(Após a criação o pecado desumanizou o homem) |
Por *Francisco José Barros Araújo
ATENÇÃO! Para se saber o que realmente o autor sagrado queria
revelar é necessário levar em consideração alguns detalhes:
D. Estevão Bettencourt
em seu livro: “Para entender o Antigo Testamento” (editora Lúmen Christi), nos
ajuda a entender esta realidade:
POR
FIM, O REAL CONCEITO DE INFALIBILIDADE E INERRÃNCIA DAS ESCRITURAS, é conforme
está expresso na DEI VERBUM-Nº 11:
Para ler a Bíblia Sagrada com todo proveito, o cristão necessita
ser esclarecido a respeito de cada um dos 73 (setenta e três) livros que a
compõem, sob quatro pontos de vista que se completam mutuamente:
1)-Em primeiro lugar,
possuir
algumas noções sobre o gênero e as particularidades literárias da obra.
2)-Em seguida, situar o escrito em seu contexto histórico, levando-se em conta as circunstâncias que causaram seu aparecimento, seus destinatários imediatos, etc.Estas indicações lhe permitirão compreender bem as modalidades do ensino religioso dado pelo escritor a seus contemporâneos.
3)-Finalmente, saber colocar esse ensino no quadro da revelação total, no
lugar que lhe cabe dentro da evolução providencial em vista da perfeição cristã.
A Edição Ave Maria recomenda que, se o leitor
quiser descobrir a Marcha Ascendente da Revelação para Cristo, convém realizar
a leitura dos livros de acordo com a seguinte ordem:
1)-Das
Origens à Realeza, a ordem de leitura aceita pela maioria é a
dos cinco livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e
Deuteronômio), Josué, Juízes, Samuel 1 e 2.
2)-No
Quadro dos Reis, os profetas antigos: Amós (ano 760 a.C.),
Oséias (ano 750 a.C.), os 39 capítulos de Isaías (740 a.C.), Miquéias (725
a.C.), Naum (625 a.C.), Sofonias (625 a.C.), Habacuc (605 a.C.) e Jeremias (600
a.C.).
3)-No Tempo
do Exílio,
as Lamentações, Ezequiel (580 a.C.), Abdias e a segunda parte de Isaías (538
a.C.).
4)-Após o
Exílio da Babilônia, para uma melhor compreensão do movimento e do esforço de
restauração,
aconselha-se a leitura de 1 e 2 Crônicas seguidos de Nemias e Esdras.Com os
acontecimentos do exílio relacionam-se os profetas Ageu e Zacarias (520 a.C.),
os 11 últimos capítulos de Isaías, Malaquias (440 a.C.), Joel e Jonas, bem como
os livros de Rute, Tobias, Judite e Ester, os escritos sapienciais: Provérbios,
Jó (500 a.C.) Eclesiastes (250 a.C.) Eclesiástico (200 a.C.) e Cântico dos
Cânticos.
5)-À época
dos Macabeus pertencem
o Livro da Sabedoria, Baruc, Daniel e 1 e 2 Macabeus.
6)-Os
Salmos não tem uma época determinada e podem ser lidos sem qualquer ordem
cronológica.
7)-Referente
ao Novo Testamento faz a leitura primeiramente dos três Evangelhos sinóticos
(parecidos entre si): Mateus, Marcos e Lucas.
8)-Depois
Atos dos Apóstolos e as 10 primeiras cartas paulinas: 1 e 2
Tessalonicenses, Gálatas, Romanos, 1 e 2 Coríntios, Filipenses, Efésios,
Colossenses e Filêmon.
9)-As
cartas pastorais de
Paulo (1 e 2 Timóteo, Tito e Hebreus) tem o ambiente natural junto com a
epístolas católicas (Tiago, 1 e 2 Pedro, Judas, 1, 2 e 3 João).
10)-Por
fim, devem
ser lidos o Evangelho de João e o Apocalipse.
Introdução
à sagrada escritura - DEI VERBUM E FORMAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO
Nosso estudo tem como base um documento do Magistério Eclesiástico que se chama Constituição Dogmática Dei Verbum. Este documento foi elaborado em 1965 no último Concílio Ecumênico da Igreja Católica, ou seja, no Concílio Vaticano II. Fala sobre a Revelação Divina e Sua Transmissão.
O que é a Revelação Divina?
É Deus comunicando e manifestando gradualmente a sua própria vida divina na
história dos homens, por etapas, e que vai culminar na pessoa de
Jesus. Deus quis Se revelar ao homem para que este O conhecesse e assim pudesse
livremente amá-Lo e escolhê-Lo como Bem Supremo de sua vida.
Etapas
da Revelação Divina:
– Deus manifestou-se
desde o princípio, aos nossos primeiros pais através das coisas criadas.
– Convidou-os a uma
comunhão íntima consigo mesmo revestindo- os de uma Graça e justiça
resplandecentes.
– Depois da queda do
homem, Deus prometeu-lhes a salvação.
– Concluiu com Noé
uma aliança entre Si e todos os seres vivos.
– Escolheu Abraão e
concluiu uma aliança com Ele e seus descendentes. Fez deles o Seu povo.
– Revelou a este povo
a Sua lei por meio de Moisés.
– Preparou a este
povo através dos profetas a acolher a salvação destinada a toda humanidade.
– Revelou-Se
plenamente, enviando o Seu Filho, no qual estabeleceu a Sua aliança para
sempre.
– O Filho é a palavra
definitiva do Pai. Depois Dele não haverá outra Revelação.
Transmissão da Revelação Divina:
A transmissão da
Revelação Divina aconteceu ao longo dos tempos, de duas maneiras: primeiro,
oralmente e depois, por escrito. Hoje o que Deus revelou encontra-se por
escrito na Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, os quais constituem um só
sagrado depósito da Palavra de Deus confiado à Igreja.
1. TRADIÇÃO: É oriunda dos
Apóstolos e progride na Igreja sob a assistência do Espírito Santo . Jesus
ordenou aos Apóstolos que o Evangelho fosse pregado por eles a todos. E os
Apóstolos pregaram de forma oral e depois (Sob a inspiração do Espírito Santo)
de forma escrita. A pregação apostólica foi conservada por escrito na Sagrada
Tradição. Também fazem parte da Tradição, os escritos dos padres apostólicos
(Santos Padres), bispos que conviveram com os 12 Apóstolos).
2. SAGRADA ESCRITURA (A Bíblia – Palavra de
Deus) É
a Palavra de Deus, redigida pelo hagiógrafo (autor sagrado) sob a inspiração do
Espírito Santo:
– A Palavra de Deus
(Bíblia) – por meio do homem (autor sagrado) torna-se língua humana
– O Verbo de Deus
(Jesus) – por meio de Maria (encarnação) torna-se homem. Por isso a Igreja venera a
Sagrada Escritura (A Bíblia) = Corpo de Cristo (Pão da vida).
3. MAGISTÉRIO DA IGREJA: Só o magistério da
Igreja pode interpretar e transmitir a Revelação Divina, cuja autoridade é
exercida aos bispos em comunhão com o Papa. O Magistério está a serviço das
Palavra de Deus. Ensina aos homens o que foi transmitido por Deus.
