Tem uma Passagem do
Livro do Profeta Jeremias, que desde muito tempo me tem acompanhado:
“Antes de formar-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do
seio de tua mãe, eu te consagrei e te fiz Profeta das nações”. (Jr 1,4-10)
Creio que Deus me
consagrou e me chamou também a esta missão de servir, de ser Profeta anunciador
da boa nova às pessoas, de um modo especial aos jovens. A cada dia Deus vai
modelando-me e eu vou permitindo muito lentamente e com as resistências de
minha humanidade ferida pelo pecado. Mas mesmo assim vou respondendo este chamado, essa inquietação que
sempre tive ao fazer aqueles questionamentos: "Por que nasci ? Qual o sentido da
vida ? De onde vim ? Para onde vou ? O que Deus quer de mim ?..." Quem nunca fez estas
perguntas me atire a primeira pedra.
Pensar que Deus
precisa de alguém ou de alguma coisa é um erro grave. Pensar que existe algum
mérito natural no ser humano para Ele nos eleger é um erro, pois a natureza
humana é inclinada para o mal, e é sempre “Deus quem dá o querer e o realizar
segundo o beneplácito de sua santíssima vontade” (Filip 2,13). Por isto
na Vocação Shalom somos chamados a reconhcer e viver a Primazia da Graça, que
opera em nós estes dois verbos: Querer e realizar.E por isto São Paulo reconhece
esta primazia ao dizer : “ O que tens que antes não tenhas recebido de Deus?...”
(I Cor 4,7)
Jesus não foi
escolhido por ninguém para vir a existir, pois existia deste o princípio. É
muito mais do que mera semântica, existe um ensino profundo e verdadeiro no
fato dEle haver nos escolhido. Vai além da minha e da sua compreensão, o amor
de Deus e suas manifestações, das quais Jesus é a encarnação. Mas o fato é: ELE
nos escolheu.
De todos os mistérios que a vida cristã nos apresenta, o mais
maravilhoso possível é este. Jesus encarnado era Deus, com Espírito de Deus,
morreu por submissão para cumprir os propósitos do Pai, e ME ESCOLHEU! Porque eu?
Porque não alguém mais fácil de corresponder ao seu chamado ? Mistério total e
absoluto.
A grande verdade
nisso é que o amor de Deus não está limitado à nossa capacidade de compreensão.
Por mais que sejamos falhos, limitados e humanamente falando seja impossível
atingir os objetivos de Deus, Ele nos ama.
Definitivamente, nós
não somos merecedores daquilo que Deus prometeu fazer, e fez por nós. Todos nós
somos unânimes em concordar com a verdade inconteste de que somos salvos por
Deus, quando poderíamos não termos sido salvos por Ele, caso Ele mesmo não se
propusesse assim o fazer. Por essa razão, reputamos a sua forte mão toda a
força, sobre a qual repousa todo engajamento e obra por vivermos quando
merecíamos morrer.
Creio que a
misericórdia, a graça e a eleição estão orgânica e interdependentemente ligadas
por uma ação inseparável, sem a qual todas não demonstrariam o que são de fato
e se auto-excluiriam à parte da verdade. Falar da misericórdia divina
significará tentar compreender o passo que antecede a ação graciosa de Deus, o
qual bem pode seletivamente dispensá-la, visto ser ela, a graça, uma ação
imerecida, soberanamente dispensada sobre homens cujas vidas mancharam-nas da
culpa original.
“As misericórdias do SENHOR são a
causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim...”
(Lm 3,22)
O que nos impede de
sermos consumidos é a misericórdia de Deus dispensada em nós a despeito do que
somos e merecemos. Alguém já disse com razão que “A misericórdia manifesta-se
quando Deus não nos dá o que nós merecemos”, ou seja, merecemos morrer,
contudo, ainda vivemos, pois Deus não quer a morte do pecador, mas
que ele se converta e viva (Ezeq 33,11).
A razão pela qual o
profeta diz ao povo que a única causa que se interpõe ao juízo condenatório de
Deus é a misericórdia dEle próprio é porque não há nada em nós que faria o
mesmo por nós, algo que por nós fosse produzido afim de que, por do qual a ira
pudesse ser aplacada e a justiça cumprida,
e por consequencia, a misericórdia desvanecida.
