DÚVIDAS MAIS FREQUENTES SOBRE A TEOLOGIA DO INFERNO:
1)-Se Deus é bom e
misericordioso, por que criou o inferno ?
2)-Por que não pode
haver arrependimento e perdão depois da morte?
3)-Por que uma pena
eterna para um pecado a nível temporal?
4)-Por que a pena do
inferno é uma pena infinita?
5)-O inferno existe?
Ou é apenas uma figura metafórica e
analógica?
6)-O inferno é um
lugar ou ESTADO?
7)-Como são as
penas sofridas no inferno? O Fogo é um
fogo material? Combustível? Psíquico?
VOCÊ JÁ SE PERGUNTOU: POR QUE AS PENAS DO INFERNO SÃO ETERNAS?
Ora, para o inferno só vai quem livremente por suas ações e opções, fez
por onde merecê-lo, pois o céu é graça, o inferno é mérito! A minha vida de
Cristão não gira em torno do medo do inferno, mas em servir a Deus que tanto me
tem abençoado sem merecimento algum, pois Ele existe antes de mim, e nada fiz
antecipadamente para merecer seu amor.
Pergunta que não cala: "Se o inferno não existe seria justo
Hitler e Madre Tereza de Calcutá receberem o mesmo prêmio?"
Na Divina comédia de
Dante na entrada da Porta do Inferno está a frase: “Deixa aqui fora antes de entrar, toda tua
esperança!”
Dirá, porém, o incrédulo: “Onde está a justiça de Deus ao
castigar com pena eterna um pecado que dura um instante?”
E como se atreve o
pecador, por um prazer momentâneo, a ofender um Deus de majestade infinita? Ora, a resposta é simples: é eterna, porque a relação TEMPO E ESPAÇO já não existe
na ETERNIDADE, entramos em estado eterno de decisão que tomamos no TEMPO.E
porque o réprobo jamais poderá prestar satisfação por sua culpa! Nesta vida, o
pecador penitente pode satisfazer pela aplicação dos merecimentos de Jesus
Cristo; mas o condenado não participa desses méritos, e, portanto, não podendo
por si satisfazer a Deus, sendo eterno o pecado, eterno também deve ser o
castigo (Sl 48, 8-9).
“Ali a culpa disse o Belluacense,
poderá ser castigada, mas jamais expiada” (Lib. II, 3p), porque, segundo Santo
Agostinho, “ali o pecador é incapaz de arrependimento”. E ainda que Deus
quisesse perdoar ao réprobo, este não aceitaria a reconciliação, porque sua
vontade obstinada e rebelde está confirmada no ódio contra Deus!
Disse o Papa Inocêncio III:
“Os anjos réprobos e os condenados não se humilharão; pelo contrário,
crescerá neles a perseverança do ódio”. São Jerônimo afirma que “nos réprobos,
o desejo de pecar é insaciável” (Pr 27, 20). A ferida de tais desgraçados é
incurável; porque eles mesmos recusam a cura (Jr 15, 18).” (Santo Afonso de
Ligório - Preparação para a morte, edição em PDF, pp. 287-288)
O
INFERNO NA TEOLOGIA MODERNA:
O inferno é então o
oposto ao céu. O ser humano, tendo tudo em si para a realização, pode responder
negativamente a este chamado, pode escolher o caminho da não realização. Inferno
é a situação de não-realização, é o não ao céu. Como o humano pode chegar
definitivamente à realização, ele também pode dizer não a esta realização e com
isto fechar-se definitivamente a ela.O inferno não é, pois uma alternativa criada por Deus ao céu, mas a
situação de negação do céu. Podemos invocar aqui o modo de pensar de Agostinho: "o mal não existe, existe a ausência do bem".
O inferno é resultado
da liberdade humana!
A vontade de Deus é
que todos sejam salvos, diz a Bíblia (1Tim 2,4). A Bíblia descreve esta
situação de frustração eterna através de muitas imagens: fogo que não se apaga
(Mt 5,22), choro e ranger de dentes (Mt 18,22; Lc 13,28), trevas exteriores (Mt
8,12), cárcere (1Pd 3,19), segunda morte (Ap 2,11) etc. Tanto como podemos
perceber sinais do céu, de realização já entre nós, também o inferno se faz
presente, ou seja, sinais de não realização. Também já agora há sinais de
frustração, de não comunhão, de fechamento ao amor, de impedimento à justiça.
O QUE É O PECADO IMPERDOÁVEL CONTRA O ESPÍRITO SANTO?
Cristo na tentação do
deserto, não diz ao demônio CONVERTE-TE, mas afasta-te! Pois Jesus que goza da onisciência
divina, sabe que o diabo tem plena consciência de seu pecado e que não tem o
menor arrependimento, e nem está disposto a pedir desculpas, e ainda que o
pedisse, não seria sincera, mas mero deboche. "Aquele que pecar contra o Filho do homem será perdoado, mas aquele
que blasfemar contra o Espírito Santo será réu da Justiça Divina" (Mc III,
28-29).O pecado contra o
Filho pode ser perdoado, mas o pecado contra o Amor de Deus o Espírito Santo, não
pode ser perdoado, NÃO PORQUE DEUS NÃO TENHA PODER DE PERDOAR, MAS PORQUE O
PECADOR NÃO QUER PEDIR PERDÃO DE SEU PECADO!
Os pecados contra o
Espírito Santo são:
1) DESESPERO DE SALVAÇÃO, quando a pessoa,
como Judas, não pede perdão porque considera que Deus é incapaz de perdoá-lo. E
não pedindo perdão, não é perdoado.
2) PRESUNÇÃO DE SALVAÇÃO SEM MERECIMENTOS, quando a pessoa se
julga já salva, e, por isso, se recusa a pedir perdão a Deus.
3) NEGAR A VERDADE CONHECIDA COMO TAL, quando o pecador de
tal modo se entrega conscientemente à mentira a ponto de acabar acreditando na
mentira como verdade, e, por isso, recusa até a evidência da verdade. Era o
pecado dos fariseus que viam Cristo fazer milagres, e os negavam, apesar de
vê-los. Não havia então modo de convertê-los.
4) TER INVEJA DAS MERCÊS QUE DEUS FEZ A OUTREM. Isto é, ter raiva
de que Deus, por amor, tenha dado alguma graça a outros, e não a nós. Desse
modo se odeia a bondade de Deus, que é o Espírito Santo!
5) IMPENITÊNCIA FINAL. Quando a pessoa recusa o perdão de
Deus na hora da morte, recusando os sacramentos impiamente.
"OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO NÃO TEM PERDÃO SIMPLESMENTE PORQUE
A PESSOA NÃO QUER PEDIR PERDÃO POR ELES, E PORQUE TAMBÉM NEM OS CONSIDERA
PECADOS, POIS SÓ EXISTE PERDÃO ONDE HÁ ARREPENDIMENTO.O PROBLEMA DO PERDÃO
PORTANTO NÃO ESTÁ EM DEUS, QUE ESTÁ SEMPRE DISPOSTO A PERDOAR, MAS NO DEMÔNIO
QUE NÃO SE ARREPENDE.”
ATENÇÃO! "NINGUÉM CONFESSA O PECADO CONTRA O ESPÍRITO
SANTO!"
"SE UMA PESSOA VAI CONFESSAR TER COMETIDO PECADO CONTRA O ESPÍRITO
SANTO, É SINAL CLARO QUE NÃO COMETEU ESSE PECADO, PORQUE, SE O TIVESSE
COMETIDO, NÃO PEDIRIA NUNCA PERDÃO POR ELE."
Portanto, não tenha medo de ter pecado contra o Espírito Santo. O seu próprio receio em ter ofendido a Deus já é prova que você não o cometeu!
O
INFERNO REALMENTE EXISTE ?
O inferno existe sim! Cremos em sua existência, em primeiro lugar, porque o próprio Nosso Senhor Jesus
Cristo disse que ele existe. Ao falar sobre o juízo final, Jesus disse que os
bons seriam separados dos maus e que estes, depois de julgados, Deus lhes dirá:"Apartai-vos de Mim, malditos, para o fogo eterno que foi preparado
para o demônio e para os seus anjos..." (Mt 25,41).E em São Marcos se lê:"Melhor te é entrar na vida eterna manco, do que tendo duas mãos ir
para a geena, para o fogo inextiguível, onde o seu verme não morre, e o fogo
não se apaga" (Mc 9,43-44).
Jacinta, Lúcia e Francisco após a Visão do Inferno em Fátima
Portugal!
Em várias ocasiões
Nosso Senhor falou do castigo eterno, no inferno! Além disso, a razão nos mostra
que a culpa juridicamente cresce com a dignidade da pessoa ofendida!