COMO SE
DEU A FORMAÇÃO DO ANTIGO TESTAMENTO?
• Foi no seio do povo
hebreu que nasceu a Bíblia (A.T.) Os textos bíblicos do Antigo Testamento
começaram a ser escritos a partir do século IX a. C. No decorrer dos séculos foi-se
formando a biblioteca sagrada de Israel, sem que os judeus se preocupassem com
a catalogação das mesmas. E o último livro a ser escrito foi Sabedoria
(50 aC).
• Os autores sagrados
(os hagiógrafos) viveram em lugares e ambientes muito diversos: cada um imprime
na sua obra traços característicos de sua personalidade. Mas como eles
escreveram sob a inspiração do Espírito Santo, é Deus o Autor principal de toda
a Bíblia.
• Só depois do Exílio
(538 aC) é que se escreveu definitivamente o Antigo Testamento. Nessa época é que o
Antigo Testamento adquiriu toda a sua autoridade. Ele se tornou o eixo de um
sistema social e religioso – o judaísmo. O Antigo Testamento era como a
carteira de identidade do povo de Israel.
Os judeus foram ajuntando no decorrer de sua história e
coleção dos livros do Antigo Testamento e dividiram-na em 3 partes:
1. A Lei Torá –
contendo os 5 livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Formam
o núcleo fundamental da Bíblia.
2. Os Profetas – os judeus
compreendiam por esse título os livros que hoje são denominados proféticos e
históricos.
3. Os Escritos – os judeus
designavam por este nome os livros: Salmos, Provérbios, Jó, Cânticos, Rute,
Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras e Neemias, Crônicas.
No segundo século antes da nossa era, esta coleção já estava terminada (séc. II aC). Nessa época (entre 250 e 100aC), os judeus estavam, em parte, dispersos pelo mundo afora (diáspora – emigração e dispersão dos judeus para outros países). Quando os judeus começaram a emigrar para outros países, levaram consigo a Bíblia. Se fixou, um grupo de judeus, em Alexandria (Egito), onde se falava grego e lá constituíram uma colônia. Adotaram a língua grega e tiveram a necessidade de traduzir a Bíblia do hebraico para o grego.Conta a Tradição que o rei Ptolomeu II (Alexandria) querendo possuir na sua biblioteca um exemplar grego dos livros sagrados dos judeus, pediu ao sumo sacerdote Eleázaro de Jerusalém os tradutores. Eleázaro enviou seis sábios de cada uma das doze tribos de Israel (72 sábios) para Alexandria. Estes ficaram em 72 cubículos individuais e no final os 72 textos gregos do Antigo Testamento estavam idênticos. Consideraram um milagre! Ficou sendo conhecida como a TRADUÇÃO DOS SETENTA ou tradução Alexandrina.Alguns escritos recentes lhe foram acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados: Tobias e Judite, Daniel e Ester (parte), Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, Jeremias. A Igreja Cristã admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. Desse modo a Bíblia grega (tradução dos setenta hebraico-grego) tem 7 livros a mais do que a Bíblia hebraica (original).
Os judeus de
Jerusalém não reconheceram os 7 livros como verdadeiros, porque segundo seus
critérios nacionalistas (o Novo Testamento fica de fora),
eles afirmam que:
– Só podem ser
escritos dentro de Israel.
– Só podem ser escritos
em hebraico.
– Só podem ser aceitos
os escritos antes de Esdras.
Obs: No ano 100 dC os rabinos se reuniram no sínodo de Jâmnia para estipular esses critérios. - Foi a tradução apostólica que levou a Igreja a decidir quais os escritos que deviam ser contados na lista dos livros sagrados. Esta lista é chamada de: Cânon das Escrituras. Cânon – Karon (grego) = Catálogo Canônico – Livro catalogado –
Os livros escritos dentro do seio da comunidade dos judeus, são chamados:
-PROTOCANÔNICOS
(Catalogados em primeiro lugar)
– Os sete livros
acrescentados em grego são chamados: DEUTOROCANÔNICOS (Não apócrifos, ou seja,os
deuterocanônicos foram Catalogados em segundo lugar).
• O Cânon Católico
compreende 46 livros do Antigo Testamento.
Divisão da Bíblia Judaica:
• Pentateuco (a
Lei) – Gen, Ex, Lev, Num, Deut.
• Livros
Históricos – Jos, Jz, Rt, Sam, Reis, Crôn, Esd, Nee, Tob, Jud, Est, Macabeus.
• Livros
Sapienciais – Jó, Sl, Prov, Ecle, Cânt, Sab, Eclo.
•Livros
Proféticos – Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias,
Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias,
Malaquias
• ATENÇÃO!!! O Cânon Católico –
Adota a Bíblia hebraica juntamente com os sete livros acrescentado na tradução
grega. Os protocanônicos e deuterocanônicos.
• Os judeus Ortodoxos – adotam
só a Bíblia hebraica (Protocanônicos). não aceitam os livros deuterocanônicos e
nem o Novo Testamento.
Como o israelita escrevia a Bíblia?
Dentre todos os antigos povos do Oriente, somente o povo de Israel se distingue por ter cultivado a história. No meio de uma cultura politeísta de Israel de desdobra sob a influência de uma crença monoteísta. Os Israelitas sabiam, por revelação divina, que Deus fala e age pelos acontecimentos.“Deus querendo e preparando a salvação do homem, elegeu para si um povo ao qual confiaria as promessas” (Rom 15, 4)
Línguas Bíblicas: Os idiomas que Deus quis se servir para
falar aos homens foram:
-O hebraico (para
praticamente o AT inteiro),
-O aramaico (alguns
dos livros)
-O grego (Para o AT
escrito pelos setenta, e para quase todo o NT).
Contexto Histórico do Antigo Testamento:
Para entender o que
fala cada livro é salutar que se entenda o que se passava na época. Cada um dos livros é fruto da história e da percepção do povo
de Deus em determinado tempo da Caminhada. E isto influencia desde a maneira de escrever, quanto
os questionamentos feitos, as ênfases dadas.
Marcha ascendente da
revelação para Cristo na ordem cronológica dos livros:
1 - GÊNESIS - Das origens à realeza:
Há a narração da criação, a história de Adão, do pecado original, da povoação da terra, de noé, do dilúvio da repopulação da terra. Estes acontecimentos marcam a história do Povo de Deus, como o início do mundo e de suas caracterísitcas. De um modo especial marcará o conhecimento de Deus povo, o seu amor criador,a queda original que deu origem a todo o mal do pecado e o rompimento com Deus. Sua leitura deve ser feita encontrando os grandes valores que Deus quis dar aos homens de todos os tempos , de todas as culturas. Mais do que um mundo criado em sete dias, nos ensina o catecismo, devemos ver um mundo criado ordenadamente, criado bom, para o bem, uma graduação de criações que vinham possuindo mais e mais importância. O homem obra prima de Deus, a maldade do homem que livremente optou por desobedecer a Deus, a grande misericórdia de Deus que se manifesta continuando a amá-os e deles cuidar e já desde ali prometer a Salvação por meio do filho da Mulher. A partir do cap. 12 (cerca de 1800-1250 ac) Deus faz uma aliança com Abraão. Esta aliança centralizará para sempre a escolha dos eleitos por Deus. Este seria seu Deus e ele e sua descendência seria seu povo. É desta promessa que surge para sempre a eleição de Israel e de sua linhagem, e que será lembrada por todo o povo judeu como sua escolha irrevogável. Teve por filho, Isaac, que teve por filho Jacó, ambos mantiveram a aliança. Jacó volta a se relacionar com Deus como eleito. Foi chamado por Deus de Israel, por isso o povo de Jacó foi chamado de Israelita. Este teve doze filhos, que seriam os patriarcas, os descendentes destes doze filhos de Judá repartiriam a terra prometida em doze estados semi-independentes na nação de Canaã, dentre eles destacaríamos, Judá , Levi e José.
