Não tem coisa melhor do
que ser um "Católico esclarecido", conhecer o sagrado magistério da Igreja, a missão universal e
integral a ela confiada como instituição divina, e a partir disto encontrar o seu lugar e sua missão pessoal dentro deste grande jardim. Como do contrário, não tem coisa pior do que aqueles(as)
que desconhecem isto e ficam perdidos(as), querendo transformar realidades particulares e pessoais em missão universal, ou quando pior, achando que só o seu trabalho e missão é o
mais importante de todos, menosprezando e diminuindo os demais com críticas do
tipo: “Por que você não vai evangelizar ao invés de ficar só polemizando e falando de
política?”. Como se a política não fosse uma ferramenta evangelizadora querida e motivada pela
própria Igreja na obra de evangelização.
Desconhece que a Igreja em sua
experiência milenar, tem por excelência, quatro formas de evangelizar:
1)-A evangelização Querigmática
(parte
do processo evangelizador, porém, não é o único).
2)-A evangelização
Catequético-litúrgica (criar raízes e celebrar a fé professada).
3)-A evangelização
Testemunhal (indo até o martírio no Testemunho da Verdade).
4)-A evangelização pela
ação Intercessora (sem intercessão não há evangelização eficaz).
O que é
evangelizar para a Igreja?
“Evangelizar, para a Igreja, é
levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja, não se trata tanto de pregar
o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em
dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela
força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de
interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida
da humanidade, que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o
desígnio da salvação.” (Evangelii
Nuntiandi Nº 18-19. Papa Paulo VI)
A EVANGELIZAÇÃO CONFORME
O MAGISTÉRIO DA IGREJA:
Evangelização e
testemunho dos batizados
CIC§2044: A fidelidade dos batizados é
condição primordial para o anúncio do Evangelho e para a missão da Igreja no
mundo. Para manifestar diante dos homens
sua força de verdade e de irradiação, a mensagem da salvação deve ser
autenticada pelo testemunho de vida dos cristãos: "O próprio
testemunho da vida cristã e as boas obras feitas em espírito sobrenatural
possuem a força de atrair os homens para a fé e para Deus.
CIC§2472: O dever dos cristãos de tomar
parte na vida da Igreja leva-os a agir como testemunhas do Evangelho e das
obrigações dele decorrentes. Esse
testemunho é transmissão da fé em palavras e atos. O testemunho é um ato de
justiça que estabelece ou dá a conhecer a verdade: Todos os cristãos, onde
quer que vivam, pelo exemplo da vida e pelo testemunho da palavra, devem
manifestar o novo homem que pelo Batismo vestiram e a virtude do Espírito Santo
que os revigorou pela confirmação.
Missão dos leigos na
evangelização
CIC§905: Os leigos exercem sua missão
profética também pela evangelização, isto é, o anúncio de Cristo feito pelo testemunho
da vida e pela palavra. Nos leigos, esta
evangelização adquire características específicas e eficácia peculiar pelo fato
de se realizar nas condições comuns do século".
Motivo da evangelização
CIC§851: O motivo da missão. É do amor de
Deus por todos os homens que a Igreja sempre tirou a obrigação e a força de seu
clã missionário: "Pois o amor de Cristo nos impele..." (2Cor 5,14).
Com efeito, "Deus
quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da
verdade" (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo
conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem
à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a
quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro de seu anseio, levando-lhes
a mesma verdade. Ela tem de ser missionaria
porque crê no projeto universal de salvação.
Cristãos leigos e a construção da política
CIC§899: A iniciativa dos cristãos leigos é
particularmente necessária quando se trata de descobrir, de inventar meios para
impregnar as realidades sociais, políticas e econômicas com as exigências da
doutrina e da vida cristãs. Esta iniciativa é um elemento normal da vida da
Igreja. Os fiéis leigos estio
na linha mais avançada da vida da Igreja: graças a eles a Igreja é o princípio
vital da sociedade humana. Por isso, especialmente eles devem ter uma
consciência sempre mais clara não somente de pertencerem à Igreja, mas de serem
Igreja, isto é, a comunidade dos fiéis na terra sob a direção do Chefe comum, o
Papa, e dos Bispos em comunhão com ele. Eles são a Igreja.
Distinção entre serviço
de Deus e o serviço da comunidade política
CIC§2242: O cidadão é obrigado em consciência a não
seguir as prescrições das autoridades civis quando estes preceitos são
contrários às exigências da ordem moral, aos direitos fundamentais
das pessoas ou aos ensinamentos do
Evangelho. A
recusa de obediência às autoridades civis, quando suas exigências são
contrárias às da reta consciência, funda-se na distinção entre o serviço a Deus
e o serviço à comunidade política: "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de
Deus" (Mt 22,21). 'E
preciso obedecer antes a Deus que aos homens" (At 5,29):Se a
autoridade pública, exorbitando de sua competência, oprimir os cidadãos, estes
não recusem o que é objetivamente exigido pelo bem comum; contudo, é lícito defenderem
os seus direitos e os de seus concidadãos contra os abusos do poder,
guardados os limites traçados pela lei natural e pela lei evangélica.
