Em
oposição ao Manifesto do Partido Comunista, algumas publicações foram escritas.
Entre elas destaca-se, inicialmente, a obra pioneira de Kelso e Adler (1961),
primitivamente publicada em 1958 com o título The Capitalist Manifesto. O
Manifesto Capitalista, primeiro escrito para se opor frontalmente ao manifesto
de Marx e Engels, foi “dirigido ao povo norte-americano e a todos os povos do mundo
para encontrar na ordem estabelecida as razões de sua renovação e as vantagens
da melhor sociedade que pode ser desenvolvida”. Embora muitos livros similares
tenham se seguido, a obra-prima de Smith, esta continua sendo o manifesto
capitalista original, o documento fundador da prosperidade da era industrial”.No
Manifesto do Partido Comunista, são reconhecidas as limitações que poderiam
acontecer com o passar dos anos, considerando o envelhecimento do conteúdo do
documento. Na opinião dos críticos da obra de Marx e Engels, embora as
circunstâncias tenham mudado muito nos últimos anos, os princípios gerais nela
expostos conservam ainda hoje, no seu conjunto, toda a sua exatidão. Alguns
pontos deveriam ser, no entanto, retocados. O próprio Manifesto
Comunista reconhece que a aplicação dos seus princípios dependerá sempre e em
toda a parte das circunstâncias históricas existentes. Dados os imensos
progressos da grande indústria nos últimos anos e os progressos paralelos
levados a cabo pela classe operária na sua organização em partido, dadas as
experiências práticas, os defensores das ideias do Manifesto
admitem que esse documento “envelheceu em alguns dos seus pontos”.
Quem foi Adam Smith?
Pouco se
sabe sobre a vida do filósofo e economista Adam Smith, além das informações
oficiais sobre os poucos livros que publicou, postos acadêmicos e funções
públicas que exerceu. Até mesmo a exata data de seu nascimento é desconhecida.
Sabe-se que foi batizado em 5 de junho de 1723, que nasceu em Kirkcaldy, na
Escócia, e que era filho único (morou com a mãe quase toda a vida).Sabe-se
que estudou em Glasgow e em Oxford, tendo tomado contato nesta última
universidade com David Hume, de quem se tornou amigo e depois executor
literário. Infelizmente, quando Smith morreu, a ordem expressa deixada para que
fossem queimados papéis, originais, cartas e documentos foram estritamente
seguidas. Assim sendo, sobrou relativamente pouco material para que sua
vida pudesse ser recontada com detalhes. A obra intelectual de Adam Smith,
ainda que não muito extensa, exerce uma enorme influência até os dias de hoje.
Embora o
pensamento econômico tivesse evoluído até o século XVIII, especialmente com os
escolásticos, foi Smith quem, em 1776, definiu a Economia como uma ciência, ao
publicar A Riqueza das Nações. Antes da publicação dessa obra, Smith já era um
consagrado professor e escritor. De fato, desde 1752 lecionava Filosofia moral
na Universidade de Glasgow, Escócia. Mas suas aulas incluíam outros campos do
conhecimento, tais como filosofia do direito, retórica, ética e ciência das
finanças. Esse esforço resultou na publicação, em 1759, da obra “Teoria
sobre os sentimentos morais ou Ensaio para uma análise dos princípios pelos
quais os homens naturalmente julgam a conduta e o caráter, primeiro de seus
próximos, depois de si mesmo” (Esse livro foi traduzido para o
português por Lya Luft e publicado pela Editora Martins Fontes, em 1999).
Sua obra
prima, que se tornou um clássico da literatura mundial, A Riqueza das Nações, uma
investigação sobre a natureza e causas da riqueza das nações foi o que lhe
trouxe fama e pode ser sintetizado como uma análise sobre as conseqüências
extraordinariamente benéficas da liberdade econômica. Essa
obra lançou as bases para a compreensão sobre a economia de mercado, sendo que
muitas de suas conclusões permanecem até hoje válidas. Pode-se
destacar, por exemplo, a análise que ele faz sobre a importância da divisão do
trabalho:
“Maior
desenvolvimento nos poderes produtivos do trabalho, e a crescente habilidade,
destreza e conhecimento com o qual é dirigido, ou aplicado, parecem ter sido os
efeitos da divisão do trabalho...”
