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Quem é o homem na Perspectiva Filosófica e Teológica?

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021 | 10:41

 


 

 



O HOMEM E SUA REALIDADE NA PERSPECTIVA ANTROPOLÍCA E FILOSÓFICA






 

(quando a alma foi criada?)


 

1)-O homem como ser biológico

 

 



Costuma-se atribuir á palavra homem duas origens. A primeira do grego ânthropos - que significa rosto de varão -, por oposição à palavra homem enquanto o indivíduo masculino, da espécie humana, e quer dizer: que tem valor, virtude e qualidade. Nessa concepção, homem distinguiu-se dos demais seres. A segunda, do latin humus, que significa terra. Estas são duas das varias visões que podemos ter do homem, ou seja para se analisar, ou estudar o homem, ou seja para analisar ou estudar o homem, é necessário observa-lo de várias maneiras.Em pesquisa, observou-se que, detendo-se atentamente em seu aspecto biológico, teremos uma estrutura celular; se considerarmos a suas origens chegaremos as teorias fixistas e a do evolucionismo. Observando-o pelo meio ambiente encontraremos a antropologia filosófica que determina esses seguintes pontos de classificação:

 

 

a)- A Antropologia Cultural: diz que o homem é possuidor e criador da cultura, interessando-se pelas idéias, pelas manifestações artísticas revelados no conhecimento a cerca das habilidades, das técnicas, das normas de comportamento e do modo de ser de cada comunidade.

 

 

b)-A Antropologia Física: Estuda o homem desde a sua origem, evolução e diferenças, em tipo racial, abrangendo assim a paleontologia.

 

 

c)-A Antropologia Social: Preocupa-se com as estruturas sociais, com a dos povos primitivos, com a das comunidades rurais, com a dos meios de vida urbanos. Em razão disso, investiga a família, o casamento, o divorcio e as formas de parentescos.

 

 

c)-A Antropologia Estrutural: é a expressão usada por Claude Levis-Strauss para designar seu modo de compreender as coisas, desvinculando-a do determinismo biológico e das generalizações de qualquer natureza.

 

 

d)-A Antropologia Filosófica: procura refletir sobre a concepção do homem das diferentes períodos da história da comunidade e nas diversas filosofias.

 

 



2)-Evolucionismo

 

 









A natureza muda e, assim como tal, o homem também, isso chama-se evolucionismo. Onde encontramos duas formas de se estudar: o heráclito e o Demócrito:

 



a)-Heráclito idealizando que as espécies existentes são variações de espécies antecedentes;

 




b)-Demócrito, admitindo que a mateira seria formada por atómos, que as espécies teriam surgido umas das outras e que apenas sobreviveram aquelas que adquiriram meio mais adequado de adaptação.

 

 

No entanto foi com Lamark e Darvin que as idéias evolucionistas foram sintetizadas, e tiveram seus postulados estudados cientificamente.

 

 

Jean Baptiste de Monet Lamark, criador da teoria da evolução gradual, onde se faziam 4 pontos:

 

 



a)-Principio Vital, onde os organismos modificaram-se quando o meio ambiente lhes é desfavorável, procurando a todo custo, adaptar-se a nova situação.

 

 

b)-A função cria o órgão, que dizia que as mudanças na espécie são decorrentes do uso ou desuso de órgãos.

 

 

c)-Geração espontãnea, cada espécie surge do “nada”.

 

 

d)-Hereditariedade: as características adquiridas em suas estrutura e costumes, por um indivíduo durante a vida, são transmitidas hereditariamente a seus descendentes.

 

 

Dessas teses, apenas a referente a adaptação dos organismos ao meio ambiente circundante foram consideradas uma contribuição relevante. Charles Robert Darwin, foi o criador do principio da seleção natural, ou seja, o ser maior sempre será superior ao menor, ou seja, “ o maior come o menor”.

 

 

Charles Darwin também defendia outras teses:

 

 

 

a)-O mundo está em constante modificação; não é estático.

 


b)-A evolução ocorre gradualmente; não dar saltos.

 


c)-A evolução segue a linha comum; não existe geração expontânea.

