1)- NICEIA I -
20/05 A 25/07 de 325 – Papa Silvestre I (314 - 335) -Assunto principal: A confissão de fé
contra Ario: Definindo a igualdade de natureza do Filho com o Pai.
2)-
CONSTATINOPLA I - Maio a junho de 381 - Papa: Dâmaso I (366 - 384) - Assunto
principal: A
confissão da divindade da Terceira pessoa da Santíssima Trindade: o Espírito
Santo.
3)- EFESO -
22/06 a 17/07 de 431 - Papa: Celestino I (422 - 432)- Assunto principal: Cristo é uma só
pessoa e duas natureza. A maternidade divina de Maria, contra Nestório, definindo
Maria, como a mãe de Deus encarnado: THEOTOKOS
4)- CALDEDONIA
- 08/10 a 1º/11 de 451 - Papa: Leão I, O Grande (440 - 461) - Assunto
principal: Reafirmação
das duas naturezas (humana e divina) na única pessoa de Cristo.
5)- CONSTANTINOPLA II - 05/05 a 02/07 de 553 -
Papa: Virgílio (537 - 555) Assunto principal: Condenação dos
Nestorianos: Uma heresia cristológica proposta por Nestório, Patriarca de
Constantinopla (428 - 431 d.C.). A doutrina, que foi formada durante os estudos
de Nestório sob Teodoro de Mopsuéstia na Escola de Antioquia, enfatiza a
DESUNIÃO entre as naturezas humana e divina de Jesus. Os ensinamentos
de Nestório o colocaram em conflito com alguns dos mais proeminentes líderes da
igreja antiga, principalmente Cirilo de Alexandria, que criticou-o
particularmente por negar o título Theotokos ("Mãe de Deus") para a
Virgem Maria. Nestório e seus ensinamentos foram condenados como heréticos no
Primeiro Concílio de Éfeso em 431 d.C. e no Concílio de Calcedônia em 451 d.C.,
o que acabou por provocar o cisma nestoriano, no qual as igrejas que
apoiavam Nestório deixaram o corpo da Igreja universal.
6)- CONSTANTINOPLA III - 07/11 de 680 a 16/09 de
681 - Papa: Agato (678 - 681) e Leão II (662 - 663) Assunto principal: Condenação do monoteletismo
(doutrina herética que defendia a ideia de que Jesus Cristo possuía somente uma
vontade divina). O Concílio define que em Cristo há realmente, duas
vontades distintas.
7)- NICEIA II - 24/09 a 23/10 de 787 - Papa:
Adriano I (772 - 795)- Assunto principal: Contra os
inconoclastas. O Concílio define que há sentido e liceidade na veneração das
imagens sagradas.
8)- CONSTANTINOPLA
IV - 05/10 de 869 a 28/02 de 870 Papa: Nicolau I (858 - 867) e Adriano II
(867´872) - Assunto principal: Extinção do cisma do patriarca Fócio. O cisma
de Fócio é um termo utilizado para descrever a controvérsia que durou entre 863
e 867 entre a igreja de Constantinopla e a Igreja de Roma. O conflito foi
precipitado pela dura oposição do papa Nicolau I (858 - 867) à destituição do
patriarca de Constantinopla Inácio e a ascensão de Fócio em seu lugar, a pedido
do imperador bizantino Miguel III, o Ébrio. O escândalo foi enorme, pois Fócio
era um leigo e um ferrenho defensor da autonomia da igreja oriental frente às
determinações do bispo de Roma. O cisma perdurou até 867 d.C., quando Nicolau, após
ter convocado um concílio em Constantinopla, morreu, e Fócio foi deposto pela
primeira vez quando Basílio I, o Macedônio subiu ao trono e desejava retomar as
relações com o papado e com o imperador do ocidente.Ainda assim, foram
necessários dois concílios em Constantinopla para consertar a situação: um de
869 - 870 e outro do ano 879 - 880. O
primeiro é reconhecido pela Igreja Católica como sendo o Oitavo Concílio
Ecumênico, enquanto que a Igreja Ortodoxa reconhece o segundo como tal, uma
diferença que perdura até hoje.A controvérsia também envolveu os direitos de
jurisdição sobre a recém-convertida Bulgária e também uma disputa doutrinária
sobre a cláusula Filioque (que significa "e do Filho" e implicaria na
"dupla procedência" do Espírito Santo), que fora adicionada ao credo
niceno-constantinopolitano pela igreja latina e que se tornaria o pretexto para o ponto de
ruptura (do ponto de vista teológico) que levaria ao Grande Cisma no século XI.
