Salmo Responsorial – 121 (122): “Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!”
Aqui estamos para, com alegria, darmos
graças ao Pai nesta solenidade de Cristo Rei, que marca
o fim do ano litúrgico. Imagem do Deus invisível, Jesus nos convida a
compreender sua realeza como salvação para as pessoas. Celebremos
também o dia dos cristãos leigos e leigas, que com amor se comprometem com o
Reino que o Senhor inaugurou.
Anúncio do
Evangelho: lucas
23,35-43
— Glória a vós, Senhor!
Aleluia, aleluia, aleluia!
Naquele tempo, 35os chefes
zombavam de Jesus, dizendo: “A outros Ele salvou. Salve-se a si mesmo se, de fato, é o Cristo de
Deus, o escolhido!” 36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe
vinagre 37e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” 38Acima dele
havia um letreiro: “Este é o rei dos judeus”. 39Um dos malfeitores crucificados
o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” 40Mas o outro o repreendeu,
dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós
é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas Ele não fez nada de mal”. 42E acrescentou: “Jesus,
lembra-te de mim quando entrares no teu reinado”. 43Jesus lhe respondeu: “Em
verdade eu te digo, ainda hoje estarás comigo no paraíso”.
— Palavra da Salvação!
— Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A festa instituída em 1925 pelo papa Pio XI,
foi uma resposta ao crescimento da secularização, do
ateísmo e do comunismo! Enquanto o mundo pedia eloquentemente aos cristãos que
deviam restringir sua religião e dar maior lealdade aos governos, o papa
Pio XI escreveu sobre a festa: “Se todo o poder foi dado ao Senhor Jesus, no
céu e na terra, se os homens, resgatados pelo seu sangue preciosíssimo, se
tornam, com novo título, súditos de seu império, se, finalmente, este poder
abraça a natureza humana em seu conjunto, é claro que nenhuma de nossas
faculdades se pode subtrair a essa realeza. É mister, pois, que reine em nossas
inteligências: com plena submissão, com adesão firme e constante, devemos crer
as verdades reveladas e os ensinos de Cristo. É mister que reine em nossas
vontades: devemos observar as leis e os mandamentos de Deus. É mister que reine
em nossos corações: devemos mortificar nossos afetos naturais, e amar a Deus
sobre todas as coisas”. (Quas Primas, 34) - O Evangelho deste Domingo nos
faz elevar os olhos à cruz onde Cristo agoniza no Calvário. Vemos o Bom
Pastor que dá a vida pelas ovelhas. «Por cima de sua cabeça pendia esta
inscrição: Este é o rei dos judeus». (Lc 23,38). Este
que sofre horrorosamente e que tem o rosto tão desfigurado é o Rei? É possível?
O compreende perfeitamente o bom ladrão um dos justiçados de um lado e do outro
Jesus, que diz com fé suplicante: «Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres
entrado no teu Reino!» (Lc 23,42). A resposta de Jesus é consoladora e certa:
«Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso». (Lc 23,43). Sim,
confessamos que Jesus é Rei. Rei, com R
maiúsculo. Ninguém estará nunca à altura de sua realeza. O Reino de Jesus não é deste mundo. É um Reino onde se entra
pela conversão cristã. Um Reino de verdade e de vida, Reino de santidade e de
graça, Reino de justiça, de amor e de paz. Um Reino que sai do Sangue e
a água que brotaram do costado de Jesus Cristo. O Reino de Deus foi um tema
primordial na predicação do Senhor. Não parava de convidar a todos a entrar
nele. Um dia, no Sermão da montanha, proclamou bem-aventurado os pobres no
espírito, porque eles são os que possuirão o Reino. Origenes,
comentando a sentença de Jesus «Nem se dirá: Hei-lo aqui; ou: Hei-lo ali. Pois
o Reino de Deus já está no meio de vós» (Lc 17,21), explica que quem suplica
para que o Reino de Deus venha, o pede honestamente daquele Reino de Deus que
tem dentro dele, para que nasça, frutifique e amadureça. Complementa que
«o Reino de Deus que há dentro de nós, se avançamos continuamente, chegará a
sua plenitude quando tenha sido cumprido aquilo que diz o Apóstolo: que Cristo,
una vez submetidos os seus inimigos, colocará o Reino em mãos de Deus o Padre,
e assim Deus será todo em todos». O escritor exorta que
digamos sempre «Seja santificado teu nome venha a nós teu Reino». Vivamos
agora o Reino com a santidade, e demos testemunho dele com a clareza que
autêntica a fé e a esperança. O Catecismo da Igreja Católica, nº 1.021 nos
diz: “A parábola do pobre Lázaro e a palavra de Cristo crucificado ao bom
ladrão (cf. Lc 23,43),assim como outros textos do Novo Testamento, falam dum
destino final da alma (cf. Mt 16,26), o qual pode ser diferente para umas e
para outras”. Sigamos o salvífico conselho de Paulo e, Filipenses 2,12-16:
"trabalhai pela vossa salvação com temor e tremor”
“Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!”
MOTIVAÇÕES PARA A
LITURGIA DIÁRIA E DOMINICAL:
A Liturgia Diária é uma ótima ocasião para que se opere a “conversão diária!” -
A leitura da Liturgia Diária forjou e moldou muitos Santos:
1)-Santo Agostinho foi
um deles. “Tolle et lege” (Toma e lê) foi a frase que o conduziu a ler um trecho
do Evangelho que mudou sua vida.
