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Tudo o que você sempre quis saber sobre a doutrina do inferno

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 13 de dezembro de 2010 | 10:45












DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE A TEOLOGIA DO INFERNO:




1)-Se Deus é bom e misericordioso, por que criou o inferno ?



2)-Por que não pode haver arrependimento e perdão depois da morte?



3)-Por que uma pena eterna para um pecado a nível temporal?



4)-Por que a pena do inferno é uma pena infinita?



5)-O inferno existe? Ou é apenas  uma figura metafórica e analógica?



6)-O inferno é um lugar ou ESTADO?



7)-Como são as penas  sofridas no inferno? O Fogo é um fogo material? Combustível? Psíquico?



VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU: POR QUE AS PENAS DO INFERNO SÃO ETERNAS?





Ora, para o inferno só vai quem livremente por suas ações e opções, fez por onde merecê-lo, pois o céu é graça, o inferno é mérito! A minha vida de Cristão não gira em torno do medo do inferno, mas em servir a Deus que tanto me tem abençoado sem merecimento algum, pois Ele existe antes de mim, e nada fiz antecipadamente para merecer seu amor.





Pergunta que não cala: "Se o inferno não existe seria justo Hitler e Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio?"






Na Divina comédia de Dante na entrada da Porta do Inferno está a frase: “Deixa aqui fora antes de entrar, toda tua esperança!”













Dirá, porém, o incrédulo: “Onde está a justiça de Deus ao castigar com pena eterna um pecado que dura um instante?”






E como se atreve o pecador, por um prazer momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita? Ora, a resposta é simples: é eterna, porque a relação TEMPO E ESPAÇO já não existe na ETERNIDADE, entramos em estado eterno de decisão que tomamos no TEMPO.E porque o réprobo jamais poderá prestar satisfação por sua culpa! Nesta vida, o pecador penitente pode satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus Cristo; mas o condenado não participa desses méritos, e, portanto, não podendo por si satisfazer a Deus, sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o castigo (Sl 48, 8-9).




“Ali a culpa  disse o Belluacense, poderá ser castigada, mas jamais expiada” (Lib. II, 3p), porque, segundo Santo Agostinho, “ali o pecador é incapaz de arrependimento”. E ainda que Deus quisesse perdoar ao réprobo, este não aceitaria a reconciliação, porque sua vontade obstinada e rebelde está confirmada no ódio contra Deus!




Disse o Papa Inocêncio III:




“Os anjos réprobos e os condenados não se humilharão; pelo contrário, crescerá neles a perseverança do ódio”. São Jerônimo afirma que “nos réprobos, o desejo de pecar é insaciável” (Pr 27, 20). A ferida de tais desgraçados é incurável; porque eles mesmos recusam a cura (Jr 15, 18).” (Santo Afonso de Ligório - Preparação para a morte, edição em PDF, pp. 287-288)




O INFERNO NA TEOLOGIA MODERNA:





O inferno é então o oposto ao céu. O ser humano, tendo tudo em si para a realização, pode responder negativamente a este chamado, pode escolher o caminho da não realização. Inferno é a situação de não-realização, é o não ao céu. Como o humano pode chegar definitivamente à realização, ele também pode dizer não a esta realização e com isto fechar-se definitivamente a ela.O inferno não é, pois uma alternativa criada por Deus ao céu, mas a situação de negação do céu. Podemos invocar aqui o modo de pensar de Agostinho: "o mal não existe, existe a ausência do bem".



O inferno é resultado da liberdade humana!

 








A vontade de Deus é que todos sejam salvos, diz a Bíblia (1Tim 2,4). A Bíblia descreve esta situação de frustração eterna através de muitas imagens: fogo que não se apaga (Mt 5,22), choro e ranger de dentes (Mt 18,22; Lc 13,28), trevas exteriores (Mt 8,12), cárcere (1Pd 3,19), segunda morte (Ap 2,11) etc. Tanto como podemos perceber sinais do céu, de realização já entre nós, também o inferno se faz presente, ou seja, sinais de não realização. Também já agora há sinais de frustração, de não comunhão, de fechamento ao amor, de impedimento à justiça.




O QUE É O PECADO IMPERDOÁVEL CONTRA O ESPÍRITO SANTO?





Cristo na tentação do deserto, não diz ao demônio CONVERTE-TE, mas afasta-te! Pois Jesus que goza da onisciência divina, sabe que o diabo tem plena consciência de seu pecado e que não tem o menor arrependimento, e nem está disposto a pedir desculpas, e ainda que o pedisse, não seria sincera, mas mero deboche. "Aquele que pecar contra o Filho do homem será perdoado, mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da Justiça Divina" (Mc III, 28-29).O pecado contra o Filho pode ser perdoado, mas o pecado contra o Amor de Deus o Espírito Santo, não pode ser perdoado, NÃO PORQUE DEUS NÃO TENHA PODER DE PERDOAR, MAS PORQUE O PECADOR NÃO QUER PEDIR PERDÃO DE SEU PECADO!





Os pecados contra o Espírito Santo são:

 




1) DESESPERO DE SALVAÇÃO, quando a pessoa, como Judas, não pede perdão porque considera que Deus é incapaz de perdoá-lo. E não pedindo perdão, não é perdoado.




2) PRESUNÇÃO DE SALVAÇÃO SEM MERECIMENTOS, quando a pessoa se julga já salva, e, por isso, se recusa a pedir perdão a Deus.



3) NEGAR A VERDADE CONHECIDA COMO TAL, quando o pecador de tal modo se entrega conscientemente à mentira a ponto de acabar acreditando na mentira como verdade, e, por isso, recusa até a evidência da verdade. Era o pecado dos fariseus que viam Cristo fazer milagres, e os negavam, apesar de vê-los. Não havia então modo de convertê-los.



4) TER INVEJA DAS MERCÊS QUE DEUS FEZ A OUTREM. Isto é, ter raiva de que Deus, por amor, tenha dado alguma graça a outros, e não a nós. Desse modo se odeia a bondade de Deus, que é o Espírito Santo!