-Judá porque seria
seus descendentes os únicos que permaneceriam fiéis a Deus quando começassem a
ocorrer as divisões das tribos, e assim, seria a única nação que subsistiria na
Aliança, e para a qual as demais passariam a ter como referência. Seria de sua
descendência que viria também a também a nascer o Messias.
-Levi, porque seus
descendentes seriam separados do povo para serem sacerdotes e responsáveis pelo
culto e templo.
Não teriam terra na divisão, mas de modo diferente iriam ser distribuídos em todas
as outras terras.
-Jacó adotou (uma
maneira honrosa do direito) os dois filhos de José por filhos seus. Eles se mudam da
terra que moravam para o Egito, ao qual José após ser vendido pelos irmãos.
• Esta divisão na
terra de Canaã ocorreria somente a partir do tempo narrado pelos Juízes. Por
enquanto morariam e se multiplicariam em uma terra do Egito.
2. Êxodo
• O Povo de Deus se
multiplica no Egito, viram milhares de milhares, passam a ser escravizados.
Este livro surgiu entre os israelitas – Narra a história de Moisés que por
chamado e orientação de Deus os tira do Egito.
• A história de sua
saída do Egito, cercada de sinais e manifestações de Deus torna-se algo dentre
o que há de mais caro na história judaica, e a grande eleição de Deus por seu
povo, dando-lhe o dom de seus preceitos e mandamentos.
3. Levítico, Números, Deuteronômio
• Já no livro do Êxodo, seguido ainda pelo Levítico, Números e Deuteronômio, narram a história do povo de Deus durante seus quarenta anos vagando no Deserto, após seu desagrado a Deus (em Números 12). Narra os feitos de Deus, lado a lado com as várias murmurações e infidelidades do Povo de Deus. Prossegue com as várias intercessões de Moisés, mas também o povo de Deus seguindo, por seus altos e baixos, como povo eleito. Mais do que tudo isto narra nestes livros, a lei de Deus e suas orientações ao povo de Deus. E se tornam junto com o Gênesis, o Pentateuco (os cinco livros da Lei). Entende- se ali que os Levitas não teriam terra nenhuma mais seriam separados para em todo o reino cuidar das coisas santas.
4.Josué, Juízes, Samuel, Reis, Rute
– Há a Morte de
Moisés conduzindo o povo a Canaã, a terra prometida.
– Josué e os
israelitas entraram em Canaã para consquistá-la.
– Divisão das doze
tribos na terra parcialmente conquistada, e o povo relaxando de lutar contra
eles.
– Morte de Josué.
– As tribos se
dispersaram para restabelecer a situação do povo, surgiu entre eles os Juízes
– Autoridade política
e religiosa são instituídas para manter a unidade do povo
5.Juízes
1° Juiz – Josué e
último juiz – Samuel
– Já no final do
livro, ele manifesta muito o desagrado do povo a Deus por ser disperso pela
ausência de um rei.
– Quando Samuel
estava velho o povo pediu um rei
– 1° rei: Saul, que
fez um reinado pequeno, e que desagradando a Deus foi deposto em prol de Davi.
– 2° rei: Davi, que
venceu seus inimigos e agradou a Deus. Demonstra-se como a mais ilustre figura
de Rei de Israel, mesmo em suas quedas se entrega humildemente a Deus e alcança
dele sempre sua misericórdia.
– 3° rei: Salomão,
que fez um grande reinado, majestoso e soberano, dentre o outras coisas é quem
constrói e consagra o Santuário. Viria a desagradar a a Deus a fim da vida.
A partir daqui há a
posterior divisão do Reino, logo após Salomão. O Reinado dos dois é narrado nos
livro de Samuel, dos Reis, e mais tarde pelo livro das Crônicas dos Reis de
Israel.
No quadro dos reis até o exílio:
Salmos, provérbios,
Miquéias, Amós, Oséias, Jonas, Isaías, Sofonias, Naum (profetiza a queda de
Nínive – 612), Jeremias, Habacuc (prediz a invasão dos caldeus e as desgraças
de Judá), Ezequiel, Baruc (exílio da Babilônia). Lamentações (ruína de
Jerusalém e do Templo), Daniel.
Divisão do Reino –
971 Depois da morte de Salomão, devido a palavra de Deus que lhe foi contrária
ao fim de sua vida, no reinado de seu filho o reino se dividiu – as 12 tribos
se dividiram em 2 reinos:
– Reino do Norte – 10 tribos do norte - Reino de Israel, inicialmente governado por Jeroboão I, capital Samaria. Este Reino desagradou muito a Deus no decorrer de sua história.
– Reino do Sul – 2
tribos do sul – reino de Judá, governado por Roboão, capital Jerusalém. Este
reino foi também, aos poucos, desagradando a Deus.
• É nesta época que
surgem os grandes profetas, conhecidos e perseguidos entre eles. Os Reis
exprimiam a disposição do povo, ao ler o II Livro dos Reis vemos como Deus é
fiel em ir atrás do povo de Deus (por meio dos profetas, de sinais e de
prodígios) a partir de seus reis, mas vemos também como a grande maioria deles
é infiel e idólatra. Surge aqui o mais expoente dos profetas do A.T. : Elias.
Domínio da Assíria (721)
Longe da bênção de
Deus, Samaria (Reino do Norte) é invadida pela Assíria, alguns são
exilados, outros fogem para Jerusalém (Reino do Sul), levando o livro do
deuteronômio (livro da Lei) – em 622 o rei Josias, reformando o Templo em
Jerusalém encontra o Deuteronômio e faz a reforma religiosa que dá base ao
judaísmo, nome pelo qual aquele povo vai ficando conhecido.
Domínio da Babilônia (597)
Em 597 os babilônios
invadiram Jerusalém, que ia se demonstrando mais e mais longe de Deus.
Em 587 Nabucodonosor
rei da Babilônia toma e destrói Jerusalém, o templo, levando seus habitantes
para o exílio da Babilônia.
Surge na Babilônia – Ezequiel;
em Judá – Jeremias. Com isto o Povo de Deus vai fazendo história na terra do
exílio, poderíamos citar Tobias e Daniel
Após o exílio
Esdras, Neemias,
Joel, Ageu, Zacarias, Malaquias, Abdias (539-490)
– Ciro, rei da Pérsia
atacou Babilônia e assumiu o domínio do Império babilônico (538). Agora império
Persa.
– O povo retornou
para Palestina, a fim de restaurar a cidade e reconstruir o Templo.