 


d)-A evolução e seleção natural; não existe impulso vital.

 

 



Vários outros estudiosos elaboraram suas teorias, exemplos deles são:

 



 

a)-Jacques Monod, que reconheceu a teoria da evolução de Darwin.

 

b)-Gregor Johann Mendel, que comprovou as teorias da hereditariedade.

 

c)-Thomas Hunt Morgan, que comprovou as idéias de Mendel, conseguindo mapear em cada uma das unidades cromossomicas, os genes a eles associados.

 

d)-James Dewey Watson e Francis Heny Compton Crick. Eles foram descobridores do código genético - DNA, caractere de transmissão hereditária.

 

e)-Teilhard de Cardin, criador de mais um ponto nas teoria evolucionistas: A teleanomia externa, que informa a obediência da evolução, dos seres vivos, a um fim.

 

 


3)-Fatos Psíquicos

 

 

A sensação, percepção, recordação, pensamento, etc, são os principais elementos que os fatos psíquicos se referem. Esses por sua vez são partes do interior de cada indivíduo. Os fatos psíquicos podem ser cognitivos, onde encontramos exatamente aos pontos citadas (percepção, recordaçõa, etc); ou da vontade, que são aqueles em que o indivíduo dá respostas as coisas conhecidas, seja para acolher ou repetir, sempre mediante atos voluntários (apetite, sede, intenção, etc):

 

 

a)-Sensação: principal elemento psíquico, com que se trabalha de duas formas. Uma a percepção e a outra a imagem.

 

 

b)-Percepção: é a capacidade que cada um tem de perceber o que está ao seu redor, e assim, responder à isto, que atinge a alguns de nossos órgãos de nosso sentido.

 

 

c)-A imagem: e a captação direta de um objeto pela vista, ou qualquer outro órgão sensitivo.

 




As propriedades da imagem são:

 

 



-Intensidade: este depende do interesse de cada um para que a mesma seja mais intensa ou mais apagada.

 

 

-Duração: é o tempo em que mantemos a imagem em nosso subconsciente guardada.

 

 

-Afetividade: são as reações á que nos levam, as imagens, a sentirmos respostas diferentes a cada objeto, assim como alegria, tristeza ou indiferença.

 

 

-Dinamismo: é a capacidade de que a imagem tem de quando invocada, apresentar-se acompanha de atitude, assim como esta frase: “Pesquei um peixe deste tamanho”.

 

 

-Subjetividade: a imagem é produzida pelo sujeito, somente ele participa da experiência. Ela e pessoal e intransferível.




-Convencional: e a memorização da imagem no tempo e no espaço, conforme cada indivíduo.

 

 

 

As imagens podem se apresentar nestas formas:

 

 

-Sensitivas, conforme a recepção ela pode ser visual, sonora, auditiva ou olfativa.

 

-Eidéticas, são imagens não visuais, que se criam na cabeça de cada um.

 

-Icônica, são imagens que rapidamente são esquecidas ou perdem detalhes.

 

-Fantásticas, são imagens que reproduzem a realidade em função dos desejos ou frustrações do sujeito;

 

-Ipnogôgicas, são aquelas que ocorrem quando se está dormindo. Às vezes, em face do realismo, são confundidas com alucinação.

 

-Memória: é a faculdade que permite a representação das experiências vivenciadas pelo indivíduo, num determinado tempo concreto.

 

-A recordação é o ato de atualização da memória. É ela que traz ao presente da consciência as vivências passadas, uma vez que a faculdade da memória são é apenas a fixação e conservação do passado, mas, sobretudo, a possibilidade do ato de recordá-lo.