COMO ENTENDER A OFENSA DE CARATER
INFINITO FEITA A DEUS ?
“Ora, se dou um tapa num bebê, ou animal, tenho culpa menor porque eles não entendem. Se sou homem e dou um tapa numa
mulher adulta, eu a ofendo mais porque ela entende e é mais frágil fisicamente que eu, que sou homem. Se esta mulher é minha mãe,
a culpa cresce. Sendo assim, a ofensa feita a Deus é infinita, e merece punição
infinita! Então por consequência lógica, o castigo tem que ser infinito na sua
duração.” Além disso o homem,
depois que morre, já não pode mais mudar de vontade. Se morreu em estado pecado
no tempo, já não pode voltar atrás, pois na eternidade já não mais existe o
fator tempo. É como um aluno que entregou sua prova: já não pode mais mudar o
que nela escreveu. Por isso, finda a prova do homem na terra, ele já não pode
mudar de decisão: se morreu odiando a Deus, odiará a Deus eternamente, e será
eternamente punido. O fato de conhecer a
verdade e crêr em Deus não nos dá automaticamente a salvação, porque muitos como
os demônios crêm em Deus e conhecem a verdade mas não se submetem nem a Deus e
nem a verdade. Rejeitam a ambos.Por isso nem todos os que conhecem a verdade se
salvam. Os fariseus conheciam a verdade e mesmo assim mataram a Cristo, movidos
pelo ódio. Cristo quer a
misericórdia sim, isto é, que durante nossa vida estejamos dispostos a
perdoar-nos uns aos outros. E se alguem não quiser perdoar seus inimigos também
não será perdoado, e será lançado no fogo eterno do inferno. E se está dito que
se salvarão apenas 144.000, no tempo do Anti-cristo, isso significa serão muitos,
mas não TODOS. Logo, haverá muitos outros que irão para o inferno, só Deus sabe
quantos, pois este número é simbólico.
Qual o significado das "Portas do
Inferno" usada por Cristo ?
Porta é o que permite
a entrada em um lugar. Portas do inferno seriam então aquelas coisas que levam
as almas a cair no inferno. Essas portas, nesse sentido são:
1) A porta da heresia
e do erro pecando contra o que se deve crer.
2) A porta do pecado
contra o que se deve fazer.
3) A porta do falso
amor, da falsa mística, contra o que se deve amar.
São essas as três
portas do inferno, que jamais prevalecerão contra a Igreja. Essas portas são o
símbolo dos poderes diabólicos, isto é, dos meios que o demônio utiliza para
perder as almas. Nosso Senhor, porém prometeu que as portas do inferno jamais
prevaleceriam contra Igreja, isto é que o demônio, por mais poder que tenha, e
por mais que os maus o ajudem, jamais conseguirão vencer a Igreja fazendo com
que ela ensine a heresia, o pecado e a falsa mística.É isto que significam
principalmente as portas do inferno. Mas a Igreja sempre vencê-las-á. As portas
do inferno não prevalecerão sobre a Igreja de Pedro.
Refutando o Materialismo de Dan Baker e suas teses contra a
existência de Deus e do Inferno!
Para o autor o tal
Dan Baker, o supremo bem é a vida física. Ora, se assim fosse, ele poderia
acrescentar mais uma outra acusação contra Deus, que tão bondosamente nos deu
vida: Ele nos fez mortais, e estamos todos condenados à morte.Por que Deus fez
assim? Quando Deus proibe
que um homem mate outro homem:"Tu não matarás" proibe que um
indivíduo, como parte da sociedade, tire a vida de um seu semelhante.Se o homem
for homicida, a sociedade enquanto tal, como o todo de que o indivíduo faz
parte, pode reagir contra o homem que a ataca ao matar outro homem punindo o
agressor com a morte.Isto é inteiramente razoável, porque o todo é mais do que
a parte.Também nós e Dan Baker, se tivermos câncer em um órgão ou em algum
membro do corpo, amputamos a parte doente para salvar o corpo, porque o corpo é
mais do que uma parte. Quando Dan Baker cita
que Deus amaldiçoa até a quarta geração, ele esquece de acrescentar que Deus
abençoa até a milésima geração. O que quer dizer que a honra e a desonra se
herdam.A maldição até a quarta geração significa que certos crimes e pecados
produzem males físicos que são herdados geneticamente (ex. sífilis, aids,embriaguês,vícios
instalados etc). E a vergonha desses pecados afeta os filhos, quando esses
pecados forem públicos.Porém, isso não quer dizer que os filhos herdem a culpa
dos pais. A culpa é pessoal. Quanto aos
sacrifícios de animais feitos pelos hebreus, era porque eles eram pastores, e
sacrificando reses demonstravam que reconheciam que todas as suas riquezas
provinham de Deus criador de todas as coisas. Não era então por
"vaidade" que Deus exigia sacrifícios, mas por justiça, para que os
homens reconhecessem o seu senhorio e seu domínio como criador, simples assim. E é uma tolice dizer
que Deus foi "parcial" com os judeus. Se Deus preferiu o povo
descendente de Abraão, foi por causa dos méritos de Abraão. Vê-se por aí como
Dan Baker é parcial em seu julgamento: primeiro, ele acusa Deus de ser injusto
por amaldiçoar até a quarta geração. Depois clama contra Deus por ter abençoado
os descendentes de Abraão por tantos séculos.Para Dan Baker, preferir um homem
a outro, um povo a outro, seria injustiça.Para ele a justiça seria a igualdade
de trato. Ora, a desigualdade de méritos e de valor exige a desigualdade de
recompensas. Injusto seria dar premios iguais a quem tem méritos diferentes, e
injusto seria dar castigos iguais a crimes desiguais. Ou a culpas diferentes. Também erra Dan Baker
ao dizer que Deus julga a mulher inferior ao homem enquanto ser humano. A Prova:
o ser humano a quem Deus deu mais graças e dons foi uma mulher: a Virgem Maria. Homens e mulheres são
iguais na natureza e, por isso, os direitos naturais são iguais para o homem e
para a mulher. O que Deus e a razão mostram é que a mulher é acidentalmente
diferente do homem. Por isso, os direitos acidentais deles são diferentes.Repito: essencialmente homens e mulheres são iguais, e seus direitos
essenciais são iguais. Acidentalmente não. Por isso, a mulher tem certos
direitos que o homem não tem. E vice versa. Por exemplo, a mulher, por causa da
gravidez, deve gozar de direitos trabalhistas por mais tempo que o homem não goza.Deus não
"discrimina os handicaped", como afirma tolamente Dan Baker. O
próprio Dan Baker, se for treinador de um time de futebol, não admitirá que um
cego seja goleiro de seu time.E se não eleger um cego para goleiro, ele não
estará discriminando o cego. Quando um exército dispensa do serviço militar um
aleijado, não o está discriminando, mas protegendo-o, e fazendo-lhe justiça. A Dan Baker parece
que falta o mínimo de bom senso, sobrando-lhe ódio a Deus. Dizer que Deus é um
"sádico", por ter criado o inferno para os pecadores, é uma blasfêmia
estúpida.Só vai para o inferno quem quer.E Deus morreu por nós todos para que
não fôssemos ao inferno. Morreu até por Dan Baker, que não quer estar na companhia
do Deus que o redimiu, morrendo por ele na Cruz.Se Dan Baker quer ir
para o inferno, para ficar longe de Deus, ele é livre.Mas irá para o inferno
porque livremente recusa a mão de Deus que o quer salvar. Deus tenha piedade
dele.A seguir Dan Baker
cita as punições que Deus deu a certos pecadores, inclusive aos meninos que
ofenderam ao profeta Eliseu.Ora, se Deus, que é infinitamente justo, pune de
tal forma os pecadores, é para nos mostrar a gravidade do pecado.Isso para que
não tenhamos um castigo eterno no inferno.E a punição das crianças que
ofenderam o Profeta Eliseu não significa, de modo algum, que elas foram ao
inferno.