– Diante de histórias
da dificuldade profunda de fazê-lo, Neemias e Esdras narram este episódios do
Povo de Deus.
– Tobias, Judite, Ester, Jó, Eclesiastes (séc. III aC), Eclesiástico (175-163), Sabedoria, Cântico dos Cânticos e Macabeus.
– O Povo passa por período de grande fidelidade a Deus, que lhes livra dos inimigos que surgem. Mas com o tempo vem o arrefecimento da religiosidade dos mesmos.
Em 490 aC os persas
foram derrotados pelos gregos, os quais impuseram aos judeus a sua cultura. Mas
os judeus fiéis reagiram (revolta dos Macabeus), durante o Império Grego.
– Em 63 aC. os
romanos dominaram os gregos. Começou o Império Romano. Fica cada vez mais forte
a cultura da vinda do Messias, que iria restaurar seu povo e a chegada do dia
do Senhor.
O Pentateuco e os
Livros Históricos
• Penta = Cinco
Pentateuco Palavra grega que significa 5 livros Teuco = rolo, livro
• São os primeiros
livros da Bíblia. Na Bíblia hebraica (judaica) o Pentateuco é chamado de “a Lei
Torá”, porque é o fundamento da religião judaica. É o livro canônico (a Lei)
dos judeus.
HISTÓRIA DO PENTATEUCO:
• Na história do Pentateuco encontramos as grandes linhas da fundação do reino de Deus na terra. A formação do mundo, da humanidade e do povo escolhido por Deus. As leis contidas foram sendo escritas durante cinco séculos, reformulando, adaptando e atualizando tradições mais antigas, que vieram desde os tempos de Moisés. Mostra a Revelação gradativa de Deus aos homens. Deus se revelando aos patriarcas, libertando seu povo da escravidão, alimentando seu povo, conduzindo-o e criando leis.
Gênesis – Como a
Providência Divina preparou desde o princípio dos tempos, um povo especial para
ser o primeiro núcleo de Seu Reino. Gênesis = Começo, nascimento. Fala do
surgimento do mundo, da história e do povo de Deus
• Gên 1-11 – A
criação do mundo e do homem por Deus – A história dos homens e do processo
humano dominado pelo pecado.
Gên 12-36 – História
dos Patriarcas
• Gên 37-50 –
História de José
Êxodo – Como de fato o Reino foi fundado. Conta como Deus libertou e formar seu povo. Êxodo = Saída. Começa narrando a saída dos hebreus da terra do Egito, onde eram escravos. A mensagem do Êxodo é uma prefiguração da mensagem do Novo Testamento.
Mensagem Central e paralelismo com o NT: Páscoa dos hebreus, simbolismo do batismo, passagem da escravidão do Egito para a terra Prometida (O Reino de Deus estabelecido na terra); Deus liberta seu povo. Novo Testamento: Páscoa de Jesus, Deus na Pessoa de Jesus, liberta o homem da escravidão do pecado para uma vida nova. Estabelece uma nova e plena Aliança.
Levítico • – Formação
de um povo santo. O povo toma conhecimento de sua natureza “santa”. Levítico =
provém do nome Levi, a tribo de Israel que foi escolhida por Deus para exercer
a função sacerdotal no meio do seu povo. Mensagem Central: “Sêde santos como vosso
Deus é Santo” (Lev 19, 2).
Números • – O povo a
caminho das Terra Prometida, toma conhecimento de sua organização. Números =
Chama-se assim porque começa com um grande recenseamento do povo hebreu no
deserto. Fala sobre a divisão das 12 tribos de Israel; o tabernáculo, onde
ficava guardada a arca da aliança; as funções de cada um; a escolha dos levitas
e sua missão de cuidar do tabernáculo; Aarão como sacerdote.
Mensagem Central: A caminhada do povo até a terra prometida:
nos fala que todo o povo de deu é peregrino e caminha para a terra prometida
por Deus (a glória). A organização: mostra que, dentro do povo de Deus, as
funções devem ser repartidas, mas com um único objetivo: realizar o projeto de
Deus. A arca da aliança no centro: indica que, nessa caminhada, Deus está sempre
presente no meio de seu povo.
Deuteronômio – O povo
tomou conhecimento de seu espírito baseado no amor e na obediência. A palavra
grega deuteronômio significa: segunda lei. Lei de Moisés, segundo às
necessidades do povo de Israel.
Idéia Central: Israel viverá feliz na terra se forem fiel à
aliança com Deus; se for infiel, terá a desgraça e acabará perdendo a vida.
Mensagem: Mostra que o comportamento fundamental do homem para com Deus é o
amor com todo o ser (Deut. 6, 4-9). “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu
coração, de toda a alma e de todas as tuas forças”.
OS
LIVROS HISTÓRICOS • INTRODUÇÃO:
• Nos livros
históricos encontramos a história do povo de Deus, desde a entrada na terra
prometida até próximo a época de Jesus. Mostra-nos as relações entre Deus e os
homens, através dos acontecimentos.
Podemos dividir em três grupos:
a. História
deuteronomista: Josué, Juízes, Samuel, Reis.
b. História do
cronista: Crônicas 1 e 2, Esdras e Neemias.
c. História de
Pessoas como modelos de fé: Macabeus, Rute, Tobias, Judite, Ester.
HISTÓRIA DO DEUTERONOMISTA: Josué, Juízes,
Samuel, Reis – Mostraram que a história de Israel depende da atitude que o povo
toma na aliança com Deus: “Se o povo é fiel à aliança, Deus lhe concede a
bênção (saúde, felicidade). Se o povo é infiel, atrai para si a maldição
(fracasso, doença, miséria). Esta idéia faz parte faz parte da história
deuteronomista.
Josué – Deus libertou
o povo do Egito para ser livre na Terra prometida. Mas o povo teria que
conquistar a Terra que Deus lhe dera. Deus concede o dom, mas não viola a
liberdade e nem dispensa o esforço do homem para assumí-la em seu viver. Deus
exige que o homem busque e conquiste o dom que Ele concede. Deus quer a
colaboração do homem.
Juízes – Depois das
morte de Josué, as tribos se dispersaram, o povo começa a adorar deuses,
consequentemente perde a liberdade e se torna escravo dos ídolos. No sofrimento
toma consciência, se arrepende e suplica para que Deus lhe liberte. Deus faz
surgir um juiz que reúne o povo e o conduz à liberdade.
Samuel – O último
juiz. Este sagrou o primeiro rei – Saul. Estabelecimento da monarquia sob Saul
e Davi. Afirma que qualquer autoridade que não obedece a Deus e não serve o
povo é ilegítima e má, pois ocupa o lugar de Deus para explorar e oprimir o povo.
Toda autoridade vem de Deus.
Reis – Mensagem Central: “O rei deve ser fiel a Deus e
governar com sabedoria e justiça, servindo o povo que
pertence a Deus”. Mas os reis são sempre infiéis e fazem o mal diante
do Senhor (praticam idolatria, oprimem o povo, perseguem os profetas). Por isso
o Reino do Norte (Israel) e o Reino do Sul (Judá) são levados à ruína. O templo
e os profetas tem um papel importante nessa época. O templo – lugar da reunião
do povo com Deus.
