Para responder a esta pergunta é preciso antes definir três
pontos:
-Quem seríamos nós?
-O que é a Amazônia?
-E o que significa possuir
algo?
Para estabelecer o nós, vamos começar por determinar o que
entenderemos por Amazônia? A Floresta Amazônica é o segundo
maior bioma do mundo, e se estende pelo território de nove países, mas para
classificar o nós como "brasileiros", vamos limitar o "Amazônia"
à parcela da floresta que se encontra no território brasileiro. Dito
isto, será que podemos dizer que cada uma das pessoas nascidas dentro da
fronteira do estado brasileiro é dona (ou acionária) de uma área gigantesca de
floresta ?
Vamos entrar agora no terceiro ponto; como nos tornamos
donos de algo? Existem três maneiras de adquirir
propriedade sobre algo:
1)- Comprando.
2)- Recebendo de
presente.
3)- Reapropriando originalmente de um recurso sem dono (homestead).
Para se apropriar de algo sem dono é necessário estabelecer
um elo objetivo com o recurso em questão, ou, nas palavras de John Locke: “Cada homem possui a propriedade
de sua própria pessoa. A esta ninguém tem direito algum, além dele
mesmo. O trabalho de seu corpo e a obra
de suas mãos, pode-se dizer, são propriamente seus. Qualquer coisa
que ele então retire do estado que a natureza proveu e deixou, e misture com
seu trabalho e adicione algo que é seu, se torna sua propriedade. Sendo por ele retirado do estado comum em que
a natureza a deixou, a ela agregou com esse trabalho, algo que exclui o direito
comum dos demais homens. Por ser
esse trabalho propriedade
inquestionável do trabalhador, homem algum além de si pode ter direito àquilo
ao qual tal trabalho tenha sido agregado...” (John Locke, Um Ensaio Referente à Verdadeira Origem,
Extensão e Objetivo do Governo Civil, V. págs. 409-10, em Dois Tratados sobre o Governo - Martins
Fontes, 1998)
Primeira pergunta que
não quer calar: “O Petróleo é realmente nosso?”
A
neurose em cima desse assunto chega a tal ponto que centrais sindicais criaram
uma organização para tentar controlar essa riqueza. Agora vamos aos fatos verdadeiros: A
Petrobras está garantida sobre um verdadeiro monopólio de extração de petróleo
no Brasil, promovida pela Agência Nacional do Petróleo. Com isso, não tem a menor
preocupação em promover um serviço barato e de qualidade, praticando a venda de
seus derivados a preços incompatíveis com o mercado internacional. Um
americano gasta, de acordo com reportagem da folha, R$ 1,32 (já convertido aqui
da relação dólar por galão de gasolina para real por litro), enquanto nós
brasileiros pagamos R$ 3,00. Isso significa que pagamos 227,27% mais caro
por um litro de gasolina que um americano. Verdade
seja dita: A Petrobras por ser estatal, é uma empresa altamente
ineficiente! Mesmo em um ambiente de monopólio na extração, conseguiu ter um
prejuízo de R$ 95 milhões na era Ptista, o que demonstra um descalabro
administrativo em uma empresa que cobra o quanto quiser por seus produtos. Apesar
da extração de petróleo da camada pré-sal ocorrer apenas em caráter experimental,
o governo Ptista já vinha vendendo cotas dessa riqueza, utilizando-a,
inclusive, para capitalizar a Petrobras, mesmo sem que haja a garantia de que é
viável a extração em escala industrial. O que o governo fez na verdade foi
endividar o estado brasileiro sem ter a garantia de que poderá honrar essa
dívida.
Então fica a
pergunta: para quem interessa uma empresa estatal produtora de petróleo?