 



*Publicado por: Equipe Brasil Escola

 



Protágoras de Abdera - (em grego antigo Abdera, 480 a.C. - Sicília, 410 a.C.) foi um sofista da Grécia Antiga, responsável por cunhar a frase:

 

 




 

 

 

Ao afirmar que “o homem era a medida de todas as coisas”, Protágoras inaugurava a ideia de que a verdade depende da experiência pessoal. Nascido em Abdera, na Grécia, Protágoras concluiu que qualquer afirmação sempre era relativa a um ponto de vista, a uma sociedade ou ao modo de pensar.Tendo como base para isso o pensamento de Heraclito. Tal frase expressa bem o relativismo tanto dos Sofistas em geral quanto o relativismo do próprio Protágoras. Se o homem é a medida de todas as coisas, então coisa alguma pode ser medida para os homens, ou seja, as leis, as regras, a cultura, tudo deve ser definido pelo conjunto de pessoas, e aquilo que vale em determinado lugar não deve valer, necessariamente, em outro. Esta máxima (ou axioma) também significa que as coisas são conhecidas de uma forma particular e muito pessoal por cada indivíduo, o que vai contra, por exemplo, ao projeto de Sócrates de chegar ao conceito absoluto de cada coisa. Os sofistas (palavra que pode ser traduzida como sábios ou sabedoria) argumentavam contra e a favor de teses com a mesma eloquência. O objetivo era ganhar qualquer discussão. Foram os primeiros a fazer do conhecimento uma profissão: cobravam de jovens atenienses por aulas de retórica, o que desagradava os intelectuais da época. 

 



O HOMEM NA ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA

 



 


 





Antropologia teológica é a ciência da fé que procura articular a existência humana com a verdade revelada por Deus escrita na Bíblia e assim compreender e poder explicar a vida humana individual e coletiva, bem como as implicações práticas decorrentes e suas possibilidades de humanização e realização. A tradição da antropologia teológica está fundada na afirmação do ser humano criado à imagem e semelhança com Deus, daí a necessidade de se passar a uma Antropologia Cristológica. É Cristo, e não o velho Adão, quem dá sentido à vida de todos os homens, pois somos imagem e semelhança de Deus no Filho.O ser humano não é humano sozinho e nem o centro do universo, ele é humano quando vive a humanidade em comunhão com a natureza, com os outros e com o mundo, por isso a Antropologia Teológica busca dialogar com outras áreas do conhecimento, como a filosofia e a psicologia. Atualmente, vem surgindo grupos que cuidam excessivamente do corpo, esquecendo-se da espiritualidade, ou que nutrem muito o pensamento deixando de lado o corpo.Corpo e alma não devem prevalecer um sobre o outro. Não existe corpo sem alma e nem alma sem corpo.A Antropologia Teológica caminha na direção de ver o ser humano de maneira integral. Corpo e alma. Somente quando essas duas dimensões estiverem integradas o ser humano poderá ter uma vida plenificada, ou seja, cheia de sentido.Corpo e alma são igualmente importantes e a separação entre eles é a raiz de muitos males na Igreja e na sociedade, por isso, nos momentos em que uma dimensão prevalecer sobre a outra, deve-se corrigir o caminho.Nosso dualismo é tão acentuado, que achamos que fazer exercícios, frequentar uma academia não é algo digno de quem estuda ou quer viver com Deus. Negamos o corpo, porque não temos uma boa teologia da criação. Deus criou o corpo e a palavra de Deus diz que tudo que Ele criou é bom.O conceito de pessoa, o entendimento de pecado original e a realidade do mal, das dores humanas e do sofrimento fazem parte da autentica antropologia teológica. O conceito de pessoa é um tema não criado, mas desenvolvido pelos cristãos. Cremos que o ser humano é pessoa, porque ele foi criado à imagem e semelhança de um Deus pessoal. Um Deus trino. Um Deus que não é um ser solitário, egoísta, todo poderoso em si mesmo, mas um Deus que subsiste em três pessoas divinas que juntas partilham o poder e se relacionam numa comunidade de amor.Não vivemos sozinhos no mundo, não fomos criados como seres etéreos como os anjos, que não dependem da nossa realidade e não estão sujeitos às mesmas leis naturais que as nossas. O outro não é meu inferno, pois precisamos do outro para sermos pessoas melhores. Ser pessoa significa que por mais que não compreendamos o outro, suas escolhas, suas opiniões, somos responsáveis uns pelos outros. Tudo isso nos faz vivenciar as quatro relações fundamentais: com Deus, consigo mesmo, com o próximo e com o mundo natural.Antropologia bíblica é a disciplina teológica que se ocupa de estudar de forma sistemática o que a Bíblia diz sobre o homem. A palavra antropologia tem origem em dois termos gregos e significa “estudo do homem”. Então a antropologia teológica nada mais é do que a doutrina bíblica do homem. 