Os Profetas –
guardiões da consciência do povo, e os críticos da ação política dos reis.
HISTÓRIA DO CRONISTA: Esdras e Neemias – Procuram dar as
normas básicas para a sobrevivência e a organização do povo de Deus depois do
exílio. Esdras – sacerdote conhecedor da Lei de Moisés.
Neemias – Leigo
corajoso. As bases da reforma de Esdras e Neemias são os alicerces do judaísmo.
Crônicas 1 e 2 • – Para
fundamentar essas normas, eles repensam a própria história do povo, desde o
início. Com o objetivo de dirigir a atenção do povo para a esperança de Israel
que se reúne: no templo e no Messias. Templo: onde Deus estabeleceu sua morada.
Messias: que há de vir e cumprir as promessas feitas aos patriarcas e profetas.
HISTÓRIA
DE PESSOAS COMO MODELOS DE FÉ:
• 3. Macabeus 1 e 2,
Rute, Tobias, Judite, Ester Se apresentaram como modelos de vivência da fé
diante de situações difíceis, seja de vida pessoal (Rute, Tobias), como
nacional (Judite, Ester, Macabeus).
• Macabeus –
Mostraram a resistência heróica de um grupo diante da dominação grega, que
impõe a sua culta e religião ao povo de Israel.
Rute – Uma história
emocionante do amor de Deus, que quer gente de todas as nações formando a sua
família, o seu povo. O amor de Deus é para todos.
• Tobias – A
finalidade do livro é estimular e fortalecer a fidelidade e a confiança do povo
nas mãos de Deus, nos valores de Israel e no seu Deus.
• Judite – É um
convite à coragem. Leva o povo a louvar o verdadeiro Deus que vence os ídolos
opressores. • Ester – Deus dá força e coragem e derrota o orgulho humano,
fazendo vencer os oprimidos
Os livros proféticos: São
18
A partir de Samuel (sec.XI a.C) até Malaquias (sec.V a.C) a série dos
profetas foi ininterrupta e eles exerceram papel muito importante no reino de
Israel: eram conselheiros dos reis, censuravam as injustiças, condenavam toda
idolatria, etc.
• Os profetas Isaías,
Jeremias, Oséias, e Amós, atuaram antes do exílio (587-538 a.C) e mostravam aos
reis e ao povo as suas faltas, pelas quais Deus os abandonaria nas mãos dos
estrangeiros. • Os profetas Ezequiel e o ¨segundo¨ Isaías (Is 40-55) agiram
durante o exílio procurando erguer o ânimo do povo.
Os profetas Ageu,
Zacarias e Malaquias atuaram depois do exílio incentivando o povo a reconstruir
o Templo e os muros de Jerusalém, além de empreender a reforma religiosa, moral
e social da comunidade judaica e predizendo a glória do futuro Messias.
Os profetas Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Abdias, Jonas, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, em número de 12, são chamados de profetas menores, não porque não foram importantes, mas porque nos deixaram escritos pequenos, que já no século II antes de Cristo eram colecionados em um só volume (rolo). vizinhos.Não é possível se saber com exatidão a época em que cada um deles atuou, mas sabemos que agiram do século VIII ao século III a.C. e fornecem dados importante da história de Israel e dos povos.
O livro de Isaias • O profeta viveu de 740 a 690aC. Mas não foi o único autor de todo o livro. Este está dividido em três partes: Isaias I (capítulos 1-39) é do tempo do profeta; Isaias II (40-55) é da época do exílio da Babilônia (587- 638aC) e Isaias III (56-66) foi escrito após o exílio na época da restauração do povo na sua terra.O profeta Isaías era filho de nobre família de Jerusalém, poeta , foi conselheiro dos reis Jaotã, Acaz e Ezequias numa época de infidelidade moral e religiosa por parte do povo de Israel. O livro de Isaías, por isso, é dito da ¨escola de Isaías¨; isto é, seus discípulos devem ter continuado a obra do mestre através dos séculos.
O livro de Jeremias •
- O profeta viveu de 650 a 567 aC, nasceu perto de Jerusalém. O reino de Judá
estava cada vez mais ameaçado pelos adversários, e o profeta anunciou a ruína
da Cidade Santa e do Templo, por isso foi condenado à morte pelos sacerdotes e
falsos profetas, mas escapou da morte. O livro contém os quarenta anos de
pregação do profeta.
O livro das
Lamentações • - é uma coleção de cinco cânticos que choram a queda da Cidade
Santa de Jerusalém ocorrida e 587 aC. Os quatro primeiros são acrósticos.
Reconhece a culpa do povo por causa dos seus pecados e o convoca à penitência e
à oração.
O livro de Baruc • -
Baruc foi conselheiro e secretário (amanuense ) de Jeremias. Acompanhou-o ao
Egito após a queda de Jerusalém em 587 aC; o autor trato do povo no exílio da
Babilônia e exorta-o para que não caia na idolatria dos babilônios, viva a lei
de Moisés e não desanime.
O livro de Ezequiel •
- O profeta Ezequiel (= Deus dá força), era sacerdote, casado, e perdeu a
esposa um pouco antes da queda de Jerusalém em 587 aC. Exerceu o seu ministério
até 571 aC e, segundo uma tradição judaica morreu apedrejado pelos judeus.
Acompanhou o povo de Judá na fase mais crítica da sua história, quando
Jerusalém caiu sob Nabucodonosor.
O livro de Ezequiel tem quatro partes:
1- (cap. 4-24), onde
censura os judeus antes da queda de Jerusalém por causa dos seus pecados;
2- (cap. 25-32), que
contém oráculos contra os povos estrangeiros que oprimiram os hebreus;
3 - (cap. 33-39),
consola o povo durante e após o cerco de Jerusalém, prometendo- lhe tempos
melhores;
4 - (40-48), descreve
a nova cidade e o novo Templo após a volta do exílio.
O livro de Daniel - O profeta Daniel (=Deus é meu juíz), é o principal personagem do Livro. Os capítulos de 1 a 6 formam um núcleo histórico e contam a históri do profeta. Daniel foi um hebreu deportado para a Babilônia em 606 aC, fiel à lei de Deus, que o enriqueceu com dons diversos, tendo-se tornado importante na corte de Babilônia. Os capítulos 7 a 12 tem uma forma apocalíptica, que tem o seguinte sentido: na época em que os judeus estavam oprimidos por Antíoco Epifanes (167-164 aC) um hebreu piedoso escreveu a história dos último séculos de Israel, com a finalidade de animar os irmãos e apresentou a sua época como próxima da libertação messiânica.Faz referência ao Filho do Homem (7,13) e ao seu reino definitivo sobre as nações. Mais do que um livro profético, é um Midraxe e um Apocalipse, escrito no século II aC, não pelo profeta, mas por alguém que contou a sua história.
Os
profetas menores
• Amós - era natural
de Técua (Judá). Pastor de gado e cultivador de sicômoros. Exerceu o chamado
profético no reino da Samaria, sob o rei Jeroboão (783-743 aC). Pregou contra o
luxo, a depravação dos costumes, o culto idolátrico, previu a queda do reino da
Samaria em 721aC nas mãos dos Assírios. Foi um ministério curto mas forte.
