Como as esquerdas do Ocidente estão preparando sua
própria cova
A iminente derrota moral e espiritual da civilização
ocidental entregará o mundo de bandeja nas mãos de uma elite global sedenta por
controle, se dermos sorte.
(POR CARLOS DE FREITAS em 23/04/2021)
O século XXI já cumpriu um quinto de sua existência e
o cerco à inteligência está cada vez mais pesado. Tudo porque a ideologia mais
assassina da história conseguiu desestabilizar todas as relações do homem com
seu meio e seu semelhante. James Burnham, no livro O Suicídio do Ocidente, diz
que:
“Foi com a Rússia que
começou o processo de desintegração política e geográfica do Ocidente”.
Algo observável quando se entende que a composição
gira em torno de certas crenças, valores e concepções da realidade e do homem. Ele
diz que:
“A contração do Ocidente
não se deve a nenhuma falta de recursos físicos ou de poder, mas internas e
não-quantitativas: abrangiam mudanças estruturais ou fatores intelectuais,
morais e espirituais”.
Operações que eram corriqueiras para um homem da idade
da pedra, como despelar um cervo, se agasalhar ou cuidar da sua família – e que
asseguraram a continuação da espécie – foram questionadas, tratadas como
souvenirs de um breve momento da história que durou até, digamos, uns 70 anos
atrás. Michael Walsh disse:
“É necessário um Pai da
Mentira para convencer os outros a se rebelarem contra a evidência de seus
corações e sentidos”.
Destruir as bases da civilização ocidental estava nos
planos felizes de todos aqueles teóricos que se debruçaram sobre o
marxismo e não viam nele saída a não ser mentindo. De Frankfurt às
atuais bestas quadradas do pensamento de esquerda, como Felipe Neto e Anitta,
passando pelos verdadeiros teóricos do caos:
Sartre, Foucault, Derrida, Gramsci, as relações mais sutis do homem com seu
meio foram desfeitas.A obra de arte, o amor, a sexualidade, o
estudo, a cor da pele, o corpo, a alma, a alimentação, a loucura, o desejo, a
tristeza, a cobiça, a moda, o Minecraft, transformaram-se num jogo entre
oprimido e opressor, sintetizado no slogan: tudo é política.
Para demonstrar esse
retrocesso, um batalhão de sumidades no engenho de fazer as pessoas de idiota
ganhou destaque na mídia, na arte e nas universidades – o chamado intelectual
orgânico de Gramsci.
Era preciso deixar claro que todas as bases da cultura
foram edificadas por meio da dominação de um grupo pelo outro (a luta de
classes), demonstrando que tudo o que não fosse revolucionário (que não
rompesse com a ordem pré-estabelecida), desde viver o amor livre até matar
bebês ou fazê-los mudar de sexo, não passava de conservadorismo arcaico e
ultrapassado.
Ter uma família, amá-la e
trabalhar para sustentá-la passou a ser o estereótipo dos vilões mais cruéis. O
futuro é de quem dilacera bebês, muda de sexo ou deforma o próprio corpo, tudo
contra a opressão da imagem e da responsabilidade: que vitória da humanidade!
A universidade se tornou um laboratório de
experimentos sociais com o único objetivo de desmontar a lógica da realidade,
que é a lógica de Deus, do impulso moral em direção à justiça. Um estudante de
sociologia, que destruiu sua inteligência na faculdade, acha que até uma
espreguiçada pela manhã é política: ele peida politicamente, caga um toroço
ideológico depois de um café crítico. Seu oritimbó, seu mangalho, suas
madeixas, viraram objetos políticos.
Quando sua vida política
entra em choque ele arruma alguma justificativa. É a teoria da dissonância
cognitiva. Desse modo, não é estranho que diga que o mundo deu errado, dentro
do seu quarto, num condomínio de luxo bancado pelo pai, numa rede social,
usando seu iPhone.
Essa dissonância tem sido levada às altas esferas da
política, que cria leis cada vez mais absurdas para que
nenhum jovem desorientado se sinta desconfortável com o mundo ao seu redor. Se
dermos sorte, o futuro nos reservará uma sociedade altamente vigiada, pronta a
coibir o menor indício de ação individual, preservando direitos para determinadas
coletividades ou minorias enquanto outras, acusadas de ter se beneficiado ao
longo da história, terão de assistir quietas a derrocada total de suas
aspirações.Esse projeto tende a implodir à medida que ditaduras
vigorosas e totalitárias assumem o comando das relações que foram deixadas em
aberto porque o Ocidente é careta demais.
A China, por exemplo, vem
ganhando força, negando direitos básicos a seus cidadãos, utilizando trabalho
escravo e lucrando muito com isso.Em breve, o Ocidente estará de joelhos ante a
sanha sanguinária dos piores assassinos da história humana. E aceitará seu
destino como um cordeiro diante do facão, em completo silêncio.
Resta saber quem empunhará a adaga: russos, chineses
ou muçulmanos.
Fonte: Senso Incomum
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