Por isto São Paulo o
apóstolo predileto dos protestantes afirma sobre a Igreja:“ A IGREJA É COLUNA E SUSTENTÁCULO DA VERDADE" – (I Tim 3,15)
ALGUNS OPORTUNOS QUESTIONAMENTOS PARA REFLEXÃO:
-O grupo que se auto denomina como os “Sem Igreja” (Cristo sim igreja não)se dizem salvos também. E você o que acha ? Eles estão salvos ou a Caminho da Condenação ?
-Se os “sem igreja”
estão salvos, tal como aqueles que frequentam denominações, podemos dizer que
igrejas protestantes não servem para nada já que não são essenciais para a
salvação? Sim ou não?
-O mesmo grupo dos “Sem Igreja” justifica sua decisão em função de que constatou diversas heresias e escândalos nas milhares de denominações protestantes.Pergunta-se: Os “Sem Igreja” tomaram a decisão correta em abandonar as igrejas por suas práticas heréticas, agradam ou desagradam a DEUS ?
-O mesmo grupo dos “Sem Igreja” justifica sua decisão em função de que constatou diversas heresias e escândalos nas milhares de denominações protestantes.Pergunta-se: Os “Sem Igreja” tomaram a decisão correta em abandonar as igrejas por suas práticas heréticas, agradam ou desagradam a DEUS ?
-E os que permaneceram de boa fé nestas igrejas que supostamente praticam heresias e acontecem os inevitáveis escândalos? Estão salvos ou condenados ?
-Qual dos grupos está
salvo? Os “Sem Igreja” ou os que apesar dos escândalos permanecem fieis a Cristo e seu evangelho?
-Qual destes grupos está seguindo a Bíblia corretamente ?
"Não deixando a
nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos
outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia" - (Hb
10,25).
"Ajuntai-vos, e vinde,
todos os gentios em redor, e congregai-vos. Ó Senhor, faze descer ali os teus
fortes" (Joel 3,11).
"Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor."(Salmos 122,1)
Lc 24,53: "Eles estavam
sempre no templo, louvando e bendizendo a Deus"
Do Protestantismo ao
Ateísmo Moderno e Relativismo Contemporâneo - Uma leitura dos acontecimentos
históricos:
Por *Daniel Marques
É possível fazer uma leitura dos acontecimentos
históricos que percorrem desde o surgimento do Luteranismo até o relativismo
atual através da chave de interpretação da quádrupla negação.
Sendo que uma negação anterior prepara o sucessivo “não” posterior. Vejamos de modo concreto para
entender a questão.
1º)-DEUS SIM, IGREJA NÃO!
É a negação surgida e instaurada por Lutero.
Permite uma visão mais subjetivista da fé, onde realça o caráter pessoal da
salvação em detrimento do caráter institucional. É possível seguir a Deus, sem
seguir uma instituição em concreto. Nega-se o caráter necessário da Igreja para
a salvação, para isto, será necessário defender um conjunto de conceitos
epistemológicos que será à base do pensamento da filosofia moderna.
2º)-DEUS SIM, CRISTO NÃO!
Esta segunda grande negação é própria do século da
ilustração, onde se busca uma fé fundada apenas na razão. Aceita-se a Deus, mas
apenas como um grande relojoeiro que fez sua obra prima (o cosmos), a dotou das
forças necessárias para se autogerir e foi embora. A providência é jogada no
lixo, surge o DEISMO. Um Deus sem culto e despersonalizado. O homem é senhor
total e absoluto de seu próprio destino. Nega-se a transcendência. A realidade
não é apreendida objetivamente pelo ser humano, mas construída intelectualmente
através das percepções sensitivas que são próprias a toda raça humana.É no contexto desta segunda negação que surge
a Revolução Francesa, retirando dos templos católicos a presença dos santos e
de Cristo eucaristia, e erigindo altares à Deusa Razão. Uma “contraditio
terminis”, pois “mitologizam” a fé católica, retiram dos evangelhos tudo que
seja milagroso e sobrenatural e ao mesmo tempo criam culto e templo para a
“Deusa Razão”.É um racionalismo fundando na irracionalidade do
caos e da violência. Destinada intelectualmente ao fracasso, a revolução tinha
seus dias contados, apesar da propaganda massiva da revolução perpetrada por
Jacques-Louis David criando obras como o Juramento de Horácio (cena dramática
que convida a população a pegar em armas) e perpetuando o mártir da revolução
no quadro “A morte de Marat”.A revolução francesa nasce de exigências legítimas
de uma população que sofria pela fome, crise nas colheitas e impostos
sufocantes. No entanto, conduzida não pela razão que tanto defendia, mas pelo
terror das guilhotinas. O lema “liberdade, igualdade e fraternidade”, pese seu
caráter evangélico e de se propor como novo evangelho, era escrito pelo sangue
de muitos homens e mulheres que não se alinhavam. Vemos a expropriação das
propriedades do clero, a assassinato de sacerdotes, religiosos e religiosas. A
Fé católica é vista como fundamento do Ancient Regime e como
tal deve ser varrida do mapa, como principal inimiga da revolução e de seus
ideais.Surge, então, como resposta a esta barbárie um novo
absolutismo que se espalha por toda a Europa. Mas, o mundo já não era mais
monárquico, a semente do pensamento revolucionário já tinha sido plantada. E
mais tarde crescerá com mais furor através da revolução marxista que veremos a
seguir na terceira negação.
