Se você olhar para o Bolsonarismo,
ele consegue unir mais diversidades que o esquerdismo. Há o liberal,
representado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o militar, que é
nacionalista e os Cristãos que são conservadores na moral e bons costumes. São ideias que se confrontam. Evangélicos querem ter presença
forte e os liberais são contra a presença da religião no governo, mas mesmo
assim, conseguem conviver e lutarem juntos com bandeiras comuns tais como a do
conservadorismo, do Estado mínimo, da meritocracia e do equilíbrio entre
direitos e deveres, e não só aquela do estado de direito esquerdista.É
um movimento sociopolítico sustentado por diversas correntes de pensamento que
não são necessariamente complementares e às vezes antagônicos, como o
liberalismo econômico, o militarismo, o cristianismo conservador, os pensamentos
de Olavo de Carvalho, Felipe Pondé, entre outros.O presidente se utiliza dessas
correntes para justificar a militância para o patriotismo, os bons costumes, os
valores familiares, a lei, a ordem, e o sepultamento da ideologia Comunista
fracassada historicamente mundo afora.A grande verdade é,
quer gostem ou não, o bolsonarismo vai permanecer por muito tempo além da figura
do Bolsonaro, mesmo que, em próximas eleições, algum candidato de esquerda ou
de centro ganhe. Haverá agora reações desta nova corrente politica. Estudar e
compreender o bolsonarismo não é coisa de momento, é algo que já vem sendo
construído por um tempo e que vai ficar por muito tempo. As redes sociais
mostrou-se eficiente na atração daquele eleitor historicamente volátil e
indeciso que se define às vésperas da votação, bem como na conversão de
simpatizantes até do campo político oposto e de Centro. A mídia alternativa sem
elos públicos com as campanhas oficiais, foram e continuam sendo importantes
instrumentos para pautar debates e questionar reportagens críticas da grande
mídia formadora da opinião de massas.
Com o passar do tempo e
o aumento de projeção nacional desta mídia espontânea, os assuntos corporativos
de militares deram espaço aos de cunho moralista e de segurança pública. Quatro
aspectos se destacam:
1)-A difusão de imagens
do apoio que recebia em aeroportos Brasil afora.
2)-O tom emocional e
direto sobre suas qualidades (não ser investigado em escândalos de Corrupção)
3)-Usou a seu favor sua
inexperiência executiva.
4)-Descrédito por parte
da população nas instituições a fim de defender a volta da ordem e as críticas
ao sistema partidário, centradas num discurso ante esquerdista.
O
discurso político, a partir de um diagnóstico dos problemas do país, tem a
virtude, e o poder, de articular essas demandas e identidades múltiplas e
contingentes dos sujeitos num único 'nós', o do 'povo', 'cidadãos de bem', os
'defensores da família', dos valores cristãos conservadores", explica o
professor Jorge O. Romano.O oposto que se
identifica com o negativo e desprezível na sociedade é geralmente associado a bandidagem,
imoralidade e corrupção, e a grupos sociais específicos, como Crime organizado,
homossexuais, Feminazes, Black bloc , ANTIFA, etc.O consultor político André
Torretta ressalta também o tom das mensagens do movimento bolsonarista: "A
grande sacada do movimento é ter um material leve, debochado e engraçado. O
humor é muito mais efetivo e compartilhável na internet. O PT não é leve, não
conta piada."
Para o cientista político André Singer:
O
lulismo e seus dirigentes erraram ao não consolidar à época, a percepção para
os pobres,seu principal curral eleitoral, de que a ascensão de alguns deles se
deu mais por causa de políticas públicas do que por mérito próprio individual.
A recessão, que resultou em desemprego e aumento da violência, e a prisão de
diversos dirigentes petistas, também, abalou a confiança de parte dos eleitores
tradicionais do partido.
A esquerda precisa
pensar em formas de estar, de participar, de recuperar o universo do público, o universo de espaços em que você possa ter diversidade de
pessoas, discussão de ideias, possibilidade de estar com as pessoas. Isso
talvez seja mais importante até do que apenas pensar estratégias de comunicação
nas redes sociais.
A direita ganha espaço e credibilidade
quando diz coisas muito complexas de uma maneira muito simples!
Claro
que isso acaba simplificando coisas que são muito complexas. Mas isso deve nos
fazer refletir também. A esquerda precisa pensar sobre possibilidades de
comunicação mais democráticas e sobre como tornar o discurso mais acessível
para que não fique repetindo discursos que são ininteligíveis para a maioria da
população.
Enfim,
o que se tem chamado atualmente de bolsonarismo é maior
do que o Bolsonaro, e já o superou fugindo ao seu controle, tornou-se
uma ideologia com propostas bem definidas, uma roupagem que pode agora ser
vestida por um sucessor.A sociedade brasileira, à
medida que vai absorvendo determinadas propostas, vai de certa forma ampliando
o espaço para que essas propostas se concretizem. Elas são primeiramente
apresentadas, depois reiteradas, recebem apoio e passam a ser exigidas pela
sociedade. A ideia principal é que, para resolver os problemas, é preciso ter um
Estado moralizado onde as instituições legislem, julguem em favor da ordem, da liberdade, do progresso de todos e não apenas de minorias organizadas e barulhentas querendo se impor sobre a maioria. Alguns
grupos mais radicais defendem uma ampla limpeza nas instituições contaminadas
pela esquerda, porém, isto pode se tornar uma ameaça para a democracia. Apesar
de que não há como ter uma democracia forte e bem estabelecida, sem
um esforço constante de melhorias das próprias instituições democráticas para manter e
ampliar o acesso a direitos e deveres, fazendo validar sua existência no
conjunto da sociedade, pois o poder emana do povo e por ele é confirmado.
Percebemos hoje favoravelmente que certos discursos e ações que causavam desconforto e estranheza, assuntos que eram praticamente intoleráveis no espaço público, em determinado momento de nossa história, entre estes a defesa do Período Militar como um mal necessário naquele momento histórico, sendo hoje debatidos, se tornando aceitáveis e no mínimo sendo discutidos, isto é um grande avanço no debate democrático, o qual tem que ver as coisas como ela são, por mais difíceis que nos sejam. Quando os discursos antes intolerados, vão para o espaço público ganhando território, isso só tende a crescer.
Chega uma hora em que quando esses discursos necessários, mas que eram
inaceitáveis no passado, passam a fazer parte do debate democrático, isso é um
caminho sem volta, porque é a marcha do progresso, e mostra nossa maturidade a
caminho de uma identidade nacional, que por nossa origem é pluralista e não
monocrática de pensamento único, coisa que nem no período militar foi possível fazer-se.
QUANDO ME PERGUNTAM: "COMO UM
CRISTÃO PODE APOIAR BOLSONARO?" - ESTA FOTO É A MELHOR RESPOSTA!
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