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A Riqueza das Nações de Adam Smith: “Um verdadeiro Manifesto Capitalista”

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 12 de junho de 2019 | 23:00








Em oposição ao Manifesto do Partido Comunista, algumas publicações foram escritas. Entre elas destaca-se, inicialmente, a obra pioneira de Kelso e Adler (1961), primitivamente publicada em 1958 com o título The Capitalist Manifesto. O Manifesto Capitalista, primeiro escrito para se opor frontalmente ao manifesto de Marx e Engels, foi “dirigido ao povo norte-americano e a todos os povos do mundo para encontrar na ordem estabelecida as razões de sua renovação e as vantagens da melhor sociedade que pode ser desenvolvida”. Embora muitos livros similares tenham se seguido, a obra-prima de Smith, esta continua sendo o manifesto capitalista original, o documento fundador da prosperidade da era industrial”.No Manifesto do Partido Comunista, são reconhecidas as limitações que poderiam acontecer com o passar dos anos, considerando o envelhecimento do conteúdo do documento. Na opinião dos críticos da obra de Marx e Engels, embora as circunstâncias tenham mudado muito nos últimos anos, os princípios gerais nela expostos conservam ainda hoje, no seu conjunto, toda a sua exatidão. Alguns pontos deveriam ser, no entanto, retocados. O próprio Manifesto Comunista reconhece que a aplicação dos seus princípios dependerá sempre e em toda a parte das circunstâncias históricas existentes. Dados os imensos progressos da grande indústria nos últimos anos e os progressos paralelos levados a cabo pela classe operária na sua organização em partido, dadas as experiências práticas, os defensores das ideias do Manifesto admitem que esse documento “envelheceu em alguns dos seus pontos”.




Quem foi Adam Smith?





Pouco se sabe sobre a vida do filósofo e economista Adam Smith, além das informações oficiais sobre os poucos livros que publicou, postos acadêmicos e funções públicas que exerceu. Até mesmo a exata data de seu nascimento é desconhecida. Sabe-se que foi batizado em 5 de junho de 1723, que nasceu em Kirkcaldy, na Escócia, e que era filho único (morou com a mãe quase toda a vida).Sabe-se que estudou em Glasgow e em Oxford, tendo tomado contato nesta última universidade com David Hume, de quem se tornou amigo e depois executor literário. Infelizmente, quando Smith morreu, a ordem expressa deixada para que fossem queimados papéis, originais, cartas e documentos foram estritamente seguidas. Assim sendo, sobrou relativamente pouco material para que sua vida pudesse ser recontada com detalhes. A obra intelectual de Adam Smith, ainda que não muito extensa, exerce uma enorme influência até os dias de hoje.





Embora o pensamento econômico tivesse evoluído até o século XVIII, especialmente com os escolásticos, foi Smith quem, em 1776, definiu a Economia como uma ciência, ao publicar A Riqueza das Nações. Antes da publicação dessa obra, Smith já era um consagrado professor e escritor. De fato, desde 1752 lecionava Filosofia moral na Universidade de Glasgow, Escócia. Mas suas aulas incluíam outros campos do conhecimento, tais como filosofia do direito, retórica, ética e ciência das finanças. Esse esforço resultou na publicação, em 1759, da obra “Teoria sobre os sentimentos morais ou Ensaio para uma análise dos princípios pelos quais os homens naturalmente julgam a conduta e o caráter, primeiro de seus próximos, depois de si mesmo” (Esse livro foi traduzido para o português por Lya Luft e publicado pela Editora Martins Fontes, em 1999).





Sua obra prima, que se tornou um clássico da literatura mundial, A Riqueza das Nações, uma investigação sobre a natureza e causas da riqueza das nações foi o que lhe trouxe fama e pode ser sintetizado como uma análise sobre as conseqüências extraordinariamente benéficas da liberdade econômica. Essa obra lançou as bases para a compreensão sobre a economia de mercado, sendo que muitas de suas conclusões permanecem até hoje válidas. Pode-se destacar, por exemplo, a análise que ele faz sobre a importância da divisão do trabalho:





“Maior desenvolvimento nos poderes produtivos do trabalho, e a crescente habilidade, destreza e conhecimento com o qual é dirigido, ou aplicado, parecem ter sido os efeitos da divisão do trabalho...”