Oséias • Pregou
também no reino do norte, da Samaria, sob Jeroboão II (783-743 aC). • O livro
mostra as relações de Javé com o povo judeu simbolizadas pelo casamento do
profeta, que se casa com uma mulher leviana (Gomer), que o engana; mas que cai
na escravidão; é, então resgatada pelo profeta que a recebe de novo como
esposa. • O tema principal do livro é o amor de Javé pelo seu povo.
Miquéias • Profetizou
sob Joatã, Acaz e Ezequias, reis de Judá (740-690 aC). • Deve ter conhecido a
queda do reino do norte em 721 e a invasão de Judá em 701 por Senaquerib.O
profeta Jeremias cita um dos seus oráculos contra Judá (Jr 26, 18). Encontramos
neste livro uma notável profecia messiânica (5,1-4).
Sofonias - Exerceu
seu ministério sob o piedoso rei Josias (640-609 aC), que fez uma forte reforma
religiosa em 622 (2Rs22,3-23,21). A mensagem principal de Sofonias é o anúncio
do Dia do Senhor, também abordado por Amós e Isaías. O Senbor salvará o resto
do seu povo, que lhe servirá na justiça, na humildade e na piedade.
Naum • - era natural
de Elcós. Trata somente da queda de Nínive, capital do império Assírio, que
ameaçava os povos vizinhos e Judá. O livro é pouco anterior à queda de Nínive
em 612 aC.
Habacuc • O livro
trata do tema ¨porque o ímpio prevalece sobre o justo e o oprime?¨. É da época
das ameaças dos Assíris sobre Israel.O Senhor responde indicando a queda final
dos ímpios e a vitória dos justos.Mostra que Deus, por caminhos obscuros,
prepara a vitória do direito e dos justos. O justo viverá pela fé¨ (Hab 2,4; Rm
1, 17; Gal 3, 11; Hb 10,38).
Ageu • - Este profeta
dá início ao último período dos profetas, após o exílio. O tom e a da
Restauração. Ageu acompanha o povo na volta da Babilônia.Essa gente era
hostilizada pelos estrangeiros que moravam na Judéia e nos países vizinhos,
passava dificuldades.Então o profeta exorta este povo a reconstruir o Templo, e
isto como condição para a vinda de Javé e do seu reino. Exerceu seu ministério
no ano 520 aC.
Zacarias • - Exerceu
o ministério também por volta do ano 520 aC., após o retorno do exílio. • O
livro se refere a oito visões do profeta que tratam da restauração e da
salvação de Israel. Seguem-se os oráculos messiânicos.A segunda parte do livro
é de difícil entendimento, com fatos históricos difíceis de conhecer e com um
apocalipse que descreve as glórias de Jerusalém nos últimos tempos.Seu nome
significa ¨meu mensageiro¨. Dois grandes temas são abordados pelo profeta: as
faltas dos sacerdotes e dos fiéis na celebração do culto; e o escândalo dos
matrimônios mistos e dos divórcios.O Senhor anuncia o dia do Senhor que
purificará os sacerdotes e levitas, punirá os maus e concederá o bem aos
justos. • Fala da promessa da vinda de Elias que precederá o dia do juízo
final. • O livro de aproximadamente 515 aC, anterior à proibição dos casamentos
mistos devida à reforma de Esdras e Neemias em 445 aC.
Abdias - é o menor
dos livros proféticos, e de difícil entendimento. Dirigido a Edom, povo vizinho
de Judá, sob o rei Jorã (848-841 aC). O livro exalta a justiça e o poder de
Javé, que age como defensor do direito.O livro foi escrito após o exílio,
próximo do ano 400aC. É um compêndio da escatologia (últimos tempos) judaica.
Descreve o Dia do Senhor, caracterizado pela efusão do Espírito Santo, o juízo
sobre as nações e a restauração messiânica do povo eleito.O ataque dos
gafanhotos, da primeira parte, indica os acontecimentos que antecederão
imediatamente o Dia do Senhor. A segunda parte tem a forma de um apocalípse
que descreve a intervenção final de Deus na história, com abalo cósmico.
Jonas - é diferente
de todos os outros livros proféticos. Narra a história de um profeta, Jonas, que
recusou a ordem do Senhor para que fosse pregar aos ninivitas.Milagrosamente
conduzido pela providência divina chega a Nínive e consegue converter a grande
cidade. Deus lhe ensina que a sua misericórdia atinge a todos os povos. É uma
narração didática, parabólica, não história, para mostrar aos judeus do século
V aC, muito nacionalistas, que a salvação é universal.
Como Deus no Antigo
Testamento revela-se?
Deus mostra-Se, no Antigo Testamento, como Aquele que criou o mundo por amor e permanece fiel ao ser humano, mesmo que este, pelo pecado, O renegue. Deus deixa-Se experimentar na história. Com Noé faz uma Aliança para salvar todos os seres vivos. Chama Abraão para fazer dele o <<pai de um grande número de nações>> (Gn 17,5) e nele abençoar <<todas as nações da Terra>> (Gn 12,3). O povo de Israel, descendente de Abraão, torna-se Sua especial propriedade.A Moisés apresenta-Se nominalmente: O Seu nome misterioso, muitas vezes pronunciado como – “IAHWEH”, significa <<Eu sou Aquele que sou>> (Ex 3,14). Ele liberta Israel da escravidão no Egito, faz uma Aliança no Sinai e, através de Moisés, entrega-lhe a Lei.Repetidas vezes, Deus envia profetas ao Seu povo, para o chamar à conversão e à renovação da Aliança. Os profetas anunciam que Deus fará uma nova e eterna Aliança, que realizará uma radical renovação e uma definitiva redenção. Esta Aliança estará aberta a toda a humanidade.
