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Entendendo os livros deuterocanônicos Judaicos-Cristãos e sua canonicidade posterior na história da revelação

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 12 de fevereiro de 2012 | 19:11










Apócrifos” são as obras que alguns consideravam a princípio inspiradas, mas que pela sua origiem duvidosa e muito cheios de fábulas e fantasias, foram colocados a parte e considerados não canônicos. Os protestantes incluem entre os apócrifos sete livros do Antigo Testamento, aceitos pelos católicos, mas que foram excluídos do cânon protestante. São eles: Judite, Tobias, Sabedoria de Salomão, Sirácida, Baruc, 1Macabeus e 2Macabeus.Os católicos consideram estes livros como inspirados e canônicos, ou seja, fazem parte do Antigo Testamento porque estavam na Septuaginta (bíblia Alexandrina, traduzida para o grego pelos judeus da diáspora), e eram usados por Jesus e o apóstolos em seus ministérios.





Desde o tempo de Sisto de Siena (1528-1569), eles são chamados “livros deuterocanônicos”. Os católicos também falam da existência de apócrifos, mas não contam os 7 livros deuterocanônicos da Septuaginta entre eles. Os apócrifos podem ser divididos em obras do Antigo Testamento e obras do Novo Testamento. Os apócrifos do Antigo Testamento incluem escritos como 3Macabeus, O Martírio de Isaías e o Livro de Enoque. Os apócrifos do Novo Testamento contêm obras como o Protoevangelho de Tiago, o Evangelho de Tomé e o Evangelho de Pedro, assim como diversas epístolas e apocalipses pseudo-epígrafos. A maioria desses livros tem pouco ou nenhum valor histórico. Já que não são considerados inspirados, os livros apócrifos não são teologicamente pertinentes, salvo na medida em que revelam heresias e crenças populares judaicas ou dos primeiros cristãos, ajudando-nos a conhecer o real contexto da Bíblia.






Defendendo os deuterocanônicos:





Quando católicos e protestantes falam sobre a Bíblia, os dois grupos atualmente possuem dois livros com quantidade de livros diferentes. 
No século XVI, com Lutero, os reformadores protestantes removeram uma parte do Antigo Testamento que não era compatível com a sua teologia. Diziam que estes livros não eram inspirados e os chamaram de "apócrifos". Os católicos se referem a eles como "deuterocanônicos" (pois foram disputados por alguns autores patrísticos, e sua canonicidade foi estabelecida mais tarde), enquanto que os demais livros são chamados de "protocanônicos" (sua canonicidade foi estabelecida primeiro). Seguindo o argumento protestante sobre a integridade da Bíblia, a Igreja Católica reafirmou (sinal de que já se havia estabelecido antes) a inspiração divina dos livros deuterocanônicos no Concílio de Trento em 1546. Fazendo isto, ela reafirmou o que já havia sendo crido desde os tempos primitivos. 




Quem organizou o Antigo Testamento? 










A Igreja não nega que existem na Vulgata de Sõ Jerônimo, alguns livros que são realmente "deuterocanônicos". Durante a era da igreja primitiva, existiam manuscritos que supunham ser inspirados, mas não eram. Muitos chegaram até nós, como o "Apocalipse de Pedro" e o "Evangelho de Tomé", cujas igrejas cristãs rejeitaram como não pertencendo às Escrituras. 
Durante o primeiro século, os judeus discordavam sobre a constituição do cânon das Escrituras. De fato, havia muitos "cânons" sendo usados, incluindo livros usados por cristãos. Para combater a disseminação do rito cristão, os rabinos se encontraram na cidade de Jâmnia em 90 d.C. para determinar quais os livros que continham as verdadeiras palavras de Deus.Pronunciaram-se afirmando que muitos livros, incluindo os Evangelhos, eram impróprios para serem considerados Escritura Sagrada.
Este cânon também excluiu 7 livros (Baruc, Sirácida, 1 e 2 Macabeus, Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, e algumas porções de Daniel e Esther) que os cristãos consideravam como parte do Antigo Testamento. O grupo de judeus que estavam em Jâmnia tornou-se o grupo dominante no decorrer da história judaica, e hoje muitos judeus (não todos), aceitam tal cânon. Entretanto, alguns judeus, como os da Etiópia, seguiam um cânon diferente, e idêntico ao cânon Católico do Antigo Testamento, pois incluíam os sete livros deuterocanônicos (cf. Enciclopédia Judaica, vol 6, p. 1147). 





