Não se pode dar uma
resposta contundente e inquestionável de sim, ou não, mas, depende! Antes
de normas e preceitos legalistas é preciso entender a finalidade e propósito do Jejum e das
abstinências para o Cristão conforme a sagrada escritura, e não conforme o nosso achismo. Na Bíblia o jejum não
aparece como um mandamento, mas é assumido como prática normal do cristão.
Deve ser voltado para Deus e não para o reconhecimento de prática religiosa
perante os outros.
O que é o jejum e a abstinência?
Jejuar é não comer, e
ou, não beber durante um certo período de tempo. O jejum pode ser acompanhado
por outros atos de renúncia, e penitência (Atos 18,18) como abstinência de relações
sexuais (1 Coríntios 7, 5). Vemos também como práticas penitenciais nas
escrituras o pano de saco e as cinzas, que eram usados nos tempos do Antigo Testamento
como um símbolo de degradação, luto, ou arrependimento. Alguém que quisesse
mostrar seu coração arrependido frequentemente usava pano de saco, sentava-se
em cinzas e colocava cinzas em cima de sua cabeça. O pano de saco era um
material grosso geralmente feito do pelo preto da cabra, o que o tornava
bastante desconfortável de usar. As cinzas significavam desolação e ruína. Quando
alguém morria, o ato de colocar um pano de saco mostrava tristeza sincera pela
perda daquela pessoa. Vemos um exemplo disso quando Davi lamentou a morte de
Abner, o comandante do exército de Saul (2 Samuel 3,31). Jacó também demonstrou
sua dor ao usar pano de saco quando pensou que seu filho, José, havia sido
morto (Gênesis 37,34). Esses exemplos de luto pelos mortos mencionam o pano de
saco, mas não cinzas. As cinzas acompanhavam o pano de saco em tempos de
desastre nacional ou arrependimento do pecado. Ester 4,1 por exemplo, descreve
Mordecai rasgando suas roupas, colocando pano de saco e cinzas, e, saindo pela
cidade, “clamou com grande e amargo clamor”. Essa foi a reação de Mordecai à
declaração do rei Xerxes que dava ao perverso Hamã autoridade para destruir os
judeus (Ester 3, 8–15). Mordecai não foi o único que sofreu. “Em todas as
províncias aonde chegava a palavra do rei e a sua lei, havia entre os judeus
grande luto, com jejum, e choro, e lamentação; e muitos se deitavam em pano de
saco e em cinza” (Ester 4,3). Os judeus responderam às notícias devastadoras
sobre sua raça com pano de saco e cinzas, mostrando sua intensa dor e angústia.
O pano de saco e cinzas também foram usados como um sinal público de
arrependimento e humildade diante de Deus. Quando Jonas declarou ao povo de
Nínive que Deus iria destruí-los por sua iniquidade, todos, do rei ao mais
humilde dos cidadãos, responderam com arrependimento, jejum e pano de saco e
cinza (Jonas 3,5-9). Eles até colocaram pano de saco em seus animais (versículo
8). Seu raciocínio foi: “Quem sabe se voltará Deus, e se arrependerá, e se
apartará do furor da sua ira, de sorte que não pereçamos?” (versículo 9). Isso
é interessante porque a Bíblia nunca diz que a mensagem de Jonas incluiu
qualquer menção à misericórdia de Deus; mas misericórdia é o que receberam. É
claro que os ninivitas vestindo roupas e cinzas não eram um espetáculo sem
sentido. Deus viu uma mudança genuína - uma humilde mudança de coração
representada pelo pano de saco e cinzas – o que fez com que Ele
"cedesse" e por misericórdia, não realizasse seu plano de destruí-los
(Jonas 3,10). Outras pessoas que a Bíblia menciona usando um pano de saco incluem
o rei Ezequias (Isaías 37,1), Eliaquim (2 Reis 19,2), o rei Acabe (1 Reis 21,27),
os anciãos de Jerusalém (Lamentações 2,10), Daniel (Daniel 9,3), bem como as duas
testemunhas em Apocalipse 11,3.Resumindo, o pano de saco e cinzas eram usados
como um sinal externo da condição interna de quem os usava. Tal símbolo tornava
visível a mudança de coração e demonstrava a sinceridade do sofrimento, ou do
arrependimento. Não foi o ato exterior em si de colocar pano de saco e cinzas
que movia Deus a intervir, mas a humildade interior vista por Deus, que tal
ação demonstrava (conf.1 Samuel 16,7). O perdão de Deus em resposta ao genuíno
arrependimento é celebrado pelas palavras de Davi: “Converteste o meu pranto em
folguedos; tiraste o meu pano de saco e me cingiste de alegria” (Salmo 30,11).O
jejum aparece na Bíblia sempre como algo ligado à oração e contrição do
coração.