5) IMPENITÊNCIA FINAL. Quando a pessoa recusa o perdão de Deus na hora da morte, recusando os sacramentos impiamente.






"OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO NÃO TEM PERDÃO SIMPLESMENTE PORQUE A PESSOA NÃO QUER PEDIR PERDÃO POR ELES, E PORQUE TAMBÉM NEM OS CONSIDERA PECADOS, POIS SÓ EXISTE PERDÃO ONDE HÁ ARREPENDIMENTO.O PROBLEMA DO PERDÃO PORTANTO NÃO ESTÁ EM DEUS, QUE ESTÁ SEMPRE DISPOSTO A PERDOAR, MAS NO DEMÔNIO QUE NÃO SE ARREPENDE.”




ATENÇÃO! "NINGUÉM CONFESSA O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO!"





"SE UMA PESSOA VAI CONFESSAR TER COMETIDO PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO, É SINAL CLARO QUE NÃO COMETEU ESSE PECADO, PORQUE, SE O TIVESSE COMETIDO, NÃO PEDIRIA NUNCA PERDÃO POR ELE."



Portanto, não tenha medo de ter pecado contra o Espírito Santo. O seu próprio receio em ter ofendido a Deus já é prova que você não o cometeu!





O INFERNO REALMENTE EXISTE ?







O inferno existe sim! Cremos em sua existência, em primeiro lugar, porque o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo disse que ele existe. Ao falar sobre o juízo final, Jesus disse que os bons seriam separados dos maus e que estes, depois de julgados, Deus lhes dirá:"Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado para o demônio e para os seus anjos..." (Mt 25,41).E em São Marcos se lê:"Melhor te é entrar na vida eterna manco, do que tendo duas mãos ir para a geena, para o fogo inextiguível, onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga" (Mc 9,43-44).




Jacinta, Lúcia e Francisco após a Visão do Inferno em Fátima Portugal!













Em várias ocasiões Nosso Senhor falou do castigo eterno, no inferno! Além disso, a razão nos mostra que a culpa juridicamente cresce com a dignidade da pessoa ofendida!




COMO ENTENDER A OFENSA DE CARATER INFINITO FEITA A DEUS ?




“Ora, se dou um tapa num bebê, ou animal, tenho culpa menor porque eles não entendem. Se sou homem e dou um tapa numa mulher adulta, eu a ofendo mais porque ela entende e é mais frágil fisicamente que eu, que sou homem. Se esta mulher é minha mãe, a culpa cresce. Sendo assim, a ofensa feita a Deus é infinita, e merece punição infinita! Então por consequência lógica, o castigo tem que ser infinito na sua duração.” Além disso o homem, depois que morre, já não pode mais mudar de vontade. Se morreu em estado pecado no tempo, já não pode voltar atrás, pois na eternidade já não mais existe o fator tempo. É como um aluno que entregou sua prova: já não pode mais mudar o que nela escreveu. Por isso, finda a prova do homem na terra, ele já não pode mudar de decisão: se morreu odiando a Deus, odiará a Deus eternamente, e será eternamente punido. O fato de conhecer a verdade e crêr em Deus não nos dá automaticamente a salvação, porque muitos como os demônios crêm em Deus e conhecem a verdade mas não se submetem nem a Deus e nem a verdade. Rejeitam a ambos.Por isso nem todos os que conhecem a verdade se salvam. Os fariseus conheciam a verdade e mesmo assim mataram a Cristo, movidos pelo ódio. Cristo quer a misericórdia sim, isto é, que durante nossa vida estejamos dispostos a perdoar-nos uns aos outros. E se alguem não quiser perdoar seus inimigos também não será perdoado, e será lançado no fogo eterno do inferno. E se está dito que se salvarão apenas 144.000, no tempo do Anti-cristo, isso significa serão muitos, mas não TODOS. Logo, haverá muitos outros que irão para o inferno, só Deus sabe quantos, pois este número é simbólico.




Qual o significado das "Portas do Inferno" usada por Cristo ?




Porta é o que permite a entrada em um lugar. Portas do inferno seriam então aquelas coisas que levam as almas a cair no inferno. Essas portas, nesse sentido são:




1) A porta da heresia e do erro pecando contra o que se deve crer.



2) A porta do pecado contra o que se deve fazer.



3) A porta do falso amor, da falsa mística, contra o que se deve amar.






São essas as três portas do inferno, que jamais prevalecerão contra a Igreja. Essas portas são o símbolo dos poderes diabólicos, isto é, dos meios que o demônio utiliza para perder as almas. Nosso Senhor, porém prometeu que as portas do inferno jamais prevaleceriam contra Igreja, isto é que o demônio, por mais poder que tenha, e por mais que os maus o ajudem, jamais conseguirão vencer a Igreja fazendo com que ela ensine a heresia, o pecado e a falsa mística.É isto que significam principalmente as portas do inferno. Mas a Igreja sempre vencê-las-á. As portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja de Pedro.





Refutando o Materialismo de Dan Baker e suas teses contra a existência de Deus e do Inferno!