Não é necessário dizer que a Igreja não aderiu a decisão do "concílio regional"  feito por alguns judeus nacionalista de Jâmnia, por três Motivos:



1)- Primeiro, um Concílio judaico regional (e não universal), após a época de Cristo não guarda ligações com os seguidores de Cristo.



2)- Segundo, Jâmnia rejeitou precisamente os documentos que constituíam a base da Igreja Cristã: Todos os Evangelhos e todos os outros documentos do Novo Testamento! (nisto até os protestantes também recusam-se a aceitar).



3)- Terceiro, rejeitando os deuterocanônicos, Jâmnia rejeitou livros que foram usados por Jesus e os apóstolos e que estavam contidos na edição da Bíblia que os apóstolos usaram no dia-a-dia, a tradução alexandrina da Septuaginta. 







JESUS, Os apóstolos e os deuterocanônicos NA SEPTUAGINTA:

 











A aceitação pelos cristãos dos deuterocanônicos era lógica porque estes estavam incluídos na Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento que os apóstolos usaram para evangelizar.
Dois terços das citações do Antigo Testamento no Novo são oriundos da Septuaginta. Em nenhuma parte os apóstolos falaram aos seus discípulos ou convertidos para evitar estes sete livros ou alguma doutrina contida neles. Assim como os judeus dispersos pelo mundo usavam e usam a versão da Septuaginta, os primeiros cristãos aceitaram os livros encontrados nela.
Sabiam que os apóstolos não iriam engana-los ou arriscar suas almas colocando falsas Escrituras em suas mãos - especialmente não os avisando contra isto. Mas os apóstolos não colocaram os deuterocanônicos nas mãos de seus convertidos simplesmente como parte da Septuaginta.Eles regularmente citavam-nos em seus escritos! Por exemplo, Hebreus 11 nos encoraja a "imitar os heróis do Antigo Testamento! E no Antigo Testamento, alguns foram torturados, rejeitados, não querendo o seu resgate, para alcançarem algo melhor na ressurreição" (Heb 11,35). Você pode achar Elias ressuscitando o filho da viúva de Sarepeta em 1 Reis 17, e você pode achar seu sucessor Eliseu ressuscitando o filho da mulher sunamita em 2 Reis 4. Mas uma coisa não se poderá achar - em nenhum lugar no Antigo testamento protestante, do começo ao fim, de Gênesis a Malaquias: alguém sendo torturado e rejeita o seu resgate para alcançarem algo melhor na ressurreição! Querendo achar tal fato, deve procurar no Antigo Testamento da Bíblia católica - justamente nos livros deuterocanônicos que Martinho Lutero Retirou de sua bíblia alemã! Esta história é encontrada em 2 Mac 7, onde lemos que: "durante a perseguição dos Macabeus, aconteceu também que, tendo sido presos sete irmãos com sua mãe, o rei os queria obrigar a comer carne de porco contra a lei...os outros irmãos exortavam-se mutuamente com sua mãe, a morrerem corajosamente, dizendo: 'O Senhor Deus vê e consola-se em nós'...Morto deste modo o primeiro, levaram o segundo ao suplício...respondendo na língua dos seus pais, disse: Não! Pelo que este também padeceu os mesmos tormentos que o primeiro. Estando já para dar o último suspiro, disse desta maneira: 'tu ó malvado, faze-nos perder a vida presente, mas Deus, o Rei do universo, nos ressuscitará para a vida eterna, a nós que morremos, por fidelidade às suas leis!" (2 Mac 7,1.5-9). 




Os filhos morreram um por um, proclamando que eles serão recompensados pela ressurreição FUTURA:





"Entretanto a mãe deles, sobremaneira admirável e digna de memória, vendo morrer os seus sete filhos em um só dia, suportou heroicamente a sua morte, pela esperança que tinha no Senhor. Cheia de nobres sentimentos, exortava, na língua dos seus pais, a cada um deles em particular, dando firmeza... Dizia-lhes: 'não sei como fostes formados em meu ventre; não fui eu quem vos deu o espírito e a vida, ou que formei os membros do vosso corpo. O criador do mundo, que formou o homem no seu nascimento e deu a origem a todas as coisas, vos tornará a dar o espírito e a vida, por sua misericórdia, em recompensa do quanto agora vos desprezais a vós mesmos, por amor das suas leis", Diz o último irmão, "Não temas este algoz, mas sê digno de teus irmãos, aceita a morte, para que eu te encontre com eles no dia da misericórdia" (2 Mac 7,20-23.29).