Fonte: YOUCAT
*Francisco José Barros
Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma
Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
A
Moral do Povo no Antigo Testamento
Por prof. Felipe Aquino - Cleofas
O Herdeiro em Idade Infantil
Os escritos nos mostram a história do Antigo Testamento como paulatina ascensão do homem rude a um grau de religiosidade mais pura e perfeita. Nessa ascensão, porém, se acham, de princípio ao fim, certos episódios que a consciência cristã, à primeira vista, condena: os homens da Antiga Lei, mesmo os mais chegados a Deus, eram dotados de mentalidade primitiva e, de acordo com ela, praticavam o que hoje diríamos “escândalos morais” mentira, fraude, crueldade para com os adversários, concubinato, poligamia. Esses males morais desnorteiam particularmente o leitor moderno pelo fato de que nem a consciência parecia repreender os israelitas que assim procediam, nem o próprio Deus os censurava ou coibia, como esperaríamos nós.E como se hão de desvendar essas verdades dogmáticas transmitidas pelas histórias “não edificantes” da Sagrada Escritura? - Tenha-se em mente que a história sagrada é a história de gênero humano colocado entre a queda original e o respectivo reerguimento, entre o Prevaricador e o Restaurador, entre o primeiro Adão, infiel, e sua antítese, o segundo Adão. Ora quem, como os autores bíblicos (ou, em última análise, o Espírito Santo), descreve a história sob esse ponto de vista, não pode deixar de narrar as manifestações de miséria espiritual do homem decaído; estas constituem o fundo ao qual se sobrepôs a misericórdia do Salvador; somente se se mostra com clareza a depressão moral a que chegou o gênero humano após o primeiro pecado, é que se realça a correlativa generosidade do Criador, ou seja, o fato de que “onde o pecado abundara, superabundante foi a graça” (cf. Rm 5, 20).Ao se defrontar, pois, com os episódios de “barbárie” das Escrituras antigas, não se deixe o leitor prender ao aspecto repugnante que eles podem Ter em comum com as narrativas de panfletos modernos; passe além das aparência superficial, e olhe “para dentro desses acontecimentos” com o olhar de Deus; então também eles lhe falarão de algo de muito sublime, pois, em última análise, lhe evocarão o Deus invencível em bondade, que se dignou dar remédio a tanta vileza da criatura; é, sim, conforme os teólogos, nos atos de compadecer-se da contínua fraqueza humana e perdoar que Deus por excelência revela a sua Onipotência, a sua ilimitada Perfeição.Que santidade é essa? Não estaria assim insinuado que o que hoje se tacha de pecado, antigamente podia ser até virtude ? - Para dissipar esta dificuldade é preciso que de novo consideremos o problema dentro de um quadro muito vasto, à luz de Deus mesmo, não simplesmente do ponto de vista dos homens do século XX.Ora o que se dá na ordem física se verifica igualmente na ordem moral, no que diz respeito à consciência humana. Haja vista a criança: a sua consciência é assaz rudimentar; poucos deveres indica, e poucas restrições impõe. O pequenino conhece, sem dúvida, um preceito fundamental: “Faze o bem, evita o mal”. Todavia, em que consiste exatamente o bem a praticar e o mal a evitar ele não o sabe dizer com muita clareza: poucas são as conclusões práticas que ele deduz daquele mandamento básico; assim o bem, para ele, vem a ser primariamente o que os mais velhos lhe indicam como tal; o mal será primariamente desobedecer a estes. Só aos poucos é que o adolescente vai percebendo as consequências concretas do princípio “Faze o bem, evita o mal”.Pois bem, Deus quis que se desse com o gênero humano inteiro algo de semelhante ao que se verifica com toda criança: nos primórdios da história, os homens tinham uma consciência moral pouco desenvolvida, a qual através dos séculos se foi tornando mais apurada, minuciosa. Consequentemente também os membros do povo de Deus, que o Criador se dignou tornar portadores da verdadeira fé, possuíam, sim, apesar da sua sublime vocação, uma consciência moral ainda embrionária. Percebiam bem que é preciso absolutamente “fazer o bem e evitar o mal”, obedecer a tudo que vissem ser da Vontade de Deus; mas a maioria das aplicações concretas deste princípio escapavam à sua percepção. Não há dúvida, Deus lhes poderia ter revelado imediatamente tudo que a lei natural hoje nos incute; preferiu, porém, um lento desabrochar que, de resto, mais condizia com a maneira como o Senhor criou e rege o mundo.
E dois seriam, conforme o plano divino, os fatores que
haviam de fomentar esse desabrochar:
1)-De um lado, a
reflexão, a qual levaria os homens, de geração em geração, a compreender melhor
as exigências do princípio “Faze o bem, evita o mal”.
2)-De outro lado, também a Revelação divina os ajudaria a perceber a via para atingirem a perfeição (a Revelação era absolutamente necessária, suposta a elevação do homem a um fim sobrenatural, fim que ultrapassa as exigências da natureza). Sob a influência, pois, destes dois “catalisadores”, a consciência do povo de Deus foi percorrendo o longo caminho que vai da moralidade simples dos Patriarcas do Antigo Testamento à lei de Cristo no Evangelho – a caridade; o percurso foi lento e árduo, em grande parte por causa das consequências do pecado original que obscureciam a inteligência e debilitavam a vontade do homem.Mais precisamente: a história do povo de Deus, ou seja, a história Bíblica, começa com a vocação de Abraão; Deus, desejando preservar a Verdadeira fé e a esperança messiânica no mundo idólatra, houve por bem escolher Abraão e sua posteridade para constituírem o povo messiânico; Chamou, pois, o Patriarca de Ur da Caldeia para a terra de Canaã, onde se estabeleceu a nação abraamítica ou israelita. É claro que essa gente, oriunda de ambiente pagão, recebera, como herança de seus antepassados muitas tradições e costumes inspirados por mentalidade rude e supersticiosa, enfim, pela mentalidade que podiam Ter os homens após o pecado de Adão, dotados de consciência primitiva, de inteligência Obscurecida e vontade inclinada ao mal. Era com gente de tal nível cultural e moral que o Senhor havia de tratar continuamente. Não há dúvida, que esse patrimônio primitivo de tradições e crenças, o próprio Criador havia de poli-lo, elevá-lo, pois não estava à altura do culto do verdadeiro Deus; mas o Legislador não quis cortar bruscamente todas essas tradições (isto seria antipedagógico); eliminou em termos severos o que era estritamente politeísta; quanto às outras observâncias, preferiu ir contemporizando, tomando o israelita como era; permitiu, pois, que o povo vivesse, em parte, à semelhança dos demais povos orientais; às práticas antigas não politeístas, o Mestre divino apenas quis insuflar novo espírito, comunicando nobres idéias e aspirações aos israelitas mediante as instituições herdadas dos caldeus. Assim, fazia com que o povo se fosse elevando espiritualmente, até um dia poder ouvir a mensagem do Evangelho: “Este é o meu preceito: que vos ameis uns aos outros, como Eu vos amei” (Jo 15, 12).Disto isto, é muito importante frisar que uma consciência moral ora mais, ora menos embrionária, como a tinham os homens do Antigo Testamento, não é incompatível com santidade, e elevada santidade. Em qualquer época da história, a inocência consiste em que o homem nada faça contra a sua consciência, nada que lhe pareça contradizer à Vontade de Deus. Ora os grandes vultos da história sagrada, como dá a entender o texto bíblico, se esforçavam por não transgredir as poucas normas que o seu senso moral lhes incutia e, quando for debilidade da natureza as violaram, disto se arrependeram sinceramente. Tais homens davam a Deus tudo que sabiam dever dar-lhe; este “tudo”, não há dúvida, era pouco em comparação com o padrão moral que hoje nos é proposto; acarretava, porém, esforço notável para eles. Na medida em que a consciência não os repreendessem, podiam seguir seus costumes primitivos; fazendo-o, não deixavam de nutrir prontidão absoluta para cumprir o que Deus lhes pedisse. Ora era esta incondicional adesão ao Senhor que os tornava justos.
À luz destas ideias, vemos que é preciso distinguir dois tipos de moralidade primitiva, imperfeita:
a)-Uma, a do homem
nos primórdios da história; é compatível com elevada santidade, desde que o
indivíduo em nada contradiga a sua consciência.
b)-Outra é a
moralidade imperfeita do homem que teve conhecimento do Evangelho: para este
indivíduo, repetir o que era praticado pelos justos do Antigo Testamento seria
ilícito, já que a consciência iluminada por Cristo tem muito mais clara
intuição do bem e do mal, é mais exigente.