Uma outra solução
impraticável para que o culpado não seja condenado, é privar-se de fazer a ação
que dantes cometera pela qual pudesse aquele ser levado à inocência, e isso
evidentemente nos seria impossível realizar, isso porque quem poderia dizer:
“Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?” (Pv 20.9) Ninguém,
porque “não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque.” (Ec
7.20).
Destituir-nos da
culpa, consiste em destitui o ato misericordioso de Deus, que conforme Santa
teresinha se prova, permitindo a queda e perdoando, e a outros preservando
unicamente pela graça de não cair.
Deste modo, ou Deus é
misericordioso por poupar o juízo sobre o pecador culpado, ou o pecador não é
tão culpado assim a ponto de Deus tratar seus atos por meio de um atributo com
o qual priva a divida ao devedor. Devemos nos juntar ao clamor de Jacó e com
suas palavras entoar um cântico em coro:
“Não sou digno da menor de todas as tuas beneficências e de toda a
fidelidade que tens usado para com teu servo” (Gn 32.10)
Dizer que Deus age
com misericórdia em não nos condenar, é dizer que ele faria justiça em nos condenar.
Dizer o contrário constitui-se em esvaziar o ato misericordioso e olvidar o ato
de justiça, pois se ele não poderia
dar-nos o inferno, sem que antes desse-nos a oportunidade de dizermos
que não queremos ir para lá.
Se isso é fato, como não considerar a ação que Deus não
decidiu fazer, embora estivesse plena e soberanamente livre para decretar?
Deus poderia condenar
à todos, sem que à todos fosse dado um chance para serem salvos. O Dilúvio
prova isso, quando em decorrência dos pecados dos homens que se avolumavam
sobre a terra, tornando-a mais negra do que a própria escuridão, Deus por meio
do martelo da justiça que lhe compete, disse: “Destruirei da face da terra o
homem que criei” (Gn 6.7). Isso é justo, e a sanidade que possuímos, aliada ao
temor a Deus que nos consome, impede-nos de replicarmos sua ação.
Mas se deseja mudar a sorte do ímpio, que diremos pois?
Dessa forma até que ao
homem lhe seja por Deus estendido um livramento, somos culpados. Mas por quê?
Porque é isso que se entende por intervenção misericordiosa, de não dar ao
culpado a condenação que lhe compete como transgressor. Se não nos apresentamos
ainda à Deus como gratos pelo fato dEle não ter dado à nós o que com nossos
pecados fizemos por merecer, é a razão pela qual devemos o quanto antes nos
prostrar perante a Deus e, tal como o salmista rendermos graças o Senhor por
não levar em conta os pecados fartamente encontrados em nosso coração, tornando
nosso saldo mais que devedor por meio do qual nos tornamos culpados, do qual
deriva a nossa condenação a qual Deus
ousou não considerar no seu Eterno tribunal não dando cabo da vida do homem:
“Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá?” (Sl
130.3)
Quando não
consideramos a verdade sob essa questão, despiremos o clamor do salmista quando
declarou que as iniqüidades dos homens seriam a razão suficiente para todos
inexistirem, caso Deus assim decidisse fazer.
"Pai, eu sou grato pela Tua escolha e pelo Teu amor por mim, e
quero corresponder a ele."
Quero corresponder
Com a oferta do meu viver
Ao apelo de deus em meu coração
A humanidade a chorar, sofrendo a esperar
Que o meu canto, que o meu grito,
Se faça escutar
Com a oferta do meu viver
Ao apelo de deus em meu coração
A humanidade a chorar, sofrendo a esperar
Que o meu canto, que o meu grito,
Se faça escutar
Quero ofertar minha vida,
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor,
Por que o meu perfume não se espalhará
Se não se derramar, por amor a Deus
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor,
Por que o meu perfume não se espalhará
Se não se derramar, por amor a Deus
Quero ofertar minha vida,
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor
Gastar os meus dias,
Minha juventude, por amor
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Cada dia hei de viver,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Minha alegria e o meu sofrer,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Por cada um eu ei de viver,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Cada dia hei de viver,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Me consumirei,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Minha alegria e o meu sofrer,
Pela igreja, pelos jovens, pelos homens,
Por cada um eu ei de viver,
Pela igreja, pelos jovens, eu me oferto
----------------------------------------------------------
Apostolado Berakash – Trazendo a Verdade: Se você gosta de nossas publicações e caso queira saber mais sobre determinado tema, tirar dúvidas, ou até mesmo agendar palestras e cursos em sua paróquia, cidade, pastoral, e ou, movimento da Igreja, entre em contato conosco pelo e-mail:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.