Para o autor o tal Dan Baker, o supremo bem é a vida física. Ora, se assim fosse, ele poderia acrescentar mais uma outra acusação contra Deus, que tão bondosamente nos deu vida: Ele nos fez mortais, e estamos todos condenados à morte.Por que Deus fez assim? Quando Deus proibe que um homem mate outro homem:"Tu não matarás" proibe que um indivíduo, como parte da sociedade, tire a vida de um seu semelhante.Se o homem for homicida, a sociedade enquanto tal, como o todo de que o indivíduo faz parte, pode reagir contra o homem que a ataca ao matar outro homem punindo o agressor com a morte.Isto é inteiramente razoável, porque o todo é mais do que a parte.Também nós e Dan Baker, se tivermos câncer em um órgão ou em algum membro do corpo, amputamos a parte doente para salvar o corpo, porque o corpo é mais do que uma parte. Quando Dan Baker cita que Deus amaldiçoa até a quarta geração, ele esquece de acrescentar que Deus abençoa até a milésima geração. O que quer dizer que a honra e a desonra se herdam.A maldição até a quarta geração significa que certos crimes e pecados produzem males físicos que são herdados geneticamente (ex. sífilis, aids,embriaguês,vícios instalados etc). E a vergonha desses pecados afeta os filhos, quando esses pecados forem públicos.Porém, isso não quer dizer que os filhos herdem a culpa dos pais. A culpa é pessoal. Quanto aos sacrifícios de animais feitos pelos hebreus, era porque eles eram pastores, e sacrificando reses demonstravam que reconheciam que todas as suas riquezas provinham de Deus criador de todas as coisas. Não era então por "vaidade" que Deus exigia sacrifícios, mas por justiça, para que os homens reconhecessem o seu senhorio e seu domínio como criador, simples assim. E é uma tolice dizer que Deus foi "parcial" com os judeus. Se Deus preferiu o povo descendente de Abraão, foi por causa dos méritos de Abraão. Vê-se por aí como Dan Baker é parcial em seu julgamento: primeiro, ele acusa Deus de ser injusto por amaldiçoar até a quarta geração. Depois clama contra Deus por ter abençoado os descendentes de Abraão por tantos séculos.Para Dan Baker, preferir um homem a outro, um povo a outro, seria injustiça.Para ele a justiça seria a igualdade de trato. Ora, a desigualdade de méritos e de valor exige a desigualdade de recompensas. Injusto seria dar premios iguais a quem tem méritos diferentes, e injusto seria dar castigos iguais a crimes desiguais. Ou a culpas diferentes. Também erra Dan Baker ao dizer que Deus julga a mulher inferior ao homem enquanto ser humano. A Prova: o ser humano a quem Deus deu mais graças e dons foi uma mulher: a Virgem Maria. Homens e mulheres são iguais na natureza e, por isso, os direitos naturais são iguais para o homem e para a mulher. O que Deus e a razão mostram é que a mulher é acidentalmente diferente do homem. Por isso, os direitos acidentais deles são diferentes.Repito: essencialmente homens e mulheres são iguais, e seus direitos essenciais são iguais. Acidentalmente não. Por isso, a mulher tem certos direitos que o homem não tem. E vice versa. Por exemplo, a mulher, por causa da gravidez, deve gozar de direitos trabalhistas por mais tempo que o homem não goza.Deus não "discrimina os handicaped", como afirma tolamente Dan Baker. O próprio Dan Baker, se for treinador de um time de futebol, não admitirá que um cego seja goleiro de seu time.E se não eleger um cego para goleiro, ele não estará discriminando o cego. Quando um exército dispensa do serviço militar um aleijado, não o está discriminando, mas protegendo-o, e fazendo-lhe justiça. A Dan Baker parece que falta o mínimo de bom senso, sobrando-lhe ódio a Deus. Dizer que Deus é um "sádico", por ter criado o inferno para os pecadores, é uma blasfêmia estúpida.Só vai para o inferno quem quer.E Deus morreu por nós todos para que não fôssemos ao inferno. Morreu até por Dan Baker, que não quer estar na companhia do Deus que o redimiu, morrendo por ele na Cruz.Se Dan Baker quer ir para o inferno, para ficar longe de Deus, ele é livre.Mas irá para o inferno porque livremente recusa a mão de Deus que o quer salvar. Deus tenha piedade dele.A seguir Dan Baker cita as punições que Deus deu a certos pecadores, inclusive aos meninos que ofenderam ao profeta Eliseu.Ora, se Deus, que é infinitamente justo, pune de tal forma os pecadores, é para nos mostrar a gravidade do pecado.Isso para que não tenhamos um castigo eterno no inferno.E a punição das crianças que ofenderam o Profeta Eliseu não significa, de modo algum, que elas foram ao inferno.













A acusação de Dan Baker de que o cristianismo se opôs à abolição de tudo o que houve de errado na História é uma calúnia. Por exemplo, a escravidão foi combatida sempre pelo cristianismo, havendo inúmeras excomunhões da Igreja contra os que escravizavam índios e negros. E foi o cristianismo que aboliu a escravidão existente entre os povos pagãos.O que poucos historiadores relutam e divulgar é que: A única época em que não houve escravos foi aquela em que a Igreja dominou a sociedade: a Idade Média.E não venha Dan Baker confundir escravos com servos. Sobre a defesa dos réus nos tribunais, foi a Inquisição a fonte que inspirou boa parte da leis que protegem, hoje, o direito dos reus. Por exemplo, foi a Igreja a primeira a decretar que a confissão sob tortura era inválida como prova de culpa. O ódio de Dan Baker à Igreja o cega a ponto de afirmar caluniosamente contra toda a evidência histórica  que a Igreja se opôs a todo progresso moral na História. Se isso fosse verdade, como hoje o influxo da Igreja é o menor que já houve na História, o nível atual da moral pública e privada deveria ser o mais alto de todos os tempos. Restaria a Dan Baker explicar como neste século anti cristão, de moral elevadíssima, houve Auschwitz, o Gulag COMUNISTA, o paredón de Fidel, além de todos os horrores bem conhecidos. O que diz Dan Baker é flagrante mentira. A Igreja nunca atrapalhou o progresso científico, que só se realizou porque, na Idade Média, a Igreja fundou as Universidades. Para encerrar, quero lembrar  que Dante, na Divina Comédia, faz as portas do Inferno proclamarem que quem as fez foi o Divino Poder, a Suma Sabedoria e o Primeiro Amor, isto é, o Espírito Santo.É o Amor de Deus que fez o inferno, e o fez conforme o projeto do homem,pois o Céu é graça e o inferno é mérito próprio.O inferno é a concretização Plena do projeto de vida e pseudo felicidade humana, que não supre, mas que Deus concede um peso de eternidade conforme a vontade humana.E o fez para aqueles que recusam livremente a Deus e sua infinita misericórdia, pois não pode haver perdão onde não ha arrependimento. Deus está desejoso e disponível a dar o seu perdão, mas "não atira pérolas a porcos", é preciso que o pecador reconheça e arrependa-se de seus pecados, para receber o perdão Divino, isto é pedir muito ?Isto responde porque não ha perdão para os demônios, não é Deus que não os perdoa, são eles que não se arrependem.Nem no Céu nem no inferno encontraremos pessoas que estejam lá à força ou reclamar, " vim para cá contra a minha vontade..." Deus nos deu o LIVRE ARBÍTRIO e a liberdade para nossas escolhas.É para proteger seu eleitos que Deus criou o inferno, pois como já dizia um outro Ateu:“ Quem poupa o lobo, põe em risco as ovelhas..." (Victor Hugo)






O QUE DIZ A TEOLOGIA SOBRE O INFERNO ?