O cristão deve jejuar e fazer abstinências em qualquer
tempo? Incluindo o tempo pascal?
Sim, se estiver em
batalha pessoal, ou por outros, e se sentir que é de Deus. O importante é
seguir a direção de Deus. O que não pode é você jejuar só por se sentir
pressionado ou para parecer religioso. Deus não quer isso! O jejum deve ser uma
coisa privada, só externe se for estritamente necessário (conf. Mateus 6,16-18).
Por que jejuar e fazer abstinências?
a)-Para ficar mais
próximo de Deus, receber seu auxílio confiando unicamente n’Ele, para se
fortalecer nas lutas, como o próprio Cristo fez antes de iniciar sua missão. Esta é a razão
principal para jejuar, todas as outras são secundárias (Zacarias 7, 5). Jejuar
é uma forma de render-se mais plenamente a Deus, dando-lhe a primazia, e assim,
o escutar melhor.
b)-Para exercitar as
virtudes, principalmente a da prudência e do auto-dominio. Desfrutar da comida
é bom mas não devemos ser dominados por ela (1 Coríntios 6,12). Jejuar ajuda a
pôr o corpo debaixo da autoridade de Deus.
c)-Para libertação e
clamar pelo impossível aos olhos humanos.Jejuar e orar ajuda a vencer batalhas
espirituais, porque estamos mais ligados espiritualmente a Deus nessa altura.
Por exemplo, Ester, antes de falar com o rei para resolver um problema que
parecia impossível, convocou um jejum de três dias (Ester 4,15-17).
d)-Como ato de fé,para
obter respostas e ou, confirmações de Deus. Em Atos do Apóstolos
13,2-3, Deus falou com as pessoas enquanto jejuavam. Quando jejuamos e oramos
Deus pode revelar-nos, confirmar, ou negar, coisas úteis ou importantes.
e)-Para mostrar sincera
contrição e arrependimento. Quando o povo de Nínive ouviu o profeta Jonas
e se arrependeu, foi proclamado um jejum para pedir perdão a Deus e consertar
as coisas (Jonas 3,5-9).
A NIVEL MAGISTERIAL O QUE DIZ A IGREJA SOBRE O JEJUNS E PENITÊNCIAS:
O CIC (Catecismo
da Igreja Católica), trata de forma breve e clara sobre o Jejum e a
penitência:
Jejum e lei evangélica
§1969 A Nova Lei pratica os
atos
da religião - a esmola, a oração e o jejum -, ordenando-os ao "Pai que vê
no segredo", em contraste com o desejo "de ser visto pelos
homens". Sua oração é o "Pai-Nosso."
Jejum e preparação para receber a comunhão (jejum Eucarístico):
§1387 A fim de se
prepararem convenientemente para receber este sacramento, os fiéis observarão o jejum
prescrito em sua Igreja (Cf CIC cânone 919). A atitude corporal
(gestos, roupa) há de traduzir o respeito, a solenidade, a alegria deste
momento em que Cristo se torna nosso hóspede.
Jejum forma de penitência
§1434 As múltiplas formas
da penitência na vida cristã. A penitência interior do cristão pode ter
expressões bem variadas. A escritura e os padres insistem
principalmente em três formas: o jejum, a oração e a esmola, que exprimem a
conversão com relação a si mesmo, a Deus e aos outros. Ao lado da
purificação radical operada pelo batismo ou pelo martírio, citam, como meio de
obter o perdão dos pecados, os esforços empreendidos para reconciliar-se com o
próximo, as lágrimas de penitência, a preocupação com a salvação do próximo, a
intercessão dos santos e a prática da caridade, "que cobre uma multidão de
pecados" (1Pd 4,8).