Domínio político da
opinião
CIC
§2499:
A moral denuncia
o flagelo dos estados totalitários que falsificam sistematicamente a verdade,
exercem mediante os meios de comunicação uma dominação política da opinião,
"manipulam" os acusados e as testemunhas de processos públicos e imaginam
assegurar sua tirania sufocando e reprimindo tudo o que consideram
"delitos de opinião".
Juízo moral da Igreja e
a ordem política
CICI
§2246:
Faz parte da missão da Igreja "emitir juízo moral também
sobre as realidades que dizem respeito à ordem política, quando o exijam os
direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas, empregando
todos os recursos - e somente estes - que estão de acordo com o Evangelho e com
o bem de todos, conforme a diversidade dos tempos e das situações.
Regimes políticos e bem
comum
CIC
§190:
Se, por um lado, a autoridade remete a uma ordem fixada por Deus, por outro, são
entregues à livre vontade dos cidadãos a escolha do regime e a designação dos governantes.
CIC
§1902: A diversidade dos regimes políticos é moralmente admissível, contanto
que concorram para o bem legítimo da comunidade que os adota. Os regimes cuja natureza é contrária à lei natural, à ordem
pública e aos direitos fundamentais das pessoas não podem realizar o bem comum das
nações às quais são impostos. A autoridade não adquire de si mesma sua legitimidade moral. Não deve
comportar-se de maneira despótica, mas agir para o bem comum, como uma
"força moral fundada na liberdade e no senso de responsabilidade”: A
legislação humana não goza do caráter de lei senão na medida em que se conforma
à justa razão; de onde se vê que ela recebe seu vigor da lei eterna. Na medida em que ela se afastasse da razão seria
necessário declará-la injusta, pois não realizaria a noção de lei; seria antes
uma forma de violência.
CIC
§1903:
A autoridade só será exercida legitimamente se procurar o bem comum do grupo em
questão e se, para atingi-lo empregar meios moralmente lícitos. Se acontecer de os
dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem
moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências. "Neste
caso, a própria autoridade deixa de existir degenerando em abuso do
poder."
CIC
§1904
"É preferível que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras
esferas de competência que o mantenham em seu justo limite. Este e o principio
do 'estado de direito', no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitrária
dos homens."
CIC
§2237:
Os poderes políticos devem respeitar os direitos fundamentais da pessoa humana.
Exercerão humanamente a justiça no respeito pelo direito de cada um,
principalmente das famílias e dos deserdados. Os direitos políticos ligados à cidadania podem
e devem ser concedidos segundo as exigências do bem comum. Não podem ser
suspensos pelos poderes públicos sem motivo legítimo e proporcionado. O
exercício dos direitos políticos é destinado ao bem comum da nação e da
comunidade humana.
Resistência à opressão
do poder político
CIC
§2243:
A resistência à opressão do poder político não recorrerá legitimamente às
armas, salvo se
ocorrerem conjuntamente as seguintes condições:
1)-Em caso de violações certas, graves, e prolongadas dos direitos
fundamentais.
2)-Depois de ter esgotado todos os
outros recursos.
3)-Sem provocar desordens piores.
4)-Que haja uma esperança fundada
de êxito.
5)-Se for impossível prever
razoavelmente soluções melhores.
QUAL É A MISSÃO EVANGELIZADORA
UNIVERSAL DA IGREJA?
A missão de pregar a
todos, em todo os lugares e em todo tempo, inclui a evangelização pessoal,
coletiva, nacional e transcultural. Nesse tópico vamos ver o exemplo de Cristo,
o evangelista por excelência! Vamos dividir esse tópico de forma pedagógica
para melhor compreensão em quatro também:
1)- A Evangelização
pessoal (pessoa-a-pessoa: Pesca de anzol):Em vários momentos de
seu ministério, o Senhor Jesus consagrou-se à evangelização pessoal. Na calada
da noite, recebeu Nicodemos, a quem falou do milagre do novo nascimento (João
3,1-16. E, no ardor do meio dia, mostrou à mulher samaritana a eficácia da água
da vida (João 4,1-24). Neste momento, há alguém, bem pertinho de você
que precisa ouvir falar de Cristo. Não perca a oportunidade e evangelize, pois
talvez esta pessoa não terá outro meio e oportunidade a não ser você para
evangeliza-la.
2)-Evangelização
coletiva (Pescar
de redes: Grandes eventos: Festas de Padroeiros e as grandes festas do
calendário litúrgico): Cristo dedicou-se também ao evangelismo coletivo. Aproveitou-se
das grandes festas Judaicas para falar de Deus e dos valores do seu reino. Ele
aproveitava estes ajuntamentos e concentrações, afim de expor a boa nova. As
multidões também precisam ser alcançadas com a pregação do Evangelho, para que todos
ouçam a mensagem da cruz e da ressurreição. Voltar à prática do
evangelização, ou pesca em massa com grandes e eficazes redes, é uma
necessidade urgente da Igreja!
3)-Evangelização
regional, ou nacional (Congressos regionais e Nacionais que determinam o Plano de
Evangelização): Em
seu ministério terreno, Jesus era um judeu inserido na sociedade judaica,
falando-lhes em sua própria língua. Sua identificação com a cultura israelita
era perfeita:“Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me
pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (porque os judeus não se
comunicam com os samaritanos - João 4,9).Ele não podia esconder sua identidade
hebreia (Luc 9,53). Cristo viveu como judeu e, como judeu, morreu – Mt 27,37. Nessa
condição Ele anunciou o Evangelho do Reino de Deus às ovelhas perdidas da casa
de Israel. Estejamos portanto, atentos às ações evangelizadoras locais.