Essa obra
traz importantes contribuições sobre educação, serviço público, escravidão,
defesa e finanças públicas. Sua abordagem também foi inovadora, pois se
sustenta numa perspectiva evolucionista. O prêmio Nobel de Economia Friedrich
Hayek é um dos que defendem a ideia de que Charles Darwin inspirou-se em Adam
Smith e a noção de evolução econômica para engendrar a teoria sobre a evolução
biológica das espécies e do homem. Adam Smith se beneficiou com o ambiente de
progresso econômico existente na costa ocidental da Escócia, onde ficava
Glasgow, podendo perceber o contraste que havia com Edimburgo e Kirkcaldy, cidades
estagnadas ou em declínio. Em grande parte, esse progresso era impulsionado
pelo comércio através do Atlântico. As cidades escocesas localizadas no litoral
do Mar do Norte não gozavam dessa mesma vantagem.
O círculo
intelectual que influenciou de Adam Smith
Além de
David Hume, Adam Smith travou conhecimento com quase todos os grandes
intelectuais escoceses e ingleses de seu tempo, especialmente após 1776, quando
morou uma temporada em Londres. Conheceu desde o famoso Dr. Johnson (maior
figura literária inglesa do século XVIII, quase da estatura de Shakespeare),
passando evidentemente por James Boswell, Sir Joshua Reynolds, Edward Gibbon e
Edmund Burke. Em 1778 Adam Smith foi nomeado fiscal de Alfândega em Edimburgo
(o que não deixa de ser uma ironia para quem era um defensor do livre
comércio). Ele morreu em 17 de julho de 1790, sem deixar descendentes.
“Pouco mais é necessário
para levar um estado, da mais absoluta barbárie ao mais alto grau de opulência,
do que paz, poucos impostos e uma tolerável administração da justiça: todo o
resto é produzido pelo curso natural das coisas...” (Adam Smith).
Adam Smith foi um ícone do
Iluminismo escocês/britânico, e ficou conhecido pelo seu estudo sobre a riqueza
das nações. Mas seu outro livro clássico, Teoria dos Sentimentos Morais,
publicado duas décadas antes, merece igualmente menção em seu legado.Alguns
acham que há incongruências entre os “dois” autores, o jovem Adam Smith,
focando na empatia e nos valores morais, e o “maduro”, defendendo a “mão invisível”
do mercado, ou seja, um certo e dosado saudável
egoísmo como motor do bem-comum, resumido na famosa passagem:
“Não é da benevolência
do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro pela qual esperamos o nosso jantar,
mas da consideração que eles têm pelos próprios interesses. Apelamos não à
humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas
das vantagens que eles podem obter...”
Os indivíduos, num ambiente de
liberdade, imersos em valores éticos, acabam produzindo naturalmente o
bem-geral. A preocupação de Smith é com o resultado para a sociedade como um
todo, preservando-se a liberdade do indivíduo em favor da coletividade, coisa
que o contrário não é capaz de produzir.Apesar de publicado só em 1776, A
riqueza das nações começou a ser preparado muito antes, antes
mesmo da publicação de Teoria dos Sentimentos Morais, em 1759.
Smith era, como os demais iluministas britânicos, um filósofo moral acima de
tudo. Foi inclusive acusado por Schumpeter de “moralizar” demais a economia, de
não dissociá-la da ética e da política.Smith era um grande defensor da
liberdade, e o livre mercado era consequência disso. Mas ele não necessariamente
nutria simpatia pelos homens de negócio. Uma passagem deixa isso claro,
mostrando também que seu verdadeiro alvo era o mercantilismo, uma espécie de
antecessor do atual “capitalismo de compadres”:
“Pessoas do mesmo ramo
raramente se encontram, mesmo que para uma festa ou diversão; mas a conversa
sempre acaba em uma conspiração contra o público ou em alguma invenção para
aumentar os preços...”