Os primeiros cristãs reconheciam amplamente estes livros como Escrituras Sagradas, não somente porque os apóstolos os colocaram em suas mãos, mas porque também se referiram a eles no próprio Novo Testamento, citando o que recordavam como exemplos a serem seguidos. 
A aceitação dos deuterocanônicos é evidente ao longo da história da Igreja. O historiador protestante J.N.D. Kelly escreve: "Deveria ser observado que o Antigo Testamento admitido como autoridade na Igreja era algo maior e mais compreensivo que o Antigo Testamento protestante...ela sempre incluiu, com alguns graus de reconhecimento, os chamados apócrifos ou deuterocanônicos. A razão para isso é que o Antigo Testamento que passou em primeira instância nas mãos dos cristãos era... a versão grega conhecida como Septuaginta... a maioria das citações nas Escrituras encontradas no Novo Testamento são baseadas nelas preferencialmente do que a versão hebraica... nos primeiros dois séculos... a Igreja parece ter aceitado a todos, ou a maioria destes livros adicionais, como inspirados e trataram-nos sem dúvida como Escritura Sagrada. Citações de Sabedoria, por exemplo, ocorrem em 1 Clemente e Barnabé... Policarpo cita Tobias, e o Didache cita Eclesiástico. Irineu se refere a Sabedoria, a história de Susana, Bel e o dragão (livro de Daniel), e Baruc. O uso dos deuterocanônicos por Tertuliano, Hipólito, Cipriano e Clemente de Alexandria é tão freqüente que referências detalhadas são necessárias" (Doutrina Cristã Antiga, 53-54). - O reconhecimento dos deuterocanônicos como parte da Bíblia dada pessoalmente pelos pais da igreja, também foi conferida por esses mesmos pais como uma regra, quando se encontravam nos Concílios da Igreja!Os resultados dos Concílios são especialmente úteis porque não representam a visão de uma só pessoa, mas o que fora aceito pelos líderes da Igreja de todas as regiões: Católicas e Ortodoxas (que são separados dos Católicos).



O cânon das Escrituras: Antigo e Novo Testamento, (bem antes do Concílio de Trento), foi fixado definitivamente no Concílio de Roma em 382, sob a autoridade do Papa Damaso I - E foi logo reconhecido por sucessivos Concílios, tanto regionais como gerais:





-O mesmo cânon foi firmado no Concílio de Hipona em 393 e no de Cartago em 397. O fato destes Concílios não serem "ecumênicos"(ou seja, universais, como também não foi o do judeus de Jâmnia),  não rejeita o fato de suas decisões não serem aceitos como baseadas em verdade de fé. 


-Em 405 o Papa Inocêncio I reafirmou o atual cânon em uma carta ao bispo Exuperius de Toulouse.



-Outro Concílio de Cartago, este no ano de 419, reafirmou o atual cânon como os seus predecessores e pediu ao papa Bonifácio que "confirme este cânon, pois estas são as que recebemos de nossos pais para serem lidos na Igreja". Todos estes canos formavam a mesma Bíblia católica atual, todos eles incluindo os 7 livros deuterocanônicos.


-Este mesmo cânon foi implicitamente confirmado no sétimo Concílio Ecumênico, o de Nicéia II (787), que aprovou os resultados do Concílio de Cartago de 419, 


-E agora explicitamente apenas "reafirmou" nos Concílios Ecumênicos de: Florença (1442), Trento (1546), Vaticano I (1870) e Vaticano II (1965). 





Refutando a argumentação protestante












A grande verdade é que os deuterocanônicos são incômodos aos protestantes pois mostram a confirmação da doutrina da Igreja Católica, e por esta razão eles foram retirados do Antigo Testamento por Lutero e colocados a princípio como apêndice (à parte)!







Lutero também tentou retirar livros do Novo Testamento que contrariavam sua doutrina pessoal:  Hebreus, Tiago, Judas e Apocalipse - e os colocou como apêndices, da mesma forma que os outros. Estes foram mais tarde recolocados de volta no Novo Testamento por outros protestantes, mas os 7 livros do AT foram deixados de fora (Com que autoridade ? – Pois a autoridade de Ligar e desligar (Mateus 16,18) não foi dada a Lutero que era apenas um Monge (nem bispo era), e sim ao sucessor legítimo de Pedro: Os Papas).