Mas é importante não confundir a antropologia teológica com a antropologia geral:

 

 

-A antropologia geral é o estudo cientifico que tem o homem como objeto de análise valendo-se de todas as ciências que tratam de sua origem, natureza e potencialidades – isso inclui a constituição e história da humanidade, a estrutura e características fisiológicas e psíquicas do homem, e seu desenvolvimento etnológico, cultural, linguístico e religioso.

 

 


-Já a antropologia teológica se preocupa exclusivamente acerca das relações do homem com seu criador. Como bem define o teólogo sistemático Louis Berkhof, a antropologia teológica ocupa-se unicamente do que a Bíblia diz a respeito do homem e da relação em que ele está e deve estar com Deus. A antropologia teológica reconhece a Escritura Sagrada como a sua fonte, e examina os ensinamentos da experiência humana à luz da Palavra de Deus.De forma geral, a antropologia adotada pela comunidade cientifica não possui qualquer consideração pelo ensino bíblico acerca do homem. Em outras palavras, a antropologia geral normalmente se fundamenta em teorias que negligenciam a antropologia bíblica.

 

 

Quais os pontos principais da antropologia teológica?

 

 

Ao contrário do objetivo dos Sofistas, a antropologia teológica considera o ensino das Escrituras acerca do homem desde o relato da criação até o relato da consumação final. Então a antropologia teológica identifica e extrai de todo esse ensino seus pontos fundamentais, de modo a apresentar uma visão ampla e ao mesmo tempo bem organizada do homem à luz da Palavra de Deus. Entres esses pontos principais enfatizados na antropologia bíblica, podemos destacar:

 

 

A criação e desenvolvimento do homem

 



-Qual a origem do homem?

-Como ele foi criado?

-Qual o significado teológico da criação do homem?

-A Bíblia ensina a unidade da raça humana?

 

 



A natureza do homem

 

 

-Qual a constituição do homem?


-O que a Bíblia tem a dizer sobre os elementos da natureza humana?


-Como a parte material, corpo, e a parte imaterial, alma/espírito, se relacionam na unidade que é o homem?


-Existe diferença entre alma e espírito de acordo com a Bíblia?

 



A dignidade do homem

 



-Qual é o valor da vida humana? Esse valor é intrínseco ou derivado? Relativo, ou absoluto?

 

-Como e em que o homem é diferente de todas as demais criaturas de Deus?


-O que significa dizer que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus?

 

 

A condição do homem

 

 

-Por que Deus criou o homem?


-Qual o sentido da vida humana?


-Qual deve ser a atitude do homem diante do Criador?


-O homem pode se relacionar com Deus?

 

 

Também é importante entender que a antropologia teológica jamais deve ser tomada de forma isolada de outras cadeiras teológicas. Na verdade a antropologia bíblica só pode ser tratada e compreendida adequadamente quando devidamente articulada com outras doutrinas do estudo bíblico, como por exemplo:

 

 

-A teontologia (o estudo de Deus e suas ações Teândricas).

 

-A hamartiologia (o estudo do pecado),

 

-A soteriologia (o estudo do plano salvífico-liberrador de Deus).

 

-A escatologia (estudo das últimas coisas)

 

 



Qual a importância da antropologia teológica?

 

 

Estudar a origem da humanidade sob a base da doutrina bíblica do homem é particularmente útil não apenas para entendermos quem somos, de onde viemos e para onde vamos, mas também para sabermos por que fomos criados e qual o significado da nossa existência neste mundo como parte do propósito maior de Deus. Além disso, a antropologia bíblica não fala apenas de nós enquanto criaturas, mas fala de Deus, nosso Criador. Então em última análise, mesmo estudando a doutrina do homem somos conduzidos ao conhecimento acerca de Deus. Além disso, sem a antropologia bíblica é impossível entender adequadamente nossa condição diante do Senhor – especialmente no que diz respeito à miséria do pecado – e o valor, significado e abrangência da obra da redenção em Cristo.Finalmente, a antropologia teológica é fundamental para qualquer noção correta da dignidade humana. Somente é capaz de conferir o valor adequado à vida humana aquele que enxerga o homem como uma criatura de Deus criada à Sua imagem e semelhança e com um propósito.

