Igreja
"a desigualdade estrutural produzida pela detenção dos meios de produção
simbólica por parte de um grupo gera uma situação de permanente conflito com os
direitos humanos". Os "detentores dos meios
de produção simbólica" são os membros da hierarquia eclesiástica,
encarregada por Cristo de ensinar a Verdade e de conduzir os homens à salvação.
Para Boff, enquanto perdurar uma
"compreensão dogmática e doutrinária da revelação e da salvação de Jesus
Cristo dever-se-á contar irretorquivelmente com a repressão da liberdade do
pensamento divergente dentro da Igreja" (p.75). Para afastar-nos de tal perigo o zeloso teólogo recomenda-nos um estudo
seu publicado na REB 35. Mas, como realizar esse benéfico trabalho de
destruição da estrutura eclesiástica?
Serão suficientes os estudos e as palavras de tão inefável, INERRANTE e
INFALÍVEL teólogo, em comparação com a Tradição e Magistério Milenar da Igreja?
Não! Em primeiro lugar, convém exorcizar a tentação idealista de que basta um recurso à
modificação das consciências para produzir uma mudança estrutural na Igreja. Mais do que as novas idéias são as práticas
diferentes,mas carregadas de verdade e não de achologia, que fazem não mudar-por-mudar,
mas evoluir a prática eclesial. Certamente
devemos reconhecer Marx e Antônio Gramsci se tratassem deste assunto, não o
diriam melhor. Santo Agostinho humildemente
reconheceu erros em sua teologia e fez uma "RETRATAÇÃO". Boff é inerrante! Quem
tem que se retratar é a Igreja mesmo que ela seja a Coluna
e sustentáculo da verdade (1 Tim 3,15). Não se pense, entretanto, que Boff defenda essas sublimes teorias
sem apoiar-se na sua autoridade supostamente infalível na matéria. Longe
disso! Ao comentar, por exemplo, a "patologia" da "compreensão
dicotômica" da Ecclesia docens e discens, depois de rejeitar a autoridade
do Papa S. Pio X, que ele cita em segunda mão e numa tradução falseada (cfr. p.
218), apoia-se numa autoridade surpreendente em matéria eclesiástica: O pedagogo marxista Paulo Freire, o qual "mostrou o caráter
patológico desse tipo de relação" - o tipo de relação defendido por S. Pio
X - "que desumaniza um polo e o outro". Mereceriam também comentário os textos de Boff sobre a natureza do Corpo
de Cristo Ressuscitado - que ele identifica com o Espírito - sobre a unidade,
santidade, catolicidade e apostolicidade da Igreja, sobre os sacramentos, sobre
a Fé e - resumindo - sobre praticamente todos os temas por ele tratados. Uma pessoa ingênua que lesse este livro de Boff
poderia pensar que se enganou julgando comprar um livro católico. A religião professada em suas páginas é outra! A Igreja é outra, outro é
o Evangelho, outra a Fé, outros os Sacramentos, outro o seu Deus, que não é o revelado por Jesus
nos evangelhos. Não é o Deus Cristológico, mas um deus Boffento.
A Santa Sé pediu o "Silêncio Obsequioso" (conf. Rom 14,22) a Boff. (Ele a princípio se calou - Por que? Ele mesmo o explica)
Romanos 14,22: “Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova!”
O problema é quando queremos sair do particular
para o universal, se achando o supra-sumo da Teologia!
"Evidentemente a
velha Igreja olhará com certa desconfiança para a nova Igreja na
periferia e para as liberdades
evangélicas que ela se toma(?). Poderá ver nela uma concorrente;
gritará em termos de Igreja paralela; magistério paralelo, falta de obediência
e lealdade para com o Centro! A Igreja nova deverá saber usar de uma
inteligente estratégia e tática: não deverá entrar no esquema de condenações e
suspeitas como o Centro poderá fazer. Deverá ser evangélica, compreender que a
instituição enquanto é poder somente poderá usar a linguagem que não ponha em
risco o próprio poder, que sempre temerá qualquer afastamento do comportamento ditado
pelo Centro e verá isto como deslealdade. Apesar de poder compreender tudo isso, a
Igreja nova deverá ser lealmente desobediente! Explico-me: deverá buscar uma
profunda lealdade para com as exigências do Evangelho; deverá ouvir a voz do
Centro para se questionar da verdade de sua interpretação evangélica; caso
estiver crítica e profundamente convencida de seu caminho, deverá ter a coragem
de ser desobediente no Senhor e no Evangelho às imposições do Centro, sem
rancor nem lamúria, mas numa profunda adesão à mesma vontade de ser fiel ao
Espírito que presumimos existir também no Centro. Salva-se,
portanto, a comunhão básica. Esta
pureza evangélica é provocação para o Centro para ele mesmo despertar para o
Espírito que não pode ser canalizado segundo os interesses humanos. A
abertura à comunhão com o todo, a exclusão sequer da possibilidade de uma
ruptura que destruísse a unidade e a caridade, mesmo que isso signifique
isolamento, perseguição e condenação por parte do Centro constitui a garantia
de autenticidade cristã e zelo de inspiração evangélica" (p.107).