Em 1827, o "British and Foreign Bible Society retirou também este apêndice", sendo este o motivo pelo qual já não são encontrados nas Bíblias protestantes mais contemporâneas (apesar de ainda serem encontradas em traduções protestantes clássicas, como a King James Version)!





A razão porque eles foram retirados é que ensinam doutrinas católicas que os protestantes rejeitam! (vimos acima no início desta matéria, um exemplo onde a carta aos Hebreus nos mostra um exemplo do Antigo Testamento contido em 2 Mac 7, um incidente não encontrado em nenhuma Bíblia protestante, mas facilmente localizada na Bíblia católica).




Porque Lutero teria retirado o livro de Macabeus, se ele claramente serviu de fonte para aquela parte do Novo Testamento?




Simples: alguns capítulos mais adiante o livro apóia a prática da oração às almas dos mortos para que sejam purificados das conseqüências dos seus pecados (2 Mac 12,41-45); em outras palavras, a doutrina católica do purgatório.Desde que Lutero rejeitou o ensino histórico do purgatório, fundamentação das indulgências, que ele defendeu nas 95 teses, mas depois resolveu revoltar-se contra esta doutrina (que data de antes de Cristo, como mostra o livro de Macabeus), ele teve que retirar este livro da Bíblia e coloca-lo como apêndice. (Note que ele também retirou Hebreus, o livro que cita 2 Macabeus, e o colocou também como apêndice). Para justificar esta rejeição a livros que estavam na Bíblia desde tempos antes dos apóstolos (a Septuaginta foi traduzida para o grego antes do nascimento de Jesus e dos apóstolos), os primeiros protestantes recorreram ao fato de que os judeus daqueles dias não honraram tais livros, retornando assim ao Concílio regional de Jâmnia no ano 90 (d.C). Mas os reformadores estavam atentos apenas aos judeus europeus; não prestando a devida atenção aos judeus africanos, como os etíopes, que aceitavam os deuterocanônicos como parte de sua Bíblia.Eles censuraram as referências ao deuterocanônicos no Novo Testamento, assim como seu uso da Septuaginta. Ignoraram o fato de que existiam múltiplos cânnos judaicos circulando no primeiro século, apelando a um Concílio judaico pós-cristão que não possuía nenhuma autoridade para com os cristãos para se falar que "os judeus não aceitaram estes livros".Na verdade, foram longe e sem unanimidade entre os próprios Judeis, tentando buscar algo que fundamentasse a rejeição a estes livros da bíblia Septuaginta.




Reescrevendo a história da Igreja 





Anos mais tarde eles até iniciaram a propagação do mito de que a Igreja Católica "adicionou" estes sete livros à Bíblia no Concílio de Trento (que apenas reafirmou). 
Os protestantes também tentaram distorcer as evidências patrísticas em favor do deuterocanônicos. Alguns superficialmente afirmam que os Pais da Igreja não os aceitavam, enquanto outros fazem reivindicações comedidas que certos importantes pais, como Jerônimo, também não os aceitava. 
É verdade que São Jerônimo, poucos e isolados escritores, não aceitavam alguns deuterocanônicos como inspirados. Entretanto, Jerônimo fora persuadido, contra sua convicção original, a incluir os deuterocanônicos em sua edição Vulgata pelo fato de que os livros eram comumente aceitos e era esperado que fossem incluídos em todas as edições da Bíblia.Além do mais, deve ser documentado que em anos mais tarde Jerônimo de fato aceitou certos deuterocanônicos como inspirados.Em sua resposta a Rufino, ele defendeu bravamente as partes deuterocanônicas de Daniel mesmo que os judeus de seu tempo não o fizessem. 





São Jerônimo  posteriormente escreveu:





"Que pecado eu cometi se segui o julgamento da Igreja? Mas ele que traz acusações contra mim por relatar as objeções a que os judeus estavam acostumados a formar contra a história de Susana... e a história de Bel e o dragão, que não se acham nos volumes hebraicos, provam que ele é apenas um bajulador insensato. Eu não estava relatando minha própria visão, mas antes as questões que eles (os judeus) estavam acostumados a fazer contra nós" (Contra Rufinus 11,33 [402 d.C.]).