9)- LATRÃO I - 18/03 a 06/04 de 1123 - Papa:
Calixto II (1119 - 1124) Assunto principal: confirmação da
Concordata de Worms : por vezes chamada de Pactum Calixtinum por historiadores
papais, foi um tratado entre o Papa Calisto II e o Sacro Imperador Henrique V,
celebrado em 23 de setembro de 1122, perto de Worms. Encerrou a primeira fase
da Questão das Investiduras entre o Papado e o Sacro Império Romano. Reconheceu
ao Imperador o direito de investir bispos com a autoridade secular ("pela
lança") nos territórios que estes governassem, mas não com a autoridade
sagrada ("pelo anel e báculo").
10)- LATRÃO
II - abril de 1139 - Papa: inocêncio II (1130 - 1143) Assunto principal: O cisma de Anacleto
II. Pietro, de ascendência judaica, nasceu na poderosa família romana dos
Pierleoni, filho do cônsul Pier Leoni. Como filho segundo e ambicioso, foi
destinado à carreira eclesiástica. Estudou em Paris e entrou na abadia
beneditina de Cluny. Mais tarde foi para Roma e desempenhou diversos cargos
importantes. Em 1130 o Papa Honório II estava a morrer e Pierleoni estava
determinado a suceder-lhe, mesmo que isso lhe custasse enormes subornos. Apesar
do apoio dos habitantes e das famílias mais nobres da cidade, os inimigos
políticos de Pierleoni contrariam-lhe os projetos e obrigaram o cardeal
Gregorio Papareschi a candidatar-se. Este acabou por ser eleito como Papa
Inocêncio II, mas a facção dos Pierleoni não aceitou o resultado e proclamou-o
Anacleto II. Ambos os homens foram coroados papa a 23 de Fevereiro, começando
assim o cisma.Os papas permaneceram em Roma e Anacleto tentou granjear
o apoio da população gastando enormes quantias em presentes e festas
exuberantes. Os governantes da Europa, e em especial Lotário II, o imperador,
apoiavam Inocêncio II, deixando Anacleto com poucos apoiantes poderosos. Os
mais importantes destes últimos eram um duque, Guilherme X da Aquitânia, o qual
decidira apoiar o antipapa contra o conselho dos seus próprios bispos e o
influente Rogério II da Sicília, cujo título de "Rei da Sicília"
Anacleto aprovara pouco depois de ascender ao trono papal.Devido ao forte apoio
de Rogério a Anacleto, Inocêncio viu-se forçado a deixar Roma e a ir viver em
Pisa, enquanto Anacleto ocupava Roma. Bernardo de Claraval era o mais eloquente
apoiante de Inocêncio e convenceu todos os apoiantes de Anacleto a passar para
o lado de Inocêncio depois da morte daquele, o que pôs fim ao cisma, em 1138.
Inocêncio pôde então regressar a Roma e governar sem oposição. O papa
convocou rapidamente o II Concílio de Latrão em 1139 e reiterou os ensinamentos
da Igreja contra a usura, o casamento dos clérigos, e outros problemas.
11)- LATRÃO
III - 05 a 19 de março de 1179 Papa: Alexandre III ( 1159 - 1181) - assunto
principal:
A fixação da necessidade de dois terços dos votos na eleição de um Papa.
12)- LATRÃO
IV - 11 a 30 de novembro de 1215 - Papa: Inocêncio III (1198 - 1216) Assunto
principal: A confissão de fé contra os cataros; a
transubstanciação na Eucaristia; a confissão e a comunhão anuais.