 

 

 

ANTROPOLOGIA TEOLÓGICA E DIREITOS HUMANOS

 

 


Há muitos grupos que ao mesmo tempo em que alegam protestar em favor da defesa dos direitos humanos, rejeitam completamente os princípios bíblicos acerca de quem é o homem. Então, claro que é uma incoerência, pois se alguém anula a antropologia teológica da dignidade humana desde a sua concepção até o seu fim, e ainda assim alega defender os direitos e a dignidade do homem, na verdade essa pessoa defende simplesmente a dignidade de um ser que surgiu de forma aleatória e não possui qualquer significado ou propósito em sua vida. Porém, quando olhamos para a dignidade humana à luz da doutrina do homem expressa na Bíblia, percebemos que essa dignidade é estabelecida não pela futilidade da mente de um suposto ser evoluído, mas pelo ato criador de Deus. Sobre isto o Magistério da Igreja através do Catecismo nos da uma grande contribuição neste ensino:

 



Dignidade do corpo humano imagem de Deus

 

 

§364 A pessoa humana, criada à imagem de Deus, é um ser ao mesmo tempo corporal e espiritual. O relato bíblico exprime esta realidade com uma linguagem simbólica, ao afirmar que "O Senhor Deus modelou o homem com a argila do solo, insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente" (Gn 2,7). Portanto, o homem em sua totalidade é querido por Deus.

 

 

 

§1004 Enquanto aguardam esse dia, o corpo e a alma do crente participam desde já da dignidade de ser "de Cristo"; daí a exigência do respeito para com seu próprio corpo, mas também para com o de outrem, particularmente quando este sofre: O corpo é para o Senhor, e o Senhor é para o corpo. Ora, Deus, que ressuscitou o Senhor, ressuscitará também a nós por seu poder. Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo? (...) Não pertenceis a vós mesmos. (...) Glorificai, portanto, a Deus em vosso corpo (1Cor 6,5.19-20).

 

 

Dignidade do homem criado por Deus

 

 

§306 Deus é o Senhor soberano de seus desígnios. Mas, para a realização dos mesmos, serve-se também do concurso das criaturas. Isso não é um sinal de fraqueza, mas da grandeza e da bondade do Deus Todo-Poderoso. Pois Deus não somente dá às suas criaturas o existir, mas também a dignidade de agirem elas mesmas, de serem causas e princípios umas das outras e de assim cooperarem no cumprimento de seu desígnio.

 



§308 Eis uma verdade inseparável da fé em Deus Criador: Deus age em todo o agir de suas criaturas. E é a causa primeira que opera nas causas segundas e por meio delas: "Pois é Deus quem opera em vós o querer e o operar, segundo a sua vontade" (Fl 2,13). Longe de diminuir a 4ignidade da criatura, esta verdade a realça. Tirada do nada pelo poder, sabedoria, bondade de Deus, a criatura não pode nada se for cortada de sua origem, pois "a criatura sem o Criador se esvai"; muito menos pode atingir seu fim último sem a ajuda da graça.

 

 

 

Dignidade do povo de Deus

 

 

 

§782 O Povo de Deus tem características que o distinguem nitidamente de todos os agrupamentos religiosos, étnicos, políticos ou culturais da história: Ele é o Povo de Deus: Deus não pertence, como propriedade, a nenhum povo. Mas adquiriu para si um povo dentre os que outrora não eram um povo: "Uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa" (1Pd 2,9).A pessoa torna-se membro deste povo não pelo nascimento físico, mas pelo "nascimento do alto", "da água e do Espírito" (Jo 3,3-5), isto é, pela fé em Cristo e pelo Batismo. Este povo tem por Chefe (Cabeça) Jesus Cristo (Ungido, Messias); pelo fato de a mesma Unção, o Espírito Santo, fluir da Cabeça para o Corpo, ele é "o Povo messiânico". A condição deste povo é a dignidade da liberdade dos filhos de Deus: nos corações deles, como em um templo, reside o Espírito Santo."Sua lei é o mandamento novo de amar como Cristo mesmo nos amou." É a lei "nova" do Espírito Santo.Sua missão é ser o sal da terra e a luz do mundo. "Ele constitui para todo o gênero humano o mais forte germe de unidade, esperança e salvação."Finalmente, sua meta é "o Reino de Deus, iniciado na terra por Deus mesmo, Reino a ser estendido mais e mais, até que, no fim dos tempos, seja consumado por Deus mesmo".

