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A pergunta que não cala: a Amazônia e o Petróleo é realmente nosso?

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 17 de abril de 2019 | 19:28








Para responder a esta pergunta é preciso antes definir três pontos: 




-Quem seríamos nós? 


-O que é a Amazônia?


-E o que significa possuir algo?  




Para estabelecer o nós, vamos começar por determinar o que entenderemos por Amazônia? A Floresta Amazônica é o segundo maior bioma do mundo, e se estende pelo território de nove países, mas para classificar o nós como "brasileiros", vamos limitar o "Amazônia" à parcela da floresta que se encontra no território brasileiro.  Dito isto, será que podemos dizer que cada uma das pessoas nascidas dentro da fronteira do estado brasileiro é dona (ou acionária) de uma área gigantesca de floresta ?



Vamos entrar agora no terceiro ponto; como nos tornamos donos de algo?  Existem três maneiras de adquirir propriedade sobre algo:




1)-   Comprando.



2)-   Recebendo de presente.



3)- Reapropriando originalmente de um recurso sem dono (homestead). 





Para se apropriar de algo sem dono é necessário estabelecer um elo objetivo com o recurso em questão, ou, nas palavras de John Locke: “Cada homem possui a propriedade de sua própria pessoa.  A esta ninguém tem direito algum, além dele mesmo.  O trabalho de seu corpo e a obra de suas mãos, pode-se dizer, são propriamente seus.  Qualquer coisa que ele então retire do estado que a natureza proveu e deixou, e misture com seu trabalho e adicione algo que é seu, se torna sua propriedade.  Sendo por ele retirado do estado comum em que a natureza a deixou, a ela agregou com esse trabalho, algo que exclui o direito comum dos demais homens.  Por ser esse trabalho propriedade inquestionável do trabalhador, homem algum além de si pode ter direito àquilo ao qual tal trabalho tenha sido agregado...” (John Locke, Um Ensaio Referente à Verdadeira Origem, Extensão e Objetivo do Governo Civil, V. págs. 409-10, em Dois Tratados sobre o Governo - Martins Fontes, 1998)





Primeira pergunta que não quer calar: “O Petróleo é realmente nosso?”





A neurose em cima desse assunto chega a tal ponto que centrais sindicais criaram uma organização para tentar controlar essa riqueza. Agora vamos aos fatos verdadeiros: A Petrobras está garantida sobre um verdadeiro monopólio de extração de petróleo no Brasil, promovida pela Agência Nacional do Petróleo. Com isso, não tem a menor preocupação em promover um serviço barato e de qualidade, praticando a venda de seus derivados a preços incompatíveis com o mercado internacional. Um americano gasta, de acordo com reportagem da folha, R$ 1,32 (já convertido aqui da relação dólar por galão de gasolina para real por litro), enquanto nós brasileiros pagamos R$ 3,00. Isso significa que pagamos 227,27% mais caro por um litro de gasolina que um americano. Verdade seja dita: A Petrobras por ser estatal, é uma empresa altamente ineficiente! Mesmo em um ambiente de monopólio na extração, conseguiu ter um prejuízo de R$ 95 milhões na era Ptista, o que demonstra um descalabro administrativo em uma empresa que cobra o quanto quiser por seus produtos. Apesar da extração de petróleo da camada pré-sal ocorrer apenas em caráter experimental, o governo Ptista já vinha vendendo cotas dessa riqueza, utilizando-a, inclusive, para capitalizar a Petrobras, mesmo sem que haja a garantia de que é viável a extração em escala industrial. O que o governo fez na verdade foi endividar o estado brasileiro sem ter a garantia de que poderá honrar essa dívida.





Então fica a pergunta: para quem interessa uma empresa estatal produtora de petróleo?