A acusação de Dan
Baker de que o cristianismo se opôs à abolição de tudo o que houve de errado na
História é uma calúnia. Por exemplo, a escravidão foi combatida sempre pelo
cristianismo, havendo inúmeras excomunhões da Igreja contra os que escravizavam
índios e negros. E foi o cristianismo que aboliu a escravidão existente entre os
povos pagãos.O que poucos historiadores relutam e divulgar é que: A única época em
que não houve escravos foi aquela em que a Igreja dominou a sociedade: a Idade
Média.E não venha Dan Baker confundir escravos com servos. Sobre a defesa dos
réus nos tribunais, foi a Inquisição a fonte que inspirou boa parte da leis que
protegem, hoje, o direito dos reus. Por exemplo, foi a Igreja a primeira a
decretar que a confissão sob tortura era inválida como prova de culpa. O ódio de Dan Baker à
Igreja o cega a ponto de afirmar caluniosamente contra toda a evidência
histórica que a Igreja se opôs a todo
progresso moral na História. Se isso fosse verdade, como hoje o influxo da
Igreja é o menor que já houve na História, o nível atual da moral pública e
privada deveria ser o mais alto de todos os tempos. Restaria a Dan Baker
explicar como neste século anti cristão, de moral elevadíssima, houve Auschwitz,
o Gulag COMUNISTA, o paredón de Fidel, além de todos os horrores bem
conhecidos. O que diz Dan Baker é flagrante mentira. A Igreja nunca atrapalhou o
progresso científico, que só se realizou porque, na Idade Média, a Igreja
fundou as Universidades. Para encerrar, quero
lembrar que Dante, na Divina Comédia,
faz as portas do Inferno proclamarem que quem as fez foi o Divino Poder, a Suma
Sabedoria e o Primeiro Amor, isto é, o Espírito Santo.É o Amor de Deus que fez
o inferno, e o fez conforme o projeto do homem,pois o Céu é graça e o inferno é
mérito próprio.O inferno é a concretização Plena do projeto de vida e pseudo
felicidade humana, que não supre, mas que Deus concede um peso de eternidade
conforme a vontade humana.E o fez para aqueles que recusam livremente a Deus e
sua infinita misericórdia, pois não pode haver perdão onde não ha
arrependimento. Deus está desejoso e
disponível a dar o seu perdão, mas "não atira pérolas a porcos", é
preciso que o pecador reconheça e arrependa-se de seus pecados, para receber o
perdão Divino, isto é pedir muito ?Isto responde porque não ha perdão para os
demônios, não é Deus que não os perdoa, são eles que não se arrependem.Nem no
Céu nem no inferno encontraremos pessoas que estejam lá à força ou reclamar,
" vim para cá contra a minha vontade..." Deus nos deu o LIVRE
ARBÍTRIO e a liberdade para nossas escolhas.É para proteger seu
eleitos que Deus criou o inferno, pois como já dizia um outro Ateu:“ Quem poupa o lobo, põe em risco
as ovelhas..." (Victor Hugo)
O QUE DIZ A TEOLOGIA SOBRE O INFERNO ?
O Inferno é um
“estado-lugar” da alma humana que, após o juízo particular, rejeita cabalmente
a Deus, irá para um estado de aversão à Santíssima Trindade, que a respeitará e
se ausentará. É a total ausência de Deus, porque assim aquela alma humana
desejou. É a última conseqüência da recusa livre e espontânea do Bem Infinito
(=Deus). Deus é Bom, não obrigará ninguém a se unir a Ele. As realidades
invisíveis podem ser representadas por antropomorfismos, mas, mesmo assim, as
palavras humanas são pobres para explicá-las. O inferno é um mistério, na
medida em que o próprio pecado constitui “o mistério da iniqüidade” (1Ts 2,7).
O inferno é a última conseqüência do pecado. Quem comete e morre em pecados mortais sem
arrependimento, diz não a Deus. E se isto for definitivo, temos o Inferno. Nós
é que insistimos em justificar o mau uso de nossa liberdade e depois apelar
para o argumento de que um Pai nunca poderá nos condenar para sempre. Deus não
é objeto de conforto e de utilidade para ninguém. Ou aceitamos o amor de Deus
ou rejeitamos esse amor com suas conseqüências. A escolha é nossa. E Deus não
nos retira o livre-arbítrio.Se o teu olho te fizer tropeçar, lança-o fora;
melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que, tendo dois olhos,
seres lançado no inferno,onde o seu verme não morre, e o fogo não se apaga.Porque
cada um será salgado com fogo. (Mc 9,47-49). O pecado não é só uma
desobediência a lei do Senhor, mas também uma violação da tendência natural da
criatura ao Criador. Pelo pecado grave (mortal) do homem, com pleno conhecimento
de causa e vontade deliberada(empenhando toda a sua personalidade), se afasta
de Deus, abraçando um bem finito como seu fim supremo. Substitui-se Deus. O
homem deixa de querer o Bem Infinito que é o seu fim último. O homem é
essencialmente um clamor dirigido a Deus.Ou seja, o pecado não é somente um NÃO
a DEUS, mas também um NÃO a VERDADEIRA e ÚNICA NATUREZA DO HOMEM.Neste mundo, o homem busca, no pecado, algum bem-estar. Como já dito,
substitui Deus por volúpia, dinheiro, fama… Cedo ou tarde o próprio homem
percebe que estes bens são pequenos diante da própria SEDE DO INFINITO (DEUS)
que o espírito humano possui.Enquanto está nesta
peregrinação terrestre, o homem busca paliativos: uma outra pessoa, luxúria,
poder, sucesso profissional, religiões que colocam o ser humano como o centro
(antropocêntricas), procurando encobrir seu olhar a sua verdadeira situação de
alma, nunca “tem tempo” para se encontrar consigo mesmo e perceber seu drama:
só Deus preenche o homem. Só Deus é a única felicidade do homem.
Se o homem morrer em estado de
aversão a Deus e adesão à criatura?
Com sua mente
iluminada, o homem não pode mais se enganar. Toma plena consciência de que se
separou “livremente” de Deus, que o chamava para participar de sua vida divina.Perdeu
o Bem Ilimitado, e, livremente.O pecador percebe, finalmente, que nunca mais
irá preencher este imenso vazio, quelivremente não o quer fazê-lo. Começa com um pecado grave consciente e
voluntário e se desenvolve no Além, caso o pecador não se arrependa e
reconcilie com Deus. RESUMINDO: sua natureza humana “pede sem parar” por Deus, mas sua alma,
por livre vontade, não se compatibiliza com Deus e seu Ser. A vontade da pessoa
condenada repudia Deus enquanto que sua natureza clama por Deus: esse conflito
dilacera o “réprobo”.Não temos como entender este imenso conflito do Inferno,
porque não temos, neste mundo, plena consciência da profundeza de nossa alma
humana. Justamente quando o réprobo percebe ser Deus o Bem Supremo, ela não
deseja voluntariamente este mesmo Deus. A este estado chamamos Inferno. No inferno há a
absoluta carência de amor (desamor), odeia-se a Deus e a todas as criaturas.
Mesmo que haja outros condenados, eles não compartilham o sofrimento, não
existe solidariedade, o que poderia diminuir este tormento, pois não existe
amor. O pecador sente sede de Deus, mas se vê completamente incompatível com
Deus, por isso concebe ÓDIO. Este ódio, por incrível que pareça, embora não
seja a vontade do pecador, é uma homenagem a Deus. É correto dizer que este
ódio do inferno proclama a grandeza de Deus, canta, a seu modo, a perfeição do
Amor Infinito.
Poderia um condenado
ao inferno, reconhecer erros e culpas, clamar o perdão e ser perdoado?
Muitas vezes o pecador sente
remorso, não arrependimento! Sente dor
pelo pecado por causa das penas, e não porque ofende a Deus! O réprobo poderia se
arrepender se tivesse humildade e amor a Deus. Mas é impossível, pois ele
livremente se julga certo em suas atitudes, em seus atos pecaminosos, só
lamenta as dores! Se pedisse perdão, a alma seria agraciada. O Senhor perdoa
todo e qualquer pecado. Mas tais almas não querem receber o perdão. Deus não
impõe nada a ninguém, pois é Amor Pleno e livre! Outrossim, a pena de
condenação admite graus: quanto mais obstinado é o pecador em procurar
satisfazer-se neste mundo à revelia de Deus, tanto mais aguda será a dor que
terá quando, depois da morte, tomar consciência plena de que perdeu Deus para
sempre. Complementação bíblica: Mt 5,27-30; opção livre do pecador: II Tm
2,11-13. Lc 16,22-31 (rico e o Lázaro); Ap 21,8; Mc 9,43-49; Mt 25,41;
13,47-50; 18,8; 13,41-42; Mc 16,16; 2 Rs 24,10; Is 66,24; Mt 5,22; Ap 20,10; 2
Ts 1,7-9.
Deus criou o inferno? Então Deus é ruim?
O Inferno é
definitivo porque a alma humana é, por si mesma, imortal. O Inferno só terminaria se o Senhor
destruísse a criatura (o que não condiz com a Sabedoria Divina; Deus não
destrói o que Ele faz). Se o Senhor forçasse a vontade da criatura, o Inferno
poderia ser temporário; contudo o Pai deu liberdade ao homem, não lha retira.Se
o Senhor cessasse de amar a criatura e deixasse de ser para ela o Bem Supremo,
o pecador não experimentaria a ausência de Deus e, logo, não sofreria Inferno.