§1438 Os tempos e os dias
de penitência ao longo do ano litúrgico (o tempo da quaresma, cada sexta-feira
em memória da morte do Senhor) são momentos fortes da prática penitencial
da Igreja. Esses tempos são particularmente apropriados aos exercícios
espirituais, às liturgias
penitenciais, às peregrinações em sinal de penitência, às privações voluntárias
como o jejum e a esmola, à partilha fraterna (obras de caridade
e missionárias).
§2043 O quarto mandamento da Igreja ("Jejuar e abster-se
de carne, conforme manda a Santa Mãe Igreja") determina os tempos de
ascese e penitência que nos preparam para as festas litúrgicas; contribuem
para nos fazer adquirir o domínio sobre nossos instintos e a liberdade de
coração. O quinto mandamento da igreja ("Ajudar a Igreja em suas
necessidades") recorda aos fiéis que devem ir ao encontro das necessidades
materiais da Igreja, cada um conforme as próprias possibilidades..
SOBRE
JEJUAR E FAZER PENITÊNCIAS NO PERÍODO PASCAL
Sobre a abstinência em tempo pascoal. O comentário da Confederação dos Bispos de Portugal diz que o tempo pascal deve ser considerado como um grande domingo que vai até Pentecostes. Então, não seria legitimamente correto a abstinência nesse período? Ou posso jejuar normalmente nesse tempo, salvo os domingos? Realmente, o Tempo Pascal é, de certo modo, uma festa ininterrupta que termina no Pentecostes. Mas, somente os oito primeiros dias do Tempo Pascal constituem a Oitava da Páscoa e celebram-se como solenidade do Senhor. Assim, o fiel católico tem a obrigação de observar a Abstinência de Carne nas Sextas-feiras, mesmo durante o Tempo Pascal, salvo se esta sexta for dia de Festa/Solenidade.
No site da Conferência Episcopal Portuguesa tem um artigo de 1985
sobre o assunto, intitulado: "Os Dias de Penitência" - Norma publicada em 28 de
Janeiro de 1985, aliás o único que trata sobre OS DIAS DE PENITÊNCIA e lá diz
que:
6.A abstinência é
obrigatória, no decurso do ano, em todas as sextas-feiras que não coincidam com
algum dia enumerado entre as solenidades. Esta forma de penitência reveste-se,
no entanto, de significado especial nas sextas-feiras da Quaresma.
7.O preceito da
abstinência obriga os fiéis a partir dos 14 anos completos.
9.Nas sextas-feiras
poderão os fiéis cumprir o preceito penitencial, quer fazendo penitência como
acima ficou dito, quer escolhendo formas de penitência reconhecidas pela
tradição, tais como a oração e a esmola, ou mesmo optar por outras formas, de
escolha pessoal, como, por exemplo, privar-se de fumar, de algum espectáculo,
etc.
10.No que respeita à
oração, poderão cumprir o preceito penitencial através de exercícios de oração
mais prolongados e generosos, tais como: o exercício da via-sacra, a recitação
do rosário, a recitação de Laudes e Vésperas da Liturgia das Horas, a
participação na Santa Eucaristia, uma leitura prolongada da Sagrada Escritura.
11.No que respeita à
esmola, poderão cumprir o preceito penitencial através da partilha de bens
materiais.
Pode-se jejuar nesse período?
Vale ressaltar que o Jejum é diferente da
Abstinência de Carne! Enquanto a Abstinência obriga em todas as
sextas-feiras do ano; o Jejum só é obrigatório da Quarta-feira de Cinzas e na
Sexta-feira da Paixão.
Os Dias de Penitência - Norma publicada em 28 de Janeiro
de 1985:
3.O jejum é a forma
de penitência que consiste na privação de alimentos. Na disciplina tradicional
da Igreja, a concretização do jejum fazia-se limitando a alimentação diária a
uma refeição, embora não se excluísse que se pudesse tomar alimentos ligeiros
às horas das outras refeições. Ainda que convenha manter-se esta forma
tradicional de jejuar, contudo os fiéis poderão cumprir o preceito do jejum
privando-se de uma quantidade ou qualidade de alimentos ou bebidas que
constituam verdadeira privação ou penitência...