4)-Evangelização
transcultural, ou internacional (a que faz parte da grande missão universal da
Igreja presidida pelo papa e seus dicastérios auxiliares): Embora a missão
imediata de Jesus fosse redimir as ovelhas da casa de Jacó (Mt 15,24),Jesus não
deixou de evangelizar pessoas de outras culturas e nacionalidades.Atendeu a
mulher siro-fenícia (Mc 7,26);socorreu o servo do centurião romano (Mt 8,5-11).E
não foram poucos os seus contatos com os samaritanos (Lc 17,16; Jo 4,9). É
chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras, ouvindo o gemidos das
nações, tribos e povos ainda não alcançados pelo evangelho da Salvação.Não
podemos ficar indiferentes.
I - A EVANGELIZAÇÃO QUERÍGMÁTICA
Falar sobre o querígma
é falar sobre o anúncio de Jesus Cristo. Anunciar o Mistério de sua vida, o
mistério da salvação que se realiza na encarnação do Filho, o Verbo eterno, por
decisão do Deus-Trindade, e livre vontade do Filho. Essa encarnação
sela a aliança definitiva de Deus com os homens, expressão do seu amor pelo
povo eleito desde o princípio, e do qual pede uma resposta de amor e
obediência. Nossa salvação foi realizada especialmente pelo Mistério Pascal,
que se tornou possível pela encarnação: mistério de morte e de Ressurreição,
pelo qual o Filho, depois de ter dado a seus apóstolos o sentido de seu gesto,
oferece-se a seu Pai na Cruz.A encarnação e a redenção pelo Mistério
Pascal são, em Cristo, um processo de atos que exprimem seu amor e sua
obediência, sendo o dom de sua vida no momento de sua morte o último desses
atos. Amor por seu Pai e, nele, amor pela humanidade. Jesus veio
anunciar o amor de Deus Pai. Este é o ponto de partida: Deus nos ama porque
somos bons; nos ama porque ele é bom e é próprio do amor espalhar-se por meio
das pessoas amadas. Ao expressar o amor do Pai, Jesus proporciona um encontro
que transforma e dá sentido à vida, pois seu desejo é comunicar a Boa-Nova do
Reino de Deus e permitir que as pessoas, baseadas na compreensão e no amor, o
aceitem em suas vidas. Assim se deu a percepção do grande amor de Deus
acontecendo na vida das pessoas desde quando Ele (Deus) tomou a iniciativa de
vir nos visitar em pessoa. A encarnação de Jesus Cristo é a revelação
definitiva do grande mistério do Pai que deseja salvar o mundo em seu Filho
Jesus. A verdadeira evangelização começa com o querigma, palavra que tem sua
raiz relacionada com os arautos reais, os “quérix”, homens que percorriam os
reinos proclamando as notícias relacionadas com a vida palaciana. Na tradição cristã, a palavra querigma se tornou sinônimo do
primeiro anúncio das verdades da fé. Os discípulos, após a morte
de Jesus, saíram pelas cidades e povoados anunciando o
querigma do Reino de Deus, que, nas Escrituras, é assim resumido: “Jesus de
Nazaré foi morto, ressuscitado e exaltado à direita de Deus Pai”. Essa afirmação é o centro da fé cristã. Entre os
apóstolos, São Paulo é muitas vezes chamado de grande missionário querigmático,
já que ele soube mais do que ninguém propor as bases do Evangelho e o nome de
Jesus para muitos povos e muitas culturas diferentes. O querigma cristão
consiste na apresentação de Jesus com seus três grandes títulos: Salvador,
Senhor e Messias.Todos os que desejam seguir Jesus Cristo passam, necessariamente, pelo
anúncio primeiro da fé, pelo despertar do amor a Jesus Cristo. O querigma é,
então, o primeiro anúncio do Evangelho para aquelas pessoas que ainda não
conhecem Jesus Cristo. A palavra anunciada não é uma teoria. É a Boa
Notícia que revela o amor de Deus pela humanidade na entrega de seu Filho
Jesus. A verdadeira evangelização
começa com o querigma, que dá vida nova, experiência de fé, Boa-Nova e poder do
espírito. Só os que são enviados têm autoridade para anunciar o querigma. A evangelização tem um processo próprio que não se deve
inverter, sob pena de perder a força intrínseca da Palavra de Deus: primeiro,
deve-se apresentar Jesus, centro e base da Boa-Nova; depois, e somente depois,
é que se devem expor as verdades, leis e exigências desse Jesus.A continuidade
do anúncio querigmático é a catequese. O
querigma inaugura a experiência da fé; a catequese sedimenta esse amor,
primeiro por meio do desenvolvimento das verdades e doutrinas e da adesão
contínua ao projeto de Jesus. Ainda que sejam interdependentes, pois são
formas de evangelização essenciais para a vida do cristianismo, o anúncio
inicial e a catequese são modos distintos de inserir o cristão no seguimento de
Jesus Cristo. Ambas as ações são necessárias e delas resulta o
verdadeiro espírito missionário, que movimenta nossa Igreja.
