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Você sabia que existe diferença entre o Conservador e o Reacionário?

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 17 de julho de 2020 | 22:46








"Todo reacionário é conservador, mas nem todo conservador é reacionário" -  O pernambucano Nelson Rodrigues (1912-1980), o maior dramaturgo brasileiro, que se assumia como “reacionário”, mas seu discurso nunca correspondeu com sua práxis. Apoiou a ditadura militar (coisa abominável no Credo Reacioánio), até descobrir que seu filho, Nelsinho, era militante de uma organização clandestina, foi preso e torturado e ficou na cadeia de 1972 até 1979. Nelson morreria no ano seguinte. Apesar de ser um anticomunista ferrenho, o escritor teve muitos amigos esquerdistas e comunistas, como João Saldanha, e inclusive interveio junto aos militares para tirar alguns da prisão. A obra teatral de Nelson, por outro lado, foi alvo constante da censura durante quase toda a sua vida por desafiar a moral, os bons costumes e a igreja, o que não condiz muito com o perfil de um reacionário raiz. Estas nuances fizeram com que alguns críticos teatrais, como Sábato Magaldi, se tornassem reticentes sobre o que há de real e de pilhéria no “reacionarismo” assumido de Nelson: “Um dia será necessário rever o epíteto de reacionário que o próprio Nelson se afixou, escreveu Magaldi. Na verdade, há muito de feroz ironia nesse qualificativo. Porque Nelson Rodrigues foi reacionário apenas na medida em que não aceitou a submissão do indivíduo a qualquer regime totalitário” (isto sim, faz parte do Credo Reacionário!) - No frigir dos ovos, convenhamos, sua crítica ao totalitarismo dos regimes comunistas liderados pela extinta União Soviética estava correta e os esquerdistas de então é que estavam equivocados como o bonde da história provou. Na biografia O Anjo Pornográfico, o escritor Ruy Castro oferece ao leitor as inúmeras facetas do dramaturgo e cronista, e algumas delas simplesmente não ornam com o estigma de reacionário que deu a si mesmo. Nelson acertadamente criou a expressão “complexo de vira-latas”, melhor definição para os brasileiros de ontem e de hoje complexados com os Americanos. Muitos o conhecem apenas pela frase “sou reacionário: minha reação é contra tudo que não presta”. Mas será que seu reacionarismo é de fato e de direito? Vejamos pelas suas obras e tirem suas conclusões:







1)-"O Beijo no Asfalto" (1960): Favorece o homossexualismo masculino!




2)-"Bonitinha, mas Ordinária" (1963):Banalização do Estupro!




3)-"Álbum de Família" (1945): Favorece o Incesto!




4)-"Toda Nudez Será Castigada" (1965):Favorece o Adultério!




5)-"Os Sete Gatinhos" (1958):Favorece a Prostituição!




6)-"Asfalto Selvagem ou Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados": Favorece o Lesbianismo!





Ora, sem querer desmerecer toda genialidade literária de Nelson Rodrigues, mas se ele diz que "sua reação é contra tudo que não presta”, nestas obras supra citadas acima, elas não favorecem as virtudes (como no movimento reacionário) e sim os vícios, que não edifica ninguém, pelo contrário, os degrada, portanto, o conjunto da obra de forma individual, não presta para nada!