13)- LYON I
- 28/06 a 17/07 de 1245 - Papa: Inocêncio IV (1243 - 1254) - Assunto principal: A deposição do imperador Frederico II - O primeiro
concílio ecumênico realizado em Lyon foi presidido pelo Papa Inocêncio IV. O
Papa, que vinha sendo ameaçado pelo Imperador do Sacro Império
Romano-Germânico, Frederico II, chegou em Lyon em 2 de dezembro de 1244 e
convocou o concílio para o ano seguinte. Por volta de duzentos e cinquenta
prelados responderam, incluindo os Patriarcas latinos de Constantinopla,
Antioquia e Patriarca de Aquileia (Veneza) e 140 bispos. O imperador latino
Balduíno II de Constantinopla, Raimundo VII de Toulouse e Raimundo Berengário
IV da Provença estava também entre os que participaram. Com Roma cercada pelo imperador
Frederico, o Papa se utilizou do concílio para excomungar e depor o imperador assim
como o rei de Portugal Sancho II. O concílio também dirigiu uma nova
cruzada (a Sétima Cruzada), sob o comando de Luís IX da França, para
reconquistar a Terra Santa. Na abertura, em 28 de junho, após cantarem Veni
Creator, Spiritu, Inocêncio pregou sobre as cinco chagas da Igreja e as
comparou com as suas próprias cinco mágoas:
1)- O comportamento pobre tanto do clero quando
dos leigos.
2)- A insolência dos sarracenos, que ocuparam a
Terra Santa.
3)- O Grande Cisma do
oriente.
4)- A crueldade dos
tártaros na Hungria.
5)- A perseguição da
Igreja pelo imperador Frederico.
Na segunda sessão, em
5 de julho, o bispo de Calvi e um arcebispo espanhol atacaram o comportamento
do imperador e, na sessão seguinte, em 17 de julho, Inocêncio proclamou a
deposição do imperador. Ela foi assinada por cento e cinquenta bispos e aos
dominicanos e franciscanos foi dada a responsabilidade de publicá-la. Porém,
Inocêncio não possuía meios materiais para fazer valer o seu decreto.Além
disso, o Concílio de Lyon também promulgou diversas outras medidas puramente
religiosas:
-Obrigou os
cistercienses a pagar o dízimo.
-Aprovou a regra
monástica dos grão-montinos.
-Decidiu pela
instituição da Oitava da Natividade de Nossa Senhora.
-Prescreveu que os
cardeais deveriam utilizar o chapéu vermelho.
-Preparou trinta e
oito constituições que foram posteriormente inseridas pelo Papa Bonifácio VIII
em seus decretos. O mais importante deles decretou uma arrecadação adicional de
um vigésimo sobre quaisquer benefícios por três anos para ajudar a libertação
da Terra Santa.
14)- LYON II - 07/05 a 17/07 de 1274 - Papa:
Gregório X (1271 - 1276) Assuntos principais: Procedimentos
referentes ao conclave papal; união com os gregos e cruzadas.
15)- VIENA
- 16/10 de 1311 a 06/05 de 1312 - Papa: Clemente V (1305 - 1314) Assunto
principal: Supressão
da Ordem dos Templários. O concilio de Viena também tratou de forma mínima o posicionamento
da Igreja contra o modo de viver a pobreza dos franciscanos, chamados
“Espirituais”, que adotavam ideias heréticas sobre a pobreza.As sugestões
propostas para discussão pelo concílio sobre a reforma da Igreja não tiveram
como objetivo uma melhoria moral, mas ao invés disso tentaram especificar o que
constituiria a "pobreza" para o clero e proteger a autonomia da
Igreja (um assunto premente na época). Estes assuntos foram também resolvidos
na terceira sessão do concílio através da aprovação de um número indeterminado
de rascunhos de constituições. Estas foram revisadas e outras fora adicionadas
após o final do concílio, mas o trabalho não terminou antes da morte do Papa
Clemente em 1314. Elas foram publicadas em 1317 pelo sucessor de Clemente, João
XXII como uma coleção de leis canônicas chamadas de "Constitutiones
Clementinae". Também, decretos de
reformas.