Por Pe. Evaldo César de
Souza, C.Ss.R. – A12.com
II - UMA CATEQUESE INTEGRAL PARA QUE A SEMENTE CRIE RAÍZES
Podemos lembrar aqui as
palavras do etíope que não entendia o sentido das Escrituras e responde a
Filipe que lhe pergunta: Entendes
o que lê? O Etíope responde: “Como poderia entender se alguém não me explicar”.
(cf. At 8,31). A fidelidade ao
conteúdo das verdades da fé exige também, da parte do catequista, uma didática
adequada, de modo que se possa adaptar ao grau de compreensão dos seus
discípulos em diversas fases de idade. É notório que a autoridade da Igreja se
tem preocupado com a transmissão das verdades da fé ou a catequese hoje. O S.
Padre João Paulo II, rematando e enfeixando as observações do Sínodo Mundial
dos Bispos de 1977, publicou em 1980 a Exortação Apostólica Catechesi Tradendae
(Catequese hoje); considera aí os problemas do conteúdo e de forma do ensino religioso
em nossos tempos.Aos 15-16/01/1981 o
Cardeal Joseph Ratzinger, Prefeito de S. Congregação para a Doutrina da Fé,
proferiu em Lyon e Paris famosa conferência sobre o assunto. Apontava então, como uma das principais falhas
dos métodos modernos, o descuido de transmitir aos catecúmenos o conhecimento
do Credo, dos sacramentos e dos mandamentos.Tal
falha é conseqüência da supressão dos manuais de catecismo que existiam
outrora. Em vez de recorrer a tais compêndios da fé, muitos mestres “tentaram
reconstruir a doutrina da fé partindo diretamente da Bíblia”, sem levar em
conta a Tradição e o magistério da Igreja.
A Escritura foi assim sujeita a re-leitura ou
re-interpretaações, que não rara tinham por critério decisivo a experiência da
comunidade ou a dos peritos; tal procedimento tem despojado a fé do seu
conteúdo ou da sua substância.Eis que em 19/07/83 o
Cardeal
Silvio Oddi, Prefeito da S. Congregação para o Clero, proferiu no
Catechetical
Day do Estado de Virgíinia (U.S.A.) uma alocução, que faz eco à
Palavra
do S. Padre e do Cardeal Prefeito da S. Congregação para a Doutrina da
Fé. Dada a importância da temática,
apresentamos,
a seguir, este texto em tradução portuguesa.
O original inglês encontra-se na revista Divine Love, 2º
trimestre de 1983; endereço: P. O. Box 24, Fresno, Ca 93707,
U.S.A.
O DIREITO À
VERDADE "INTEGRAL"
O direito dos
catecúmenos à verdade. “A catequese é a arte de levar à maturidade
a fé dos que se aproximam, e de fazer destes, mediante a educação, verdadeiros
discípulos de Cristo (João Paulo II, “Catequese Hoje”, nº 19).
Com palavras precisas,
catequese é o modo de procedermos para tornar mais explícita nossa adesão pessoal
a Jesus Cristo (Jo 14,6) após o Batismo. Nas terras de missão, quem se esforça
por aprofundar a sua fé de principiante, é frequentemente chamado “catecúmeno”. Mas aqueles que ainda não foram batizados e
ouvem pela primeira vez a explanação da doutrina da fé, são também chamados
“catecúmenos”. Nas dioceses mais
antigas, falamos até de catequese de adultos e expressões semelhantes. Disto depreendemos que, no uso popular, a
palavra “catequese” serve para indicar a transmissão da Palavra de Deus em quase
todos os níveis, a quase todas as idades, a cristãos batizados como também a
aspirantes ao Batismo. Em sentido isto,
somos todos catecúmenos, em paralelo a uma dona de casa coreana que ouça falar
de Jesus pela primeira vez. Por conseguinte, a palavra “catequese” é, muitas
vezes, tomada em sentido assaz amplo. Se
queremos abordar tal assunto com todas as suas implicações ele se torna
realmente muito vasto. Eis por que
resolvi restringir-me a um só aspecto: o direito dos catecúmenos à verdade.À primeira vista, esta proposição
parece clara por si mesma, como o lema que se acha impresso no dólar norte-americano:
“In God we trust” (Em Deus confiamos). Todos os homens, e não apenas os norte-americanos, devem pôr
em Deus a sua confiança; e todos os homens, não somente os catecúmenos, tem
direito à verdade. Todavia é um fato – sabemo-lo bem – que nem
todos colocam a sua confiança em Deus;
paralelamente nem em toda parte é respeitado o direito à verdade. Por conseguinte, no setor da catequese é necessário examinar o direito, de
todo homem, mulher, e criança, de ouvir
a verdade a respeito de Deus; como corolário deste direito, a Igreja tem a obrigação de vigiar para que a Verdade de
Deus seja fielmente transmitida.
Os cristãos aprendem
que as quatro notas da Igreja são a unidade, a
santidade, a catolicidade e a apostilicidade. Parece-me que as
mesmas quatro notas características, com as devidas adaptações também marcam a
Verdade. Desejo examinar cada uma delas,
reservando maior espaço à primeira, que é a unidade e a integridade da verdade,
sinal necessário da autenticidade da doutrina.