Certamente não é para os consumidores! Para o petróleo ser “nosso”, precisamos pagar na bomba um preço baixo, isto só acontece com o livre mercado. Monopólio estatal só interessa para o governo, que, com um discurso ufanista sem sentido, ganha mais uma fonte de desvio de recursos e cabide de empregos às custas da população brasileira! A única maneira do petróleo ser nosso é em um ambiente de livre-concorrência, em que empresas privadas lutem para extrair o petróleo de maneira eficiente e barata para toda a população, sem precisar pagar pedágio para político nenhum. Do jeito que está, o petróleo não é nosso, o petróleo é dos burocratas e dos poderosos acionistas. A Petrobras, na verdade, é uma 'empresa estatal de capital misto' o que significa que parte de seu capital está nas mãos de diversos acionistas, mas com mais da metade das ações com direito a voto sob o controle do governo.Ora, meus amigos, se nem os acionistas que investiram seu dinheiro diretamente na empresa têm poder de decidir os rumos dela, que dirá nós, pobres mortais que não compramos ação alguma? Mas se a empresa é do governo, se o presidente da República decidir do nada criar mais 25 diretorias e enche-las de milhares funcionários em cargos de confiança fazendo a empresa gastar mais e lucrar menos, o problema é do governo, correto?... Aí é que você se engana! A empresa é do governo na hora de ditar os rumos dela. Mas é nossa na hora de pagar a conta de prejuízos por decisões mal tomadas pela diretoria. Não importa a maneira: ou aumenta-se o preço dos combustíveis ou aumenta-se e cria-se outro imposto. O importante é cobrir o buraco que o governo criou! E quem paga essa conta?...adivinhem?




Então que história é essa de "o petróleo é nosso"?





Isso é papo de sindicalista “baba ovo”, e nacionalistas retrógrados que durante anos e anos ficaram repetindo essa e outras frases em nossa cabeça para 'não entregar nossos tesouros ao capital estrangeiro' e outras bobagens do gênero. Curioso que esse é o discurso tanto de radicais da direita como da esquerda. Ambos falam mal do outro, mas no fundo têm várias coisas em comum.Para você, o que é mais importante: abastecer o tanque do seu carro pagando menos graças à concorrência de diversas empresas explorando esse setor, ou pagar mais caro para usufruir de um produto '100% nacional'?Os Estados Unidos, aquele lugar tão demonizado pela esquerda do mundo todo (mas cujos militantes adoram visitar sempre que podem) é o maior consumidor de petróleo do planeta. Deveria então ser o maior interessado em controlar suas reservas com mãos de ferro, não? Pois é, mas não! Os americanos não possuem nenhuma empresa estatal de petróleo, e mesmo convertendo o preço do litro desse combustível com o dólar nas alturas ultimamente, ainda assim o preço da gasolina lá é menor que o nosso. Portanto meus amigos, é somente o livre mercado, deixando as empresas concorrerem livremente, que faz a oferta crescer e o preço cair! E não centralizar as regras do jogo em uma única empresa, que se fizer uma coisa errada, traz um enorme prejuízo para todos nós. Para evitar o uso político delas, governos não deveriam administrar empresas. Afinal, os governantes já têm trabalho demais para 'cuidar' de nossa segurança, educação e saúde e criar regras para a economia e as empresas atuarem.Se a Petrobras fosse uma empresa de capital inteiro aberto e houvesse livre concorrência, quem defende que 'o petróleo é nosso' poderia se quiser comprar ações dela e se unir com outros acionistas para decidir os rumos da empresa. Nossos bolsos seriam poupados, e todos nós ficaríamos mais agradecidos e aliviados, ai sim o petróleo e a Petrobras seria nossa!





E COM RELAÇÃO A AMAZÔNIA?





Hoje, uma sanha ecológica parece ter tomado conta do mundo, e as pessoas, logicamente no conforto de seus lares nas áreas urbanas, todos têm na cabeça uma ideia fixa de que o que quer que não tenha sido tocado pelo homem até hoje, assim deve permanecer.  O motivo?  Melhor não perguntar, mas eu como não tenho papa na língua e não devo favor a nenhum esquerdopata, pergunto mesmo! Algo que foi muito popular, e que se ouve até hoje, é que a Amazônia deve ser preservada pois ela seria o "pulmão do mundo", querendo dizer que a floresta é responsável pela produção do oxigênio da atmosfera, ou seja, responsável pela vida na Terra.  Qualquer um que se lembre das aulas de Ciências na escola sabe que a plantas fazem fotossíntese durante o dia (trocando CO2 por O2) e respiram durante as 24 horas do dia (trocando O2 por CO2), ou seja, as florestas não produzem O2; ainda bem, pois um aumento na concentração de O2 na atmosfera poderia significar o fim da vida na terra.  E é fato que, há milhões de anos, a concentração de gases atmosféricos se mantém estável, com 76,5% de nitrogênio, 20,5% de oxigênio e 1% de outros gases, além de 2% de vapor d'água.



Vamos adiante? Mas parece que o fantasma predominante hoje é o do aquecimento global, a floresta amazônica impediria que a temperatura do planeta aumentasse, pois diminuiria a concentração de CO2 na atmosfera.  Só não explicam como?