Termos equiparados no senso comum contemporâneo, conservadorismo e reacionarismo apresentam, no entanto, trajetórias distintas na história das ideias. A ideologia conservadora, em especial, é detentora de um debate interno muito rico. Foram-se os tempos aquele em que o pensamento da esquerda se dizia revolucionário. E a direita era acusada de reacionária, e seus componentes conhecidos pela alcunha de "reaças". As coisas mudaram rapidamente e agora vemos uma esquerda fisiológica e pasmem! reacionária defendendo a volta do Status Quo da ERA PTISTA com toda a roubalheira da Petrobras, BNDES, Correios, rodovias, hidroelétricas, estatizações, troca de favores e coisas afins, as ideias do ex ditador fascista e depois presidente Getúlio Vargas, inclusive sua CLT copiada da carta Del Lavoro do fascista assumido: Mussolini. A história tem estes paradoxos. Até o articulista do JC Henrique Matthiesen entrou nesta onda e “emPTzou” estas ideias, ou seja, falou muito sem dizer nada, defendendo que a classe dominante do Brasil do século XXI tem "ideário escravagista". Tudo por causa da Reformas Trabalhista, que acabou com as mamatas dos inumeráveis Sindipelegos com Sindicato pra tudo quanto é lado e para todas as causas possíveis (incluindo o sindicato dos sindicatos).Ficaram inconformados com o fim daquele desconto compulsório no salário dos trabalhadores, e claro, estão a defender também, todas jabuticabas da justiça trabalhista, um avanço revolucionário getulista, segundo ele. Terminou o espevitado articulista concluindo que:  “Hoje temos uma escravidão voluntária” - Claro que desabafou como um saudoso da liberdade getulista e tão ao gosto do arquejante e desacreditado PT e da hoje falida CUT.  A grande verdade é que esta visão ultrapassada da luta de classe, (quando o mundo inteiro busca paz, diálogo e conciliação), já se tornou, e cada vez mais isto se confirma, um mero argumento retórico para o discurso político fora de época, em um mundo em que as empresas se valorizam mais, à medida que tem mais preocupação com a sua responsabilidade social, ambiental e sustentabilidade. Escravos voluntários hoje são aqueles que não veem a evolução dos tempos e ficam amarrados a uma esquerda obsoleta, banida com aquelas desonrosas exceções ditatórias, de todo o planeta. 











As elites continuam existindo, mas pouco a pouco perdendo o viés negativo de outrora, e compõem fundações como a de Gates ou Buffet, usando a maior parte de suas fortunas para melhorar o mundo e as condições em que as pessoas mais pobres vivem!





Mas o que é, afinal, o conservadorismo?













Ninguém sofre mais preconceito no Brasil do que o conservador. É a atual “Geni” e o grande pária da sociedade, visto como um ser primitivo, reacionário e saudosista. Há muita confusão acerca do que significa o conceito. Se alguém se conservador, e defende a volta do Regime Militar (um evento histórico necessário, mas temporário), realmente difícil defendê-lo. Para responder a essa questão, João Pereira Coutinho escreveu o excelente livro “As ideias conservadoras”, da editora Três Estrelas. Ele resgatou em Edmund Burke, o “pai” do conservadorismo moderno, os principais valores defendidos pelo movimento político conservador. Trata-se de leitura altamente recomendável, capaz de elucidar muitas dúvidas existentes e até compreensíveis, quando se mistura conservadores “de boa estirpe” com reacionários:





a)-Para começo de conversa, o conservadorismo é reativo, ou seja, ele nasce para combater ameaças revolucionárias provenientes de utopias paridas por pensadores que amam a abstrata Humanidade, mas não se importam muito com o próximo. Burke escreveu suas clássicas reflexões justamente para reagir à Revolução Francesa, e fez alertas antes de ela descambar para o sangrento terror de Robespierre.





b)-Ao preferir o familiar ao desconhecido, o testado ao nunca testado, o conservador tende a ser cético com mudanças muito radicais, especialmente aquelas derivadas de utopias, com propostas para uma “solução final” para os complexos problemas da vida em sociedade.





c)-Mas não são apenas os revolucionários que representam uma ameaça. Os reacionários são igualmente perigosos. São “revolucionários do avesso”, que desdenham da mesma forma do presente e sonham também com uma utopia.





d)-Tanto os revolucionários como os reacionários acreditam em um mundo harmonioso, estático, “onde os homens, porque dotados de uma natureza fixa e inalterável, desejam necessariamente as mesmas coisas”. Ambos demonstram desprezo pela realidade. 






e)-Isso não quer dizer, naturalmente, que o conservador será contrário a qualquer mudança. Ele apenas adota postura mais prudente, assume conduta mais moderada, respeitando as tradições que sobreviveram aos “testes do tempo”. Ele será favorável a reformas que possam ajudar no processo de evolução continuada da sociedade, mas sempre levando em conta nossas limitações e imperfeições. Isso exige maior cautela e humildade, assim como respeito aos aspectos circunstanciais do momento.