O Inferno é um “estado-lugar” da alma humana que, após o juízo particular, rejeita cabalmente a Deus, irá para um estado de aversão à Santíssima Trindade, que a respeitará e se ausentará. É a total ausência de Deus, porque assim aquela alma humana desejou. É a última conseqüência da recusa livre e espontânea do Bem Infinito (=Deus). Deus é Bom, não obrigará ninguém a se unir a Ele. As realidades invisíveis podem ser representadas por antropomorfismos, mas, mesmo assim, as palavras humanas são pobres para explicá-las. O inferno é um mistério, na medida em que o próprio pecado constitui “o mistério da iniqüidade” (1Ts 2,7). O inferno é a última conseqüência do pecado. Quem comete  e morre em pecados mortais sem arrependimento, diz não a Deus. E se isto for definitivo, temos o Inferno. Nós é que insistimos em justificar o mau uso de nossa liberdade e depois apelar para o argumento de que um Pai nunca poderá nos condenar para sempre. Deus não é objeto de conforto e de utilidade para ninguém. Ou aceitamos o amor de Deus ou rejeitamos esse amor com suas conseqüências. A escolha é nossa. E Deus não nos retira o livre-arbítrio.Se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o fora; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no inferno,onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.Porque cada um será salgado com fogo. (Mc 9,47-49). O pecado não é só uma desobediência a lei do Senhor, mas também uma violação da tendência natural da criatura ao Criador. Pelo pecado grave (mortal) do homem, com pleno conhecimento de causa e vontade deliberada(empenhando toda a sua personalidade), se afasta de Deus, abraçando um bem finito como seu fim supremo. Substitui-se Deus. O homem deixa de querer o Bem Infinito que é o seu fim último. O homem é essencialmente um clamor dirigido a Deus.Ou seja, o pecado não é somente um NÃO a DEUS, mas também um NÃO a VERDADEIRA e ÚNICA NATUREZA DO HOMEM.Neste mundo, o homem busca, no pecado, algum bem-estar. Como já dito, substitui Deus por volúpia, dinheiro, fama… Cedo ou tarde o próprio homem percebe que estes bens são pequenos diante da própria SEDE DO INFINITO (DEUS) que o espírito humano possui.Enquanto está nesta peregrinação terrestre, o homem busca paliativos: uma outra pessoa, luxúria, poder, sucesso profissional, religiões que colocam o ser humano como o centro (antropocêntricas), procurando encobrir seu olhar a sua verdadeira situação de alma, nunca “tem tempo” para se encontrar consigo mesmo e perceber seu drama: só Deus preenche o homem. Só Deus é a única felicidade do homem.




Se o homem morrer em estado de aversão a Deus e adesão à criatura?









Com sua mente iluminada, o homem não pode mais se enganar. Toma plena consciência de que se separou “livremente” de Deus, que o chamava para participar de sua vida divina.Perdeu o Bem Ilimitado, e, livremente.O pecador percebe, finalmente, que nunca mais irá preencher este imenso vazio, quelivremente não o quer fazê-lo.  Começa com um pecado grave consciente e voluntário e se desenvolve no Além, caso o pecador não se arrependa e reconcilie com Deus. RESUMINDO: sua natureza humana “pede sem parar” por Deus, mas sua alma, por livre vontade, não se compatibiliza com Deus e seu Ser. A vontade da pessoa condenada repudia Deus enquanto que sua natureza clama por Deus: esse conflito dilacera o “réprobo”.Não temos como entender este imenso conflito do Inferno, porque não temos, neste mundo, plena consciência da profundeza de nossa alma humana. Justamente quando o réprobo percebe ser Deus o Bem Supremo, ela não deseja voluntariamente este mesmo Deus. A este estado chamamos Inferno. No inferno há a absoluta carência de amor (desamor), odeia-se a Deus e a todas as criaturas. Mesmo que haja outros condenados, eles não compartilham o sofrimento, não existe solidariedade, o que poderia diminuir este tormento, pois não existe amor. O pecador sente sede de Deus, mas se vê completamente incompatível com Deus, por isso concebe ÓDIO. Este ódio, por incrível que pareça, embora não seja a vontade do pecador, é uma homenagem a Deus. É correto dizer que este ódio do inferno proclama a grandeza de Deus, canta, a seu modo, a perfeição do Amor Infinito.





Poderia um condenado ao inferno, reconhecer erros e culpas, clamar o perdão e ser perdoado?





Muitas vezes o pecador sente remorso, não arrependimento!  Sente dor pelo pecado por causa das penas, e não porque ofende a Deus! O réprobo poderia se arrepender se tivesse humildade e amor a Deus. Mas é impossível, pois ele livremente se julga certo em suas atitudes, em seus atos pecaminosos, só lamenta as dores! Se pedisse perdão, a alma seria agraciada. O Senhor perdoa todo e qualquer pecado. Mas tais almas não querem receber o perdão. Deus não impõe nada a ninguém, pois é Amor Pleno e livre! Outrossim, a pena de condenação admite graus: quanto mais obstinado é o pecador em procurar satisfazer-se neste mundo à revelia de Deus, tanto mais aguda será a dor que terá quando, depois da morte, tomar consciência plena de que perdeu Deus para sempre. Complementação bíblica: Mt 5,27-30; opção livre do pecador: II Tm 2,11-13. Lc 16,22-31 (rico e o Lázaro); Ap 21,8; Mc 9,43-49; Mt 25,41; 13,47-50; 18,8; 13,41-42; Mc 16,16; 2 Rs 24,10; Is 66,24; Mt 5,22; Ap 20,10; 2 Ts 1,7-9.