Ou seja, Smith foi um defensor do
“interesse geral”, da sociedade, do povo, do trabalhador, dos mais pobres, da
liberdade, e via no livre mercado o melhor instrumento para tanto, assim como
no mercantilismo e num governo intervencionista seus maiores inimigos. Seu fim
era a “riqueza da nação”, mas ele entendia que o único meio viável era o livre
mercado, sem paternalismo ou dirigismo:
“Ao perseguir seu
próprio interesse (o indivíduo) frequentemente promove o da sociedade de forma
mais eficaz do que quando ele realmente pretende promovê-lo. Nunca conheci nada
bem feito por aqueles que enfrentaram o comércio pelo bem público...”
O risco
das “consequências não-intencionais” de quem quer deliberadamente “salvar o
mundo” era bem conhecido por Smith, que preferia depositar na “mão invisível”
as esperanças (e de acordo com o que a própria experiência lhe mostrava). Como
um bom iluminista escocês, Smith era empírico, realista, e sabia que as ações
individuais sem coordenação central levavam ao melhor resultado geral:
“O homem do sistema … é
capaz de ser muito sábio em sua própria presunção; E muitas vezes está tão
apaixonado pela suposta beleza de seu próprio plano de governo ideal, que ele
não admite sofrer o menor desvio de qualquer parte.Ele parece imaginar que pode
organizar os diferentes membros de uma grande sociedade com tanta facilidade
quanto a mão que arruma as diferentes peças sobre um tabuleiro de xadrez. Ele
não considera que, no grande tabuleiro da sociedade humana, cada peça tem um
princípio de movimento próprio, completamente diferente do que o legislador
poderia escolher...”
Adam
Smith exerceu grande influência em outros pensadores importantes, como Edmund
Burke:
“Caridade
ao pobre é um dever dirigido e obrigatório a todos os cristãos, reconheceu o
irlandês, mas, interferir na subsistência do povo seria uma violação das leis
econômicas e uma intrusão ilegítima da autoridade. Fazendo eco à “mão invisível” de Smith, Burke presta homenagem ao benigno
e sábio distribuidor de todas as coisas, que obriga os homens, queiram eles ou
não, a perseguirem seus próprios interesses, a conectarem o bem comum ao seu
próprio sucesso individual...”
Ambos,
Smith e Burke, entendiam, contudo, que esse “milagre” do livre mercado não
ocorria num vácuo de valores morais. Ao contrário:
“Somente
numa sociedade que valoriza a ética isso seria possível. Adam Smith condenou os
“tiranos do bem”, que para criar um “mundo melhor” destruíam a liberdade
individual. Ele não abraçou a ideia de que as virtudes individuais eram dispensáveis
para uma sociedade. Ao contrário: ele sabia que a empatia pelo próximo era um
sentimento natural que devia ser alimentado pelos hábitos. O que Smith queria,
no fundo, era um melhor resultado para todos, especialmente para os mais
pobres.”
CONTEXTUALIZANDO A ATUAL RIQUEZA DAS NAÇÕES – A QUE
SE DEVE?
Há exatos
240 anos, o escocês Adam Smith publicou aquele que se tornaria o primeiro livro
clássico de economia. Propôs-se a examinar a natureza e as causas da ‘Riqueza
das Nações’.Especialização, divisão do trabalho, ambição, propensão ao
comércio, e pouca intervenção do governo nos assuntos do mercado são os
elementos que a “Mão Invisível” otimiza de modo a permitir um fluxo de riquezas
sem precedentes.
O “Fórum
da Liberdade”, organizado pelo IEE
(Instituto de Estudos Empresariais) em Porto Alegre, retomou, por meio de sua
pergunta-tema (“Quem Move o Mundo”?), a discussão sobre quais são os vetores
essenciais da ascensão ou declínio das nações. Ante o fortalecimento dos
populistas-protecionistas, a questão não poderia ser mais premente. Objetiva atualizar
qual deva ser a compreensão do fator predominante para arremetida econômica das
potências.Muitos consideram o “capital” como a peça central. Contudo,
Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico de Davos, argumenta que o capitalismo
já foi substituído pelo “talentismo” como sistema econômico. Da mesma
forma que vivemos o ciclo do aço ou do microprocessador, o grande diferencial
competitivo de empresas e nações residiria em liderar a “Nova Era do Talento”.Outros
identificam na intensidade do “trabalho” o grande divisor de águas. Hoje, no
entanto, a próspera Alemanha é o país dentre as 20 maiores economias do mundo
com menor número de horas trabalhadas ao longo do ano. Alguns apontaram até a
necessidade de um país experimentar os horrores da guerra para criar a
disciplina necessária à prosperidade. Se a última hipótese fosse verdadeira, a
Rússia, com seu histórico de terríveis provações militares que confrontou nos
séculos 19 e 20, seria a nação mais rica do planeta.Certos “deterministas”
discorrem sobre a influência do clima mais quente como desincentivador à
atividade econômica, mas como então explicar o sucesso de Cingapura, Hong Kong
ou Austrália? Há ainda os que se centram exclusivamente na educação e na ciência.