Os “engenheiros sociais”, que pretendem remodelar nossas almas, criar um mundo novo do zero ou regressar a um inexistente, terão no conservadorismo um obstáculo! Tendo o homem um intelecto limitado, o conservador irá alertar para as consequências não planejadas ou intencionais, reforçando sempre aquilo que nós não conhecemos. Prudência é a palavra-chave aqui. “Um conservador entende que a realidade é sempre mais complexa, e mais diversa, que a simplificação apaziguadora das cartilhas ideológicas”, escreve Coutinho. Alguns valores básicos, ou “primários”, terão de ser sempre respeitados, se quisermos preservar a civilização. Mas, fora isso, deverá haver tolerância e respeito para com a diversidade. Os “progressistas” falam em pluralidade, mas se mostram, na prática, os mais intolerantes com divergências; os conservadores praticam a verdadeira tolerância, dentro dos limites necessários para a sobrevivência da própria civilização e da tolerância. Respeitar tradições, o legado dos que vieram antes de nós, e também se preocupar em preservar e deixar um legado positivo para os que ainda virão, tudo isso é parte da mentalidade conservadora, que reconhece que somos parte dessa “herança coletiva”. O estadista jamais irá encarar a sociedade como uma tela em branco na qual pode pintar o que lhe aprouver. Terá responsabilidade por saber que fazemos parte de um processo interminável, e que devemos respeito aos mortos e aos que estão para nascer. Por fim, nem todos os conservadores admiram a “sociedade comercial”, juntando-se aos esquerdistas nos ataques ao capitalismo selvagem. Coutinho busca em Thatcher, e no próprio Burke, uma visão alternativa, que reconcilia o conservadorismo com o livre mercado, uma “ordem espontânea” que preserva as liberdades individuais. A defesa conservadora do capitalismo é mais ética do que utilitarista: precisamos respeitar as escolhas dos indivíduos, possíveis apenas em um ambiente de trocas voluntárias. Dentre muitas dinâmicas, diversos “tipos ideais”, abrangidos pelo termo conservadorismo – possivelmente o mais compatível com as expectativas das elites – seja:






a)-O do exercício do poder, em particular o de natureza política, como “cimento” da sociedade, instância de controle sem o qual a anarquia se instala, corroendo toda a estrutura da “nação”.





b)-Em busca da evolutio dentro da ordem, o conservador pretende a manutenção das regras do sistema político. Isso acima de quaisquer outras considerações.
















c)-Um método no qual a mudança não se encontra, a priori, excluída, até porque – seguindo a receita aviada pelo grande teórico do conservadorismo no século XVIII, Edmund Burke: “um Estado onde não se pode mudar nada não tem meios de se conservar”.













Curiosamente, a frase do político irlandês poderia ter sido pronunciada noutro contexto geográfico, o da Itália do Risorgimento magnificamente recriada por Visconti, em O Leopardo (a partir de um romance de Lampedusa). No filme, o personagem principal, o Príncipe de Salina, profere a célebre sentença: “É preciso que as coisas mudem para que permaneçam como estão”. Pelo que se pode pensar, nada obstante as atualizações, o eco das ideias articuladas por Varnhagen e outros precursores, continua ouvido no Brasil de hoje. Comumente associado à esfera da política, o conservadorismo fornece, no entanto, no plano da cultura, a sua melhor chave de compreensão. Ou seja, aparentemente simples, a execução da proposta conservadora demanda o manejo de uma sofisticada rede de produção simbólica, organismo responsável por gerar e reproduzir valores culturais de afirmação do estabelecido, em níveis que se articulam o Estado, a igreja, a escola, a economia, as artes, os esportes, entre outros nexos.Um procedimento no qual não basta produzir o veto às concepções de mundo ditas progressistas, ou ainda o repúdio às expectativas de avanço da sociedade utópica, como na cartilha do reacionarismo. A alternativa metodológica de pensadores como Varnhagen e seus seguidores supõe uma outra atitude: a da arbitragem entre os níveis de mudança e de continuidade a ser administrados nos variados compartimentos da vida pública e privada. Marcado pela prudência e busca de coerência, esse tipo de pensamento venceu as barreiras do tempo, especialmente por sua conformidade ante às expectativas dos segmentos situados tanto no topo como na base da pirâmide social.







QUAL O VERDADEIRO PENSAMENTO REACIONÁRIO?