Deus criou o inferno? Então Deus é ruim?







O Inferno é definitivo porque a alma humana é, por si mesma, imortal.  O Inferno só terminaria se o Senhor destruísse a criatura (o que não condiz com a Sabedoria Divina; Deus não destrói o que Ele faz). Se o Senhor forçasse a vontade da criatura, o Inferno poderia ser temporário; contudo o Pai deu liberdade ao homem, não lha retira.Se o Senhor cessasse de amar a criatura e deixasse de ser para ela o Bem Supremo, o pecador não experimentaria a ausência de Deus e, logo, não sofreria Inferno. Entretanto, Deus novamente seria incoerente, porque Ele é incapaz de se contradizer; Ele não pode dizer NÃO após ter dito SIM.  O amor de Deus é irreversível. Este estado, por incrível que pareça, resulta exatamente do fato de que Deus ama perfeitamente a criatura. Logo, o inferno não é uma injustiça, mas uma opção livre do pecador. Deus não pode se contradizer nem retirar-lhe o seu amor.“Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele viveremos. Se soubermos perseverar, com ele reinaremos.Se, porém, o renegarmos, ele nos renegará. Se formos infiéis… ele continua fiel, e não pode desdizer-se. (II Tm 2,11-13)”. Portanto,o inferno é a total ausência de Deus, porque assim aquela alma humana desejou. Deus é Bom, não obrigará ninguém a se unir a Ele.





E o "fogo do inferno", o que é?








Como já foi dito, estar separado de Deus para sempre é o âmago do Inferno. O “fogo” do Inferno de que fala o Evangelho não é o “fogo da terra”, o fogo que conhecemos, mas é como que uma réplica do mundo material que todo pecado maltrata. É uma forma antropomórfica (uso de concepções humanas) para designar esta ausência de Deus. Repetimos: é o homem quem castiga a si mesmo, abandonando o único Bem que ninguém pode perder.Não se pode dizer quantos são os que deixam este mundo em estado de revolta contra Deus, pois deve haver muitas conversões ao Senhor, na hora da morte.





E o céu? No que consiste, basicamente?






“Estado-lugar” real de alma que consiste na visão de Deus face-a-face, visão através da qual os bem-aventurados reencontram seus amigos e familiares, toda a corte celeste; nada mais lhe resta a desejar. É o que São Paulo designa como “Aquilo que o olho do homem jamais viu, o ouvido jamais apreendeu e o coração humano jamais concebeu” (1 Cor2,9)”.Quando o homem morre sem pecados, a caminho da santidade, ou depois de ter purificado seu amor a Deus no purgatório de suas contradições interiores, este homem terá a recompensa do céu, onde não existe a limitação do tempo e do espaço. “Onde” (não é lugar, como concebemos humanamente, mas uma realidade espiritual que designamos “estado-lugar”) a morte corporal não vive. É a vida eterna, a bem-aventurança permanente (1 Cor 15,19).Para os católicos, o céu segue a justiça divina. Deus recompensa seus filhos de acordo com suas obras. A Tradição Oral ensina que existem sete céus(7=completo), que consistem em graus de felicidade diferentes. Quem pratica um amor mais perfeito, terá uma união mais perfeita com Deus (Mt 16,27). É o que evidencia a seguinte passagem: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus o sabe. (2 Cor 12,2)” - O Céu e a Sabedoria de Deus, o conhecimento pleno (1 Cor 2,6-8) preenchendo a Inteligência da pessoa. E a felicidade plena (1 Cor 2,9 e Ap 21,3-4), preenchendo a vontade da pessoa.







A alma espiritual humana é dotada de INTELIGÊNCIA,VONTADE e LIBERDADE!




1) O que a inteligência mais deseja? O conhecimento de Deus. A Bíblia confirma: “Ora, a vida eterna consiste em que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. (Jo 17,3)” - “Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, não porém a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que estão sendo reduzidos a nada;mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, que esteve oculta, a qual Deus preordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam crucificado o Senhor da glória. (1 Cor 2,6-8)”






2) O que a vontade humana mais deseja? A felicidade plena, a satisfação total de todas as aspirações legítimas do homem. A Bíblia confirma:) “Aquilo que o olho do homem jamais viu, o ouvido jamais apreendeu e o coração humano jamais concebeu” (1 Cor 2,9)“Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.” (Ap 21,3-4)





Não confundir “Céu” com “Novos Céus e uma nova terra”!





A alma já vive o Céu após o juízo particular, que acontece após a morte da pessoa. E continuará vivendo este céu até o juízo final e após ele. No juízo final, a alma celeste, além deste maravilhoso estado de alma, receberá um corpo espiritual, ressuscitado, semelhante ao de Jesus Cristo e poderá assim viver novamente como ser humano “completo” (agora corpo ressuscitado e alma imersa em Deus) em um mundo renovado, chamado biblicamente de “Novos Céus e uma nova terra”.




Reencarnação, Purgatório e Inferno: Se existe inferno, Deus é perverso?







Reencarnação é uma ideia gnóstico-espírita e não Cristã! Tenta explicar as desigualdades físicas e sociais dos homens e a bondade perfeita de Deus. Para os reencarnacionistas, Deus só seria Bom se nos desse a oportunidade de voltar a viver em sucessivos corpos, até se completar a evolução de nosso espírito.Na verdade, esta oportunidade tiraria a Graça de Deus desta evolução. O homem buscaria por si só este crescimento espiritual, não precisando ser preenchido com a Presença de Deus, na outrora comunhão permanente. Já no purgatório, onde as pessoas falecidas se purificariam de suas vicissitudes e de seus pecados, a Graça de Deus está presente. Deus Pai auxilia os defuntos para “chegarem” ao Céu sem as mazelas de seus erros. Além disso, o conceito de purgatório foi ensinado pelo próprio Deus Filho:





“Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.  (Lc 12,58-59).”





“Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta.Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo.(Mt 5,23-26)”            





Mas, e o Inferno? Esta realidade seria contrária ao conceito de um Deus bom e perfeito?