Certamente
não é para os consumidores! Para o petróleo ser “nosso”, precisamos pagar na
bomba um preço baixo, isto só acontece com o livre mercado. Monopólio estatal só
interessa para o governo, que, com um discurso ufanista sem sentido, ganha mais
uma fonte de desvio de recursos e cabide de empregos às custas da população
brasileira! A única maneira do petróleo ser nosso é em um ambiente de
livre-concorrência, em que empresas privadas lutem para extrair o
petróleo de maneira eficiente e barata para toda a população, sem precisar
pagar pedágio para político nenhum. Do jeito que está, o petróleo não é
nosso, o petróleo é dos burocratas e dos poderosos acionistas. A Petrobras, na
verdade, é uma 'empresa estatal de capital misto' o que significa que parte de
seu capital está nas mãos de diversos acionistas, mas com mais da metade das
ações com direito a voto sob o controle do governo.Ora,
meus amigos, se nem os acionistas que investiram seu dinheiro diretamente na
empresa têm poder de decidir os rumos dela, que dirá nós, pobres mortais que
não compramos ação alguma? Mas se a empresa é do governo, se o
presidente da República decidir do nada criar mais 25 diretorias e enche-las de
milhares funcionários em cargos de confiança fazendo a empresa gastar mais e
lucrar menos, o problema é do governo, correto?... Aí é que você se engana! A empresa é do governo na hora de ditar os rumos dela. Mas é
nossa na hora de pagar a conta de prejuízos por decisões mal tomadas pela
diretoria. Não importa a maneira:
ou aumenta-se o preço dos combustíveis ou aumenta-se e cria-se outro imposto. O
importante é cobrir o buraco que o governo criou! E quem paga essa conta?...adivinhem?
Então que história é
essa de "o petróleo é nosso"?
Isso
é papo de sindicalista “baba ovo”, e nacionalistas retrógrados que durante anos
e anos ficaram repetindo essa e outras frases em nossa cabeça para 'não
entregar nossos tesouros ao capital estrangeiro' e outras bobagens do gênero. Curioso
que esse é o discurso tanto de radicais da direita como da esquerda. Ambos
falam mal do outro, mas no fundo têm várias coisas em comum.Para você, o que é mais importante: abastecer o tanque do seu carro
pagando menos graças à concorrência de diversas empresas explorando esse setor,
ou pagar mais caro para usufruir de um produto '100% nacional'?Os
Estados Unidos, aquele lugar tão demonizado pela esquerda do mundo todo (mas
cujos militantes adoram visitar sempre que podem) é o maior consumidor de petróleo
do planeta. Deveria então ser o maior interessado em controlar suas reservas
com mãos de ferro, não? Pois é, mas não! Os americanos não possuem
nenhuma empresa estatal de petróleo, e mesmo convertendo o preço do litro desse
combustível com o dólar nas alturas ultimamente, ainda assim o preço da gasolina
lá é menor que o nosso. Portanto meus amigos, é somente o livre
mercado, deixando as empresas concorrerem livremente, que faz a oferta crescer
e o preço cair! E não centralizar as regras do jogo em uma única empresa, que
se fizer uma coisa errada, traz um enorme prejuízo para todos nós. Para evitar
o uso político delas, governos não deveriam administrar empresas. Afinal, os
governantes já têm trabalho demais para 'cuidar' de nossa segurança, educação e
saúde e criar regras para a economia e as empresas atuarem.Se a
Petrobras fosse uma empresa de capital inteiro aberto e houvesse livre
concorrência, quem defende que 'o petróleo é nosso' poderia se quiser comprar
ações dela e se unir com outros acionistas para decidir os rumos da empresa. Nossos bolsos seriam
poupados, e todos nós ficaríamos mais agradecidos e aliviados, ai sim o
petróleo e a Petrobras seria nossa!
E COM
RELAÇÃO A AMAZÔNIA?
Hoje,
uma sanha ecológica parece ter tomado conta do mundo, e as pessoas, logicamente
no conforto de seus lares nas áreas urbanas, todos têm na cabeça uma ideia
fixa de que o que quer que não tenha sido tocado pelo homem até hoje, assim
deve permanecer. O motivo? Melhor não perguntar, mas eu como não tenho
papa na língua e não devo favor a nenhum esquerdopata, pergunto mesmo! Algo
que foi muito popular, e que se ouve até hoje, é que a Amazônia deve ser
preservada pois ela seria o "pulmão do mundo", querendo dizer que a floresta é
responsável pela produção do oxigênio da atmosfera, ou seja, responsável pela
vida na Terra. Qualquer um que se lembre
das aulas de Ciências na escola sabe que a plantas fazem fotossíntese durante o
dia (trocando CO2 por O2) e respiram durante as 24 horas do dia (trocando O2
por CO2), ou seja, as florestas não produzem O2; ainda bem, pois um aumento na
concentração de O2 na atmosfera poderia significar o fim da vida na terra. E é fato que, há milhões de anos, a
concentração de gases atmosféricos se mantém estável, com 76,5% de nitrogênio,
20,5% de oxigênio e 1% de outros gases, além de 2% de vapor d'água.
Vamos
adiante? Mas parece que o fantasma predominante hoje é o do aquecimento global,
a floresta amazônica impediria que a temperatura do planeta aumentasse, pois
diminuiria a concentração de CO2 na atmosfera.