Entretanto, Deus novamente seria incoerente, porque Ele é incapaz de se
contradizer; Ele não pode dizer NÃO após ter dito SIM. O amor de Deus é irreversível. Este estado, por
incrível que pareça, resulta exatamente do fato de que Deus ama perfeitamente a
criatura. Logo, o inferno não é uma injustiça, mas uma opção livre do pecador.
Deus não pode se contradizer nem retirar-lhe o seu amor.“Eis uma verdade absolutamente certa: Se morrermos com ele, com ele
viveremos. Se soubermos perseverar, com ele reinaremos.Se, porém, o renegarmos,
ele nos renegará. Se formos infiéis… ele continua fiel, e não pode desdizer-se.
(II Tm 2,11-13)”. Portanto,o inferno é
a total ausência de Deus, porque assim aquela alma humana desejou. Deus é Bom,
não obrigará ninguém a se unir a Ele.
E o "fogo do inferno", o que é?
Como já foi dito,
estar separado de Deus para sempre é o âmago do Inferno. O “fogo” do Inferno de
que fala o Evangelho não é o “fogo da terra”, o fogo que conhecemos, mas é como
que uma réplica do mundo material que todo pecado maltrata. É uma forma
antropomórfica (uso de concepções humanas) para designar esta ausência de Deus. Repetimos:
é o homem quem castiga a si mesmo, abandonando o único Bem que ninguém pode
perder.Não se pode dizer quantos são os que deixam este mundo em estado de
revolta contra Deus, pois deve haver muitas conversões ao Senhor, na hora da
morte.
E o céu? No que
consiste, basicamente?
“Estado-lugar” real
de alma que consiste na visão de Deus face-a-face, visão através da qual os
bem-aventurados reencontram seus amigos e familiares, toda a corte celeste;
nada mais lhe resta a desejar. É o que São Paulo designa como “Aquilo que o
olho do homem jamais viu, o ouvido jamais apreendeu e o coração humano jamais
concebeu” (1 Cor2,9)”.Quando o homem morre sem pecados, a caminho da santidade,
ou depois de ter purificado seu amor a Deus no purgatório de suas contradições
interiores, este homem terá a recompensa do céu, onde não existe a limitação do
tempo e do espaço. “Onde” (não é lugar, como concebemos humanamente, mas uma
realidade espiritual que designamos “estado-lugar”) a morte corporal não vive.
É a vida eterna, a bem-aventurança permanente (1 Cor 15,19).Para os católicos,
o céu segue a justiça divina. Deus recompensa seus filhos de acordo com suas
obras. A Tradição Oral
ensina que existem sete céus(7=completo), que consistem em graus de felicidade
diferentes. Quem pratica um amor mais perfeito, terá uma união mais perfeita
com Deus (Mt 16,27). É o que evidencia a seguinte passagem: “Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado até o
terceiro céu. Se foi no corpo, não sei. Se fora do corpo, também não sei; Deus
o sabe. (2 Cor 12,2)” - O Céu e a Sabedoria
de Deus, o conhecimento pleno (1 Cor 2,6-8) preenchendo a Inteligência da
pessoa. E a felicidade plena (1 Cor 2,9 e Ap 21,3-4), preenchendo a vontade da
pessoa.
A alma espiritual humana
é dotada de INTELIGÊNCIA,VONTADE e LIBERDADE!
1) O que a inteligência
mais deseja? O conhecimento de Deus. A Bíblia confirma: “Ora, a vida eterna consiste em
que conheçam a ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste. (Jo
17,3)” - “Na verdade, entre os perfeitos falamos sabedoria, não porém a sabedoria
deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que estão sendo reduzidos a nada;mas
falamos a sabedoria de Deus em mistério, que esteve oculta, a qual Deus
preordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes
deste mundo compreendeu; porque se a tivessem compreendido, não teriam
crucificado o Senhor da glória. (1 Cor 2,6-8)”
2) O que a vontade
humana mais deseja? A felicidade plena, a satisfação total de todas as
aspirações legítimas do homem. A Bíblia confirma:) “Aquilo que o olho do homem
jamais viu, o ouvido jamais apreendeu e o coração humano jamais concebeu” (1
Cor 2,9) - “Ao mesmo tempo, ouvi do trono uma grande voz que dizia: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens. Habitará com eles e serão o seu povo, e Deus
mesmo estará com eles.Enxugará toda lágrima de seus olhos e já não haverá
morte, nem luto, nem grito, nem dor, porque passou a primeira condição.” (Ap
21,3-4)
Não confundir “Céu” com “Novos Céus e uma nova terra”!
A alma já vive o Céu
após o juízo particular, que acontece após a morte da pessoa. E continuará
vivendo este céu até o juízo final e após ele. No juízo final, a alma celeste,
além deste maravilhoso estado de alma, receberá um corpo espiritual,
ressuscitado, semelhante ao de Jesus Cristo e poderá assim viver novamente como
ser humano “completo” (agora corpo ressuscitado e alma imersa em Deus) em um
mundo renovado, chamado biblicamente de “Novos Céus e uma nova terra”.
Reencarnação, Purgatório e Inferno: Se existe inferno, Deus é perverso?
Reencarnação é uma ideia gnóstico-espírita e não Cristã! Tenta explicar as desigualdades físicas e sociais dos homens e
a bondade perfeita de Deus. Para os reencarnacionistas, Deus só seria Bom se
nos desse a oportunidade de voltar a viver em sucessivos corpos, até se
completar a evolução de nosso espírito.Na verdade, esta oportunidade tiraria a
Graça de Deus desta evolução. O homem buscaria por si só este crescimento
espiritual, não precisando ser preenchido com a Presença de Deus, na outrora
comunhão permanente. Já no purgatório, onde as pessoas falecidas se
purificariam de suas vicissitudes e de seus pecados, a Graça de Deus está
presente. Deus Pai auxilia os defuntos para “chegarem” ao Céu sem as mazelas de
seus erros. Além disso, o conceito de purgatório foi ensinado pelo próprio Deus
Filho:
“Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível
para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao
juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te:
não sairás dali, até pagares o último centavo.
(Lc 12,58-59).”
“Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te
lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti,deixa lá a tua oferta
diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer
a tua oferta.Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em
caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te
entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão.Em verdade te digo: dali não
sairás antes de teres pago o último centavo.(Mt 5,23-26)”
Mas, e o Inferno? Esta realidade seria contrária ao conceito
de um Deus bom e perfeito?
A justiça de Deus
consiste em ministrar a todo homem os subsídios necessários para carregar seus
sofrimentos com grandeza de alma, de
modo que adquira, inclusive, méritos. Os
sofrimentos são providenciais e ajudam no crescimento interior. Não é
necessária a reencarnação, onde o homem “paga”
a uma lei do Karma, cega e não inteligente, exatamente como as leis
físicas. O que o homem faz, terá inevitavelmente uma conseqüência, sem a menor
possibilidade de perdão;no caso da lei reencarnacionista. Logo, o conceito de
reencarnação anula a presença de um Deus bom e perfeito. Toda pessoa sofredora
nesta vida está pagando graves pecados de uma encarnação anterior… ?!? Um indivíduo sadio e rico estaria colhendo os
frutos positivos das virtudes praticadas em uma vida anterior. Jesus ensinou que
riqueza material atrapalha o crescimento interior e pode prejudicar a salvação. Analisando
atentamente, vemos que a doutrina reencarnacionista não está ligada a bondade
divina, mas a uma espécie de vingança divina.Agora, retornemos a questão
principal: o Inferno exclui a bondade de Deus? - “Não !!! O que
acontece é que as pessoas tem uma idéia “errônea” do que seja o Inferno.
Inferno não é um lugar onde Deus “aprisiona” os maus. Jesus deu claramente a
entender que, após a morte, duas são as formas de vida possíveis para o homem:
a vida eterna ou a morte eterna (Mt 13,24-30; Mt 13,37-40; Lc 14,16-24; Mt 25,1-12; Lc 16,19-31).O Inferno não tem a ver
com imagens de fogo, nem é algo DESEJADO por Deus, MAS PERMITIDO. Trata-se da frustração total
ou a separação de Deus resultante da LIVRE OPÇÃO da criatura na terra. Todo ser humano foi
criado naturalmente para o bem. Inclusive para o Bem Eterno, o próprio Deus.