Esta nota nos ajudará a esclarecer o que se entende por “legítimo pluralismo”.
A Catequese Hoje
Muitos catecúmenos hoje
em dia são instruídos apenas a respeito de uma parte da doutrina da fé. Em certos periódicos transparece verdadeira antipatia
para com os textos catequéticos que proclamam, sem rodeios, a doutrina da fé.
Talvez seja esta a razão pela qual os jovens negligenciam seus deveres
religiosos. As cartas que me chegam de certas regiões do mundo, confirmam-me
nesta opinião. Está claro que, se nós
nos contentarmos com ensinar que os Apóstolos viram Jesus depois de sua morte,
sem mencionar os pormenores pitorescos do peixe comido em eles (Lc 14,42), o convite
a Tomé para que pusesse a mão no lado aberto de Jesus (Jo 20,27), o encontro de
Jesus com Maria Madalena, que a princípio não o reconhecera, pois não imaginava
revê-lo (Jo 20,14),os catecúmenos são privados do seu direito à verdade
inteira.
A ressurreição corporal de Jesus
Por que as coisas são assim? Porque deixamos os
nossos catequizados expostos ao fluxo de meias-verdades a propósito da
ressurreição corporal de Cristo. Às
vezes, querendo evitar exageros na interpretação da Escritura, transmitimos uma
visão deformada do relato evangélico e privamos os nossos ouvintes da descrição
completa da ressurreição de Jesus. Evidentemente, a verdade completa é
que os Apóstolos não foram vítimas de alucinação. Realmente Jesus em corpo e alma saiu vivo do sepulcro;
muitos o viram, comeram com Ele; aqueles mesmos que a princípio duvidaram,
perguntando se era Ele realmente, foram convencidos. A seguir, ele se elevou aos céus. Não houve sombra
de alucinação; trata-se da verdade exata (cf. At. 10, 40-43).
A verdade é o
reconhecimento da realidade objetiva!
No fundo, que é a
verdade ? Esta é a questão proposta por Pilatos - Os
filósofos no decorrer dos tempos enfrentaram o problema. A verdade é a conformação do espírito à realidade
exterior. Por conseguinte, a verdade
exige que nos submetamos a realidades que estão fora de nós mesmos; e isto nos
é difícil. Temos a tendência a decidir a respeito do que é verdade ou erro
apoiando-nos exclusivamente sobre nós mesmos, sem referência a qualquer coisa
ou pessoa fora de nós. Somos sempre os filhos
de Adão, herdeiros da sua propensão a centrar tudo sobre si mesmo. Todavia a verdade não se determina por
opiniões pessoais; ela se apoia sobre a realidade objetiva. De
fato, Papa João Paulo II define a verdade como sendo “o
reconhecimento da realidade”(alocução à Universidade Católica da
América, Washington DC, 10/10/1979). Somos chamados, em
todas as situações, a praticar essa submissão à verdade, principalmente, quando
se trata da verdade divina. Muitas
vezes, porém, como Pilatos procuramos cinicamente furtar-nos a ela; ou mesmo,
como Satanás, nós nos colocamos em rebelião flagrante contra a verdade, movidos
por um orgulho disposto a não ceder nem diante do homem nem diante de
Deus. Certas verdades religiosas não são
de fácil aceitação ou porque é demasiado limitada para as apreender. Como quer
que seja, Deus quer que as aceitemos, e aceitemos na Fé.
Aquelas palavras continuam “duras demais”(Jo 6,60)
Lembramo-nos da
tristeza com que Jesus olhou os que dele se afastavam, quando Ele anunciara à
multidão a instituição da Eucaristia e a entrega do seu corpo como comida e do
seu sangue como bebida. Os ouvintes
julgaram as suas palavras “duras” e se foram (Jo 6,60). Mas Pedro e os outros
Apóstolos ficaram com Ele. Assim devemos
nós fazer.A
verdade revelada não é algo a que a razão nos leve, mas ela nos vem pela
fé. Por conseguinte, a vontade deve
mover a razão a aceitar, não porque a inteligência tenha aprendido cabalmente o
conceito, mas porque Deus o revelou e nós cremos em Deus. É preciso ensinar os
jovens a estudar a doutrina da Igreja com o olhar da Fé e ensinar-lhes o que
Deus revelou. É evidente que tais
verdades são muito mais importantes do que o que eles podem imaginar.
Transmitir o ensinamento da Igreja, e não opiniões pessoais!
Eis por que os
catequistas se devem preservar, com
grande cuidado, de censurar a Palavra de Deus.
O Senhor nada nos ensinou que nos possa fazer mal. Todos
aqueles que procuram entravar a marcha do inocente para a verdade
inteira, destroem na criança a razão mesma da sua existência e põem-se em
contradição com o objetivo da Encarnação, que é: arrebatar o
homem ao pai da mentira e apresentá-lo ao Pai da Verdade. Criando o homem
e a mulher à sua semelhança (Gn 1,26), Deus deu a todo ser humano o direito
à verdade, isto é, o direito de O conhecer como Ele é,não deformado pelos
homens que tentam rebaixar o Criador ao nível da criatura.Um dever paralelo toca naturalmente
aos que têm o encargo de formar os jovens: estão obrigados a respeitar
o direito destes a ser instituídos na Verdade, em toda a Verdade, e nada
mais; para tanto, será preciso fazer clara distinção entre aquilo que a Igreja
ensina e as opiniões humanas.