16)- CONSTANÇA
- 05/11 de 1414 a 22/04 de 1418 – Assuntos principais: Situação de vários
antipapas: resignação do Papa romano, Gregório XII (1405 - 1415); deposição do
Papa conciliar, João XXIII (1410 - 1415) em 29/05/1415; deposição do Papa
avinhense, Benedito XIII (1394 - 1415) em 26/07/1417. Eleição de Martinho V em
11/11/1417. Extinção do Grande Cisma; condenação de João Hus; decreto relativo
à supremacia do concílio sobre o Papa e decreto relativo à periodicidade dos
concílios; concordata com as cinco nações conciliaristas.
17)- BASILEIA
– FERRARA - FLORENÇA - Em Basileia de 23/07/1431 a 07/05/1437, em Ferrara de
18/09/1437 a 1º/01/1438, em Florença de 16/07/1439 a... ? em Roma, a partir de
25/04/1442 Papa: Eugênio IV (1431 - 1447) Assuntos principais: reunião com os gregos
em 06/07/1439 com os armênios em 22/11/1439 com os jacobistas em 04/02/1442 - O
concílio seu reuniu numa época em que o conciliarismo (Teoria conciliar, e ou
doutrina que considera que o concílio ecumênico ou Universal como a autoridade
suprema da Igreja, se faz
condicionalmente ou por princípio, sobre o papado) era forte e a
autoridade papal, fraca. Sob pressão para promover as reformas
eclesiásticas, Papa Martinho V sancionou um decreto do Concílio de Constança (9
de outubro de 1417) obrigando o papado a convocar concílios gerais
periodicamente. A luta pela união do ocidente e oriente em Ferrara e em
Florença, ainda que promissora, nunca deu resultados. Enquanto progressos pela
união no oriente continuaram a ser feitos nas próximas décadas, todas as
esperanças de uma reconciliação foram estraçalhadas com a queda de
Constantinopla em 1453.Já a disputa de dezessete anos para defender o
conciliarismo, em Basileia e em Lausanne, terminou também em derrota. O Papado,
tão abalado em suas fundações durante o Cisma do Oriente, atravessou estas
tribulações com uma vitória de Pirro. A era de grandes concílios do século XV
terminou e a constituição da Igreja Católica Romana continuou monárquica. O
concílio em Basileia abriu com apenas uns poucos bispos e abades presentes, mas
cresceu rapidamente e acabou tendo uma maioria de religiosos de ordens menores
sobre os bispos. A postura inicial foi antipapal, proclamando a superioridade
do concílio sobre o Papa e prescrevendo uma profissão de fé do sumo pontífice,
um juramento que deveria ser feito por todos os Papas em sua eleição. Quando o
concílio foi transferido de Basileia para Ferrara em 1438, alguns permaneceram
em Basileia (como Nicolau de Cusa), ainda alegando serem parte do
"verdadeiro concílio". Eles elegeram Amadeu VIII de Saboia como o
Antipapa Félix V. Expulsos de Basileia em 1448, eles se mudaram para Lausanne,
onde Félix, o único reclamante ao trono papal a ter feito a profissão de fé
proposta em Basileia, renunciou. No ano seguinte, o eles decretaram o
fechamento do que eles ainda acreditavam ser o Concílio de Basileia.O concílio
enquanto isso tinha negociado com sucesso a reunificação com diversas Igrejas
Ortodoxas, conseguindo acordos em assuntos como a primazia papal, a inclusão da
cláusula Filioque no credo e o purgatório, uma novidade recente no léxico
teológico latino. O item mais importante em discussão, previsivelmente, era o poder
papal, no sentido de um poder direto e que não responde à ninguém, sobre todas
as Igrejas ortodoxas nacionais (sérvia, búlgara, russa, georgiana, armênia
etc.) em troca de assistência militar contra os turcos otomanos. O
partido grego, sob forte pressão do imperador bizantino, aceitou, por razões
puramente políticas, as demandas do grupo papal. Apenas Marcos de Éfeso
rejeitou a união entre os ortodoxos gregos. Os russos, tendo ouvido rumores
desta teologia puramente política, rejeitaram furiosamente a união e expulsaram
quaisquer prelados que fossem minimamente simpáticos à ideia. É claro que a
ajuda do ocidente ao Império Bizantino nunca se materializou e a queda de
Constantinopla ocorreu em 1453. O concílio declarou também que o grupo que
estava reunido em Basileia eram hereges e os excomungou. Finalmente, em 1441, a
superioridade do Papa sobre os concílios foi reafirmanda na bula papal Etsi non
dubitemus de 20 de abril.Por fim, diversas das questões e tensões
levantadas sobre as reformas iriam provocar, no século seguinte, a Reforma
Protestante. Talvez, o legado mais importante do concílio foram as palestras
sobre a literatura clássica grega dadas em Florença por muitos dos delegados de
Constantinopla, incluindo o renomado neoplatonista Gemistus Pletho. Elas
ajudaram a catalisar o renascimento do humanismo.