Contudo, Deus nos ama de forma plena e perfeita, de forma que não vicia nossa
vontade. Pelo contrário, cultiva-a de forma que digamos um SIM PLENO a Deus ou
um NÃO DEFINITIVO a Deus. Se na hora da morte, o defunto for encontrado por
Deus nessa atitude de REPULSA CONSCIENTE E VOLUNTÁRIA, terá o definitivo
distanciamento de Deus. Deus não o forçará. A este estado de distanciamento se
chama INFERNO. O Inferno é definitivo porque a alma humana é, por si mesma,
imortal. O Inferno só terminaria se o
Senhor destruísse a criatura (o que não condiz com a Sabedoria Divina; Deus não
destrói o que Ele faz). Se o Senhor forçasse a vontade da criatura, o Inferno
poderia ser temporário; contudo o Pai deu liberdade ao homem, não lha retira. Se o Senhor cessasse
de amar a criatura e deixasse de ser para ela o Bem Supremo, o pecador não
experimentaria a ausência de Deus e, logo, não sofreria Inferno. Entretanto,
Deus novamente seria incoerente, porque Ele é incapaz de se contradizer; Ele
não pode dizer NÃO após ter dito SIM.Este estado, por
incrível que pareça, resulta exatamente do fato de que Deus ama perfeitamente a
criatura. Logo, o inferno não é uma injustiça, mas uma opção livre do pecador.
Deus não pode se contradizer nem retira-lhe o seu amor.
O Inferno Visto por outras perspectivas religiosas!
Inferno é um termo
usado por diferentes religiões, mitologias e filosofias, representando a morada
dos mortos, ou lugar de grande sofrimento e de condenação. A origem do termo é latina:
infernum, que significa "as profundezas" ou o "mundo
inferior".
A palavra inferno,
que hoje conhecemos, origina-se da palavra latina pré-cristã inferus"lugares
baixos", infernus. Na Bíblia latina, a palavra é usada para representar o
termo hebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena, sem distinção. A maioria
das versões em idioma Português seguem o latim, e eles não fazem distinção do
original hebraico ou grego:Das palavras Hades e Sheol, ambas com mesmo
significado, tendo conotação clara de um lugar para onde os mortos vão. Em
versículos bíblicos onde se menciona tais palavras, é possível perceber que se
trata de um só lugar. Com o passar do tempo, muitas religiões interpretaram o
inferno, como o destino de apenas alguns; pessoas que não assumiram uma conduta
louvável no ponto de vista religioso, e que por isso, foram condenadas ao
sofrimento jamais visto pelo mundo material. Alguns teólogos observaram,
contraditoriamente, que o inferno não poderia ser um lugar desagradável,
afirmando que um personagem bíblico que estava em sofrimento no mundo real,
almejou “esconder-se no inferno”, para aliviar sua dor. Porém, o próprio Jesus
fez uma narrativa de uma situação de uma pessoa que se encontrava no inferno,
essa pessoa implorava a Abraão que mandasse um conhecido que não estava no
inferno lhe refrescasse a língua com pelo menos a ponta do dedo molhado em
água, pois emchamas era atormentado (Ver Lucas, capítulo 16, versículos de 19
ao 31). Obviamente tal relato não foi em sentido literal, pois uma gota de água
não alivia dor de quem está em chamas ou num calor intenso, mas queria dizer
que pelo enorme sofrimento precisaria aliviar-se de qualquer jeito. A crença na
existência de um lugar de tormento para o significado das palavras Hades e
Sheol, foi muitas vezes confundida com a palavra “Geena”, traduzida para “lago
de fogo”, uma forma simbólica para destruição eterna. Alguns teólogos
concluem que todos que morrem vão para o inferno (Hades e Sheol), lugar onde
até o próprio Jesus foi, a sepultura, sua câmara mortuária. Como a própria
Bíblia menciona, ele não foi esquecido no Inferno, foi ressuscitado ao terceiro
dia conforme relatam os evangelhos. Porém deve-se salientar que outros teólogos
veem que essa ida de Cristo ao lugar de tormento foi para tomar o lugar de cada
ser humano que estava destinado à morte eterna pelo pecado original de Adão, e
sendo Jesus tido como o consumador da fé serviu de cordeiro expiatório apesar
de não ter visto corrupção.
Mudanças no sentido da Palavra "Inferno"
A Enciclopédia
Americana diz: Muita confusão e muitos mal-entendidos foram causados pelo fato
de os primitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o
hebraico Seol e o grego Hades e Geena pela palavra inferno. A simples
transliteração destas palavras por parte dos tradutores das edições revistas da
Bíblia não bastou para eliminar apreciavelmente esta confusão e equívoco. O
significado atribuído à palavra inferno atualmente é o representado em A Divina
Comédia de Dante, e no Paraíso Perdido de Milton, significado este
completamente alheio à definição original da palavra. A idéia dum inferno de
tormento ardente, porém, remonta a uma época muito anterior a Dante ou a
Milton.
Inferno como
arquétipo contemporâneo!
A fusão entre paixão,
desejo, pecado e condenação envolvida na imagem do Inferno permitiram ao
imaginário contemporâneo imaginar antes lugar de prazer e de servidão ao prazer
do que propriamente de sofrimento ou purificação. O fenômeno é bem observado na
cultura cristã que, no seguimento dos esforços aplicados às ideias de
purificação do monoteísmo, condenou as divindades mais materiais da
fertilidade, das paixões e da energia sexual, o que literalmente as transformou
em demônios. Assim, os arquétipos da paixão e do prazer ficaram associados ao do
inferno, com a conseqüente mudança de sentido e de atração sobre a imaginação.Outras correntes de pensamento atuais, curiosamente também com base na
cultura católica-cristã, demonstram a sua opinião de inferno não como um local
físico, mas antes como um estado de espírito, indo ao encontro da ideia
preconizada por diversas correntes filosófico-religiosas partidárias da
reencarnação:
- Na mitologia
grega, as profundezas correspondiam ao reino de Hades, para onde iam os mortos.
Daí ser comum encontrar-se a referência de que Hades era deus dos Infernos. O
uso do plural, infernos indica mais o caráter de submundo e mundo das
profundezas do que o caráter de lugar de condenação, em geral dado pelo
singular,inferno. Distinguindo o lugar dos mortos - o Hades - a mitologia grega
também concebeu um lugar de condenação ou de prisão, o Tártaro.
- Os hindus e os
budistas consideram o inferno como lugar de purificação espiritual e de
restauração final. A tradição islâmica o considera como um lugar de castigo
eterno.” O conceito de sofrimento após a morte é encontrado entre os ensinos religiosos
pagãos dos povos antigos da Babilônia e do Egito.
- As crenças dos
babilônios e dos assírios retratavam o “mundo inferior como lugar cheio de
horrores, presidido por deuses e demônios de grande força e ferocidade”.
Embora os antigos textos religiosos egípcios não ensinem que a queima de
qualquer vítima individual prosseguiria eternamente, eles deveras retratam o
“Outro Mundo” como tendo “covas de fogo” para “os condenados”. — The Religion
of Babylonia and Assyria (A Religião de Babilônia e Assíria), de Morris Jastrow
Jr., 1898, p. 581; The Book of the Dead (O Livro dos Mortos).
- No Budismo: De certo modo, todo o samsara é um lugar de sofrimento para o budismo, visto que em qualquer reino do samsara existe sofrimento. Entretanto, em alguns reinos, o sofrimento é maior correspondendo à noção de inferno como lugar ou situação de maior sofrimento e menor oportunidade de alcançar a liberação do samsara. Por esse motivo, muitas vezes expressam-se esses mundos de sofrimento maior como infernos. Nenhumrenascimento em um inferno é eterno, embora o tempo da mente nessas situações possa ser contado em eras.Contam-se dezoito formas de infernos, sendo oito quentes, oito frios e mais dois infernos que são, na verdade, duas subcategorias de infernos: os da vizinhança dos infernos quentes e o infernos efêmeros. Além desses dezoito que constituem o "Reino dos Infernos", pelo sofrimento, o "Reino dos Fantasmas Famintos" é comparável à noção de inferno, sendo constituído de estados de consciência de forte privação - como fome ou sede - sem que haja possibilidade de saciar essa privação.No budismo, o renascimento em um inferno é uma conseqüência das virtudes e não-virtudes praticadas, de acordo com a verdade relativa do karma. Entretanto, alguns poucos atos podem, por si, conduzir a um renascimento nos infernos, principalmente o ato de matar um Buda e o ato de matar o próprio pai ou a própria mãe. A meditação budista sobre os infernos deve gerar compaixão.