O Papa lembrou energicamente aos professores de Religião:
“Teólogos e exegeses
têm o dever de vigiar com grande solicitude, para que os fiéis não tomem por proposições
certas de fé o que pertence ao setor das opiniões ou dos objetos discutidos
entre os peritos. (Os catequistas) devem acautelar-se para não perturbar a mente
dos jovens introduzindo na catequese teorias estranhas, questões inúteis e
discussões estéreis, coisas que S. Paulo frequentemente reprovou em suas Cartas
Pastorais” (“Catequese Hoje” nº 61; cf. 1 Tm 6,22).
A sã pedagogia não se opõe ao ensino dos mandamentos
Alguns professores de Religião
parecem hoje passar mais tempo dirigindo exercícios literários do que ministrando
aos seus alunos uma doutrina sólida. Os
bons mestres sabem utilizar a aula de modo a não ocupar o tempo quase todo com
motivações, deixando apenas poucos momentos para a exposição da matéria
programada. Acontece também às
vezes que os programas são muito pobres de conteúdo. Dizem, por exemplo: A Santíssima Trindade é assunto a
evitar, porque a criança não aprenderia.
O pecado também, porque a criança corre o risco de adquirir um complexo
de culpa; o Inferno igualmente, porque traumatizaria a criança. O divórcio, da mesma forma, porque a criança
conhece numerosas pessoas divorciadas na sua família. Sendo assim, tornam-se necessárias
imagens, filmes e discussões para ocupar o tempo que não é mais consagrado a
apresentar a Palavra de Deus. Todavia o
espírito da criança, desde que se abre, precisa de receber algo de
substancial. Nenhum catequista tem o
direito de recusar à criança o conhecimento dos pontos fundamentais da fé. Não merece o seu
salário o professor que não seja capaz de falar aos seus alunos a respeito da
queda, da Redenção, do pecado, da graça, do juízo, do céu e do inferno, sem
traumatizar os seus discípulos. Às
vezes são precipitadamente ensinadas às crianças coisas que eles deveriam
ignorar na sua idade; ao mesmo tempo, porém, é-lhes recusado o conhecimento de
coisas que elas precisam de saber em qualquer idade.
Pluralismo somente fora do depósito da fé
O suave e muito
estimado Papa João Paulo I, que tão cedo nos foi arrebatado, dirigiu-se no
último dia da sua vida aos Bispos das Filipinas, dizendo-lhes enfaticamente:“Um
dos mais estritos direitos dos fiéis é o de receber a Palavra de Deus em toda a
sua pureza e inteireza” (28/9/1978).No estudo da Teologia e
da Bíblia há certamente vários setores em que a verdade não aparece com clareza
ao espírito humano e a respeito dos quais a Igreja não se pronunciou. Aí é aceitável um pluralismo de opiniões entre
os estudiosos. Mas, mesmo em tais casos,
o pluralismo tem seus limites. Uma opinião não pode ser verídica se ela contradiz
a uma sentença certa. Não se pode dizer
Não às verdades conhecidas, sob pretexto de descobrir o desconhecido. Se a negação do que a Igreja tem por certo é
necessária para apreender uma “verdade nova”, aonde vamos parar ? Por certo, em tais casos e “verdade nova” é
falsa. Eis por que toda sentença de
Escritura ou do Magistério há de ser interpretada não isoladamente, mas no
contexto do depósito da fé.
Adaptar a educação sexual à capacidade da criança
Passemos agora à
segunda característica da verdade: ela é santa. A verdade é santa porque Deus é
verdade: “Eu
sou a Verdade”, disse Jesus (Jo 14,6). A verdade não ameaça a
dignidade e a santificação do homem. Tudo o que Deus fez e dispõe, tendo a
santificar o homem, desde que este o utilize em conformidade com as exigências
da natureza e o ensinamento divino.
Nosso corpo, a natureza em geral, as descobertas científicas, tudo isto
é bom como tal. Todavia o uso que
fazemos de tais bens, será aferido em função da seguinte pergunta:Tal
uso contribui ou não para a realização da finalidade para a qual Deus criou o
homem ? A Igreja não tem medo
da verdade, de nenhuma verdade, porque Deus é a Verdade. Ao mesmo tempo, porém, as circunstâncias nas quais
a verdade é transmitida aos jovens, devem ser seriamente levadas em consideração
pelo professor inteligente.A
verdade é comparável, sob certos aspectos,
aos bons alimentos que devem ser ingeridos em quantidade conveniente e
temperados agradavelmente para que o homem tire proveito. Disseram-me, por
exemplo, que não devem ser dadas aos bebezinhos grandes fatias de filé
“mignon”. Do mesmo modo, se temos
que explicar aos jovens a sexualidade humana, precisamos de tomar muito cuidado
para apresentar a matéria gradativamente, levando em conta a sua capacidade de
assimilação.
Respeito à santidade da verdade!
