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Por que sempre que alguém diz: "isso não se trata de esquerda ou direita", esta pessoa é de esquerda?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 11 de agosto de 2019 | 21:34






O desenvolvimento das ideias de autores considerados de direita, como Donoso Cortez e Charles Maurras, bem como o daqueles considerados de esquerda, como Karl Marx e Bakunin, entre outros, estimulou gerações de intelectuais, movimentos políticos e ativistas que levaram às últimas consequências a crença em sua ideologia, como a única correta e inequivocamente certa, porém, nada melhor que um dia atrás do outro, ou seja, a própria história, para comprovar a realidade com os fatos. Com o passar dos anos, surgiram alguns pontos conflituosos entra as duas visões políticas tratadas no texto, como na economia. Os de esquerda pregam uma economia mais justa e solidária, com maior distribuição de renda, enquanto os de direita são associados ao liberalismo, no sentido de que defenderiam a livre iniciativa de mercado e os direitos à propriedade particular. Algumas interpretações de direita defendem ainda a total não intervenção do governo na economia, a redução de impostos sobre empresas, a extinção da regulamentação governamental, e etc.Direita e esquerda também, têm a ver com questões morais, haja vista que avanços na legislação em direitos civis e temas como aborto, casamento gay e legalização das drogas, são vistas como bandeiras da esquerda. Não obstante, a direita assume a defesa da família tradicional, da moral e bons costumes, bem como os preceitos religiosos que regulam a  sociedade dentro da civilidade. Resta claro que a esquerda é vista como um viés político progressista, o qual preza principalmente pela liberdade moral e a dignidade da pessoa humana . Já a direita é vista como aquele viés político que defenda a ordem moral, a tradição e os valores religiosos, a liberdade econômica, da livre iniciativa e a proteção da propriedade privada.É comum que se responda à frase “nem esquerda, nem direita” com o adágio:




“Mostre-me alguém que diz não acreditar em esquerda e direita, e eu lhe provarei que esta pessoa é de esquerda.”













Na realidade, quando alguém diz: ISTO NÃO É UMA QUESTÃO DE ESQUERDA OU DIREITA, no fundo ele quer que você pense como ele! Simples assim! Mas este não é sempre o caso, pelo menos no que toca às intenções. Se é verdade que é de má fé o uso mais comum que da frase se faz, há muita gente, talvez cada vez mais, que a usa sinceramente. Aos cínicos, não há nada a dizer; eles sabem (e nós sabemos) de que lado estão. Se o uso desta frase é mais benéfico ou, pelo contrário, mais prejudicial? É aqui que se propõe a discussão. Um suposto triunfalismo da direita, e o oportunismo da “nova” esquerda partidária convergem nisto: “fora nós, não há nada, e quem não vê isto, está ultrapassado”. Mas convém notar que, conforme a crise atual tem deixado claro, isto se deu não por uma convergência das agendas políticas, mas porque a “nova” esquerda (isto é, a esquerda histórica que se “renovou”) incorporou a agenda da direita, acrescentando-lhe algumas de suas mais autênticas “nuances”.O uso de “nem esquerda nem direita” é perigoso, portanto, porque um de seus sentidos , e acho que o principal, consiste em negar a existência de divisões. Se eu e meu adversário usamos as mesmas palavras, mas ele tem mais poder que eu para definir seus objeticos finais de forma mais coerente, é hora de eu começar a mudar de “tática”.Em 1997, um grupo de movimentos sociais, organizações e intelectuais franceses assinou um manifesto dirigido ao Partido Socialista, que então se apresentava às eleições, com o título: “Nós somos a esquerda”. Em outras palavras, o que eles afirmavam era: “se vocês querem dizer que nos representam e esperam contar com nosso voto, esta é a plataforma que vocês devem adotar”.











Não se trata de propor imitar este exemplo, que, em retrospecto, não foi bem-sucedido, mas sim de ver aí um gesto mais radical que a repetição de uma frase de sentido equívoco e que serve tão bem ou melhor àqueles que têm intenções contrárias às nossas. Mais radical porque, ao invés de situar-se nos termos do debate impostos por aqueles que queremos criticar, se situa diagonalmente a eles, expondo seu ponto cego e tornando a raiz do problema visível de uma forma que a outra frase (que pode ser entendida de muitas formas) não consegue. Trata-se, neste caso, de afiançar a continuidade da existência de divisões e choques de interesse, e de expor o limite da democracia representativa, que cada vez mais trabalha para escamoteá-las; de afirmar que são estas divisões, e não a trajetória passada deste ou daquele político ou deste ou daquele partido, que deve definir por onde passa hoje a linha que separa “esquerda” e “direita” hoje; e, finalmente, de dizer que é a partir desta redefinição que se forma, por trás da esquerda, ou direita instituída, representativa, uma outra esquerda ou direita que ainda não se fez ouvir, e que se fará ouvir através de, ou apesar das instituições que reivindicam este nome.Trata-se, em suma, de não aceitar a imagem que nos oferecem do presente e do passado, mas de dedicar-se ativamente a uma nova triagem que, descobrindo virtualidades passadas e presentes que se pretendia ocultar, abrem novos futuros possíveis.






CONCLUSÃO









Não existem apenas pessoas de Direita ou de Esquerda. Os cidadãos podem assumir posições mais radicais ou mais tradicionais em diversos assuntos sem serem taxados como deste ou daquele viés político, pois existem causas que são comuns a todos, ademais, quem não quer um mundo e pessoas melhores? Como a esquerda é vista como um segmento que supostamente defende os direitos humanos, um indivíduo pode tomar este posicionamento se for a favor da não flexibilização de diversos direitos sociais, por exemplo. Como a direita é vista como um segmento que defende a defesa da propriedade privada, da família, da moral e dos bons costumes, um indivíduo pode tomar este posicionamento apenas no que tange à criação de legislações que concedam uma maior proteção a estes valores.Há ainda aqueles que se intitulam de centro, centro-esquerda, centro-direita, esquerda-extremista, direita-extremista. Não se pode generalizar e dizer que um indivíduo é de direita ou de esquerda apenas com base em um posicionamento que a pessoa tem sobre determinado assunto e já desqualificá-lo.No mais, enquanto vigorar a democracia e a livre manifestação de pensamento, contanto que esta não interfira nos direitos de outrem, devemos lutar por uma sociedade justa e que vise o bem comum, já que estes são alguns dos princípios do Estado Democrático de Direito no qual vivemos, e comum a todos.






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Anônimo
12 de agosto de 2019 às 20:41

Olá você conhece Alvin Plantinga? Certamente o maior o filósofo da religião que existe. Gostei do seu posto do paradoxonda onisciência.

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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