TEOLOGIA DO INFERNO NA CULTURA "JUDAICO-CRISTÃ"
- No judaísmo, o
termo Gehinom (ou Gehena) designa a situação de purificação necessária à alma
para que possa entrar no Paraíso - denominado por Gan Eden. Nesse sentido, o
inferno na religião e mitologia judaica não é eterno, mas uma condição finita,
após a qual a alma está purificada. Outro termo designativo do mundo dos mortos
é Sheol, que apresenta essa característica de desolação, silêncio e
purificação. A palavra vem de Ceeol, que mais tarde dá origem ao termo sheol,
não confundindo com "Geena" que era o nome dado a uma ravina profunda
ao sul de Jerusalém, onde sacrifícios humanos eram realizados na época de
doutrinas anteriores. Mais tarde, tornou-se uma espécie de lixão da cidade de
Jerusalém, frequentemente em chamas devido ao material orgânico. O uso do termo
Sheol para o juadísmo, indica lugar de inconsciência e inexistência, conforme o contexto nos
mostra, e não um lugar de punição.
- Islamismo: No Islã, o inferno é eterno, consistindo em sete portões pelos quais entram as várias categorias de condenados, sejam eles muçulmanos injustos ou não-muçulmanos. Como na crença judaica, para o islamismo o inferno também é um lugar de purificação das almas, onde aqueles que, se ao menos um dia de suas vidas acreditaram que Deus (Allah) é único, não Gerou e nem Foi gerado, terão suas almas levadas ao Paraíso um dia. Não raro, é comum a crença de que no Islã o castigo é eterno, por ter bases fundamentalistas de alguns praticantes, pelo fato de o Alcorão mencionar diversas vezes a palavra castigo e sofrimento no fogo do inferno. Porém é fato que o mesmo Texto deixa claro que existem condições para se pagar os pecados e sofrer as consequencias, como também existem meios de se alcançar o perdão para o não banimento ao inferno por meio de aplicações de condutas que condizem com os bons costumes e a maneira de enxergar Deus, a vida e a forma de como deverá cada ser conduzi-la, a ponto de pagarem seus pecados post mortem, ou alcançarem a graça do perdão Divino.
No Cristianismo
existem diversas concepções a respeito do inferno, correspondentes às
diferentes correntes cristãs!
A idéia de que o inferno é um lugar de condenação
eterna, tal como se apresenta hoje para diversas correntes cristãs, nem sempre
foi e ainda não é consenso entre os cristãos protestantes. Nos primeiros séculos do
cristianismo, houve quem defendesse que a permanência da alma no inferno "era
temporária", uma vez que inferno significa "sepultura", de onde,
segundo os Evangelhos, a pessoa pode sair quando da ressurreição. Essa ideia é
defendida hoje por várias correntes cristãs, tais como:
1)- Adventismo: Na criação da humanidade, a união do pó da
terra com o fôlego de vida produziu uma criatura ou alma vivente. Adão não
recebeu uma alma como entidade separada; ele tornou-se alma vivente (Gn. 2:7).
Na morte, ocorre o inverso: o pó da terra menos o fôlego de vida resulta numa
pessoa morta ou alma morta, sem qualquer grau de consciência (Sl. 146:4; Ec.
9:5,6). Os elementos que haviam composto o corpo retornam à terra de onde
haviam provindo (Gn. 3:19), enquanto que fôlego de vida volta a Deus, que o deu
(Ec. 12:7). Cabe lembrar que para a corrente adventista, na Bíblia, o termo hebraico e grego para
'espírito' (ruach e pneuma, repectivamente) NÃO se referem a uma entidade
inteligente, capaz de existência consciente à parte do corpo. Ao contrário,
esses termos se aplicam ao 'fôlego de vida' - o princípio vital da existência que
anima seres humanos e animais. (Baseado no livro 'Nisto Cremos' - Ensinos
Bíblicos dos Adventistas do Sétimo Dia).Assim sendo nesta
crença,os mortos dormem na sepultura num estado de insconsciência (Jó 14:12;
Mt. 27:52; I Co. 15:51; I Ts. 4: 13-15), logo não estão em alguma habitação
intermediária.Todos aguardam a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos
serão ressuscitados e reinarão com Jesus durante mil anos (1 Tess. 4:15-18; 2
Corintios 4:14, Apocalipse 20:6). Depois desse período, os ímpios ressuscitarão
para o Juízo final (Apocalipse 20:5-9). Então cairá fogo e enxofre do Eterno
Deus para purificar a Terra (2 Pedro 3:10-12). Esse fogo queimará tudo (Isaias
33:12; Malaquias 4:1). Satanás, seus anjos e os ímpios também serão
aniquilados. Jesus e seu povo fiel reinará para sempre na Nova Terra
(Apocalipse 21:1-5). Nos textos originais, o significado da palavra inferno
está associado à total inconsciência dos mortos na sepultura.Por fim, é interessante
notar que em Mateus 25 e Apocalipse 14, as palavras traduzidas por
"eterno" e "séculos dos séculos" não significam
necessariamente sem fim. As palavras gregas aion e aionios expressam duração
enquanto a natureza do objeto permite. Por exemplo, em Judas 7 registra que as
cidades de Sodoma e Gomorra estão sofrendo o fogo do castigo eterno (aionios)
Mas 2 Pedro 2:6 diz que elas foram reduzidas a cinzas, tanto que é facilmente
verificável que tais cidades não estão mais queimando em chamas. Quando o objeto
das palavras "eterno" ou "para sempre" é a vida dos remidos
que recebem imortalidade, a palavra significa um tempo sem fim. Quando se
refere ao castigo dos ímpios, que não recebem a imortalidade, a palavra tem o
significado de um período limitado de tempo. (baseado na Lição da Escola
Sabatina - Jan/Mar 2009 - Casa Publicadora)
2)-Igreja
Presbiteriana: O inferno é um tema macabro e desagradável
que ninguém quer estudá-lo. Bertrand Russel disse: “Não creio que
qualquer pessoa que seja de fato profundamente humana possa crer nas penas
eternas. É uma doutrina que pôs crueldade no mundo e que deu ao mundo gerações
de tortura cruel”. Jean Paul Sartre disse: “Nada de enxofre ou grelha. O
inferno são os outros”. Mas, a bíblia ensina que o inferno é real. E
ele não é aqui. A terra é um presente de Deus para o homem. Deus fez os céus e
a terra. A terra deu-a ele aos filhos dos homens (Sl 115.15-16). A terra está
cheia da bondade do Senhor! (Sl 33.5; 119.64).
Razões para estudarmos sobre o
inferno?
a) É uma doutrina bíblica. Jesus
Cristo ensinou mais sobre o inferno do que sobre o céu (Mt 5.29; 10.28;
13.42,50; 16.18; 18.8-9; 22.13; 23.14-15, 31; 25.41, 46). Ela é ensinada no
Antigo Testamento (Sl 9.17; Is 33.14; Ez 32.27; Dn 12.20) e no Novo Testamento
(Mt 3.12; 2Ts 1.8-9; Jd 6-7; Ap 14.10-11; 20.11-15).
b) É uma doutrina imprescindível. O inferno envolve o futuro eterno
das pessoas. E esse estado futuro
é decidido aqui nesta vida. As pessoas podem zombar, não acreditar e até mesmo
negar a realidade do inferno. Jesus disse: “Não temais os que matam o corpo e
não podem matar a alma; temei, antes aquele que pode fazer perecer no inferno
tanto a alma como o corpo” (Mt 10.28). Pior do que estudar sobre o inferno é ir
para lá.
c) É uma doutrina inevitável. Assim como a morte é certa, o juízo
também é (Hb 9.27-28). Toda
pessoa morrerá um dia na terra e acordará na eternidade. Todo ser humano
prestará contas a Deus (Ec 11.9; 12.13-14; Jo 5.28-29; 2Co 5.10).
Jesus usou a parábola do
rico e o mendigo para ensinar sobre as penas eternas. Vejamos as ideias
principais da parábola:A MORTE É CERTA PARA TODOS (VV.19-22). Jesus diz:
“Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão;
morreu também o rico e foi sepultado” (vv. 22). A morte é um acontecimento para
todos. Morreu o mendigo e também o rico. Ela é uma conseqüência do pecado (Gn
2.17; Rm 5.12) e cabe a todos (Ec 8.8). Ela está ordenada por Deus (Jó 14.5) e
iguala todas as pessoas (Jó 3.17-19). No mundo hoje, morrem naturalmente,
aproximadamente, 6.178 por hora, 148.272 e mais de 54 milhões por ano.A PESSOA CONTINUA VIVENDO
APÓS A SUA MORTE FÍSICA (V.23).A bíblia ensina que a morte
encerra a existência nesta vida, mas a pessoa continua existindo na eternidade.