A justiça de Deus consiste em ministrar a todo homem os subsídios necessários para carregar seus sofrimentos  com grandeza de alma, de modo que adquira, inclusive, méritos.  Os sofrimentos são providenciais e ajudam no crescimento interior. Não é necessária a reencarnação, onde o homem “paga”  a uma lei do Karma, cega e não inteligente, exatamente como as leis físicas. O que o homem faz, terá inevitavelmente uma conseqüência, sem a menor possibilidade de perdão;no caso da lei reencarnacionista. Logo, o conceito de reencarnação anula a presença de um Deus bom e perfeito. Toda pessoa sofredora nesta vida está pagando graves pecados de uma encarnação anterior… ?!?  Um indivíduo sadio e rico estaria colhendo os frutos positivos das virtudes praticadas em uma vida anterior. Jesus ensinou que riqueza material atrapalha o crescimento interior e pode prejudicar a salvação. Analisando atentamente, vemos que a doutrina reencarnacionista não está ligada a bondade divina, mas a uma espécie de vingança divina.Agora, retornemos a questão principal: o Inferno exclui a bondade de Deus? - “Não !!! O que acontece é que as pessoas tem uma idéia “errônea” do que seja o Inferno. Inferno não é um lugar onde Deus “aprisiona” os maus. Jesus deu claramente a entender que, após a morte, duas são as formas de vida possíveis para o homem: a vida eterna ou a morte eterna (Mt 13,24-30; Mt 13,37-40; Lc 14,16-24; Mt  25,1-12; Lc 16,19-31).O Inferno não tem a ver com imagens de fogo, nem é algo DESEJADO por Deus, MAS PERMITIDO. Trata-se da frustração total ou a separação de Deus resultante da LIVRE OPÇÃO da criatura na terra. Todo ser humano foi criado naturalmente para o bem. Inclusive para o Bem Eterno, o próprio Deus. Contudo, Deus nos ama de forma plena e perfeita, de forma que não vicia nossa vontade. Pelo contrário, cultiva-a de forma que digamos um SIM PLENO a Deus ou um NÃO DEFINITIVO a Deus. Se na hora da morte, o defunto for encontrado por Deus nessa atitude de REPULSA CONSCIENTE E VOLUNTÁRIA, terá o definitivo distanciamento de Deus. Deus não o forçará. A este estado de distanciamento se chama INFERNO. O Inferno é definitivo porque a alma humana é, por si mesma, imortal.  O Inferno só terminaria se o Senhor destruísse a criatura (o que não condiz com a Sabedoria Divina; Deus não destrói o que Ele faz). Se o Senhor forçasse a vontade da criatura, o Inferno poderia ser temporário; contudo o Pai deu liberdade ao homem, não lha retira. Se o Senhor cessasse de amar a criatura e deixasse de ser para ela o Bem Supremo, o pecador não experimentaria a ausência de Deus e, logo, não sofreria Inferno. Entretanto, Deus novamente seria incoerente, porque Ele é incapaz de se contradizer; Ele não pode dizer NÃO após ter dito SIM.Este estado, por incrível que pareça, resulta exatamente do fato de que Deus ama perfeitamente a criatura. Logo, o inferno não é uma injustiça, mas uma opção livre do pecador. Deus não pode se contradizer nem retira-lhe o seu amor.



           

O Inferno Visto por outras perspectivas religiosas!






Inferno é um termo usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina: infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior".





Etimologia





A palavra inferno, que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus"lugares baixos", infernus. Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do original hebraico ou grego:Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram, contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável, afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real, almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno, essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em água, pois emchamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19 ao 31). Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar de não ter visto corrupção.



Mudanças no sentido da Palavra "Inferno"




A Enciclopédia Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco. O significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a Milton.




Inferno como arquétipo contemporâneo!












A fusão entre paixão, desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação.Outras correntes de pensamento atuais, curiosamente também com base na cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da reencarnação:





- Na mitologia grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos. Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo singular,inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro.




- Os hindus e os budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito.




- As crenças dos babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior como lugar cheio de horrores, presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”. Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o “Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos).




- No Budismo: De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhumrenascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras.Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação.No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação budista sobre os infernos deve gerar compaixão.





TEOLOGIA DO INFERNO NA CULTURA "JUDAICO-CRISTÃ"





- No judaísmo, o termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita, após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e purificação. A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol, não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo Sheol para o juadísmo, indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos mostra, e não um lugar de punição.




- Islamismo: No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino.




No Cristianismo existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às diferentes correntes cristãs!






A idéia de que o inferno é um lugar de condenação eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre foi e ainda não é consenso entre os cristãos protestantes. Nos primeiros séculos do cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno "era temporária", uma vez que inferno significa "sepultura", de onde, segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa ideia é defendida hoje por várias correntes cristãs, tais como:





1)- Adventismo: Na criação da humanidade, a união do pó da terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gn. 2:7). Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Sl. 146:4; Ec. 9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde haviam provindo (Gn. 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu (Ec. 12:7). Cabe lembrar que para a corrente adventista, na Bíblia, o termo hebraico e grego para 'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário, esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que anima seres humanos e animais. (Baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia).Assim sendo nesta crença,os mortos dormem na sepultura num estado de insconsciência (Jó 14:12; Mt. 27:52; I Co. 15:51; I Ts. 4: 13-15), logo não estão em alguma habitação intermediária.Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (1 Tess. 4:15-18; 2 Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias 33:12; Malaquias 4:1). Satanás, seus anjos e os ímpios também serão aniquilados. Jesus e seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra (Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura.Por fim, é interessante notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por "eterno" e "séculos dos séculos" não significam necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios) Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora)




2)-Igreja Presbiteriana: O inferno é um tema macabro e desagradável que ninguém quer estudá-lo. Bertrand Russel disse: “Não creio que qualquer pessoa que seja de fato profundamente humana possa crer nas penas eternas. É uma doutrina que pôs crueldade no mundo e que deu ao mundo gerações de tortura cruel”. Jean Paul Sartre disse: “Nada de enxofre ou grelha. O inferno são os outros”. Mas, a bíblia ensina que o inferno é real. E ele não é aqui. A terra é um presente de Deus para o homem. Deus fez os céus e a terra. A terra deu-a ele aos filhos dos homens (Sl 115.15-16). A terra está cheia da bondade do Senhor! (Sl 33.5; 119.64).