Frequentemente confundidos no Brasil, reacionarismo e conservadorismo têm em comum apenas a oposição à idéia de progressismo (não do verdadeiro progresso: moral, econômico e sócio cultural). De resto, exibem programa político e base social inteiramente distintos. Em ciência política, reacionário pode ser definido como uma pessoa ou entidade com opiniões políticas que favorecem o retorno a um estado político anterior da sociedade. Como adjetivo, a palavra reacionário descreve pontos de vista e políticas destinadas a restaurar um certo status quo do passado. Um reacionário é literalmente alguém que reage contra algum desenvolvimento ou mudança não testada com sucesso na história, ou se opõe a propostas de mudança na sociedade que modifiquem para o pior principalmente os valores morais. O termo é normalmente usado em associação ou mesmo no lugar de conservador, embora isso seja bastante relativo. A palavra "reacionário" é freqüentemente usada no contexto do espectro político de esquerda e direita. No uso popular, é comumente usada para se referir a uma posição altamente tradicional, oposta à mudança social ou política de forma radical. No entanto, de acordo com o teórico político Mark Lilla, um reacionário anseia por derrubar uma condição atual de percebida decadência e recuperar um passado idealizado. Tais indivíduos e políticas reacionárias favorecem transformação social, em contraste à pessoas ou políticas conservadoras que buscam mudanças incrementais ou preservação da política existente. As ideologias reacionárias também, podem ser radicais, no sentido de extremismo político, a serviço do restabelecimento das condições passadas. No discurso político, ser reacionário é geralmente considerado negativo; Peter King observou que é "um rótulo rejeitado, usado como uma provocação e não como um distintivo de honra".






Apesar disso, o descritor "reacionário político" foi adotado por escritores como:






1)-O Monarquista Austríaco Erik von Kuehnelt-Leddihn:













2)-O jornalista escocês Gerald Warner do Craigenmaddie:


















3)-O Teólogo político Colombiano Nicolás Gómez Dávila:

















4)-E o Historiador americano John Lukacs:














O sentido histórico do termo "reacionário" refere-se àquele que se contrapõe ao presente, e consequentemente às mudanças revolucionárias, sociais e políticas. Nesse sentido, entende-se como reação o conjunto de forças resilientes que atuam no sentido de retorno ao estado anterior.







O reacionário é gêmeo do revolucionário!?





O termo foi empregado pela primeira vez no contexto da Revolução Francesa (1789-1799) no sentido de que reacionários eram os que reagiam contra as mudanças iniciadas pela Revolução e pretendiam um retorno ao Antigo Regime.






No Manifesto do Partido Comunista, Marx e Engels afirmam que:






“As Classes médias, pequenos comerciantes, pequenos fabricantes, artesãos, camponeses - combatem a burguesia porque esta compromete sua existência como classes médias. Não são, pois, revolucionárias, mas conservadoras; mais ainda, reacionárias, pois pretendem fazer girar para trás a roda da história.”






Nesse sentido, equivocadamente, as religiões são às vezes, qualificadas por alguns como reacionárias. Isto decorre, em parte, da oposição a filósofos religiosos como Louis de Bonald, Joseph de Maistre e François-René de Chateaubriand, e em parte do que Karl Popper chamou de crença progressista (identificada como historicista) no caráter manifesto da verdade que não conduz à construção do conhecimento mas à procura dos obstáculos à manifestação da verdade. 












Ao se identificar a religião como geradora de preconceitos, os progressistas procuram abolir a religião. Diante da polarização direita x esquerda em curso na sociedade brasileira, o centro conservador ressurge, conspira e prepara o seu retorno à ordem política e social anterior ao advento do PT no poder, corrigindo os erros e avançando gradualmente. Será que, mais uma vez, caberá aos conservadores (e não reacionários) exercer a sua secular tutela sobre os conflitos políticos no Brasil?
















Nada melhor que revisitar os artigos do Credo Reacionário (original) para entende-lo!





I - Eu não hesito em anunciar que sou um reacionário!