5.O jejum e a abstinência são obrigatórios em Quarta-feira de Cinzas e em Sexta-feira Santa.O preceito do jejum obriga os fiéis que tenham feito 18 anos até terem completado os 59.Mas, nada obsta que o fiel católico faça Jejuns em outras datas e dias do ano. Aliás, é bem recomendável, aliás em algumas circunstâncias, independente do período litúrgico, é uma exigência, conforme o próprio Cristo nos alertou em Mateus 17,21:“Mas esta espécie de demônio só sai pela oração e pelo jejum...”
Fontes: Missal
Cotidiano e Conferência Episcopal Portuguesa
SÃO TOMAS DE AQUINO TRATA SOBRE O JEJUM E PENITÊNCIA NA SÚMULA TEOLÓGICA:
‹Art. 4 – Se todos
estão obrigados ao jejum da Igreja - Art. 6. – Se o jejum exige que comamos uma
só vez. ›
Art. 5 – Se estão
convenientemente determinados os tempos do jejum da Igreja. O quinto discute–se
assim. – Parece não estarem convenientemente determinados os tempos do jejum da
Igreja.
1. – Pois, como lemos
no Evangelho, Cristo, logo depois do batismo, começou a jejuar. Ora, nós
devemos imitar a– Cristo, como diz o Apóstolo: Sede meus imitadores, como
também eu o sou de Cristo. Logo, também nós devemos praticar o jejum em
seguida à Epifania, quando se celebra o baptismo de Cristo.
2. Demais. – As
cerimónias da lei antiga não devem ser observadas pela lei nova. Ora,
observar o jejum em certos e determinados meses pertence às solenidades da lei
antiga; pois, diz a Escritura: O jejum do quarto e o jejum do quinto e
o jejum do sétimo e o jejum do decimo mês se tornará para a casa de Judá em
gozo e alegria e em festivas solenidades. Logo, o jejum especial dos meses
chamados das quatro têmporas, inconvenientemente se observam na Igreja.
3. Demais. – Segundo Agostinho, assim como há um jejum de penitência;
assim também há outro, de alegria. – Ora, a alegria espiritual é própria
sobretudo dos fiéis, por causa da ressurreição de Cristo. Logo,
no tempo da Quinquagésima, solenizado pela Igreja por causa do domingo da
ressurreição; e nos domingos, que
despertam a memória da ressurreição, deve a Igreja ordenar certos jejuns.
Mas, em contrário, o costume geral da Igreja
SOLUÇÃO. – Como dissemos, o jejum é ordenado por dois motivos: para delir a culpa e para nos elevar a mente às coisas espirituais. Por isso, os jejuns foram ordenados especialmente naqueles tempos, em que sobretudo devemos os fiéis nos purificar dos pecados e elevar a mente a Deus pela devoção. O que sobretudo se dá antes da solenidade Pascal, quando as culpas são delidas pelo batismo, celebrado solenemente na vigília da Páscoa, em memória da sepultura do Senhor; pois, pelo batismo, somos sepultados com Cristo para morrer ao pecado, na frase do Apóstolo. E também na festa Pascal devemos sobretudo, pela devoção, elevar a mente à glória da eternidade, a que Cristo deu começo pela sua ressurreição. Por isso, imediatamente, antes da solenidade Pascal, a Igreja nos manda jejuar; e pela mesma razão nas vigílias das principais festividades, quando devemos nos preparar devotamente para celebrar as festas que se vão celebrar.Semelhantemente, também o costume eclesiástico determina que quatro vezes por ano se confiram as ordens sacras; para significa–lo, o Senhor saciou quatro mil homens com sete pães, símbolo do ano do novo Testamento, como diz Jerónimo no mesmo lugar; e para receberem essas ordens é necessário se preparem pelo jejum tanto os que ordenam como os ordenados e também todo o povo em cuja utilidade se ordenam. Por isso, lemos no Evangelho, que o Senhor, antes da eleição dos discípulos, sai para o monte a orar; o que assim explica Ambrósio: Que deves fazer, querendo praticar