É a doutrina da imortalidade da alma (Jó 19.25-27; Sl 17.15; Dn 12.3; Mt
22.31-32; Lc 23.43; Jo 14.1-3; Fp 1.25). “E o pó volte à terra, como o era, e o
espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7). Voltando a Deus o espírito de cada
pessoa, Ele dará o destino que a pessoa merece. O espírito se separando do
corpo continuará vivendo, porque ele é imortal. HÁ SOMENTE DOIS DESTINOS
ETERNOS (purgatório é temporário e irá findar) CÉU OU INFERNO (VV. 24-31).A parábola nos fala de dois
homens, de dois estilos de vida, de duas mortes e de dois destinos eternos.
Jesus ensinou esta mesma doutrina falando de duas portas, dois caminhos, dois
viajantes e dois destinos eternos (Mt 7.13-14). O nosso foco aqui é o “lugar de
tormento” (v.28), para onde foi o rico. Este lugar real é o inferno (geena). O
nome grego vem do Vale do Hinom, local fora de Jerusalém, onde foi feito
sacrifícios humanos (2Cr 28.3; 33.6; 2 Rs 23.10). Na época de Jesus, o local
era um “lixão”, onde o despejo era queimado de dia e de noite.O inferno é real e não é aqui. Trata-se de um lugar que foi
preparado por Deus (Mt 25.41). É
descrito na bíblia como “castigo eterno” (Mt 25.46), “fogo eterno” (Mt 25.41),
“chama eterna” (Is 33.14), “fornalha acesa” (Mt 13.42,50), “fogo e enxofre” (Ap
14.10), “lago de fogo” (Ap 20.15), “fogo que não se apaga” (Mt 3.12) e “castigo
eterno” (Ap 20.10). O inferno é chamado também de “segunda morte” (Ap 2.11),
“verme que nunca morre” (Mc 9.44), “trevas exteriores” (Mt 25.30), “ira
vindoura” (1Ts 1.9), “penalidade de eterna destruição” (2Ts 1.9), “negridão das
trevas” (2Pe 2.17) e “condenação do inferno” (Mt 23.33).Na parábola ensinada
por Jesus há umas lições importantes sobre o inferno:
a) É um lugar de tormento
consciente. A pessoa estará viva e consciente experimentando o sofrimento. O
homem sente, olha e conversa. Nada de sono da alma.
b) É um lugar de tormento
completo. A pessoa experimentará o tormento no corpo e na alma. “Então, clamando,
disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água
a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama”
(v. 24). Lembre-se do aviso de Jesus que alma e corpo perecerão no inferno (Mt
10.28).
c) É um lugar de tormento
definitivo. É um lugar definitivo do qual a pessoa não poderá sair ou
transferir-se. Deus disse ao homem que estava no inferno: “E, além de tudo,
está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar
daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós” (v.24). Observem
a expressão “não podem”. Não adianta rezar missa ou pagar penitências! Não
existe possibilidade de mudança da pena eterna após a morte.
d) É um lugar de tormento
incomunicável. O homem pede a Deus que mande alguém avisar os seus parentes
para que não irem para aquele lugar. Mas Deus o responde: “Abraão, porém, lhe
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão
persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos” (v.31). Não existe a
possibilidade de comunicação com os mortos (2Sm 12.22-23). Nós iremos aos que
já morreram, mas eles não poderão vir a nós. A doutrina da reencarnação e da
comunicação com os mortos é um equivoco. Trata-se de uma prática condenada por Deus,
pelo fato da sua impossibilidade. “Não se achará entre ti quem faça passar pelo
fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem
consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR;
e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito
serás para com o SENHOR, teu Deus. Porque estas nações que hás de possuir ouvem
os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não
permitiu tal coisa” (Dt 18.10-14). (5) É um lugar de tormento evitável enquanto
estivermos nesta vida. Deus disse para o homem que estava no inferno, que os
seus parentes que estavam vivos poderiam não ir para aquele lugar se dessem
ouvidos a mensagem do evangelho: “Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos”
(v.29). A fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus. E a mensagem central da bíblia é
que Jesus é o único Salvador e Senhor. Crer em Jesus é o único meio de não ir
para o inferno. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho
unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”
(Jo 3.16). A única maneira de “não perecer eternamente” é crer em Jesus. O Deus
amoroso coloca diante de você a única possibilidade de salvação eterna: Jesus.
Não há salvação em nenhum outro! (Jo 14.6; At 4.14). George B. Shaw escreveu:
“Todas as pessoas interessantes estarão no inferno”. Mas, não é isso que a
bíblia diz (Ap 20.10; 21.8). O inferno é um local que
está preparado para o diabo, os anjos demoníacos e os ímpios. O diabo e os
demônios não querem ir para lá (Mc 1.24; Lc 8.31). Lá é um lugar onde Deus
reina e onde a sua punição para o mal será completa e eterna. “Horrível
coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb 10.31). O nosso Deus é fogo
consumidor!
3)- Protestantismo Reformado em geral: Para
muitas das denominações protestantes, o inferno é o local destituido da
presença de Deus, porém não lhe está oculto, sendo que no cumprir das profecias nesse inferno será lançado condenados(as) no lago que arde com fogo e enxofre. A interpretação
bíblica protestante afirma que, após a morte, a alma, uma vez no inferno, não
poderá mais sair, assim como em relação ao paraíso (céu), não existindo forma
de cruzar a fronteira que separa estes dois locais. Há ainda outra visão dentro
do cristianismo não-católico, que coloca a morte como um sono, um estado "sem
consciência" (Eclesiastes 9:5; Jó 14:21; João 11:11-14), de forma que,
conseqüentemente, os ímpios mortos não estão no inferno nem os salvos mortos no
céu, mas aguardando a segunda vinda de Cristo, quando então os salvos entrarão
para o céu, que é eterno, e os ímpios entrarão no lago de fogo, o inferno,
(Apocalipse20:15), que também será eterno (Miquéias 4:3). Segundo esta
interpretação, o inferno é um lugar preparado para a punição de Satanás, seus
anjos e seus seguidores (Mateus25:41), ao contrário da visão comum que coloca
Satanás como dominante do inferno.
4)- Testemunhas de
Jeová: Para as Testemunhas de Jeová, o inferno de fogo como lugar literal de
tortura das pessoas iníquas é rejeitado. Citam na Bíblia, os termos normalmente
traduzidos por "inferno", Hades (Bíblia) [termo grego] e Seol [ou
Sheol, termo hebraico], significando "sepultura" ou "lugar dos
mortos". Também no caso de Geena [termo grego] com a ideia de destruição e
aniquilação eterna.(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas). Citam Atos
2:27, onde Jesus desceu ao Inferno (Hades ou Seol) e foi ressuscitado . As
Testemunhas de Jeová acreditam que após a ressurreição dos mortos, os pecados
anteriores não lhes serão imputados [Romanos 6:7 "Pois aquele que morreu
foi absolvido do [seu] pecado".(TNM) mas poderão recomeçar a vida
escolhendo voluntariamente servir a Deus e alcançar assim a salvação.
5)- No Espiritismo: O
inferno, segundo a visão do Espiritismo, é um estado de consciência da pessoa
que incorre em ações contrárias às estabelecidas pelas Leis morais, as quais
estão esculpidas na consciência de cada pessoa.Uma vez tendo a criatura a sua
consciência “ferida”, passa a viver em desajuste mais ou menos significativo de
acordo com o grau de gravidade de suas ações infelizes, e se estampam através
de desequilíbrios Espiritual, emocional, psicológico ou até mesmo orgânico.
Esta situação lhe causa terríveis dissabores.Uma vez morta, se a criatura não
evitou ações infelizes, buscando vivência saudável de acordo com as leis
divinas, ela segue para o Plano Espiritual ou incorpóreo. Lá, junta-se a outros
espíritos, que trazem conturbações conscienciais semelhantes. Afins, atraem
afins.Os Planos Espirituais de sofrimentos são inumeráveis e, guardam níveis de
sofrimentos diferenciados, cujos níveis são estabelecidos pelos tipos de
degradação da consciência, resultantes das ações perpetradas por cada criatura.Portanto
o Inferno na visão espírita, como região criada por Deus para sofrimento eterno
da criatura e geograficamente constituído, não existe. Se um dia todas estas
criaturas sofredoras na erraticidade regenerarem-se, estas regiões deixarão de
existir. É como se todos os pacientes de um manicômio terrestre fossem curados;
o hospital poderia ser demolido e ceder o seu espaço a um jardim, etc.Deus não
imputa pena eterna a nenhum de seus filhos. Podem Sofrer, enquanto não
despertarem para o Bem e se propuserem a trilhar o reto caminho. Um dia mais
cedo ou mais tarde Ele, O Criador, na Sua Misericórdia e Amor, concederá à
criatura sofredora retorno à carne para continuar o seu aprendizado e
aperfeiçoamento.(Estes conceitos são encontrados em O Livro dos Espíritos,
editado em Abril de 1857 na sua quarta parte e, no livro O Céu E O Inferno editado
em 1865. Ambas obras tendo como autor, Allan Kardec).