Sempre me surpreendi
por ver que a nossa geração, que se gloria de ter dado passos de gigante no
setor da psicologia humana, parece não compreender o que nossos antepassados
sabiam instintivamente, a saber:Tudo
o que concerne à reprodução humana, emociona vivamente os jovens.Eis por que o respeito
ao corpo humano, santuário do Espírito Santo, que vive nos homens e nas
mulheres, nos meninos e meninas santificadas pela graça divina, exige que se
tenha grande solicitude por adaptar às condições emotivas, intelectuais e
fisiológicas dos catequizandos os dados biológicos, sociais e teológicos
relativos à reprodução humana. A
reverência ao ser humano, o respeito à santidade da verdade, a solicitude para
com a modéstia instintiva e protetora ditarão ao professor a maneira de se
exprimir e de apresentar a matéria.
III - EVANGELIZAR DANDO TESTEMUNHO DA
VERDADE ATÉ O MARTÍRIO (BRANCO, e DE SANGUE)
Formação Shalom -
Elisângela Alves
“Os
discípulos de Cristo ‘revestiram-se do homem novo,
criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade’. ‘Livres da mentira’,
devem rejeitar toda maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia,
inveja e maledicência” (CIC. 2475).
Jesus se apresenta a
nós como a Verdade: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6). Deus é a
fonte de toda verdade, por meio de sua Palavra encontramos a verdade acerca
dele e de nós mesmos, cumprindo-se assim o que Jesus afirma: “Conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32). Nele encontramos a Verdade plena
de Deus manifestada ao homem e crendo na Verdade não permaneceremos nas trevas.Como
membros de Cristo, somos chamados a viver e testemunhar a verdade: “Uma vez que
Deus é ‘veraz’ (Rm 3,4), os membros do seu povo são chamados a viver na
verdade” (Cat, 2465). Aquele que é discípulo de Jesus aprende dele o amor
incondicional à verdade: “Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não” (Mt 5,37).
Jesus abertamente condena a hipocrisia dos fariseus e escribas: “Ai de vós,
escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por
fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, cadáveres e de
toda espécie de podridão. Assim também vós: por fora parecem justos aos olhos
dos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt
23,27-28).
A verdade torna o homem
cada vez mais semelhante a Deus, fonte de toda verdade. Seria impossível os
homens viverem juntos sem a confiança recíproca, ou seja, sem a manifestação da
verdade uns para com os outros.Muitos
chegaram ao martírio pelo supremo testemunho prestado às verdades de fé. “O
mártir dá testemunho de Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela
caridade. Dá testemunho da verdade da fé e da doutrina cristã, enfrenta a morte
num ato de fortaleza” (CIC. 2473). Por exemplo, Santo
Inácio de Antioquia manifestou com suas palavras esta fortaleza e fidelidade à
verdade, quando foi interpelado a negar a sua fé em Jesus Cristo. Por não negar
a sua fé foi dado às feras e desta forma se tornou mártir. Com ousadia
afirmava: “Deixai-me ser comida das
feras. É por elas que me será concedido chegar até Deus.” - “A
consciência é o núcleo secretíssimo e o sacrário do homem, onde ele está
sozinho com Deus e onde ressoa a Sua voz” (GS, 16). Nela se encontra uma
lei inscrita pelo próprio Deus, mostrando como melhor agir, amar, fazer o bem e
evitar o mal. Com o passar do tempo, a mentalidade vai adquirindo conceitos dos
mais variados níveis, podendo distorcer a consciência do homem.“A relação que existe entre a
liberdade do homem e a lei de Deus tem a sua sede viva no ‘coração’ da pessoa,
ou seja, na sua consciência moral: no
fundo da própria consciência – escreve o Concílio Vaticano II – o homem
descobre uma lei que não se impôs a si mesmo, mas à qual deve obedecer; essa
voz, que sempre o está chamando ao amor do bem e fuga do mal, soa no momento
oportuno, na intimidade do seu coração: faze isto, evita aquilo. O homem
tem no coração uma lei escrita pelo próprio Deus: a sua dignidade está em
obedecer-lhe, e por ela é que será julgado” (VS, 54). De qualquer forma, a
nossa consciência só se torna reta graças à verdade. É necessário escutarmos a
Deus por meio da nossa consciência, meditando os mandamentos que Ele mesmo
incutiu no nosso coração e fazermos a sua vontade, escutando dele a verdade.
Essa tarefa, por mais difícil que pareça, torna-se possível, pois
“o homem tende naturalmente para a verdade. É obrigado a honrá-la e
testemunhá-la (…) a aderir à verdade conhecida e a ordenar toda vida segundo as
exigências da verdade” (CIC. 2467).Infelizmente, a nossa
consciência nem sempre absorve coisas boas, colhe também conceitos e exemplos
errados que agridem a consciência reta, o nosso inconsciente recebe conceitos
negativos. Por isso, é necessário utilizar meios que formem positivamente a
nossa consciência.
O
uso dos meios de comunicação social também deve ser bem discernido, pois nem
tudo convém a um cristão. “A gravidade da mentira se
mede segundo a natureza da verdade que ela deforma, de acordo com as
circunstâncias, as intenções daquele que a comete, os prejuízos sofridos por
aqueles que são suas vítimas. Embora a mentira, em si, não constitua
senão um pecado venial, torna-se mortal quando fere gravemente as virtudes da
justiça e da caridade” (CIC. 2484).Inclusive nos meios de
comunicação, a sociedade tem direito a uma informação fundada na verdade, na
liberdade e na justiça. É conveniente que se imponha moderação e disciplina no
uso dos meios de comunicação social.