2)-O grande Santo Antão, que deu origem à vida
monástica, foi tocado pela graça ao ler a parábola do moço rico no Evangelho.
3)- São Francesco
(Francisco) cujo nome é adotado depois de uma viagem à França, onde o menino teria ficado
cativado pela vida francesa, sua música, sua poesia e seu povo, seu pai teria
começado a chamá-lo de "francesco", que significa "francês"
em italiano. Também, como Santo Antão,a passagem do
jovem rico é tão significativa que inspirou também São Francisco de Assis a
elaborar sua Regra de Vida baseada no desapego aos bens e o amor aos pobres:
“Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um
tesouro no céu. Depois, vem e segue-me”. (Mt 19, 21).
4)-Também para Santo
Inácio de Loyola a ocasião escolhida por Deus para sua mudança de vida foi a leitura de
consagrados livros Cristãos. Gravemente ferido na batalha de
Pamplona (20 de Maio de 1521), passou meses inválido, no castelo de seu pai. Durante o longo período de recuperação, Inácio procura ler
livros para passar o tempo, e começa a ler a "Vita Christi", de
Rodolfo da Saxônia, e a Legenda Áurea, sobre a vida dos santos, de Jacopo de
Varazze, monge cisterciense que comparava o serviço de Deus com uma ordem
cavalheiresca.A partir destas leituras, tornou-se empolgado com a ideia de uma
vida dedicada a Deus, emulando os feitos heroicos de Francisco de Assis e
outros líderes religiosos. Decidiu devotar a sua vida à conversão dos
infiéis na Terra Santa.
Os Santos recomendam com
empenho a Liturgia Diária:
1)-São Bernardo: “A leitura espiritual nos
prepara para a oração e a prática das virtudes. Leitura
e Oração são as armas com as quais se vence o demônio e se conquista o
céu”.
2)-São Cipriano (bispo
de Cartago -África): “Permanece na oração e na leitura: desse modo conversarás com Deus e
Deus estará contigo”.
3)-Santo Afonso de
Ligório: “Quantos Santos abandonaram o mundo e se deram a Deus por meio da
leitura espiritual!”
4)-São Gregório Magno,
Papa: “Eu te rogo:
empenha-te em meditar cada dia as palavras do teu Criador. Assim aprenderás a conhecer o coração de Deus através
das palavras de Deus”.
A Liturgia Diária
ajuda-nos a compreender e amar a Liturgia Católica:
O Catecismo da Igreja Católica
ensina que “a liturgia é participação na oração de
Cristo, dirigida ao Pai no Espírito Santo. Nela, toda a oração cristã
encontra a sua fonte e o seu termo. Pela liturgia, o homem interior lança
raízes e alicerça-se no «grande amor com que o Pai nos amou» (Ef 2, 4).
A Liturgia Diária prepara
nossa alma para recebermos o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo!
Na Liturgia Diária, as orações e
as leituras da Palavra de Deus são ocasião para alimentar a nossa fé. Em cada
leitura Deus fala a seu povo e o alimenta.Por esse modo
a Santa Igreja prepara o coração dos fiéis para poder receber o Corpo e Sangue
de Nosso Senhor Jesus Cristo, na Sagrada Comunhão.Na Liturgia da Palavra o fiel
ouve com atenção as leituras da Bíblia que são uma carta escrita por Deus para
cada um de nós.Na Liturgia Eucarística somos preparados para receber o
Pão dos Anjos, que transformará nossa vida, e como Elias nos dar força para
continuar a caminhada alimentados por este pão (I Reis 19,4-10).
Como viver de forma
prática a Liturgia Diária?
Este é um método de “leitura orante da Palavra de Deus”, da Liturgia Diária,
praticado e ensinado pelos Padres da Igreja desde os seus primeiros séculos.
Foi batizada com esse nome por Orígenes no Séc. III, e generalizou-se nos
séculos IV e V como maneira predominante de ler a bíblia. Esta pode ser
feita diariamente, por exemplo, meditando o Evangelho proposto pela liturgia
diária da Santa Missa.
Após suplicar a luz do
Espírito Santo, o método se desenvolve em 4 passos:
1)-Leitura: o que a Palavra diz em si?
2)-Meditação: o que a Palavra diz para mim; o
que ela me ensina, me revela, como ela me forma, como a vejo em minha vida?
3)-Oração: Qual minha resposta a palavra de
Deus?
4)-Contemplação: O que a
palavra de Deus fez em mim? O que devo mudar concretamente em minha vida? Que
postura devo tomar? O que me proponho a viver doravante durante a minha vida?
- O fruto dessa nova dinâmica de vida ao
ritmo da Palavra é uma transformação real e concreta que nos elevará em fé,
esperança e caridade, além disso, nos proporcionará uma vida junto de Deus mais
constante e digna de Seu amor! Por
último, que possamos perseverar neste caminho. Auxiliados pela graça de Deus já
provaremos aqui nesta terra das riquezas do céu, e possamos cantar esperançosos
com São Tomás de Aquino:
“...Ó Jesus, que nesta vida pela
fé eu vejo
Realiza, eu te suplico, este meu
desejo:
Ver-te, enfim, face a
face, meu divino amigo!
Lá no céu, eternamente, ser feliz
contigo!”
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