6)- No Catolicismo: Para a milenar doutrina católica, conduzida pela Igreja Católica Apostólica Romana, o inferno é eterno e corresponde a um dos chamados novíssimos ensinamentos: a morte, o juízo final, o inferno e o paraíso. Baseando-se em textos bíblicos onde Jesus advertiu: “Não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma. Antes, temei Aquele pode destruir tanto corpo como alma na Gehenna” (Mt 10,28). Jesus também, disse: “Se tua mão te faz cair, corta-a. Melhor você entrar na vida com uma só mãos que manter ambas as mãos e ir para a Gehenna com seu fogo inextinguível” (Mc 9,43). Usando a parábola do joio e do trigo para descrever o juízo final, Jesus disse: “Os anjos lançarão [os pecadores] na fornalha inflamável onde prantearão e rangerão os seus dentes (Mt 13,42). Também, quando Jesus fala sobre o juízo final onde a ovelha será separada dos lobos: "Ele dirá naquele dia, afastai-vos de mim, malditos, para o fogo perpétuo preparado para o demônio e seus anjos (Mt 25,41). O magistério Católico fala de DOIS juízos após a morte:
a) Juízo Particular:
§1021 A morte põe fim à vida do homem
como tempo aberto ao acolhimento ou à recusa da graça divina manifestada em
Cristo. O Novo Testamento fala do juízo principalmente na perspectiva do
encontro final com Cristo na segunda vinda deste, mas repetidas vezes afirma
também a retribuição, imediatamente depois da morte, de cada um em função de
suas obras e de sua fé. A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo na
cruz ao bom ladrão assim como outros textos do Novo Testamento, falam de um
destino último da alma pode ser diferente para uns e outros.
(Lázaro e o homem rico explica os dois juízos)
§1022 Cada homem recebe em sua alma
imortal a retribuição eterna a partir do momento da morte, num Juízo Particular
que coloca sua vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma
purificação, seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se
de imediato para sempre...
b) Juízo Final -
Escatológico (definitivo)
§677 A
Igreja só entrará na glória do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que
seguirá seu Senhor em sua Morte e Ressurreição. Portanto, o Reino não se realizará por um triunfo histórico da
Igreja segundo um progresso ascendente, mas por uma vitória de Deus sobre o
desencadeamento último do mal, que fará sua Esposa descer do Céu. O triunfo de Deus sobre a revolta do mal
assumirá a forma do Juízo Final depois do derradeiro abalo cósmico deste mundo
que passa.
§678 Na
linha dos profetas e de João Batista, Jesus anunciou em sua pregação o Juízo do
último Dia. Então
será revelada a conduta de cada um e o segredo dos corações. Será também
condenada a incredulidade culpada que fez pouco caso da graça oferecida por
Deus. A
atitude em relação ao próximo revelará o acolhimento ou a recusa da graça e do
amor divino Jesus dirá no último Dia: "Cada vez que o fizestes a um desses
meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes" (Mt 25,40).
§1023 Os que
morrem na graça e na amizade de Deus, e que estão totalmente purificados, vivem
para sempre com Cristo. São para sempre semelhantes a Deus, porque o vêem
"tal como ele é" (1Jo 3,2), face a face (1Cor 13,12):Com nossa autoridade apostólica definimos que,
segundo a disposição geral de Deus, as almas de todos os santos mortos antes da
Paixão de Cristo (...) e de todos os outros fiéis mortos depois de receberem o
santo Batismo de Cristo, nos quais não houve nada a purificar quando morreram,
(...) ou ainda, se houve ou há algo a purificar, quando, depois de sua morte,
tiverem acabado de fazê-lo, (...) antes mesmo da ressurreição em seus corpos e
do juízo geral, e isto desde a ascensão do Senhor e Salvador Jesus Cristo ao
céu, estiveram, estão e estarão no Céu, no Reino dos Céus e no paraíso celeste
com Cristo, admitidos na sociedade dos santos anjos. Desde a paixão e a morte de Nosso Senhor Jesus
Cristo, viram e vêem a essência divina com uma visão intuitiva e até face a
face, sem a mediação de nenhuma criatura.
§1038 A
ressurreição de todos os mortos, "dos justos e dos injustos" (At
24,15), antecederá o Juízo Final.
Este será "a hora em que todos os que repousam nos sepulcros ouvirão sua
voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para uma ressurreição de vida; os que
tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de julgamento" (Jo
5,28-29). Então
Cristo "virá em sua glória, e todos os anjos com Ele. (...) E serão
reunidas em sua presença todas as nações, e Ele há de separar os homens uns dos
outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos, e por as ovelhas à sua
direita e os cabritos à sua esquerda. (...) E irão estes para o castigo eterno,
e os justos irão para a Vida Eterna" (Mt 25,31-33.46).
§1039 É
diante de Cristo - que é a Verdade - que será definitivamente desvendada a
verdade sobre a relação de cada homem com Deus. O Juízo Final há de revelar até
as últimas conseqüências o que um tiver feito de bem ou deixado de fazer
durante sua vida terrestre:Todo o mal que os maus praticam é registrado sem que
o saibam. No dia em que "Deus não se calará" (Sl 50,3), voltar-se-á
para os maus: "Eu havia", dir-lhes-á, "colocado na terra meus
pobrezinhos para vós. Eu, seu Chefe, reinava no céu à direita do meu Pai, mas
na terra os meus membros passavam fome. Se tivésseis dado aos meus membros,
vosso dom teria chegado até a Cabeça. Quando coloquei meus pobrezinhos na
terra, os constituí meus tesoureiros para recolher vossas boas obras em meu
tesouro; vós, porém, nada depositastes em suas mãos, razão por que nada possuís
junto a mim"
§1040 O
Juízo Final acontecerá por ocasião da volta gloriosa de Cristo. Só o Pai
conhece a hora e o dia desse Juízo, só Ele decide de seu advento. Por meio de
seu Filho, Jesus Cristo, Ele pronunciará então sua palavra definitiva sobre
toda a história. Conheceremos
então o sentido último de toda a obra da criação e de toda a economia da
salvação, e compreenderemos os caminhos admiráveis pelos quais sua providência
terá conduzido tudo para seu fim último. O Juízo Final revelará que a justiça de Deus triunfa
de todas as injustiças cometidas por suas criaturas e que seu amor é mais forte
que a morte.
§1041 A mensagem do Juízo Final é apelo à conversão
enquanto Deus ainda dá aos homens "o tempo favorável, o tempo da
salvação" (2Cor 6,2). O Juízo
Final inspira o santo temor de Deus. Compromete com a justiça do Reino de Deus.
Anuncia a "bem-aventurada esperança" (Tt 2,13) da volta do Senhor,
que "virá para ser glorificado na pessoa de seus santos e para ser
admirado na pessoa de todos aqueles que creram (2Ts 1,10).§677-678
No Livro do Apocalipse 20,13-14 (Revelação),
é relatado como isso se dará:
“E deu o mar os mortos
que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles haviam; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a
morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte”.
Segundo
as mais variadas mitologias: O Inferno, recebe várias versões nas mais variadas
mitologias:
•Di Yu, o inferno da mitologia chinesa;
•Hades, o inferno da mitologia
greco-romana;
•Helgardh, o inferno da mitologia
nórdica;
•Mundo dos mortos, o inferno da mitologia
egípcia;
•Mag Mell, o inferno da Mitologia
irlandesa;
•Ne no Kuni e Yomi no Kuni, os infernos
da mitologia japonesa.
Porque a vida física
não é o supremo bem. Ela nos propicia um bem maior: o compreender a verdade e
amá-la. Isto é, Deus nos deu a vida material para que O conhecêssemos, como Verdade
absoluta, e o amássemos livremente, como Bem infinito, para serví-Lo, e assim
podermos ter, depois da morte, a vida eterna, no céu, com Deus.
-Dom Estêvão Bettencourt - OSB. Reencarnação – Prós e
Contras.
-John Milton (Inglaterra). PARAÍSO PERDIDO (1667)
-A Grolier Universal
Encyclopedia (Enciclopédia Universal Grolier, 1971, Vol. 9, p. 205).
-Wikipedia.org
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