Devemos tomar o devido cuidado do que vai
formando a nossa consciência para não chegarmos ao ponto de defender uma
mentira ou aquilo que vai contra a verdade incutida por Deus em nosso coração. O
homem sempre está em busca da verdade, mas somente em Deus encontrará a verdade
plena de quem é Deus e quem ele é. Deve dar testemunho da verdade em nossos
atos, palavras e ações, mostrando claramente com nossas atitudes que somos
filhos da luz e não das trevas.
Elisângela Alves –
Comunidade Católica Shalom
IV - A INDISPENSÁVEL
NECESSIDADE DA INTERCESSÃO NA EVANGELIZAÇÃO
Efésios
6, 18-19:
“Orai no Espírito em todas as circunstâncias, com toda petição e humilde
insistência. Tendo isso em mente, vigiai com toda a perseverança na oração por
todos os santos. Orai do mesmo modo por
mim para que, quando eu falar, seja-me concedido o poder da mensagem, a fim de
que, destemidamente, possa revelar o mistério do Evangelho...”
Santa Teresinha do
Menino Jesus é a padroeira das missões,mesmo sem nunca ter saído do Carmelo,
nunca deixou de cumprir santamente a missão evangelizadora de seu Carisma
Carmelita a Intercessão pela Igreja.O
Carmelo, desde o seu início quando Teresa d’Avila movida pelo Espírito Santo
fundou uma nova Ordem Carmelita e, com a ajuda de João da Cruz, o complementou
com os carmelitas descalços de maneira que “monjas e frades” formam uma única
realidade, sempre teve a clareza da força da oração como apostolado. A Igreja e
seus problemas se tornam problemas e necessidades do mesmo Carmelo.“A Santa Madre (Teresa) transmitiu
a suas filhas seu próprio espírito apostólico, desejando que se afeiçoassem ao
bem das almas e ao aumento da Igreja, sinal evidente da verdadeira perfeição. Por isso lhes
indicou o serviço eclesial da oração e da imolação, como finalidade da vocação para
a qual o Senhor mesmo as havia reunido no Carmelo.” (Constituições das Carmelitas Descalças 125)
Teresa d’Avila diz:
“No
dia em que vossos trabalhos, orações e jejuns não forem
pela Igreja, considerai que não atingis o objetivo para o qual o Senhor
as reuniu aqui. (Caminho 3,10)”
Esta chama viva de amor
eclesial e apostólico foi tomada e tornada mais acesa pela teologia vivencial e
vocacional de Santa Teresinha do Menino Jesus. Ela é o novo paradigma da força
da oração como apostolado. É só acolher e entender o que diz no manuscrito C: “na
Igreja, minha mãe, serei o amor”. Não podendo abraçar toda a Igreja e
todos os lugares escolhe o caminho que abraça a todos. “Serei missionária pela
oração e pelo sacrifício.“Tenho
a vocação de ser Apóstolo… quisera percorrer a terra, pregar teu nome e plantar
sobre o solo infiel tua Cruz gloriosa.(MB 2v)” - Fazer apostolado é um
momento da vida, um espaço da vida. Para todos vai chegar o dia em que, por
força da idade, da doença, ou de outros acontecimentos, deixaremos de “fazer
apostolado”, de anunciar com palavras e obras, mas nunca podemos deixar de “ser
apóstolos”, porque isto faz parte “geneticamente” do nosso ser cristão.
Talvez seja este o motivo principal do fracasso de muitos Planos de
evangelização por falta de intercessores. Queremos fazer as coisas com o poder
do nosso braço e confiando na mera sabedoria humana. O próprio Cristo nos
alertou quanto a isto em João 15,5: “Eu
sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;
porque sem mim nada podeis fazer...” (João 15,5)
Evangelizar é a missão
de todo Cristão, quer seja sacerdote, religioso consagrado, ou simples leigo, ou seja, ganhar almas para Cristo é o nosso dever e salvação. Na crise atual, muitos são
os que, desesperados, buscam salvadores e libertadores humanos. Mas apenas a
igreja de Cristo pode mostrar o verdadeiro caminho da salvação. É hora de evangelizar e de
fazer missão. Arranquemos as almas enganadas e perdidas das garras de Satanás, transladando-as para o reino da Luz de Cristo!
"Por
isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus." (Romanos
8,19)
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Concordo! É verdade!
Não tem coisa melhor do que ser um "Católico esclarecido", conhecer o sagrado magistério da Igreja, a missão universal e integral a ela confiada como instituição divina, e a partir disto encontrar o seu lugar e sua missão pessoal dentro deste grande jardim. Como do contrário, não tem coisa pior do que aqueles(as) que desconhecem isto e ficam perdidos(as), querendo transformar realidades particulares e pessoais em missão universal, ou quando pior, achando que só o seu trabalho e missão é o mais importante de todos, menosprezando e diminuindo os demais com críticas do tipo: “Por que você não vai evangelizar ao invés de ficar só polemizando e falando de política?”. Como se a política não fosse uma ferramenta evangelizadora querida e motivada pela própria Igreja na obra de evangelização.
Evilásio - Fortaleza -CE
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