Essa obra traz importantes contribuições sobre educação, serviço público, escravidão, defesa e finanças públicas. Sua abordagem também foi inovadora, pois se sustenta numa perspectiva evolucionista. O prêmio Nobel de Economia Friedrich Hayek é um dos que defendem a ideia de que Charles Darwin inspirou-se em Adam Smith e a noção de evolução econômica para engendrar a teoria sobre a evolução biológica das espécies e do homem. Adam Smith se beneficiou com o ambiente de progresso econômico existente na costa ocidental da Escócia, onde ficava Glasgow, podendo perceber o contraste que havia com Edimburgo e Kirkcaldy, cidades estagnadas ou em declínio. Em grande parte, esse progresso era impulsionado pelo comércio através do Atlântico. As cidades escocesas localizadas no litoral do Mar do Norte não gozavam dessa mesma vantagem.





O círculo intelectual que influenciou de Adam Smith







Além de David Hume, Adam Smith travou conhecimento com quase todos os grandes intelectuais escoceses e ingleses de seu tempo, especialmente após 1776, quando morou uma temporada em Londres. Conheceu desde o famoso Dr. Johnson (maior figura literária inglesa do século XVIII, quase da estatura de Shakespeare), passando evidentemente por James Boswell, Sir Joshua Reynolds, Edward Gibbon e Edmund Burke. Em 1778 Adam Smith foi nomeado fiscal de Alfândega em Edimburgo (o que não deixa de ser uma ironia para quem era um defensor do livre comércio). Ele morreu em 17 de julho de 1790, sem deixar descendentes.





“Pouco mais é necessário para levar um estado, da mais absoluta barbárie ao mais alto grau de opulência, do que paz, poucos impostos e uma tolerável administração da justiça: todo o resto é produzido pelo curso natural das coisas...” (Adam Smith).





Adam Smith foi um ícone do Iluminismo escocês/britânico, e ficou conhecido pelo seu estudo sobre a riqueza das nações. Mas seu outro livro clássico, Teoria dos Sentimentos Morais, publicado duas décadas antes, merece igualmente menção em seu legado.Alguns acham que há incongruências entre os “dois” autores, o jovem Adam Smith, focando na empatia e nos valores morais, e o “maduro”, defendendo a “mão invisível” do mercado, ou seja, um certo e dosado saudável  egoísmo como motor do bem-comum, resumido na famosa passagem:





“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro pela qual esperamos o nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter...”





Os indivíduos, num ambiente de liberdade, imersos em valores éticos, acabam produzindo naturalmente o bem-geral. A preocupação de Smith é com o resultado para a sociedade como um todo, preservando-se a liberdade do indivíduo em favor da coletividade, coisa que o contrário não é capaz de produzir.Apesar de publicado só em 1776, A riqueza das nações começou a ser preparado muito antes, antes mesmo da publicação de Teoria dos Sentimentos Morais, em 1759. Smith era, como os demais iluministas britânicos, um filósofo moral acima de tudo. Foi inclusive acusado por Schumpeter de “moralizar” demais a economia, de não dissociá-la da ética e da política.Smith era um grande defensor da liberdade, e o livre mercado era consequência disso. Mas ele não necessariamente nutria simpatia pelos homens de negócio. Uma passagem deixa isso claro, mostrando também que seu verdadeiro alvo era o mercantilismo, uma espécie de antecessor do atual “capitalismo de compadres”:







“Pessoas do mesmo ramo raramente se encontram, mesmo que para uma festa ou diversão; mas a conversa sempre acaba em uma conspiração contra o público ou em alguma invenção para aumentar os preços...”





Ou seja, Smith foi um defensor do “interesse geral”, da sociedade, do povo, do trabalhador, dos mais pobres, da liberdade, e via no livre mercado o melhor instrumento para tanto, assim como no mercantilismo e num governo intervencionista seus maiores inimigos. Seu fim era a “riqueza da nação”, mas ele entendia que o único meio viável era o livre mercado, sem paternalismo ou dirigismo:





“Ao perseguir seu próprio interesse (o indivíduo) frequentemente promove o da sociedade de forma mais eficaz do que quando ele realmente pretende promovê-lo. Nunca conheci nada bem feito por aqueles que enfrentaram o comércio pelo bem público...”