 

 

§786 O Povo de Deus participa finalmente da função régia de Cristo. Cristo exerce sua realeza atraindo para si todos os homens por sua morte e Ressurreição. Cristo, Rei e Senhor do universo, se fez servidor de todos, não veio "para ser servido, mas para servir e para dar sua vida em resgate por muitos" (Mt 20,28). Para o cristão, "reinar é servir", particularmente "nos pobres e nos sofredores, nos quais a Igreja reconhece a imagem de seu Fundador pobre e sofredor". O povo de Deus realiza sua "dignidade régia" vivendo em conformidade com esta vocação de servir com Cristo. Todos os que renasceram em Cristo obtiveram, pelo sinal da cruz, a dignidade real e, pela unção do Espírito Santo, receberam a consagração sacerdotal. Por isso, não obstante o serviço especial do nosso ministério, todos os cristãos foram revestidos de um carisma espiritual que os torna membros desta família de reis e deste povo de sacerdotes. Não será, na verdade, função régia o fato de uma alma, submetida a Deus, governar seu corpo? E não será função sacerdotal consagrar ao Senhor uma consciência pura e oferecer no altar do coração a hóstia imaculada de nossa piedade?

 

 



CONCLUSÃO:

 


 

Eu tenho medo de estragar com o meu comentário final tudo que já foi dito acima, mas acrescentarei algumas palavras. Dizer que é grande o Nome de Deus é como dizer: Deus é grande (até mesmo os muçulmanos o repetem: Halla Akbar). Mas quão grande? Nós modernos dizemos: ao infinito. O Salmista neste ponto recorre a duas imagens poéticas eloquentes: Deus criou todas aquelas maravilhas (e nós modernos poderíamos enumerá-las: galáxias, energia elétrica e atômica, big-bang, força da gravidade, poder desde a menor semente, DNA, bactérias, átomos e partículas subatômicas, etc) apenas com um toque de uma mão, ou melhor, dos dedos! Portanto só Deus é assim, o resto é criatura, bela e boa, talvez até muito poderosa, mas apenas criatura: não deve, portanto, nem ser adorada, nem desprezada. Aliás, como já pensava Santo Agostinho, e como sugere também a ciência, Deus incutiu na natureza e na matéria tal poder para ser libertado pouco a pouco - bilhões de anos - uma evolução ainda em curso (interessantes as intuições do jesuíta e cientista Teilhard de Chardin a respeito, falecido em 1955). Vamos reler agora aquela pérola que é o Salmo 8 e seu convite a contemplar tanto a grandeza divina como aquela do homem, criado "pouco menor que os Anjos" – como se lia em traduções antigas - “pouco menos que um deus", em outras traduções. E nessa luz tentemos nos olhar um ao outro e toda a criação:

 

 

Salmo 8, 4-10: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que ali firmaste, pergunto, e nos esperaríamos “Quem é então Deus?” mas, eis a surpresa! Que é o homem, para que com ele te importes? E o filho do homem, para que com ele te preocupes? Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais e o coroaste de glória e de honra.Tu o fizeste dominar sobre as obras das tuas mãos; sob os seus pés tudo puseste!Todos os rebanhos e manadas, e até os animais selvagens, as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares. Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!...”

 

 

Bibliografia:

 

 

-NIELSEN, Henrique Neto. Filosofia da Educação. Editora Melhoramentos


-Vilhena, Angela M. (2003). É possível! Uma Boa-Nova para a esperança. São Paulo: Paulinas. pp. 21–22





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