Eu o tomo com um profundo orgulho, na verdade! Não vejo mais razão em olhar para a frente, para um futuro desconhecido, ao invés de olhar para trás nostalgicamente para valores conhecidos e comprovados. O termo “reacionário”, na forma em que uso, não representa um conjunto de ideias definitivos e imutáveis. Representa uma atitude de espírito. Como um reacionário, eu me ressinto em opor o espírito e as tendências da época em que sou obrigado a viver e buscar restaurar o espírito que teve a sua melhor personificação em períodos já passados. As circunstâncias em que o termo “reacionário” é aplicado como um epíteto para fascistas e outras marcas do homem moderno – as quais um verdadeiro reacionário tem apenas desprezo –  não é minha culpa. Como um reacionário honesto, eu naturalmente rejeito o Nazismo, Comunismo, Fascismo e todas as ideologias relacionadas que são, de fato, um reductio ad absurdum da chamada democracia e do “povo no poder”. Eu rejeito os pressupostos absurdos do governo da maioria, do parlamento hocus-pocus, o falso liberalismo materialista da Escola de Manchester e o falso conservadorismo dos grandes banqueiros e industrialistas. Eu abomino o centralismo e a uniformidade da vida em rebanho, o espírito estúpido racista, o capitalismo privado, bem como o capitalismo de estado (socialismo) que contribuíram para a ruína gradual da nossa civilização nos últimos dois séculos. O verdadeiro reacionário desses dias é um rebelde contra os pressupostos prevalecentes e um “radical” que vai até as raízes. Pessoalmente, sou um reacionário da fé Cristã Tradicional, com uma perspectiva liberal e com propensões agrárias. Onde tantos ao redor adoram o “novo”, eu respeito as formas e as instituições que têm crescido organicamente por um longo período de tempo. Os períodos que precederam as duas grandes tempestades – a Idade Média e a Renascença, terminadas pela Reforma e no século XVIII, terminada pela Revolução Francesa – essas são ricas em formas e ideias de importância duradouras.  A universalidade de Nicolas de Cues ou de um Alberto Magno, a glória da Catedral de Chartes e o barroco tardio da Áustria, figuras inspiradoras como a Maria Teresa, Pascal, George Washington ou Leibnitz fascinam-me mais do que os três “homens comuns” do nosso tempo – Mussolini, Stalin e Hitler ou o esplendor democrático de uma loja de departamentos ou o vazio espiritual dos comícios comunistas e fascistas magnetizados por uma multidão em êxtase. A nota introdutória a este declínio da civilização foi escrita pelo bárbaro real do trono Inglês que suplantou o espírito católico do seu país com um provincianismo paralisante; e pelo primeiro  “moderno” – o de Genebra, que pregava o retorno à selva na forma de um barbarismo idílico.  Estes dois cavaleiros – Henrique VIII, Rousseau – eram apenas os arautos das coisas mais fatídicas que estavam por vir. O desastre final foi, na Revolução Francesa, diante do eterno dilema de escolher entre liberdade e igualdade, decidiu-se pela igualdade. A guilhotina e os magistrados de Estrasburgo que acreditavam que a torre da catedral deveria ser demolida porque essa estava acima do nível igualitário de todas as outras casas, são símbolos do modernismo e do “progresso” perverso. As massas, formando maiorias organizadas e abraçando ideias idênticas e odiando uniformemente todos aqueles que ousam ser diferentes, são o produto atual dessas várias revoltas.   Padre ou judeu, aristocrata ou mendigo, gênio ou imbecil, o não conformista-político e explorador da filosofia – todos eles estão na listas dos proibidos. O rebanho manda hoje em quase todos os lugares, com diversos meios e sob os mais diversos rótulos. É a essa tirania que eu me oponho.






II - Como um reacionário, acredito em liberdade, mas não igualdade (igualitarismo ideológico)!












A única igualdade posso aceitar é a igualdade espiritual de dois bebês recém-nascidos, independentemente da cor, credo ou raça de seus pais. Não aceito nem o igualitarismo degradante dos “democratas”, nem as divisões artificiais do racistas, nem as distinções de classe dos comunistas e esnobes. Seres humanos são únicos. Eles devem ter a oportunidade de desenvolver suas personalidades — e isso significa responsabilidade, sofrimento, solidão. 