3º)-DEUS NÃO, O HOMEM SIM!
É a última negação presente no séc. XIX. Deus já
não é necessário para garantir a ordem do mundo. A única realidade é a material
e a este senhor devemos prestar contas. Seu fundamento é a filosofia Hegeliana.
Onde o espirito absoluto é traduzido à matéria. E os indivíduos são apenas um
momento, uma ocasião para o desenvolvimento da matéria, do mundo perfeito sem
classes e de total igualdade.
Na filosofia marxista, não há pessoas, existe
apenas o estado, que se desenvolve através da dialética de lutas de classes. O
novo homem e nova humanidade marxista é a síntese final do processo dialético,
onde a tese são os sistemas econômicos burgueses e a antítese é a classe
operária explorada. O marxismo acelera o confronto entre ambas que ocorrerá de
modo necessário.A visão de pessoa humana como um momento do processo dialético
materialista é o que justifica a barbárie de mais de 100 milhões de pessoas
exterminadas por Stalin. Os comunistas alegam que isto ocorreu porque Stalin
desvirtuou a revolução.
Em realidade, Stalin se apresenta como aquele que leva até
as últimas consequências os pressupostos filosóficos da revolução (transforma a teoria em práxis). A negação de Deus só é possível, em última
instância, através da negação do ser humano, o que nos conduz a uma quarta
negação...
4º)-O HOMEM NÃO,A NATUREZA SIM!
A degradação da razão humana conduz a negação da
impossibilidade da existência de qualquer verdade absoluta. A filosofia
hermenêutica presente na obra “Verdade e Método” de Gadamer é um exemplo. O
homem constrói a verdade segundo seu grupo social e cultura, e este grupo com
“suas verdades" é que constrói o homem e a verdade das coisas. Deste modo,
a verdade é sempre mutável e não um termo “ad quo”, não há uma finalidade para
vida humana, mas apenas uma construção de algo caótico a um nada último.Esta visão epistemológica se apresenta como fundamento
do relativismo moral e do indiferentismo religioso. Quando tudo é verdade, não
existe verdade! E quando nada é objetivamente verdadeiro, todas as coisas são
colocadas no mesmo plano, perdendo seu valor. Priva a racionalidade humana do
principio de não contradição, conduzindo a humanidade a ações bárbaras.Sobre a bandeira da tolerância, o relativismo
implanta uma verdadeira ditadura da força e do poder. Pois quando não há uma
verdade como critério e medida de nossas ações, se implanta a verdade subjetiva
dos mais fortes. Por isso, as politicas e medidas sociais são implantadas não
em vistas a um bem comum, ou um critério de bondade e verdade, mas segundo
pressões sociais, econômicas ou interesses privados.Assim vemos a aprovação das
uniões homoafetivas, a aprovação do aborto em geral, e do bebê anencéfalo em
especifico. O homem volta-se contra o mesmo homem, pois ferido em sua
racionalidade, é incapaz de perceber as consequências de seus atos que vão contra
a sua própria humanidade.
CONCLUSÃO: "A UNIDADE SUBSTANCIAL DO SER HUMANO"
Existe uma profunda unidade entre as questões
religiosas, econômicas, filosóficas, sociais e politicas. Não são elementos
separados, pois quem as elabora, vive e pratica é o homem. O ser humano é o
centro das questões.Por isso, um subjetivismo religioso
exacerbado de Lutero nos conduz a uma filosofia moderna que coloca o homem como
criador da realidade e a Deus apenas como garantidor de uma ordem. Este
racionalismo moderno exige a existência de um Deus impessoal e ordenador,
surgindo o Deísmo próprio do iluminismo, com sua expressão mais “gloriosa e
nefasta” instaurado no culto à “Deusa Razão” no período da Revolução Francesa.
Revolução esta guiada por um desejo de fazer o bem, mas com princípios que
levariam ao terror. Neste processo de degradação da razão humana o surgimento
de regimes ateus, o indiferentismo e o relativismo presentes nos dias atuais
são consequências naturais.Um processo de negação da objetividade das coisas
que "corrói" a razão humana, pois negar a capacidade de
transcendência humana, é negar a mesma humanidade.
*Daniel Marques - é formado em Humanidades Clássicas
em Salamanca, Espanha. Obteve a graduação e o Mestrado em Filosofia em Roma, e
atualmente está concluindo Teologia na arquidiocese do Rio de Janeiro.
Fonte: Agência de Notícias Zenit
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