18)- LATRÃO
V - 10/05/1512 a 16/03/1517 Papas: Júlio II (1503 - 1413) e Leão X (1513 - 1521)
- Assunto principal: Contra o concílio cismático de Pisa (1511-1512);
decretos de reformas - O Quinto Concílio de Latrão foi o maior dos concílios
ecumênicos medievais. Foi convocado pelo papa Júlio II. Depois da morte deste
em 1513, foi continuado pelo papa Leão X. Neste concílio foi decretada a condenação
dos erros de Joaquim de Fiore, que pregava o fim do mundo para breve, apoiando-se
em falsa exegese bíblica. Declaração definitiva da existência dos demônios como
sendo a princípio anjos bons que abusaram do seu livre arbítrio pecando.Um dos
importantes pontos discutidos na V Concílio de Latrão, trata da imortalidade da
alma. À época de sua convocação rondavam os católicos as doutrinas que diziam
ser a alma humana una, de modo que seria a alma humana universal imortal, e não
a alma de cada indivíduo. Assim, tal concílio preocupou-se em oferecer
aos fiéis uma doutrina oficial, que determinava ser individual a alma humana e
ser esta, indiscutivelmente, imortal. Outras decisões importantes deste
concílio foram:
-Rejeitou o cismático
concílio de Pisa (1511-1512).
-Decretos de reforma
da formação do clero, sobre a pregação, etc.
-Condenou a
Pragmática Sanção de Bourges, declaração que favorecia a criação de uma Igreja
Nacional da França.
-Assinatura de uma
Concordata que regulamentava as relações entre a Santa Sé e a França.
19)- TRENTO
- 13/12/1545 a 04/12/1563 (em três períodos)
Papas: Paulo II (1534 - 1549) ; Júlio III (1550 - 1555) e Pio IV (1559 - 1565)
- Assuntos principais: A contra a
Reforma de Lutero; doutrina sobre a Escritura e a Tradição, o pecado original e
a justificação, os sacramentos e a missa, a veneração dos santos, decretos de
reforma.
20)- VATICANO
I - 08/12/1869 a 18/07/1870 Papa: Pio IX (1846´1878) Assuntos principais: As principais
decisões do Concílio foram conceber uma Constituição dogmática intitulada
"Dei Filius", sobre a Fé católica e a Constituição Dogmática
"Pastor Aeternus", sobre o primado e infalibilidade do Papa (que não se deve confundir com impecância), somente
quando se pronuncia "ex-cathedra", em assuntos de fé e de moral. E
tratou-se de questões doutrinárias que eram necessárias para dar novo alento e
informar melhor sobre assuntos essenciais de Fé. Para além de proclamar como dogma
a Infalibilidade Papal, objetivava combater o Galicanismo (Esta concepção
provém do governo absolutista de Luís XIV de França e das ideias de
Jacques-Bénigne Bossuet. A Igreja estaria submetida ao Estado e o poder do rei
asseguraria o bem-estar dos súditos. O resumo destas ideias estão expressas na
"Declaração do clero galicano", redigido por Bossuet em 1682). O
Concílio, ao defender os fundamentos da fé católica, condenou os erros ideológicos do
Racionalismo, do Materialismo e do Ateísmo.