Razões para estudarmos sobre o inferno?


 

a) É uma doutrina bíblica. Jesus Cristo ensinou mais sobre o inferno do que sobre o céu (Mt 5.29; 10.28; 13.42,50; 16.18; 18.8-9; 22.13; 23.14-15, 31; 25.41, 46). Ela é ensinada no Antigo Testamento (Sl 9.17; Is 33.14; Ez 32.27; Dn 12.20) e no Novo Testamento (Mt 3.12; 2Ts 1.8-9; Jd 6-7; Ap 14.10-11; 20.11-15).

 



b) É uma doutrina imprescindível. O inferno envolve o futuro eterno das pessoas. E esse estado futuro é decidido aqui nesta vida. As pessoas podem zombar, não acreditar e até mesmo negar a realidade do inferno. Jesus disse: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Pior do que estudar sobre o inferno é ir para lá.

 

 

c) É uma doutrina inevitável. Assim como a morte é certa, o juízo também é (Hb 9.27-28). Toda pessoa morrerá um dia na terra e acordará na eternidade. Todo ser humano prestará contas a Deus (Ec 11.9; 12.13-14; Jo 5.28-29; 2Co 5.10).





Jesus usou a parábola do rico e o mendigo para ensinar sobre as penas eternas. Vejamos as ideias principais da parábola:A MORTE É CERTA PARA TODOS (VV.19-22). Jesus diz: “Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado” (vv. 22). A morte é um acontecimento para todos. Morreu o mendigo e também o rico. Ela é uma conseqüência do pecado (Gn 2.17; Rm 5.12) e cabe a todos (Ec 8.8). Ela está ordenada por Deus (Jó 14.5) e iguala todas as pessoas (Jó 3.17-19). No mundo hoje, morrem naturalmente, aproximadamente, 6.178 por hora, 148.272 e mais de 54 milhões por ano.A PESSOA CONTINUA VIVENDO APÓS A SUA MORTE FÍSICA (V.23).A bíblia ensina que a morte encerra a existência nesta vida, mas a pessoa continua existindo na eternidade. É a doutrina da imortalidade da alma (Jó 19.25-27; Sl 17.15; Dn 12.3; Mt 22.31-32; Lc 23.43; Jo 14.1-3; Fp 1.25). “E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7). Voltando a Deus o espírito de cada pessoa, Ele dará o destino que a pessoa merece. O espírito se separando do corpo continuará vivendo, porque ele é imortal. HÁ SOMENTE DOIS DESTINOS ETERNOS (purgatório é temporário e irá findar) CÉU OU INFERNO (VV. 24-31).A parábola nos fala de dois homens, de dois estilos de vida, de duas mortes e de dois destinos eternos. Jesus ensinou esta mesma doutrina falando de duas portas, dois caminhos, dois viajantes e dois destinos eternos (Mt 7.13-14). O nosso foco aqui é o “lugar de tormento” (v.28), para onde foi o rico. Este lugar real é o inferno (geena). O nome grego vem do Vale do Hinom, local fora de Jerusalém, onde foi feito sacrifícios humanos (2Cr 28.3; 33.6; 2 Rs 23.10). Na época de Jesus, o local era um “lixão”, onde o despejo era queimado de dia e de noite.O inferno é real e não é aqui. Trata-se de um lugar que foi preparado por Deus (Mt 25.41). É descrito na bíblia como “castigo eterno” (Mt 25.46), “fogo eterno” (Mt 25.41), “chama eterna” (Is 33.14), “fornalha acesa” (Mt 13.42,50), “fogo e enxofre” (Ap 14.10), “lago de fogo” (Ap 20.15), “fogo que não se apaga” (Mt 3.12) e “castigo eterno” (Ap 20.10). O inferno é chamado também de “segunda morte” (Ap 2.11), “verme que nunca morre” (Mc 9.44), “trevas exteriores” (Mt 25.30), “ira vindoura” (1Ts 1.9), “penalidade de eterna destruição” (2Ts 1.9), “negridão das trevas” (2Pe 2.17) e “condenação do inferno” (Mt 23.33).Na parábola ensinada por Jesus há umas lições importantes sobre o inferno:

 



a) É um lugar de tormento consciente. A pessoa estará viva e consciente experimentando o sofrimento. O homem sente, olha e conversa. Nada de sono da alma.

 



b) É um lugar de tormento completo. A pessoa experimentará o tormento no corpo e na alma. “Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama” (v. 24). Lembre-se do aviso de Jesus que alma e corpo perecerão no inferno (Mt 10.28).

 



c) É um lugar de tormento definitivo. É um lugar definitivo do qual a pessoa não poderá sair ou transferir-se. Deus disse ao homem que estava no inferno: “E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (v.24). Observem a expressão “não podem”. Não adianta rezar missa ou pagar penitências! Não existe possibilidade de mudança da pena eterna após a morte.

 



d) É um lugar de tormento incomunicável. O homem pede a Deus que mande alguém avisar os seus parentes para que não irem para aquele lugar. Mas Deus o responde: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (v.31). Não existe a possibilidade de comunicação com os mortos (2Sm 12.22-23). Nós iremos aos que já morreram, mas eles não poderão vir a nós. A doutrina da reencarnação e da comunicação com os mortos é um equivoco. Trata-se de uma prática condenada por Deus, pelo fato da sua impossibilidade. “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa” (Dt 18.10-14). (5) É um lugar de tormento evitável enquanto estivermos nesta vida. Deus disse para o homem que estava no inferno, que os seus parentes que estavam vivos poderiam não ir para aquele lugar se dessem ouvidos a mensagem do evangelho: “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos” (v.29). A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. E a mensagem central da bíblia é que Jesus é o único Salvador e Senhor. Crer em Jesus é o único meio de não ir para o inferno. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). A única maneira de “não perecer eternamente” é crer em Jesus. O Deus amoroso coloca diante de você a única possibilidade de salvação eterna: Jesus. Não há salvação em nenhum outro! (Jo 14.6; At 4.14). George B. Shaw escreveu: “Todas as pessoas interessantes estarão no inferno”. Mas, não é isso que a bíblia diz (Ap 20.10; 21.8). O inferno é um local que está preparado para o diabo, os anjos demoníacos e os ímpios. O diabo e os demônios não querem ir para lá (Mc 1.24; Lc 8.31). Lá é um lugar onde Deus reina e onde a sua punição para o mal será completa e eterna. “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O nosso Deus é fogo consumidor!