um dever de piedade, quando Cristo, que havia de enviar os Apóstolos, primeiro orou?Do número quarenta, do jejum quaresmal, Gregório dá uma tríplice razão. – A primeira é que a virtude do Decálogo se manifesta nos quatros livros do santo Evangelho; Ora, quatro vezes dez fazem quarenta – Ou porque dos quatro elementos tira a sua subsistência o nosso corpo mortal, cujos prazeres nos levam a transgredir os dez preceitos do Senhor, por isso é justo que castiguemos a nossa carne quatro vezes dez vezes. – Ou porque, assim como a lei ordenava que pagássemos a Deus o dízimo das causas, assim devemos oferecer–lhe o dízimo dos dias. Ora, o ano tendo trezentos e sessenta e cinco dias, nós nos castigamos durante trinta e seis dias, que são os dias de jejum das seis semanas da quaresma, afim de darmos assim a Deus o dizimo do nosso ano. – Agostinho porém, acrescenta uma quarta razão. Pois, o Criador é a Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Da criatura invisível é próprio o número ternário; assim, devemos amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todas as forças. À criatura visível é próprio o número quaternário, por causa do quente e do frio, do úmido e do seco. Por onde, o número dez significa todas as coisas; e se o multiplicarmos por quatro, que é o número próprio do corpo, unidos ao qual dirigimos a nossa vida, obtemos o número de quarenta. Quanto ao jejum das quatro têmporas, ele dura três dias por causa do número dos meses que cabem a cada tempo. Ou por causa do número das ordens sacras conferi das nesses tempos.
DONDE A RESPOSTA À
PRIMEIRA OBJEÇÃO.
– Cristo, por si mesmo, não precisava de batismo, senão só para no–lo
recomendar. Por isso, não lhe cabia jejuar antes do baptismo, mas somente depois
dele, para nos exortar a jejuar antes de sermos batizados.
RESPOSTA À SEGUNDA. – A Igreja observa o jejum nas quatro têmporas, que de nenhum
modo coincidem com o mesmo tempo em que os Judeus o observavam, nem o faz pelas
mesmas causas que eles. Pois, jejuavam em Julho, o quarto mês a
contar de Abril, que para eles era o primeiro; e assim procediam, por
corresponder esse tempo ao em que Moisés, descendo do monte Sinai, quebrou as
Tábuas da lei; e, segundo Jeremias, porque foram pela primeira vez rotos os
muros da cidade (de Jerusalém). E observa o jejum no quinto mês, a que chamamos
Agosto, porque, tendo se suscitado uma sedição no povo, por causa dos que
tinham ido reconhecer a terra prometida, foram os judeus proibidos de subir ao
monte: e, no referido mês é que o templo de Jerusalém foi incendiado, primeiro,
por Nabucodonosor e, depois, por Tito. No sétimo mês, chamado outubro, é o em
que Godolias foi morto e o resto do povo dissipado. No décimo mês, enfim, a que
chamamos Janeiro, o povo, lançado com Ezequiel no cativeiro, soube que o templo
foi subvertido.
RESPOSTA À TERCEIRA. – O jejum por alegria é inspirado pelo Espírito Santo, que é o
Espírito de liberdade. Por isso, tal jejum não pode constituir objeto de
preceito. Por onde, o jejum
instituído por preceito da Igreja é, antes, jejum de penitência, impróprio dos
dias de alegria. Por isso, a Igreja não obriga a nenhum jejum em todo o tempo Pascal,
nem nos dias de domingo. E não estaria isento de pecado quem jejuasse em tais
dias, contra o costume do povo cristão, que, como diz Agostinho, deve ser tido
como lei; ou o fizesse por algum erro como o praticam os Maniqueus,
que julgam necessário tal jejum. Contudo, o jejum, em
si mesmo considerado, é louvável em todo tempo, conforme o diz Jerónimo: "Oxalá pudéssemos jejuar
sempre!"
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