21)- VATICANO
II - 11/10/1962 a 07/12/1965 - Papas: João XXIII (1958 - 1963) e Paulo VI (1963
- 1978) Assuntos principais: Foi convocado no dia 25 de Dezembro de
1961, através da bula papal "Humanae salutis", pelo Papa João XXIII.
Este mesmo Papa inaugurou-o, a ritmo extraordinário, no dia 11 de outubro de
1962. O Concílio, realizado em 4 sessões, só terminou no dia 8 de dezembro de
1965, já sob o papado de Paulo VI. Nestas quatro sessões, mais de 2.000
Prelados convocados de todo o planeta discutiram e regulamentaram vários temas
da Igreja Católica. As suas decisões estão expressas nas 4
constituições, 9 decretos e 3 declarações elaboradas e aprovadas pelo Concílio.Apesar
da sua boa intenção em tentar atualizar a Igreja, os resultados deste Concílio,
para alguns estudiosos, ainda não foram totalmente entendidos nos dias de hoje,
enfrentando por isso vários problemas que perduram. Para muitos
estudiosos, é esperado que os jovens teólogos dessa época, que participaram do
Concílio, salvaguardem a sua natureza; depois de João XXIII, todos os Papas que
o sucederam até Bento XVI, inclusive, participaram do Concílio ou como Padres
conciliares (ou prelados) ou como consultores teológicos (ou peritos).Em 1995,
o Papa João Paulo II classificou o Concílio Vaticano II como "um momento
de reflexão global da Igreja sobre si mesma e sobre as suas relações com o
mundo". Ele acrescentou também que esta "reflexão global"
impelia a Igreja "a uma fidelidade cada vez maior ao seu Senhor. Mas o
impulso vinha também das grandes mudanças do mundo contemporâneo, que, como
“sinais dos tempos”, exigiam ser decifradas à luz da Palavra de Deus".No
ano 2000, João Paulo II disse ainda que: "o Concílio Vaticano II
constituiu uma dádiva do Espírito à sua Igreja. É por este motivo que permanece
como um evento fundamental não só para compreender a história da Igreja no fim
do século mas também, e sobretudo, para verificar a presença permanente do
Ressuscitado ao lado da sua Esposa no meio das vicissitudes do mundo. Mediante
a Assembleia conciliar, pôde-se constatar que o património de dois mil anos de
fé se conservou na sua originalidade autêntica".Segundo a visão oficial da
hermenêutica da continuação, existem ainda vários problemas pós-conciliares que
perduram até aos nossos dias,porque, segundo alguns estudiosos, este Concílio
ainda não foi totalmente compreendido. Esta posição foi defendida pelo Sínodo
dos Bispos de 1985, que constatou uma "ignorância não pequena de grande
parte dos cristãos para com os conteúdos conciliares". Este sínodo também
"afirmou que em muitos contextos o Concílio estava sendo usado de forma
manipulada, conforme as necessidades das situações, ou seja, estaria sendo
esvaziado de seu sentido original, perigo este não desprezível".Logo, na
Carta Apostólica "Tertio milennio adveniente" (1994), o Papa João
Paulo II convidou a Igreja a "um irrenunciável exame de consciência, que
deve envolver todas as componentes da Igreja, [e que] não pode deixar de haver
a pergunta: quanto da mensagem conciliar passou para a vida, as instituições e
o estilo da Igreja? Por estas razões, os efeitos do Concílio são ainda vistos
de forma controversa por alguns sectores católicos, principalmente pelo
catolicismo tradicionalista, que se opõe a vários pontos (ou até à maioria) das
decisões do Concílio Vaticano II, nomeadamente em questões como a reforma
litúrgica, a liberdade religiosa e o ecumenismo. Os católicos ultra tradicionalistas