Não somente gosto do princípio da monarquia como também gosto de todas as pessoas que são coroadas. E há todos os tipos de coroas, a mais nobre delas, composta por espinhos.O Homem Moderno — este animal dócil, “cooperativo” e urbanizado — não é preferência de um reacionário. Eu acredito na família, na hierarquia natural dentro da família e no abismo natural entre os sexos. Eu amo os velhos cheios de dignidade e pais orgulhosos, mas também adoro crianças corajosas e justas. Em uma hierarquia o membro mais inferior é funcionalmente tão importante quanto o mais elevado. E o abismo entre os homens e as mulheres me parece uma coisa boa também. Não há triunfo na construção de uma ponte sobre uma mera poça. Eu gosto de pessoas com propriedades. Não estou nada entusiasmado com um colega desenraizado em um apartamento, com um número social como sua principal distinção. Eu detesto o capitalismo que concentra a propriedade na mão de poucos, não menos do que o socialismo que quer transferi-lo para o grande ninguém, uma hidra com um milhão de cabeças e sem alma: Sociedade. 







(nem Marx era defensor do igualitarismo)






Gosto de pessoas com sua própria morada, com seus próprios campos, com seus próprios pontos de vista levando-os a ações independentes. Eu tenho medo da massa: os 51 por cento que votaram em Hitler e Hugenberg; a multidão em frenesi que apoiou o Terror Francês; os 55 por cento dos brancos dos Estados do Sul que mantiveram 45 por cento dos negros “em seu lugar” com uma ajuda de torchas e cordas. Eu temo todas as massas que consistem de homens com medo de serem únicos, de serem pessoas; se importando mais com a segurança do que a liberdade, temendo seus vizinhos ou a “comunidade” mais do que Deus e suas consciências. Essas são pessoas que não exigem somente a igualdade, mas também identidade. Eles suspeitam de qualquer um que se atreve a ser diferente. Eles preferem apenas os “ordinary, decent chaps” ingleses, “regular  guys” americanos ou “rechte Kerle” no padrão alemão. O homem moderno parece ter apenas um desejo: ver tudo moldado na sua própria imagem; ele detesta personalidade e tenta se assimilar. O que ele não consegue assimilar, ele extirpa. Toda a nossa época é marcada por um vasto sistema de nivelamento e agências que compõem as escolas, anúncios, quartéis, bens, jornais, livros e ideias produzidos em massa. O lado sombrio desse processo pode ser visto no ostracismo social praticado contra as minorias nas democracias pseudo-liberais; nos matadouros humanos e campos de concentração das nações totalitárias superdemocráticas; nos fluxos intermináveis de refugiados vagando sem rumo em todo o mundo.Liberdade, afinal, é um ideal aristocrático.Em Washington, na frente da Casa Branca, na Jackson Square, há um simbolo maravilhoso: o monumento ao igualitarismo americano cercado por estátuas dos quatro nobres europeus que vieram para a América lutar pela liberdade e não pela identidade – o nobre Russo – Kosciuszko, Barão yon Steuben, o Conde de Rochambeau e o Marquês de Lafayette. O Barão de Kalb é comemorado em outros lugares e ao Conde Pulaski foi dado o nome a uma rodovia em Nova Jersey e uma estatua em Savannah. Pulaski foi o único general morto no Grande Levante Whigs Americano. Nós , reacionários (quer saibamos ou não) somos todos Whigs. Nossa tradição, em países de lingua inglesa, repousa sobre a Carta Magna, que só os ignorantes chamará de “democrática”.Eu não tenho afinidade pelo “liberalismo” do século XIX, com seu materialismo grosseiro e a crença pagã na “sobrevivência do mais apto”, ou seja, do mais  inescrupuloso.Nas condições europeias, sou naturalmente monarquista,  porque a monarquia é, basicamente, supra-racial e supra-nacional. As instituições livres sobrevivem melhor não somente nas monarquias do Noroeste da Europa, mas também na área etnicamente mista da Europa Central e Oriental. Um europeu deve preferir monarcas de origem estrangeira com esposa estrangeira, mãe e filhos estrangeiros do que um “líder” político pertencente apaixonadamente a uma nacionalidade, classe ou partido específico.Eu me sinto mais livre como um homem que não faz parte da escolha de ninguém do que se fosse alguém nomeado pela maioria, seguindo cegamente as emoções superaquecidas. Voltaire teve mais chances de influenciar os tribunais de Paris, Putsdam e São Petersburgo do que um Dawson, Sorokin, Ferrero ou um Bernanos tiveram para influenciar as massas “democraticas”. Os monarcas europeus intelectualmente e moralmente igualaram-se com seus imitadores republicanos. Os Bourbons certamente são comparáveis com os politicos das três Republicas Francesas. Os Fuhers da era totalitária podem ter sido muitas vezes mais “brilhante” e bem sucedidos pois eram menos escrupulosos. Apoiado por plebiscitos cuidadosamente encenados, eles se sentiram justificados em tolerar matanças que nenhum Bourbon, Habsburg ou Hohenzollern teriam arriscado. Platão nos disse, há mais de dois mil anos atrás, que a democracia se degenera inevitavelmente em ditaduras e de-Toccqueville re-enfatizou isso em 1835.  A maioria dos idiotas, de ambos os lados do Atlântico, continuaram a confundir democracia com liberalismo, dois elementos que podem, ou não, coexistir. Uma “proibição” apoiada por 51 por cento do eleitorado pode ser muito democrático, mas é dificilmente liberal.










