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AFINAL, O ARCEBISPO LEFEBVRE E SEUS SEGUIDORES ESTÃO FORA OU NÃO DA UNIDADE DA IGREJA E PORTANTO, EXCOMUNGADOS?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 13 de janeiro de 2019 | 16:49





Jesus fundou a Igreja sobre São Pedro (Mateus 16,18) e os Apóstolos para ser “porta-voz” na terra. Disse a eles: “Quem vos ouve, a Mim ouve; quem vos rejeita, a Mim rejeita, e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou” (Lc 10,16). Quer dizer, quem não ouve a Igreja, não Me ouve! Quem não obedece a Igreja através do papa, “o doce Cristo na terra”, não obedece Jesus.Vou fazer algumas observações preliminares aos nossos leitores sobre esta problemática:




1)- A Missa não mudou desde que Cristo instituiu este sacramento na noite antes de Sua crucificação.Em essência, não há uma “velha” Missa nem uma “nova” Missa, mas só a Missa.De fato, o que mudou depois do Segundo Concílio Vaticano não foi a Missa, mas a liturgia.Isto significa que enquanto os “acidentes” (para usar um termo teológico clássico) diferiam um pouco entre a liturgia de pré-Vaticano II e a liturgia reformada do Papa Paulo VI, a essência dela permanece a mesma: o Corpo, Sangue, Alma e Divindade transubstanciada de Jesus Cristo na Eucaristia.Este mistério central da Missa acontece independentemente se o padre celebra de acordo com os livros litúrgicos antes do Segundo Concílio Vaticano ou de acordo com os livros litúrgicos revisados pelo Papa Paulo VI. De fato, os dois livros litúrgicos são formas do mesmo rito litúrgico romano.




2)- O pessoal da FSSPX geralmente afirma que eles não retiraram a sujeição para com o Pontífice romano. Na verdade, eles recusam obediência em alguns assuntos.Deveríamos reiterar aqui o cânon 752 que define cisma como:“A retirada de submissão para o Supremo Pontífice ou de comunhão com os membros da Igreja sujeitos a ele”.Note que o cânon não distingue entre graus de retirada de submissão ao Pontífice romano. Em outras palavras, uma pessoa não precisa retirar completamente a submissão para o Pontífice romano para entrar em um estado de cisma. A alegação da FSSPX  de que eles não retiraram a submissão ao Pontífice romano, mas na verdade só tinham meramente suspendido temporariamente a obediência a ele em certos assuntos, não podia ser sustentada pela Tradição católica, pois este ato de desobediência em um assunto sério consiste ao menos uma retirada temporária de submissão ao Pontífice romano. Portanto, o ato de consagrar bispos contra o desejo do Papa João Paulo II na época, era um ato de cisma, de acordo com a lei canônica.


3)- A magistral encíclica "Mystici Corporis", do Papa Pio XII,portanto anterior ao Vaticano II, decreta:


"De quanto até aqui expusemos, veneráveis irmãos, é evidente que estão em grave erro os que arbitrariamente ungem uma Igreja como que escondida e invisível; e não menos aqueles que a consideram como simples instituição humana com determinadas leis e ritos externos, mas sem comunicação de vida sobrenatural.” (par. 62).



4)- O ARCEBISPO LEFEBVRE FOI EXCOMUNGADO OU NÃO?


Dizem seus fanáticos defensores, que a Igreja nunca de fato excomungou o arcebispo Lefebvre, mas sim o informou de que ele estava automaticamente excomungado em virtude da lei canônica em si.A Igreja pode excomungar um indivíduo de duas formas:


A primeira é por meio de excomunhão latae sententiae. Isso quer dizer que o infrator está automaticamente excomungado em virtude da lei, e, portanto, a sentença não precisa ser imposta por um magistrado da Igreja. Ainda assim, para que tal excomunhão seja reforçada pelo direito canônico, uma autoridade eclesiástica legítima deve declarar que a excomunhão aconteceu.


A segunda, é  método de impor a alguém uma excomunhão é por ferendae sententiae. Essa ocorre por meio de uma decisão de um juiz em um Tribunal Eclesiástico.O arcebispo Lefebvre foi excomungado em virtude de lei, e não por qualquer penalidade imposta por um juiz.


No entanto, os defensores de Lefebvre falham em observar, ao usar este argumento, que sua excomunhão foi posteriormente declarada pela Igreja.Em um decreto da Congregação dos Bispos datada de 1 de julho de 1988, o Cardeal Gantin declarou, em nome da Igreja, a excomunhão do Arcebispo Lefebvre como se segue:



“Monsenhor Marcel Lefebvre, Arcebispo-Bispo emérito de Tulle, tendo - apesar da advertência canônica formal de 17 de junho último e das repetidas interpelações pedindo-lhe que renunciasse ao seu propósito - realizado um ato de natureza cismática ao proceder à consagração episcopal de quatro bispos sem mandato pontifício, e contra a vontade do Sumo Pontífice, incorreu na pena prevista pelo cânone 1364, par. 1, e pelo cânone 1382 do Código de Direito Canônico.Declaro que os efeitos jurídicos são os seguintes: o sobredito Monsenhor Marcel Lefebvre, Bernard Fellay, Bernard Tissier de Mallerais, Richard Williamson e Alfonso de Galarreta incorreram ipso facto na excomunhão latae sentenciae reservada à Sé Apostólica.”



CONCLUSÃO:



Sem entrar nos pormenores canônicos, podemos confirmar sem sombra de dúvidas, nesse enunciado, que a Igreja Católica Apostólica Romana, claramente excomungou o arcebispo Lefebvre.



Apostolado Berakash






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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