acusam o Concílio de, em vez de trazer uma lufada de ar fresco para Igreja, ser
uma das causas principais da atual "crise na Igreja", que é
caracterizado, como por exemplo, na "corrupção da fé e dos costumes",no
declínio do número das vocações sacerdotais e de católicos praticantes e na
perda de influência da Igreja no mundo ocidental. Sobre esta mesma crise
eclesial, alguns teólogos modernistas, como Andrés Torres Queiruga (que nega a
ressurreição real de Cristo, alegam que a sua causa principal "é a
infidelidade ao Concílio Vaticano II e o medo das reformas exigidas".O
Papa João Paulo II, em 1995, afirma que não há ruptura:“Graças ao sopro do
Espírito Santo, o Concílio lançou as bases de uma nova primavera da Igreja. Ele
não marcou a ruptura com o passado, mas soube valorizar o património da inteira
tradição eclesial, para orientar os fiéis na resposta aos desafios da nossa
época. À distância de trinta anos [do Concílio], é mais do que nunca necessário
retornar àquele momento de graça”.Em 2000, João Paulo II afirmou também que:“A
"pequena semente", que João XXIII lançou [no Concílio], cresceu e deu
vida a uma árvore que já alarga os seus ramos majestosos e frondosos na Vinha
do Senhor. Ele já deu numerosos frutos nestes 35 anos de vida e ainda dará
muitos outros nos anos vindouros. Uma nova estação abre-se diante dos nossos
olhos: trata-se do tempo do aprofundamento dos ensinamentos conciliares, o
período da colheita daquilo que os Padres conciliares semearam e a geração
destes anos cuidou e esperou.
O Concílio Ecumênico Vaticano II constitui uma
verdadeira profecia para a vida da Igreja; e continuará a sê-lo por muitos anos
do terceiro milênio há pouco iniciado.
A Igreja, enriquecida com as verdades
eternas que lhe foram confiadas, ainda falará ao mundo, anunciando que Jesus
Cristo é o único verdadeiro Salvador do mundo: ontem, hoje e sempre!”Em 2005, o
Papa Bento XVI defendeu também a mesma ideia do seu predecessor, dizendo que:“Quarenta
anos depois do Concílio podemos realçar que o positivo é muito maior e mais
vivo do que não podia parecer na agitação por volta do ano de 1968. Hoje vemos que
a boa semente, mesmo desenvolvendo-se lentamente, cresce todavia, e cresce
também assim a nossa profunda gratidão pela obra realizada pelo Concílio!
Assim
podemos hoje, com gratidão, dirigir o nosso olhar ao Concílio Vaticano II: se o
lemos e recebemos guiados por uma justa hermenêutica, ele pode ser e tornar-se
cada vez mais uma grande força para a sempre necessária renovação da Igreja!”
ATENÇÃO! Concílios da ainda “Igreja Indivisa” (aceitos também,
pelos Ortodoxos):
1)-Ano 50 - Concílio de
Jerusalém:
Ruptura com alguns preceitos judaicos (circuncisão) e a instituição de
preceitos cristãos apostólicos.
2)-Ano 325 - 1º C. de
Niceia: Contra o arianismo e definição do Credo
Niceno Constantinopolitano.
3)-Ano 381 1º Concílio de Constantinopla: Finalização do Credo
Niceno Constantinopolitano.
4)- Ano 432 C. de Éfeso: Contra o
nestorianismo.
5)- 451 C. de Calcedónia:Contra o
monofisitismo princípio da união hipostática.
6)-Ano 553 2º Constantinopla: Contra os nestorianos.
7)-Ano 681 3º Constantinopla: Contra o
monotelitismo.
8)- Ano 767 2º C. de Niceia: Legaliza veneração de imagens.
*Obs.: Anos 867 e
1064:
Cismas entre as Igrejas Romana e Ortodoxas.
Bibliografia:
- Wikipedia.
- Site Cleofas –
Prof. Felipe Aquino.
-Denzinger –
Hunermann (Compêndio dos símbolos,definições e declarações de fé e moral – Ed.
Paulinas/Loyola).