Só não explicam como?
Conforme acabamos de recordar, as plantas
também produzem CO2.E também não explicam como um gás que compõe apenas 0,03%
da atmosfera iria conseguir alterar tanto a temperatura do planeta. Algum
tempo atrás, estudiosos diziam que caso a Amazônia desaparecesse, o mundo entraria
numa nova Era Glacial. Ademais,
se as florestas exercem tanta influência na temperatura da Terra, por que esta
não sofreu uma variação drástica (para cima ou para baixo) nos últimos 8 mil
anos, em que houve uma redução de mais de 75% das áreas de florestas primárias,
e nos últimos 11 mil anos a área total do globo coberta por florestas sofreu
uma diminuição de 40%? É difícil crer
que estes 60% restantes possuem esta importância depositada neles, como se a
vida no planeta dependesse da mata primária restante. Não obstante, existem estudos sobre
uma origem antropogênica da Floresta Amazônica, e desmatamentos recentes propiciaram
a descobertas de geoglifos que datam do século XIII, indicando que, poucas
centenas de anos atrás, aquela região poderia ser uma savana parecida com o
cerrado.Outro
argumento quixotesco que costuma aparecer é o de que a fauna e a flora da Amazônia
possuem propriedades ainda desconhecidas pelo homem, e, portanto, devem ser
preservadas na Amazônia, pois pode estar a cura para o câncer! Para começar, este poderia ser um argumento
a favor da máxima exploração de alguns de seus recursos , e não para sua
"imaculação". Ora,quem
acredita nisso já pode ir agora mesmo para o meio do mato coletar "estas
riquezas". Para mostrar que o
argumento existe mesmo, vou dar um exemplo.
A recente série Luta pela Amazônia, apresentada pelo Discovery Channel,
na justificativa desse argumento cita que "uma possível cura para a Doença
de Chagas foi encontrada no veneno da Jararaca". Só tem um problema, a Jararaca é uma cobra
encontrada do Norte do México até a Argentina, e não apenas na Amazônia.E
mesmo que fosse um réptil exclusivamente amazônico, teríamos aí uma razão para
capturar e pesquisar todas as espécies da região em um local como o Instituto
Butantan (logicamente que não fosse governamental), e não para manter uma
imensidão de dimensões oceânicas intocada, só por causa da jararaca! Na
realidade foram estes tipos de "justificativas" mais ideológicos que
científicos, que o governo Ptista trabalhou duro para diminuir o padrão de vida
de todos, com o IBAMA proibindo o corte de árvores numa área que o
"complexo de Colombo" concedeu ao governo, com a Polícia Federal
atacando e sequestrando seres humanos por extraírem o que eles chamam de
"madeira ilegal", ou jogando em celas pobres miseráveis por
capturarem bichos no mato para sua sobrevivência, o que eles chamam de "tráfico
de animais silvestres", ou tantas e tantas violências que ocorrem com a
aquiescência de urbanoides, pessoas que não sobreviveriam 1 dia se fossem
deixadas no meio do mato. Lew Rockwell faz uma
análise sucinta desta sanha ambientalista:"É como se os socialistas tivessem descoberto que seu plano resulta
em miséria, e tivessem decidido trocar seus nomes para ambientalistas e fazer
da miséria seu objetivo". E
na mesma linha, Jeffrey Tucker observa que Planejamento estatal jamais foi um
meio adequado de se fazer qualquer coisa, mas pelo menos houve uma época em que
o objetivo era trazer progresso à humanidade.
Era o meio errado para atingir o fim certo. Hoje em dia, o planejamento central funciona
como um meio maldosamente eficiente para atingir o fim errado, e se tem algo em
que o estado Social Comunista seja realmente bom, é em pauperizar as coisas. A
famosa questão filosófica que diz que "Se uma árvore cair no meio da
floresta, e não estiver ninguém por perto, será que faz barulho?" poderia
ser transformada para nossos propósitos aqui em "Se uma árvore permanecer
na floresta sem ninguém por perto, será que ela está mesmo lá?". Conclusão: Não, a Amazônia não é nossa. É de quem pegar primeiro! E que faça bom proveito, transformando
recursos sem uso em riquezas demandadas pelas pessoas, que podem ser desde
parques ecológicos até ornamentos para sandálias, ou então mantenha-se a floresta e
diminua o número de seres humanos no mundo com as políticas pró aborto, o sonho
de consumo de todo socialista raís!
Fonte:
Instituto Mises
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