Precisamos entender que a educação de um modo geral dos E.U.A, não se
diferencia dos demais países, porém o governo investe maciça e estrategicamente
na compra de de cientistas e tecnólogos de ponta. A Argentina em fins do século 19
construiu belos sistemas de ensino, e ainda assim isso não foi suficiente para
estancar sua derrocada ao longo do século seguinte.A União Soviética no
início dos anos 1970 tinha a maior população mundial de cientistas. Construíam
foguetes capazes de competir na corrida espacial-militar com os EUA, mas não
logravam fabricar um despertador que tocasse na hora ou um fogão que
esquentasse a comida. Apontando para a China dos últimos 40 anos, outros
ressaltam a importante de um regime forte e autoritário para o crescimento
econômico.E, de fato, a arremetida chinesa, um dos maiores milagres da história
da humanidade, deu-se num contexto sem marcos regulatórios, imprensa livre,
plena liberdade de expressão, agências reguladoras, referências corporativas de
compliance ou transparência, ou clara independência dos poderes.
Esquecem,
contudo, que da Revolução Maoísta de 1949 até Deng Xiaoping iniciar reformas
econômicas em 1978, a China era igualmente autoritária. E, ainda assim, o país
não estava indo a lugar algum, e sua renda figurava dentre as mais baixas do
mundo, até que seu idolatrado líder disse: “Ora bolas, não interessa a cor do gato, o
que importa é que ele dê conta dos ratos...”A partir daí,muita coisa
começou a mudar na economia chinesa.
The Capitalist Manifesto é um
livro de 1958 de Louis O. Kelso , advogado-economista einventor do Employee
Stock Ownership Plan (ESOP), e Mortimer
J. Adler , um filósofo neo-tomista.
Kelso e Adler detalham os três princípios de justiça
econômica:
1)-Participação
2)-Distribuição
3)-Limitação
Esses princípios estabeleceram a base do que veio a ser chamado de
" economia binária ".
O termo “binário” vem
da atribuição de toda a produção (participação) e justa distribuição de renda a
dois fatores:
a)-O humano,
classificado como trabalho.
b)-O não humano,
classificado como capital.
No Prefácio, Adler
reconheceu Kelso como o criador da teoria. O Manifesto Capitalista
estava na lista dos mais vendidos de não-ficção do The New York Times em
fevereiro e março de 1958, classificando-se em 15º e 13º, respectivamente, e
foi resenhado em uma série de publicações importantes, incluindo a Time, a qual
afirmou que:
“O livro apresenta sua análise como uma força revolucionária nos
assuntos humanos que oferece uma promessa ainda insondável para o futuro, e que
refuta a acusação de que o pensamento capitalista perdeu a flexibilidade
imaginativa para lidar com os desafios de épocas".
Louis Kelso - Economia Binária: Me pergunte o que é!
Louis Kelso nasceu em
4 de dezembro de 1913 e faleceu em 17 de fevereiro de 1991 após ser conhecido
como economista, advogado, financista, escritor e conferencista, mas
sobretudo como inventor de produtos financeiros. Seu trabalho mais famoso pelo
qual é lembrado é a invenção da teoria da economia
binária ou de dois fatores, bem como o plano de propriedade de ações para
funcionários (ESOP). Isso permitiu que os trabalhadores
corporativos comprassem participações no capital das empresas onde trabalhavam
sem o uso de poupança, pagando-lhes futuros dividendos de capital.
Kelso começou a pensar seriamente sobre a economia em 1931, o segundo
ano da Grande Depressão de 1929. Embora ainda não tivesse 18 anos, ele estava
determinado a conduzir sua própria pesquisa sobre as causas do fenômeno. Ninguém
poderia explicar de que forma se convenceu.