Desta forma Jerônimo reconheceu o princípio pelo qual o cânon foi fixado: o julgamento da Igreja, não dos judeus. Outros escritores protestantes citam como objeção aos deuterocanônicos, que Atanásio e Orígenes não os aceitavam: Ora, Atanásio aceitava o livro de Baruc (Festal Letter 39) e Orígenes aceitava todos os deuterocanônicos, mas simplesmente recomendava não os usar nos debates com os judeus. Contudo, apesar de alguns disparates e hesitações de alguns escritores como Jerônimo, a Igreja permaneceu firme em sua afirmação histórica sobre os deuterocanônicos como inspirados e vindos com os apóstolos.O protestante J.N.D. Kelly afirma isto apesar da dúvida de Jerônimo:



"Pela grande maioria, porém, os escritos deuterocanônicos atingiram o grau de inspirados com o máximo de senso! Agostinho, por exemplo, cuja influência no ocidente foi decisiva, não fazia distinção entre eles e o resto do Antigo Testamento... a mesma atitude com os apócrifos foi demonstrada nos Sínodos de Hipona e Cartago em 393 e 397, respectivamente, e também na famosa carta do papa Inocêncio I ao bispo de Toulouse Exuperius, em 405" (Doutrina Cristã Antiga, 55-56).





Este é, portanto, um grande mito desmentido, pelo qual os protestantes acusam os católicos de terem "adicionado" os deuterocanônicos à Bíblia no Concílio de Trento!






Estes livros portanto, já estavam na Bíblia Septuaginta, ou seja, bem antes de o cânon pretender ser definido, o que ocorreu só em 380 d.C. - Tudo o que Trento fez foi reafirmar, em face dos ataques protestantes à Bíblia católica, o que tem sido a histórica Bíblia da Igreja - a edição padrão seria a Vulgata de Jerônimo, incluindo os deuterocanônicos! 





Os deuterocanônicos do Novo Testamento:





É irônico que os protestantes rejeitem a inclusão dos deuterocanônicos pelos Concílios de Hipona e Cartago, porque nestes Concílios da Igreja antiga também foram definidos os livros do Novo Testamento. 
Principalmente pelo ano 300 havia uma ampla discussão sobre quais livros exatamente deveriam pertencer ao Novo Testamento? Alguns livros, como os Evangelhos, Atos e a maioria das cartas de Paulo foram rapidamente aceitos. Contudo alguns livros, mais notavelmente Hebreus, Tiago, 2 Pedro, 2 e 3 João, e Apocalipse permaneceram em ardente disputa até que o cânon foi fixado. São, de fato, "deuterocanônicos do Novo Testamento". 
Enquanto os protestantes aceitam o testemunho dos Concílios de Hipona e Cartago (os Concílios que eles mesmos mais citam) para a canonicidade dos deuterocanônicos do Novo Testamento, não estão dispostos a aceitar o testemunho dos mesmos Concílios para a canonicidade dos deuterocanônicos do Antigo Testamento.Realmente irônico e extremamente contraditório (só aceitam em parte a autoridade Judaica? Por que ?).






Autor: James Akin




Fonte: Catholic Information Network




Tradução: Rondinelly Ribeiro







Fonte: http://www.bibliacatolica.com.br/historia_biblia/56.php#ixzz1mCXzb8st







Qual a diferença entre livros Canônicos, Protocanônicos, deuterocanônicos e apócrifos?

 



Por Dom Estevão Bittencurt - OSB










A terminologia “livros canônicos” e “livros apócrifos” tomou no séc. XVI as suas modalidades hoje vigentes. Percorramo-las brevemente:“Cânon” (em grego, “kanón”) significava “medida, norma”; e, por extensão, “catálogo, índice, registro”. A partir do séc. IV, aplicou-se o vocábulo ao catálogo dos livros inspirados por Deus no Antigo e no Novo Testamento.Dos “livros canônicos” (isto é, “catalogados”) ou “inspirados por Deus”, era preciso, na antiga Igreja, distinguir outros que, embora tivessem grande semelhança de estilo com as Escrituras Sagradas, eram obra meramente humana, por vezes edificante, por vezes herética ou fantasista. Para estes livros se reservou o título de “apócrifos” (“apókryphoi”, em grego), isto é, “ocultos, não lidos no culto público oficial” (embora fossem lidos em caráter particular); tais eram a “Ascensão de Isaías”, o “Evangelho de Pedro”, o “de Nicodemos”, os “Atos de Tomé”, os “de Paulo com Tecla” etc.No séc. XVI introduziu-se entre os teólogos católicos a distinção meramente terminológica entre livros “protocanônicos” e “deuterocanônicos”. Ela se deve a Sixto de Sena (1520-1569), judeu que, uma vez batizado, se tornou franciscano e depois dominicano.Este autor, na sua “Bibliotheca Sancta”, chamou:





a)-“Protocanônicos” (em grego “primeiramente [introduzidos] no cânon”) os livros sobre cujo valor inspirado nunca se registraram dúvidas;




b)-“Deuterocanônicos” (isto é, “em segundo lugar [inseridos] no cânon”) aqueles escritos que só depois de hesitações foram oficialmente recenseados no catálogo bíblico.





Como se vê, a distinção significa apenas diferença cronológica, de modo nenhum implicando menor autoridade ou menor grau de inspiração para os “deuterocanônicos”.Entre os deuterocanônicos, contam-se, além dos sete livros do Antigo Testamento não incluídos no cânon palestinense (Baruque com a epístola de Jeremias, Tobias, Judite, 1° e 2° dos Macabeus, Sabedoria. Eclesiástico), os sete seguintes escritos do Novo Testamento: a epístola aos Hebreus, a de São Tiago, a 2ª de São Pedro, a 2ª e a 3ª de São João, a de São Judas e o Apocalipse. As hesitações sobre o valor de tais livros dos Apóstolos eram devidas principalmente aos abusos que desses documentos faziam os hereges; prolongaram-se nesta ou naquela região até os séc. IV-V.Em 393, porém, o concilio regional de Hipona (África Setentrional) definia o catálogo dos livros sagrados, incluindo nele tanto os protocanônicos como os deuterocanônicos do Antigo e do Novo Testamento. Esta declaração foi repetidamente inculcada pelo Magistério da Igreja nos séculos subsequentes até os nossos dias.Os Protestantes, não reconhecendo os livros deuterocanônicos do Antigo Testamento, usam de outra nomenclatura, que vai abaixo confrontada com a dos católicos:





a)-Católicos: Livros protocanônicos, deuterocanônicos e apócrifos.





b)-Protestantes: Canônicos (apenas), apócrifos, e pseudoepígrafos (Pseudoepígrafos” significa “falsos títulos” ou livros falsamente intitulados, falsamente atribuídos a tal ou tal homem de Deus:Henoque, São Tomé, Nicodemos…).





De onde se vê que, no concernente ao termo “apócrifos” em particular, se requer especial atenção:




Quando os Protestantes falam de “apócrifos”, referem-se a livros que na verdade são inspirados por Deus! O mesmo porém, não se dá quando é um católico que usa tal vocábulo! Mais precisamente, eis as razões porque no início da era cristã foi posta em dúvida a canonicidade de sete escritos do Novo Testamento:













1)-A epístola aos Hebreus era, nos séculos II-III, falsamente utilizada por rigoristas (Montanistas e Novacianos), os quais, apelando para Hebreus 6,4, afirmavam haver pecados irremissíveis. Os defensores da fé, em vez de refutar o erro propondo a genuína exegese do texto, às vezes preferiam negar a índole inspirada da Epístola aos Hebreus.






2)-O Apocalipse também era explorado por hereges, os quais do Capítulo 20 deduziam que, entre a segunda vinda de Cristo e a consumação da História, haverá na terra um reino glorioso do Senhor, protraído durante mil anos. Em consequência, alguns autores ortodoxos, visando tirar a autoridade ao texto mal interpretado, negavam ser São João o autor do Apocalipse; outros, simplesmente excluíam este livro do catálogo bíblico.





3)-A epístola de São Tiago, principalmente em 2,14-26 (inculcando a inutilidade da fé, sem as boas obras), parecia contradizer a Romanos 3,27-28; 4,1-5 (o primado da fé sobre as obras, expresso em linguagem paulina…), pelo quê alguns cristãos duvidavam da origem divina da carta de São Tiago.





4)-A 2ª epístola de São Pedro, e a 2ª e a 3ª de São João, são documentos breves, que não apresentam doutrina característica e raramente eram citadas.





5)-A carta de São Judas, citando no seu versículo 14 o fantasista livro de Henoque [=apócrifo], parecia a alguns leitores pouco fidedigna.






Fonte: Revista Pergunte e Responderemos nº 6:1957 – out/1957








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