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APOSTOLADO BERAKASH: Como você pode ver, ao contrário de outros meios midiáticos, decidimos por manter a nossa página livre de anúncios, porque geralmente, estes querem determinar os conteúdos a serem publicados. Infelizmente, os algoritmos definem quem vai ler o quê. Não buscamos aplausos, queremos é que nossos leitores estejam bem informados, vendo sempre os TRÊS LADOS da moeda para emitir seu juízo. Acreditamos que cada um de nós no Brasil, e nos demais países que nos leem, merece o acesso a conteúdo verdadeiro e com profundidade. É o que praticamos desde o início deste blog a mais de 20 anos atrás. Isso nos dá essa credibilidade que orgulhosamente a preservamos, inclusive nestes tempos tumultuados, de narrativas polarizadas e de muita Fake News. O apoio e a propaganda de vocês nossos leitores é o que garante nossa linha de conduta. Sempre nos preocupamos com as questões de direito autoral e de dar o crédito a quem lhe é devido. Se por acaso alguém se sentir ferido(a) em seus direitos autorais quanto a textos completos, ou parciais, publicados ou traduzidos aqui (já que não consegui identificar e contatar alguns autores(as), embora tenha tentado), por favor, não hesite em nos escrever para que possamos fazer o devido registro de seus créditos, sejam de textos, fontes, ou imagens. Para alguns, erros de ortografia e de digitação valem mais que o conteúdo, e já invalida “todes” o texto? A falta de um “a”, de alguma vírgula, ou alguns trocadilhos, já são suficientes para não se ater a essência do conteúdo? Esclareço que levo mais tempo para escrever, ou repostar um conteúdo do que corrigi-lo, em virtude do tempo e falta de assessoria para isto. A maioria aqui de nossos(as) leitores(as) preferem focar no conteúdo e não na superficialidade da forma (não quero com isto menosprezar as regras gramaticais, mas aqui, não é o essencial). Agradeço as correções pontuais, não aquelas genéricas, tipo: “seu texto está cheio de erros de português” - Nas próximas pontuem esses erros (se puderem e souberem) para que eu faça as devidas correções. Semanalmente faço postagens sobre os mais diversos assuntos: política, religião, família, filosofia, sociologia, moral Cristã, etc. Há quem goste e quem não gosta de minhas postagens! Faz parte do processo, pois nem todos pensamos igual. Isso também aconteceu com Jesus e com os apóstolos e com a maioria daqueles(as) que assim se expõem. Jesus não disse que só devemos pregar o que agrada aos outros, mas o que precisamos para nossa salvação! Paulo disse o mesmo ao jovem bispo Timóteo (2Tm 4,1-4). Padre, seminarista, leigo católico e catequista não devem ter medo de serem contestados! Seja fiel ao Magistério Integral da igreja! Quem disse que seria fácil anunciar Jesus e seus valores? A mera veiculação, ou reprodução de matérias e entrevistas deste blog não significa, necessariamente, adesão às ideias neles contidas. Tal material deve ser considerado à luz do objetivo informativo deste blog. Os comentários devem ser respeitosos e relacionados estritamente ao assunto do post. Toda polêmica desnecessária será prontamente banida. Todos as postagens e comentários são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente, a posição do blog. A edição deste blog se reserva o direito de excluir qualquer artigo ou comentário que julgar oportuno, sem demais explicações. Todo material produzido por este blog é de livre difusão, contanto que se remeta nossa fonte. Não somos bancados por nenhum tipo de recurso ou patrocinadores internos, ou externo ao Brasil. Este blog é independente e representamos uma alternativa concreta de comunicação. Se você gosta de nossas publicações, junte-se a nós com sua propaganda, ou doação, para que possamos crescer e fazer a comunicação dos fatos, doa a quem doer. Entre em contato conosco pelo nosso e-mail abaixo, caso queira colaborar:
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Quais sãos as fontes bibliográficas
Prezado Davi Alves,
Seguem as fontes bibliográficas (retiradas principalmente da última):
Bibliografia:
- Wikipedia.
- Site Cleofas – Prof. Felipe Aquino.
- Denzinger – Hunermann (Compêndio dos símbolos,definições e declarações de fé e moral – Ed. Paulinas/Loyola).
Shalom !!!
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