3)- Protestantismo Reformado em geral: Para muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituido da presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias nesse inferno será lançado condenados(as) no lago que arde com fogo e enxofre. A interpretação bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma de cruzar a fronteira que separa estes dois locais. Há ainda outra visão dentro do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado "sem consciência" (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que, conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno, (Apocalipse20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus anjos e seus seguidores (Mateus25:41), ao contrário da visão comum que coloca Satanás como dominante do inferno.





4)- Testemunhas de Jeová: Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou Sheol, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos mortos". Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos 2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados anteriores não lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu foi absolvido do [seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.




5)- No Espiritismo: O inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais estão esculpidas na consciência de cada pessoa.Uma vez tendo a criatura a sua consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico. Esta situação lhe causa terríveis dissabores.Uma vez morta, se a criatura não evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem afins.Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura.Portanto o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados; o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.Deus não imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho. Um dia mais cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e aperfeiçoamento.(Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos, editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec).





6)- No Catolicismo: Para a milenar doutrina católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos ensinamentos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos onde Jesus advertiu: “Não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei Aquele pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus também, disse: “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse: “Os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e rangerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos: "Ele dirá naquele dia, afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). O magistério Católico fala de DOIS juízos após a morte:





a) Juízo Particular:

 




§1021 A morte põe fim à vida do homem como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em Cristo. O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função de suas obras e de sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na cruz ao bom ladrão assim como outros textos do Novo Testamento, falam de um destino último da alma pode ser diferente para uns e outros.

 

 

(Lázaro e o homem rico explica os dois juízos)





§1022 Cada homem recebe em sua alma imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre...




b) Juízo Final - Escatológico (definitivo) 



 

 

§677 A Igreja só entrará na glória do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que seguirá seu Senhor em sua Morte e Ressurreição. Portanto, o Reino não se realizará por um triunfo histórico da Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o desencadeamento último do mal, que fará sua Esposa descer do Céu. O triunfo de Deus sobre a revolta do mal assumirá a forma do Juízo Final depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa.

 

 

§678 Na linha dos profetas e de João Batista, Jesus anunciou em sua pregação o Juízo do último Dia. Então será revelada a conduta de cada um e o segredo dos corações. Será também condenada a incredulidade culpada que fez pouco caso da graça oferecida por Deus. A atitude em relação ao próximo revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do amor divino Jesus dirá no último Dia: "Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40).

 

 

§1023 Os que morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem "tal como ele é" (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):Com nossa autoridade apostólica definimos que, segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da Paixão de Cristo (...) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram, (...) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte, tiverem acabado de fazê-lo, (...) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a face, sem a mediação de nenhuma criatura.

 

 

§1038 A ressurreição de todos os mortos, "dos justos e dos injustos" (At 24,15), antecederá o Juízo Final. Este será "a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento" (Jo 5,28-29). Então Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-33.46).

 

 

§1039 É diante de Cristo - que é a Verdade - que será definitivamente desvendada a verdade sobre a relação de cada homem com Deus. O Juízo Final há de revelar até as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer durante sua vida terrestre:Todo o mal que os maus praticam é registrado sem que o saibam. No dia em que "Deus não se calará" (Sl 50,3), voltar-se-á para os maus: "Eu havia", dir-lhes-á, "colocado na terra meus pobrezinhos para vós. Eu, seu Chefe, reinava no céu à direita do meu Pai, mas na terra os meus membros passavam fome. Se tivésseis dado aos meus membros, vosso dom teria chegado até a Cabeça. Quando coloquei meus pobrezinhos na terra, os constituí meus tesoureiros para recolher vossas boas obras em meu tesouro; vós, porém, nada depositastes em suas mãos, razão por que nada possuís junto a mim"

 

 

§1040 O Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre toda a história. Conheceremos então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte que a morte.

 

 

§1041 A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão enquanto Deus ainda dá aos homens "o tempo favorável, o tempo da salvação" (2Cor 6,2). O Juízo Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus. Anuncia a "bem-aventurada esperança" (Tt 2,13) da volta do Senhor, que "virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser admirado na pessoa de todos aqueles que creram (2Ts 1,10).§677-678

 

 

No Livro do Apocalipse 20,13-14 (Revelação), é relatado como isso se dará:


 

E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles haviam; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte”.





 

Segundo as mais variadas mitologias: O Inferno, recebe várias versões nas mais variadas mitologias:




Di Yu, o inferno da mitologia chinesa;

Hades, o inferno da mitologia greco-romana;

Helgardh, o inferno da mitologia nórdica;

Mundo dos mortos, o inferno da mitologia egípcia;

Mag Mell, o inferno da Mitologia irlandesa;

Ne no Kuni e Yomi no Kuni, os infernos da mitologia japonesa.





CONCLUSÃO








Porque a vida física não é o supremo bem. Ela nos propicia um bem maior: o compreender a verdade e amá-la. Isto é, Deus nos deu a vida material para que O conhecêssemos, como Verdade absoluta, e o amássemos livremente, como Bem infinito, para serví-Lo, e assim podermos ter, depois da morte, a vida eterna, no céu, com Deus.







BIBLIOGRAFIA:





-Dom Estêvão Bettencourt - OSB. Reencarnação – Prós e Contras. 


-John Milton (Inglaterra). PARAÍSO PERDIDO (1667) 


-A Grolier Universal Encyclopedia (Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205).


-Wikipedia.org








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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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