III - O que nós reacionários queremos, é liberdade e a diversidade!






Nós acreditamos que existe uma força peculiar na diversidade. St. Estevão, Rei da Hungria, disse a seu filho: “Um reino de apenas uma linguagem e um costume, é tolo e frágil”. Isso é contrário a crença supersticiosa demo-totalitária de nossa época da uniformidade. Os fascistas italianos que destruíram todas as instituições culturais de não-italianas. Os Tecnocratas progressistas clamavam que, uma vez que essa guerra chegasse à América, iriam confiscar toda a impressa de língua estrangeira. Como um reacionário, gosto de patriotas; que ficam entusiasmados com a sua pátria, sua terra natal; e não gosto de nacionalistas, que ficam excitados com sua língua e seu sangue. O reacionário defende a ideia de solo e liberdade, ele luta contra o complexo de sangue e igualdade. Como um reacionário, eu possuo opiniões definitivas como também opiniões provisórias. “Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade” é um bom programa reacionário. Se eu considerar algo ser a Verdade, eu desconsidero toda opinião que contrária. Mas discordo com alguns eclesiásticos medievais ou com os conservadores de visão curta, que acreditavam que o erro pode ser combatido pela força. Qualquer erradicação meticulosa de erro por meios artificiais (sempre dirigida contra pessoas e não contra a idéia em si) acaba fazendo a Verdade ser intragável, obsoleta e desinteressante. Como reacionário, respeito qualquer pessoa que, com coragem e sinceridade, mantém visões errôneas, embora seguindo sua consciência. Eu tenho infinitamente mais respeito a um anarquista fanático catalão, ou por um Judeu Ortodoxo, ou por um Calvinista linha dura do que a um humanitário pseudo-liberal com uma veneração secreta a um estado onipotente. Um verdadeiro reacionário é um homem de fé absoluta e generosidade absoluta. Ele concilia dogma e liberdade. Como um reacionário, gostaria de ver materializado neste país, mais ideias anti-democráticas dos Pais Fundadores. De fato, poucos escritores europeus escreveram mais fortemente contra ao demos do que Madison, Hamilton, Marshall, John Adams ou mesmo Jefferson que esteve do lado da aristocracia do mérito, não pela regras da massa. No entanto, o centralismo de Hamilton é basicamente esquerdista. Nem aqui nem na Europa isso deve prevalecer. O que precisamos de ambos os lados do Atlântico é mais uma atitude pessoal. Colossialismo e coletivismo são o inimigo. O agricultor de Hindelang, por exemplo, deve antes de tudo, ter orgulho de ser o chefe de uma família, dono de uma fazenda e depois, de ser um morador de Hindelang. Após um reflexão mais aprofundada, ele deve encontrar orgulho em ser um dos camponeses do Vale do Allgau e também por ser Bávaro. Seu Germanismo deveria ser uma unidade mística no próprio horizonte de seus pensamentos. Mas a tendência moderna é a de estabelecer uma hierarquia inversa de lealdades. A ênfase nazista em noventa milhões de alemães, a ênfase Soviética sobre “as massas”, a identificação pelo “maior” com o “melhor, nos mostra a degradação expressa na adoração da quantidade, o nosso desprezo pela pessoa, todo o nosso desespero moderno pela singularidade humana. Eu defendo que o Estado, as empresas e as fábricas, são os grandes donos de escravos de nossos tempos. “Fulano” trabalha como o seu antepassado espiritual, o servo medieval, um dia e meio por semana para o seu senhorio. De quatro cheques semanais, ele entrega pelo menos um para a empresa que aluga o seu habitat. Se não fazê-lo, resultará em desapropriação, uma ameaça desconhecida para o