Ou seja, para Boff a Igreja nova deve compreender que o Centro, porque é poder,
não pode falar senão pelos poderosos, sendo sua palavra no mínimo suspeita;
deve, além disso, sem se submeter, não romper nunca com Roma, embora a comunhão
essencial - a da Fé - já esteja rompida. A grande
verdade por trás de tudo isso que Boff apregoa é
que já
não se trata, na realidade, de manter a unidade pela caridade, mas de
dissimular hipocritamente o rompimento. Esse procedimento foi comum a muitas heresias, de modo especial às mais
perigosas dentre elas. Repetindo-o, a nova Igreja, da qual
Boff é um dos mentores, segue o caminho daqueles que através da história,
quiseram utilizar a Arca da Salvação para propagar o erro e a mentira, talvez
até de forma sincera, mas sinceramente equivocada.
CONCLUSÃO
A heresia de Leonardo Boff não é Cristológica e nem Trinitária, mas eclesiológica! Ou seja, Boff está apegado a um conceito pessoal e equivocado da Igreja, mas quer tornar esse erro universal. Para ele toda a Igreja hierárquica está errada, mas apenas ele está certo! Com esse seu malabarismo achológico e sentimentalóide em querer comparar os Sacramentos e por conseguinte, a eucaristia como mero simbolismo memorial, confunde a ordem de Cristo para fazer memória de seu sacrifício, com a presença real dentro deste mesmo memorial, que é a eucaristia, ou seja:“A celebração da Santa Missa é realmente memorial, porém, a presença de Cristo nas espécies consagradas é Real” (conf. Lucas 22,19).Do contrário, seria negar o que Jesus disse e São Paulo RATIFICOU:1 Cor 11,28-29: “Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem ter consciência do corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.”Boff, seus familiares e fanáticos seguidores, não serão condenados se darem um “trago no toco de cigarro de seu pai, considerando-o apenas um reles toco de cigarro”, já com as espécies consagradas (já não mais possíveis pelas mãos de Boff), os resultados seriam catastróficos. Portanto, comparar o toco de cigarro com a eucaristia, pode até se aplicar ao memorial da missa, porém, jamais com a presença real de Jesus na Eucaristia, a qual pode operar maravilhas, que com todo respeito ao seu falecido genitor, "o toco de cigarro do pai de Boff" jamais vão poder operar fora de seu círculo familiar. O toco de cigarro para Leonardo Boff pode até ter algum significado pessoal e sentimental para ele, mas para mim, e para muitos, não significa nada! Além de que cigarro não traz boas memórias. Cigarro não lembra virtude mas vício, que levou muitos a morte com câncer de pulmão como minha falecida mãe. Definitivamente, o toco de cigarro de Boff não tem nenhum mistério da fé.
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1 Cor 11,28-29: “Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem ter consciência do corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação.”Boff, seus familiares e fanáticos seguidores, não serão condenados se darem um “trago no toco de cigarro de seu pai, considerando-o apenas um reles toco de cigarro”, já com as espécies consagradas (já não mais possíveis pelas mãos de Boff), os resultados seriam catastróficos. Portanto, comparar o toco de cigarro com a eucaristia, pode até se aplicar ao memorial da missa, porém, jamais com a presença real de Jesus na Eucaristia, a qual pode operar maravilhas, que com todo respeito ao seu falecido genitor, "o toco de cigarro do pai de Boff" jamais vão poder operar fora de seu círculo familiar. O toco de cigarro para Leonardo Boff pode até ter algum significado pessoal e sentimental para ele, mas para mim, e para muitos, não significa nada! Além de que cigarro não traz boas memórias. Cigarro não lembra virtude mas vício, que levou muitos a morte com câncer de pulmão como minha falecida mãe. Definitivamente, o toco de cigarro de Boff não tem nenhum mistério da fé!
Viva Jesus na Eucaristia!
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