O risco das “consequências não-intencionais” de quem quer deliberadamente “salvar o mundo” era bem conhecido por Smith, que preferia depositar na “mão invisível” as esperanças (e de acordo com o que a própria experiência lhe mostrava). Como um bom iluminista escocês, Smith era empírico, realista, e sabia que as ações individuais sem coordenação central levavam ao melhor resultado geral:







“O homem do sistema … é capaz de ser muito sábio em sua própria presunção; E muitas vezes está tão apaixonado pela suposta beleza de seu próprio plano de governo ideal, que ele não admite sofrer o menor desvio de qualquer parte.Ele parece imaginar que pode organizar os diferentes membros de uma grande sociedade com tanta facilidade quanto a mão que arruma as diferentes peças sobre um tabuleiro de xadrez. Ele não considera que, no grande tabuleiro da sociedade humana, cada peça tem um princípio de movimento próprio, completamente diferente do que o legislador poderia escolher...”







Adam Smith exerceu grande influência em outros pensadores importantes, como Edmund Burke:





“Caridade ao pobre é um dever dirigido e obrigatório a todos os cristãos, reconheceu o irlandês, mas, interferir na subsistência do povo seria uma violação das leis econômicas e uma intrusão ilegítima da autoridade. Fazendo eco à “mão invisível” de Smith, Burke presta homenagem ao benigno e sábio distribuidor de todas as coisas, que obriga os homens, queiram eles ou não, a perseguirem seus próprios interesses, a conectarem o bem comum ao seu próprio sucesso individual...”





Ambos, Smith e Burke, entendiam, contudo, que esse “milagre” do livre mercado não ocorria num vácuo de valores morais. Ao contrário:





“Somente numa sociedade que valoriza a ética isso seria possível. Adam Smith condenou os “tiranos do bem”, que para criar um “mundo melhor” destruíam a liberdade individual. Ele não abraçou a ideia de que as virtudes individuais eram dispensáveis para uma sociedade. Ao contrário: ele sabia que a empatia pelo próximo era um sentimento natural que devia ser alimentado pelos hábitos. O que Smith queria, no fundo, era um melhor resultado para todos, especialmente para os mais pobres.”








CONTEXTUALIZANDO A ATUAL RIQUEZA DAS NAÇÕES – A QUE SE DEVE?





Há exatos 240 anos, o escocês Adam Smith publicou aquele que se tornaria o primeiro livro clássico de economia. Propôs-se a examinar a natureza e as causas da ‘Riqueza das Nações’.Especialização, divisão do trabalho, ambição, propensão ao comércio, e pouca intervenção do governo nos assuntos do mercado são os elementos que a “Mão Invisível” otimiza de modo a permitir um fluxo de riquezas sem precedentes.