Com esses interesses,
foi para a Universidade do Colorado, onde em 1937 se formou em Administração de
Empresas e Finanças; Em seguida, ele se formou na Boulder Law School em 1938. Ele
começou a trabalhar em um escritório de advocacia em Denver (Pershing,
Bosworth, Dick & Dawson) de 1938 a 1942.
Então veio o evento
de Pearl Harbor. Com a eclosão da guerra, Kelso foi forçado a entrar na Marinha
dos Estados Unidos e designado para tarefas de inteligência em San Francisco e,
mais tarde, na Zona do Canal. Nas horas livres da tarde, entretanto, Kelso
escreveu seu primeiro livro, The Fallacy of Full Employment, The Failure of
Full Employment. No final da guerra, o manuscrito completo estava em seu
armário e Kelso foi dispensado em 1946.No mesmo ano, no entanto, o Congresso
aprovou a Lei de Pleno Emprego .
Essa lei ainda está em vigor nos Estados Unidos hoje e definiu a
política econômica americana como o direito dos trabalhadores a ter um emprego.
O tempo para suas idéias sobre a inutilidade de uma situação de pleno emprego
ainda não havia chegado.
Ele lecionou direito
constitucional por um tempo na Universidade do Colorado, depois se mudou para
São Francisco e se tornou sócio da firma Kelso, Cotton, Seligman &
Ray.
Em 1958, ele escreveu " O Manifesto Capitalista ", que
pretendia ser uma resposta ao Manifesto Comunista de Karl Marx. Ele criticou o
comunismo como forma de resolver os problemas do capital, mas reconheceu como
válida sua análise, propondo soluções dentro do sistema do capital.
A solução mais
importante foi a difusão da propriedade da empresa através da venda de
participações aos trabalhadores (ESOP).
O que é a Economia de mercado?
(Origem: Wikipédia, a
enciclopédia livre)
Existe economia de livre mercado, economia de mercado ou sistema de
livre iniciativa quando os agentes econômicos agem de forma livre, com mínima
intervenção do Estado.
É, portanto, um
mercado idealizado, onde todas as ações econômicas e individuais respeitam a
transferência de dinheiro, bens e serviços voluntariamente. Contudo:
a)-O cumprimento de
contratos voluntários é verificado pelos indivíduos participantes.
b)-A propriedade
privada é protegida pela lei e ninguém pode ser forçado a trabalhar para
terceiros.
O mercado livre é defendido pelos proponentes do
liberalismo econômico
Diferentemente do que
ocorre na economia planificada ou economia de estado, onde a produção econômica
é dirigida pelo Estado, na Economia de mercado:
a)-A maior parte da
produção econômica é gerada pela iniciativa privada.
b)-A Indústria, o
comércio e a prestação de serviços são controlados por cidadãos particulares,
ou seja, são empresas do setor privado que detêm a maior parcela dos meios de
produção.
c)-O Estado tem o
papel de regulamentação e fiscalização da economia, além de atender setores
prioritários como: energia, segurança, educação e saúde, entre outros.
Pode-se, então,
afirmar que nos países denominados de capitalistas domina uma economia de
mercado, e no seu oposto temos os países socialistas, onde predomina uma
economia primariamente estatal.
Entre estes dois domínios opostos, encontra-se ainda os denominados
sistemas econômicos mistos. Sua finalidade centra-se na harmonização em
diversos âmbitos do domínio do setor privado (livre iniciativa) e do setor
público (empresas estatais).
A ECONOMIA SE RESUME A CAPITALISMO E SOCIALISMO?
Uma das simplificações
mais comuns sobre direita e esquerda é que a direita defende o capitalismo,
enquanto a esquerda defende o socialismo.
O capitalismo seria
um sistema econômico-social em que pessoas negociam sua mão de obra para donos
dos meios de produção. As famosas leis de mercado – oferta e demanda – operam
com pouca interferência. O capitalismo também se caracteriza pela
garantia da propriedade privada dos meios de produção (assegurada pelo aparato
de segurança do Estado) bem como, pela acumulação e distribuição de
capital.