servo feudal do século XIII. Na fábrica, ele trabalha, diferentemente de um membro da guilda, para investidores desconhecidos, bem como para líderes sindicais corruptos, se não, como na URSS, para uma combinação leviatã de Estado e Sociedade. Os trabalhadores devem possuir as ferramentas de produção; não existe nenhuma razão terrena para que eles não devam possuir fábricas, em um sentido literal ou ser titulares de todas as ações comercializadas. Uma usina pode ser uma comunidade viva não menos do que uma oficina medieval. Eu gosto das pessoas que são “atrasadas”, como os tiroleses, os alpinistas suíços  os escoceses, os moradores de Navarra, os bascos, os sombrios camponeses dos Bálcãs  os curdos. Eles escaparam de um mal menor da servidão na Idade Média e do grande mal da urbanização dos tempos modernos. Eles são bastante reacionários, conservadores e amam a liberdade. Eles podem dar ao luxo de serem conservadores porque sua cultura está fora de sintonia com os tempos modernos; o que eles possuem, vale a pena preservar. O conservador urbano, por outro lado, não é senão um “progressista” inibido. Eu acredito no homem de excelência, no homem do dever; contra o Homem-Comum cuja a única força está nos números, cuja a manifestação política é a submissão à “convicções” pré-fabricadas ou a “líderes” que, diferentemente dos “governantes”, não diferem das massas, mas personificam todas as suas piores características. Hoje, um grupo de genuínos reacionários carregam o peso da luta contra o super-progressismo na sua forma totalitária. Eles sabem que a democracia, como força, não pode lidar com os totalitários; formas embrionárias não podem ter sucesso contra manifestações mais maduras. Platão, de Tocqueville, Donoso Cortes, Burckhardt sabiam disso. A democracia progressista como um pseudo-liberalismo nada mais é que um Girondino, um precursor do Terror. Entre este punhado estão Winston Churchill e o Conde Galen, Conde Preysing e yon Faulhaber, Niemoller e Georges Bermanos, Giraud e d’Ormesson, Conde Teleki, Calvo Sotelo, Schuschnigg e Edgar Jung. Nenhum deles fez compromisso com a perversidade quer dos Girondinos ou com o Terror em suas formas modernas; vivos ou mortos, eles não iram ceder. Eles não acreditaram necessariamente em um Passado Glorioso em oposição a um Admirável Mundo Novo, mas eles viram as calamidades do presente, crescendo dos erros do passado, nas catástrofes do futuro.   Eles estão isolados pela suspeita que os rodeia. Eles são considerados desmancha-prazeres por não entrar na apologia universal do Progresso. Eles se tornaram inflexíveis e apaixonados. Eles vão levar suas bandeiras até a morte, e suas bandeiras são muito antigas, vaidosas e ilustres.















Extraído de: "O Credo do Reacionário" (Por Erik von Kuehnelt-Leddihn)






BIBLIOGRAFIA:





-David Robertson; David Professor Robertson (2002). A Dictionary of Modern Politics(em inglês). [S.l.]: Psychology Press


-Credo of a Reactionary por Erik von Kuehnelt-Leddihn – The American Mercury, under his alias Francis Stuart Campbell 


-MARX, K. e ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista.


-Wikipedia – A enciclopédia virtual


-POPPER, Karl A Miséria Do Historicismo. São Paulo: Edusp, 1980


-https://mundoconservador.wordpress.com/2017/01/04/o-credo-do-reacionario/


-https://www.institutomillenium.org.br/revolucionrios-reacionrios/






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CIDADÃO DO MUNDO, NORDESTINO COM ORGULHO, Brazil
Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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