O “Fórum da Liberdade”, organizado  pelo IEE (Instituto de Estudos Empresariais) em Porto Alegre, retomou, por meio de sua pergunta-tema (“Quem Move o Mundo”?), a discussão sobre quais são os vetores essenciais da ascensão ou declínio das nações. Ante o fortalecimento dos populistas-protecionistas, a questão não poderia ser mais premente. Objetiva atualizar qual deva ser a compreensão do fator predominante para arremetida econômica das potências.Muitos consideram o “capital” como a peça central. Contudo, Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico de Davos, argumenta que o capitalismo já foi substituído pelo “talentismo” como sistema econômico. Da mesma forma que vivemos o ciclo do aço ou do microprocessador, o grande diferencial competitivo de empresas e nações residiria em liderar a “Nova Era do Talento”.Outros identificam na intensidade do “trabalho” o grande divisor de águas. Hoje, no entanto, a próspera Alemanha é o país dentre as 20 maiores economias do mundo com menor número de horas trabalhadas ao longo do ano. Alguns apontaram até a necessidade de um país experimentar os horrores da guerra para criar a disciplina necessária à prosperidade. Se a última hipótese fosse verdadeira, a Rússia, com seu histórico de terríveis provações militares que confrontou nos séculos 19 e 20, seria a nação mais rica do planeta.Certos “deterministas” discorrem sobre a influência do clima mais quente como desincentivador à atividade econômica, mas como então explicar o sucesso de Cingapura, Hong Kong ou Austrália? Há ainda os que se centram exclusivamente na educação e na ciência. Precisamos entender que a educação de um modo geral dos E.U.A, não se diferencia dos demais países, porém o governo investe maciça e estrategicamente na compra de de cientistas e tecnólogos de ponta. A Argentina em fins do século 19 construiu belos sistemas de ensino, e ainda assim isso não foi suficiente para estancar sua derrocada ao longo do século seguinte.A União Soviética no início dos anos 1970 tinha a maior população mundial de cientistas. Construíam foguetes capazes de competir na corrida espacial-militar com os EUA, mas não logravam fabricar um despertador que tocasse na hora ou um fogão que esquentasse a comida. Apontando para a China dos últimos 40 anos, outros ressaltam a importante de um regime forte e autoritário para o crescimento econômico.E, de fato, a arremetida chinesa, um dos maiores milagres da história da humanidade, deu-se num contexto sem marcos regulatórios, imprensa livre, plena liberdade de expressão, agências reguladoras, referências corporativas de compliance ou transparência, ou clara independência dos poderes.





Esquecem, contudo, que da Revolução Maoísta de 1949 até Deng Xiaoping iniciar reformas econômicas em 1978, a China era igualmente autoritária. E, ainda assim, o país não estava indo a lugar algum, e sua renda figurava dentre as mais baixas do mundo, até que seu idolatrado líder disse: “Ora bolas, não interessa a cor do gato, o que importa é que ele dê conta dos ratos...”A partir daí,muita coisa começou a mudar na economia chinesa.





The Capitalist Manifesto é um livro de 1958 de Louis O. Kelso , advogado-economista einventor do Employee Stock Ownership Plan (ESOP), e Mortimer J. Adler , um filósofo neo-tomista.

 

 

Kelso e Adler detalham os três princípios de justiça econômica:

 

1)-Participação

 

2)-Distribuição

 

3)-Limitação

 

 

Esses princípios estabeleceram a base do que veio a ser chamado de " economia binária ".

 

 

O termo “binário” vem da atribuição de toda a produção (participação) e justa distribuição de renda a dois fatores:

 

 

a)-O humano, classificado como trabalho.

 

b)-O não humano, classificado como capital.

 

 

No Prefácio, Adler reconheceu Kelso como o criador da teoria. O Manifesto Capitalista estava na lista dos mais vendidos de não-ficção do The New York Times em fevereiro e março de 1958, classificando-se em 15º e 13º, respectivamente, e foi resenhado em uma série de publicações importantes, incluindo a Time, a qual afirmou que:

 

 

“O livro apresenta sua análise como uma força revolucionária nos assuntos humanos que oferece uma promessa ainda insondável para o futuro, e que refuta a acusação de que o pensamento capitalista perdeu a flexibilidade imaginativa para lidar com os desafios de épocas".

 

 


 

Louis Kelso - Economia Binária: Me pergunte o que é!

 

 

Louis Kelso nasceu em 4 de dezembro de 1913 e faleceu em 17 de fevereiro de 1991 após ser conhecido como economista, advogado, financista, escritor e conferencista, mas sobretudo como inventor de produtos financeiros. Seu trabalho mais famoso pelo qual é lembrado é a invenção da teoria da economia binária ou de dois fatores, bem como o plano de propriedade de ações para funcionários (ESOP). Isso permitiu que os trabalhadores corporativos comprassem participações no capital das empresas onde trabalhavam sem o uso de poupança, pagando-lhes futuros dividendos de capital.

 

 

Kelso começou a pensar seriamente sobre a economia em 1931, o segundo ano da Grande Depressão de 1929. Embora ainda não tivesse 18 anos, ele estava determinado a conduzir sua própria pesquisa sobre as causas do fenômeno. Ninguém poderia explicar de que forma se convenceu.

