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Marcos 5,28: “Se eu tocar nas suas vestes, sararei” – Como está a sua fé?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 25 de abril de 2021 | 12:32





 

 

Marcos 5,25-28: “E certa mulher que, havia doze anos, tinha um fluxo de sangue. E que havia padecido muito com vários médicos, e despendido tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo de mal a pior; Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua veste. Porque dizia a si mesma: Se tão-somente tocar nas suas vestes, sararei”.

 

 

Fé duvidosa é como plantar uma semente e todos os dias retirá-la da terra para ver se a semente está brotando. Não será dada a esta semente a oportunidade de germinar e criar raízes. Ora, se a fé é uma esperança certa e antecipada, naquilo que ainda não se vê (Heb 11,1), devemos construir a certeza do “SE” como a mulher hemorroíssa, que na fé disse a si mesma interiormente com toda convicção: “Se eu apenas tocar a orla de seu manto ficarei curada”. Construamos, ou já visualizemos a certeza do nosso “SE”.O próprio Deus, desejou e visualizou antes da criação, para que do nada viesse a ser. Esta despretensiosa matéria baixo vai nos questionar: Como está a visualização de nossas esperanças? Como está a nossa educação na fé? Como está nossa visão a respeito de nós mesmos, dos outros, de nossa família, de nossas comunidades, e da realidade que nos cerca? A palavra de Deus nos assegura:

 

“Conforme creres em teu íntimo, assim se dará” (Marcos11,23)

 

 

O Catecismo da Igreja, ao falar da fé, começa afirmando que ela é um dom. “A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele” (CIC.153). A nossa vida de fé começa com o batismo. Quando recebemos esse sacramento, recebemos a Graça divina de crer, de pertencer à família dos que creem, ou seja, a Igreja. Mas é evidente que a fé que recebemos nesse momento ainda precisa crescer e se fortalecer muito. Isso é muito evidente se recebemos o sacramento ainda bebês, quando nem temos a consciência de que estamos recebendo esse dom. Depois de afirmar a gratuidade da fé, o Catecismo continua dizendo que:

 

“Mesmo sendo um dom, “não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano” (CIC 154).

 

 

Ou seja, é algo que os seres humanos fazem e, ao fazer, realizam em seu ser. Confiar é algo que está inscrito em quem somos. Assim, confiamos em nossos pais, em nossos professores, em nossos amigos.

 

Claro que essa confiança pode ser (e o é muitas vezes) defraudada. Mas se não confiássemos uns nos outros, não poderíamos terminar um dia sequer sem ficar meio paranoico. Já pensou se você duvidasse que o alimento que você compra não vai te matar? O carro vai não bater, o elevador não vai cair, ou que o remédio que você toma não vai ter nenhum efeito?

 

 

Confiamos diariamente nos outros. E aprendemos a confiar cada vez mais e a desconfiar de quem merece ser desconfiado. Ou seja, vamos aprendendo a confiar cada vez melhor. Se isso é verdade para as relações humanas, também é verdade para a nossa relação com Deus. Uma boa argumentação sobre a relação entre a inteligência e a fé nos é dada por São Tomás de Aquino, que diz:

 

 

“Não existe no interno da fé uma busca da razão natural para demonstrar o que cremos. Mas existe a busca daquilo que pode levar o homem a crer: por exemplo, porque Deus disse e é confirmado por milagres.” (STh III q. 2 a.1).

 

 

-Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12) e para manifestar esta verdade Ele cura o cego de nascimento (cf. Jo 9,7);

 

-Cristo diz: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11,25), e para suscitar a fé na verdade de que Ele é a vida – que vai para além de uma vida somente aqui nesta terra, que vence toda morte – Ele ressuscita Lázaro.

 

 

Por isso deve ser afirmada a relação entre a fé e a inteligência (cf. CIC 156-157).

 

 

A fé não é oposta a razão, mas, ao contrário, ela vem iluminar a inteligência, abrindo os olhos do entendimento, que, por sua vez, dá o seu consenso à verdade revelada.

 

 

Assim, devemos afirmar que “crer é um ato autenticamente humano” (CIC 154), capaz de mérito (cf. STh III q. 2 a.9), que não faz violência à liberdade e à inteligência, mas conduz o homem à verdade plena.

 

 

Por isso em 1Pedro 3,15 os cristãos são exortados:

 

 

“Estai sempre prontos a responder para vossa defesa a todo aquele que vos pedir a razão de vossa esperança...”

 

 

Particularmente no Evangelho de São João, compreendemos a “função” capital da fé para os cristãos - Jesus diz:

 

 

“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

 

 

Nesta mesma linha afirma o Papa Bento XVI:

 

 

“A fé não é só uma inclinação da pessoa para realidades que hão-de vir, mas estão ainda totalmente ausentes; ela dá-nos algo. Dá-nos já agora algo da realidade esperada, e esta realidade presente constitui para nós uma ‘prova’ das coisas que ainda não se veem. Ela atrai o futuro para dentro do presente, de modo que aquele já não é o puro ‘ainda-não’. O fato de este futuro existir muda o presente; o presente é tocado pela realidade futura, e assim as coisas futuras derramam-se naquelas presentes e as presentes nas futuras’”(Spe Salvi 7).

 

A fé portanto, deve ser vivida no dia a dia, para atualizar e fazer crescer a graça recebida no Batismo, já que “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6). Esta riqueza, que é a nossa fé, deve ser vivida, testemunhada para transbordar no anúncio, como nos ensina o Catecismo da Igreja Católica:

 

 

CIC 1816: O discípulo de Cristo não somente deve guardar a fé e viver dela, como ainda professá-la, dar firme testemunho dela e propagá-la: Todos devem estar dispostos a confessar Cristo diante dos homens e a segui-Lo no caminho da cruz, no meio das perseguições que nunca faltam à Igreja. O serviço e o testemunho da fé são requeridos para a salvação: ‘A todo aquele que me tiver reconhecido diante dos homens, também Eu o reconhecerei diante do meu Pai que está nos céus. Mas aquele que me tiver negado diante dos homens, também Eu o negarei diante do meu Pai que está nos céus” (Mt 10,32-33)”

 

 


 

CONCLUSÃO

 

Assim, aquele dom inicial irá se fazendo cada vez mais forte com a nossa cooperação. Dom de Deus e cooperação humana caminham juntas. Muitas vezes pensamos que ter fé em Deus irá diminuir a nossa liberdade quando a verdade é exatamente o contrário. Quando mais confiamos em quem criou tudo e nos criou, mais viveremos uma vida plena, de acordo com quem somos, cumprindo a vocação que Deus tem para cada um de nós.

 

 

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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