Conforme acabamos de recordar, as plantas também produzem CO2.E também não explicam como um gás que compõe apenas 0,03% da atmosfera iria conseguir alterar tanto a temperatura do planeta. Algum tempo atrás, estudiosos diziam que caso a Amazônia desaparecesse, o mundo entraria numa nova Era Glacial.  Ademais, se as florestas exercem tanta influência na temperatura da Terra, por que esta não sofreu uma variação drástica (para cima ou para baixo) nos últimos 8 mil anos, em que houve uma redução de mais de 75% das áreas de florestas primárias, e nos últimos 11 mil anos a área total do globo coberta por florestas sofreu uma diminuição de 40%?  É difícil crer que estes 60% restantes possuem esta importância depositada neles, como se a vida no planeta dependesse da mata primária restante.  Não obstante, existem estudos sobre uma origem antropogênica da Floresta Amazônica, e desmatamentos recentes propiciaram a descobertas de geoglifos que datam do século XIII, indicando que, poucas centenas de anos atrás, aquela região poderia ser uma savana parecida com o cerrado.Outro argumento quixotesco que costuma aparecer é o de que a fauna e a flora da Amazônia possuem propriedades ainda desconhecidas pelo homem, e, portanto, devem ser preservadas na Amazônia, pois pode estar a cura para o câncer!  Para começar, este poderia ser um argumento a favor da máxima exploração de alguns de seus recursos , e não para sua "imaculação".  Ora,quem acredita nisso já pode ir agora mesmo para o meio do mato coletar "estas riquezas".  Para mostrar que o argumento existe mesmo, vou dar um exemplo.  A recente série Luta pela Amazônia, apresentada pelo Discovery Channel, na justificativa desse argumento cita que "uma possível cura para a Doença de Chagas foi encontrada no veneno da Jararaca".  Só tem um problema, a Jararaca é uma cobra encontrada do Norte do México até a Argentina, e não apenas na Amazônia.E mesmo que fosse um réptil exclusivamente amazônico, teríamos aí uma razão para capturar e pesquisar todas as espécies da região em um local como o Instituto Butantan (logicamente que não fosse governamental), e não para manter uma imensidão de dimensões oceânicas intocada, só por causa da jararaca! Na realidade foram estes tipos de "justificativas" mais ideológicos que científicos, que o governo Ptista trabalhou duro para diminuir o padrão de vida de todos, com o IBAMA proibindo o corte de árvores numa área que o "complexo de Colombo" concedeu ao governo, com a Polícia Federal atacando e sequestrando seres humanos por extraírem o que eles chamam de "madeira ilegal", ou jogando em celas pobres miseráveis por capturarem bichos no mato para sua sobrevivência, o que eles chamam de "tráfico de animais silvestres", ou tantas e tantas violências que ocorrem com a aquiescência de urbanoides, pessoas que não sobreviveriam 1 dia se fossem deixadas no meio do mato. Lew Rockwell faz uma análise sucinta desta sanha ambientalista:"É como se os socialistas tivessem descoberto que seu plano resulta em miséria, e tivessem decidido trocar seus nomes para ambientalistas e fazer da miséria seu objetivo".  E na mesma linha, Jeffrey Tucker observa que Planejamento estatal jamais foi um meio adequado de se fazer qualquer coisa, mas pelo menos houve uma época em que o objetivo era trazer progresso à humanidade.   Era o meio errado para atingir o fim certo.  Hoje em dia, o planejamento central funciona como um meio maldosamente eficiente para atingir o fim errado, e se tem algo em que o estado Social Comunista seja realmente bom, é em pauperizar as coisas. A famosa questão filosófica que diz que "Se uma árvore cair no meio da floresta, e não estiver ninguém por perto, será que faz barulho?" poderia ser transformada para nossos propósitos aqui em "Se uma árvore permanecer na floresta sem ninguém por perto, será que ela está mesmo lá?".  Conclusão: Não, a Amazônia não é nossa.  É de quem pegar primeiro!  E que faça bom proveito, transformando recursos sem uso em riquezas demandadas pelas pessoas, que podem ser desde parques ecológicos até ornamentos para sandálias, ou então mantenha-se a floresta e diminua o número de seres humanos no mundo com as políticas pró aborto, o sonho de consumo de todo socialista raís!





Fonte: Instituto Mises





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