Já o socialismo seria
um sistema em que os meios de produção são propriedade coletiva (do
proletariado, ou, na maior parte dos casos, do Estado). O socialismo permitiria o fim da
exploração da mão de obra presente no regime capitalista – segundo a teoria
tradicional – e acabaria com o sistema de classes – burguesia e proletariado.
Eventualmente conduziria ao fim do Estado e posteriormente ao comunismo.
Essa polarização não é de todo verdadeira. Um exemplo:
Normalmente identificada como de centro-esquerda, a social democracia não pressupõe o fim ou a superação do
capitalismo, e sim sua reforma. Em vez disso, defende que o Estado deve
possuir papel relevante na economia, ao prover bens e serviços públicos
essenciais à população, bem como ao assumir atividades econômicas pouco
rentáveis, porém socialmente relevantes.
Esses serviços
formariam uma rede de bem estar social. Também está ligada às ideias do
economista John Maynard Keynes, que nos anos 1930 escreveu tese de que o gasto
público deve aumentar em tempos de crise, a fim de garantir a volta ao
crescimento econômico. Por outro lado, ainda que a direita como um todo
abrigue correntes favoráveis ao capitalismo, diferentes tipos de capitalismo
são defendidos. Normalmente, conservadores defendem ideias nacionalistas, contrárias à
globalização, como protecionismo comercial (barreiras às importações e ao livre
movimento de capitais), o que conflita com a visão de liberais. Existem também liberais mais radicais, que defendem o Estado
mínimo ou até mesmo, em alguns casos, o fim do Estado. A
principal justificativa das correntes liberais para ser a favor do livre
mercado é que as regulações estatais distorceriam a dinâmica natural de
mercado, diminuindo a prosperidade econômica da população.
No mundo real, o mais
comum é a convivência de características dos dois lados da visão econômica. Ao
mesmo tempo em que existem a propriedade privada e a competição de mercado,
também existem instituições e benefícios tipicamente socialistas. As
cooperativas (de créditos ou de negócios, por exemplo) são uma forma de
organização econômica socialista e estão presentes em todos os países
desenvolvidos. Direitos trabalhistas como férias remuneradas, licença
maternidade e previdência social – entre outros – têm seus custos socializados,
ou seja, divididos pela sociedade, pois se entende que esses benefícios são
positivos para a sociedade como um todo.
Assim, é importante entender que não há uma única política econômica em
cada lado do eixo. A esquerda pode adotar políticas econômicas com diversos
graus de coletivismo, de economias planificadas a economias mistas, de
políticas econômicas estatais a desenvolvimentistas. Enquanto isso, a direita
pode adotar diferentes graus de políticas econômicas de mercado, desde um
liberalismo econômico com a promoção da globalização a até mesmo políticas
econômicas desenvolvimentistas com fortes características protecionistas e
nacionalistas.
Não há resposta
uniforme e as propostas econômicas de cada partido são únicas. Por isso, fique
sempre atento para não cair em simplificações, como a esquerda sempre leva a
economias planificadas e a direita sempre defende o neoliberalismo.
CONCLUSÃO
Numa
grande síntese, o que se pode afirmar é que as nações tornam-se mais prósperas não
quando evitam, mas quando combinam seus diferenciais competitivos de forma a
adaptar-se exitosamente à globalização.Nesse sentido, o Brasil, uma das
economias mais fechadas do planeta, tem muito o que aprender e a fazer.O país
pode, contudo, estar na contramão dessas tendências mais insularizantes que se
percebem mesmo em nações tradicionalmente identificadas com a defesa do livre
comércio, como é o caso dos EUA.E isso seria extremamente bem-vindo. Na
política brasileira, estamos encerrando um ciclo populista-protecionista.
Isso pode converter-se numa grande vantagem comparativa em termos de
negociações comerciais de caráter bi e plurilateral.No limite, a história
aponta que se moldar à globalização e dela tirar proveito é a grande fonte da
riqueza das nações.
BIBLIOGRAFIA
-KELSO, Luis O.;
ADLER, Mortimer J. Manifiesto Capitalista. Buenos Aires: Kraft, 1961.
-MARX, Karl; ENGELS,
Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Bauru-SP: Edipro, 1998.
-https://www.riccardofratini.it/2017/05/12/louis-kelso-economia-binaria/
-https://www.politize.com.br/esquerda-e-direita-na-economia/
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