 

 

Com esses interesses, foi para a Universidade do Colorado, onde em 1937 se formou em Administração de Empresas e Finanças; Em seguida, ele se formou na Boulder Law School em 1938. Ele começou a trabalhar em um escritório de advocacia em Denver (Pershing, Bosworth, Dick & Dawson) de 1938 a 1942.

 

 

Então veio o evento de Pearl Harbor. Com a eclosão da guerra, Kelso foi forçado a entrar na Marinha dos Estados Unidos e designado para tarefas de inteligência em San Francisco e, mais tarde, na Zona do Canal. Nas horas livres da tarde, entretanto, Kelso escreveu seu primeiro livro, The Fallacy of Full Employment, The Failure of Full Employment. No final da guerra, o manuscrito completo estava em seu armário e Kelso foi dispensado em 1946.No mesmo ano, no entanto, o Congresso aprovou a  Lei de Pleno Emprego .

 

 

Essa lei ainda está em vigor nos Estados Unidos hoje e definiu a política econômica americana como o direito dos trabalhadores a ter um emprego. O tempo para suas idéias sobre a inutilidade de uma situação de pleno emprego ainda não havia chegado.

 

 

Ele lecionou direito constitucional por um tempo na Universidade do Colorado, depois se mudou para São Francisco e se tornou sócio da firma Kelso, Cotton, Seligman & Ray. 

 

 

Em 1958, ele escreveu " O Manifesto Capitalista ", que pretendia ser uma resposta ao Manifesto Comunista de Karl Marx. Ele criticou o comunismo como forma de resolver os problemas do capital, mas reconheceu como válida sua análise, propondo soluções dentro do sistema do capital.

 

 

A solução mais importante foi a difusão da propriedade da empresa através da venda de participações aos trabalhadores (ESOP).




 

O que é a Economia de mercado?

 

 

(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre)

 

 

 

Existe economia de livre mercado, economia de mercado ou sistema de livre iniciativa quando os agentes econômicos agem de forma livre, com mínima intervenção do Estado.

 

 

É, portanto, um mercado idealizado, onde todas as ações econômicas e individuais respeitam a transferência de dinheiro, bens e serviços voluntariamente. Contudo:

 

a)-O cumprimento de contratos voluntários é verificado pelos indivíduos participantes.

 

b)-A propriedade privada é protegida pela lei e ninguém pode ser forçado a trabalhar para terceiros.

 

 

 

O mercado livre é defendido pelos proponentes do liberalismo econômico

 

 

Diferentemente do que ocorre na economia planificada ou economia de estado, onde a produção econômica é dirigida pelo Estado, na Economia de mercado:

 

 

a)-A maior parte da produção econômica é gerada pela iniciativa privada.

 

 

b)-A Indústria, o comércio e a prestação de serviços são controlados por cidadãos particulares, ou seja, são empresas do setor privado que detêm a maior parcela dos meios de produção.

 

 

c)-O Estado tem o papel de regulamentação e fiscalização da economia, além de atender setores prioritários como: energia, segurança, educação e saúde, entre outros.

 

 

 

Pode-se, então, afirmar que nos países denominados de capitalistas domina uma economia de mercado, e no seu oposto temos os países socialistas, onde predomina uma economia primariamente estatal.

 

 

Entre estes dois domínios opostos, encontra-se ainda os denominados sistemas econômicos mistos. Sua finalidade centra-se na harmonização em diversos âmbitos do domínio do setor privado (livre iniciativa) e do setor público (empresas estatais).

 

 

 

A ECONOMIA SE RESUME A CAPITALISMO E SOCIALISMO?

 

 

 

Uma das simplificações mais comuns sobre direita e esquerda é que a direita defende o capitalismo, enquanto a esquerda defende o socialismo.

 

 

O capitalismo seria um sistema econômico-social em que pessoas negociam sua mão de obra para donos dos meios de produção. As famosas leis de mercado – oferta e demanda – operam com pouca interferência. O capitalismo também se caracteriza pela garantia da propriedade privada dos meios de produção (assegurada pelo aparato de segurança do Estado) bem como, pela acumulação e distribuição de capital.