ATENÇÃO! Ao passo que outrora
a imperfeição da moralidade provinha do Estado infantil da consciência humana,
ela hoje proviria de decrepitude ou degenerescência culpável. Há, numa palavra,
o primitivo ascendente (certos atos praticados no Antigo Testamento) e o
primitivo decadente (os mesmos atos, caso sejam reproduzidos por quem de algum
modo conheceu Cristo). Não há dúvida, o que hoje é pecado contra a lei natural
sempre foi hediondo aos olhos de Deus (o mal não depende de mera convenção
humana), mas não sempre foi percebido como tal pelos homens, já que a sua
consciência moral só aos poucos, através de séculos, atingiu o pleno
desenvolvimento.
Em conclusão:
Deus ouve por bem fazer do homem seu filho, chamando-o ao consórcio íntimo da vida e da felicidade divinas, em vez de o deixar na qualidade de servo; em lugar da lei e do espírito de temor, que precederam a vinda de Cristo, quis dar-lhe o espírito de amor. Ora está claro, que um pai tem, em relação ao filho, exigências muito mais íntimas e delicadas que as do patrão em relação ao servo. O homem se aperfeiçoou, foi dignificado; por conseguinte, a consciência lhe pede mais do que pedia outrora, a fim de que se mantenha a altura do seu destino sobrenatural. Feliz todo aquele que se sujeita a tais imperativos, pois “servir a Deus, servir à lei de Cristo, é reinar!”Análise da consciência moral em evolução de alguns pontos particulares da moralidade do Antigo Testamento:
-Para começar
analisemos o caso de Abraão, que, dada a esterilidade de sua esposa Sara, se
une tranquilamente à escrava Agar, afim de Ter prole. É, aliás, Sara quem estimula
Abraão a tal feito (cf. Gn 16,2s). O filho assim gerado, Ismael, satisfaz o
Patriarca; Deus mesmo promete que a Ismael dará uma posteridade inumerável,
sinal de benção (cf. Gn 16, 10; 17, 20).
-Outro exemplo, vem o
caso de Davi, que, após duplo crime Repreendido pelo profeta Natã, reconheceu a
culpa (cf. 2 Sm 12, 11-14).
-Também Saul se
penitenciou quando objurgado por Samuel (cf. 1 Sm 15, 24s.). Algo de semelhante
fez o sacerdote Heli (cf. 1 Sm 3,18).
-O incesto de Amnon
com sua irmã Tamar é nitidamente relatado como ato pecaminoso (cf. 2 Sm 13,
1-22). O mesmo se diga da inveja de Saul contra Davi (cf. 1 Sm 19, 25-30).
-Ao Narrar o proceder
fraudulento de Jacó, que usurpou a benção Reservada a seu irmão Esaú, o autor
sagrado dá mais de uma vez a entender que se trata de um feito condenável:Rebeca
e Jacó reconhecem que se o artifício for descoberta prematuramente, atrairá
maldição, e não benção (cf. Gn 27,12s).Isaque, ao perceber a fraude, censura
Jacó (cf. 27,35); Rebeca é punida, pois deve mandar partir o filho predileto
para a Mesopotânia (cf. 27, 42-45); Jacó
também é castigado, porque tem de passar longos anos no exílio, após os
quais teme a vingança de seu irmão Esaú (cf. 29, 28-30;32, 10-13) Além disto, o
próprio Jacó é, por sua vez, enganado por seu tio Labã (cf. 29, 25) e por seus
filhos, que dele conseguem separar o filho bem-amado José (cf. 37, 25-36).
Executa-se apenas a Bem-aventurada Virgem Maria.
Santo Ambrósio (+ 397) notava a respeito da penitência
de Davi (2Sm 12, 11-14):
“Davi pecou – coisa que
costumavam fazer os reis; mas submeteu-se à penitência, chorou, gemeu – coisa
que não costumavam fazer os reis. Confessou
a culpa, pediu indulgência, prostrado por terra deplorou a desgraça, jejuou,
orou… Aquilo que os simples cidadãos se envergonham de fazer, o rei não hesitou
em realizá-lo abertamente… Que tenha caído em falta, é obra da natureza;
que a tenha apagado (pela penitência), é obra da virtude (sobrenatural)”
(Apologia David ad Theodosium Augustum, 2, 6).
Note-se a oração do Missal Romano no 26º Domingo do Tempo Comum:
“Ó Deus, Manifestais a vossa onipotência, antes de tudo, compadecendo-Vos e perdoando…” É, de fato, perdoando um sem-número de vezes ao pecador sinceramente arrependido que Deus Manifesta sua inesgotável ou infinita Bondade. A bondade e o amor das criaturas, por mais intensos que sejam, tendem a arrefecer e se extinguir, quando não encontram correspondência. Assim Abraão, ao emigrar para o Egito, diz tranquilamente que sua esposa Sara é sua irmã, afim de que o Faraó, cobiçando a bela Sara, não venha a matar o marido Abraão (cf. Gn 12, 10-20).O mesmo Patriarca se une à sua serva Agar, numa espécie de adultério (cf.Gn 16, 1-3). Tem concubinas até o fim da vida. E, apesar de tudo, diz o Gênesis que “morreu em feliz velhice”! (Gn 25, 8). Davi foi um guerreiro não raro cruel; teve igualmente seu harém. Não obstante, Deus desde cedo o abençoou, prometeu tornar inabalável o Seu trono até que de sua linhagem nascesse o Messias; cf. 2Sm 7, 8-16.O Criador se poderia comparar a um agricultor que costuma lançar sementes na terra, e não plantar árvores adultas, carregadas de frutos. O Mestre divino apenas quis insuflar novo espírito, comunicando nobres ideias e aspirações aos israelitas mediante as instituições herdadas dos caldeus. A seguinte comparação, proposta por um autor moderno, vem oportunamente ilustrar a doutrina:
“Quando um professor quer
influenciar a mente do seu discípulo, esforça-se por descobrir as idéias
estranhas e tolas que este possui. Tendo-as percebido, serve-se delas para
insinuar aspectos da verdade… Ora na
Bíblia o Espírito Santo é tal mestre, tal pregador… Deus serviu-se das
concepções de Israel como de um ponto de partida, embora fossem pouco exatas.
Começou (o seu ensinamento) utilizando os conceitos que Israel possuía;
aperfeiçoou-os gradativamente a fim de
levar o povo a poder receber a Revelação cristã, que significa a plenitude ou a
consumação do processo”. O autor prossegue, observando que o Pedagogo Divino não
quis apagar o cabedal de idéias religiosas que Israel possuía por ocasião da
aliança no Sinai. Não quis romper os laços do povo com o seu passado. Sem
intervir por meio de milagres, Deus permitiu que a Teologia e a Moral do Antigo
Testamento se desenvolvessem aos poucos, se desembaraçassem lentamente de
tradições pouco exatas, crescessem por Ação da Providência Divina e de revelações
especiais. (Cf. J. P. Weisengoff. “Inerrancy of the Old Testament in religious
Matters” em The Catholic Biblical Quarterly, 17 - 1955)
Fonte: https://cleofas.com.br/a-moral-no-antigo-testamento/
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