 

 

Já o socialismo seria um sistema em que os meios de produção são propriedade coletiva (do proletariado, ou, na maior parte dos casos, do Estado). O socialismo permitiria o fim da exploração da mão de obra presente no regime capitalista – segundo a teoria tradicional – e acabaria com o sistema de classes – burguesia e proletariado. Eventualmente conduziria ao fim do Estado e posteriormente ao comunismo.

 

 

 

Essa polarização não é de todo verdadeira. Um exemplo:

 

 

Normalmente identificada como de centro-esquerda, a social democracia não pressupõe o fim ou a superação do capitalismo, e sim sua reforma. Em vez disso, defende que o Estado deve possuir papel relevante na economia, ao prover bens e serviços públicos essenciais à população, bem como ao assumir atividades econômicas pouco rentáveis, porém socialmente relevantes.

 

 

Esses serviços formariam uma rede de bem estar social. Também está ligada às ideias do economista John Maynard Keynes, que nos anos 1930 escreveu tese de que o gasto público deve aumentar em tempos de crise, a fim de garantir a volta ao crescimento econômico. Por outro lado, ainda que a direita como um todo abrigue correntes favoráveis ao capitalismo, diferentes tipos de capitalismo são defendidos. Normalmente, conservadores defendem ideias nacionalistas, contrárias à globalização, como protecionismo comercial (barreiras às importações e ao livre movimento de capitais), o que conflita com a visão de liberais. Existem também liberais mais radicais, que defendem o Estado mínimo ou até mesmo, em alguns casos, o fim do Estado. A principal justificativa das correntes liberais para ser a favor do livre mercado é que as regulações estatais distorceriam a dinâmica natural de mercado, diminuindo a prosperidade econômica da população.

 

 

No mundo real, o mais comum é a convivência de características dos dois lados da visão econômica. Ao mesmo tempo em que existem a propriedade privada e a competição de mercado, também existem instituições e benefícios tipicamente socialistas. As cooperativas (de créditos ou de negócios, por exemplo) são uma forma de organização econômica socialista e estão presentes em todos os países desenvolvidos. Direitos trabalhistas como férias remuneradas, licença maternidade e previdência social – entre outros – têm seus custos socializados, ou seja, divididos pela sociedade, pois se entende que esses benefícios são positivos para a sociedade como um todo.

 

 

Assim, é importante entender que não há uma única política econômica em cada lado do eixo. A esquerda pode adotar políticas econômicas com diversos graus de coletivismo, de economias planificadas a economias mistas, de políticas econômicas estatais a desenvolvimentistas. Enquanto isso, a direita pode adotar diferentes graus de políticas econômicas de mercado, desde um liberalismo econômico com a promoção da globalização a até mesmo políticas econômicas desenvolvimentistas com fortes características protecionistas e nacionalistas.

 

 

Não há resposta uniforme e as propostas econômicas de cada partido são únicas. Por isso, fique sempre atento para não cair em simplificações, como a esquerda sempre leva a economias planificadas e a direita sempre defende o neoliberalismo.

 

 

 




CONCLUSÃO




Numa grande síntese, o que se pode afirmar é que as nações tornam-se mais prósperas não quando evitam, mas quando combinam seus diferenciais competitivos de forma a adaptar-se exitosamente à globalização.Nesse sentido, o Brasil, uma das economias mais fechadas do planeta, tem muito o que aprender e a fazer.O país pode, contudo, estar na contramão dessas tendências mais insularizantes que se percebem mesmo em nações tradicionalmente identificadas com a defesa do livre comércio, como é o caso dos EUA.E isso seria extremamente bem-vindo. Na política brasileira, estamos encerrando um ciclo populista-protecionista. Isso pode converter-se numa grande vantagem comparativa em termos de negociações comerciais de caráter bi e plurilateral.No limite, a história aponta que se moldar à globalização e dela tirar proveito é a grande fonte da riqueza das nações.



BIBLIOGRAFIA



-KELSO, Luis O.; ADLER, Mortimer J. Manifiesto Capitalista. Buenos Aires: Kraft, 1961.

 

 

-MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista. Bauru-SP: Edipro, 1998.

 

 

-https://www.riccardofratini.it/2017/05/12/louis-kelso-economia-binaria/

 

 

-https://www.politize.com.br/esquerda-e-direita-na-economia/


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