A cada um Deus dá uma via de oração, pois Deus nos criou únicos e
irrepetíveis, e como já dizia Santa Tereza d'Avila, doutora da Igreja e mestra de
oração: “A
oração é um trato de amizade”. Se a oração é um trato de amizade, esses nossos encontros não devem ser uma penitência, mas um colóquio, um encontro de amor, onde eu procuro dar a Deus nestes momentos o melhor de mim, e principalmente, o melhor horário e o melhor de minha atenção, até mesmo porque nas escrituras não encontramos nenhum exemplo de que estes encontros com Deus tenham que ser como dolorosas e desconfortáveis penitências.
O QUE DIZEM AS ESCRITURAS ?
1)- PELA MANHÃ? - Salmo 5,4: “É a vós que eu invoco, Senhor,
desde a manhã; escutai a minha voz, porque, desde o raiar do dia, vos apresento
minha súplica e espero.”
2)- À TARDE? Salmo 141, 2: “Suba à tua presença a minha
oração, como incenso, e seja o erguer de minhas mãos como oferenda
vespertina (da tarde)...” - Gênesis 3,8: "E eis
que ouviram o barulho (dos passos) do Senhor Deus que passeava no jardim, à
hora da brisa da tarde..."
3)- A NOITE? - SALMOS 4,8: "Em paz também me deitarei e dormirei, por
que só tu, Senhor, me fazes habitar em segurança...”
Provérbios 8,17: “Eu
amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão!”
A oração é um comunicar com o Pai. A oração sincera e verdadeira, nos faz volta a Deus, voltarmos a inocência de sermos crianças entregues com toda confiança a Deus: “Deixar vir a mim os pequeninos” (Mateu 19,14)
O QUE DIZ O SAGRADO MAGISTÉRIO SOBRE A ORAÇÃO?
§2559:"Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao
céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da
alegria " (Santa Teresinha do menino Jesus)
A oração
como dom de Deus
§2559 "A oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus dos
bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar? Das alturas de nosso orgulho
e vontade própria, ou das "profundezas" (Sl 130,1) de um coração
humilde e contrito? Quem se humilha será exaltado. A humildade é o fundamento
da oração. "Nem sabemos o que seja conveniente pedir" (Rm 8,26). A
humildade é a disposição para receber gratuitamente o dom da oração; o homem é um
mendigo de Deus.
Deus NOS chama
para "UM ENCONTRO DE AMIGOS" NA oração!
§2567 Deus é o primeiro a chamar o homem. Ainda que o homem esqueça seu
Criador ou se esconda longe de sua Face, ainda que corra atrás de seus ídolos
ou acuse a divindade de tê-lo abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama
incessantemente cada pessoa ao encontro misterioso da oração. Essa atitude de
amor fiel vem sempre em primeiro lugar na oração; a atitude do homem é sempre
resposta a esse amor fiel. A medida que Deus se revela e revela o homem a si
mesmo, a oração aparece como um recíproco apelo, um drama de Aliança. Por meio
das palavras e dos atos, esse drama envolve o coração e se revela através de
toda a história da salvação.
§2737 "Não possuís porque não pedis. Pedis, mas não recebeis, porque
pedis mal, com o fim de gastardes nos vossos prazeres" (Tg 4,2-3). Se
pedimos com um coração dividido, "adúltero" Deus não nos pode ouvir,
porque deseja nosso bem, nossa vida. "Ou julgais que é em vão que a
Escritura diz: Ele reclama com ciúme o espírito que pôs dentro de nós (Tg
4,5)?" Nosso Deus é "ciumento" de nós, o que é o sinal da
verdade de seu amor. Entremos no desejo de seu Espírito e seremos ouvidos.Não
te aflijas se não recebes imediatamente de Deus o que lhe pedes: pois Ele quer
fazer-te um bem ainda maior por tua perseverança em permanecer com Ele na oração.
Ele quer que nosso desejo seja provado na oração. Assim Ele nos prepara para
receber aquilo que Ele está pronto a nos dar.
Jesus ouve a nossa oração!
§2616 Jesus ouve a oração A oração a Jesus é ouvida por Ele já
durante seu ministério, por meio dos sinais que antecipam o poder de sua Morte
e Ressurreição: Jesus ouve a oração de fé, expressa em palavras (o leproso,
Jairo, a cananéia, o bom ladrão), ou em silêncio (os carregadores do
paralítico, a hemorroíssa que lhe toca as vestes, as lágrimas e o perfume da
pecadora). O pedido insistente dos cegos: "Filho de Davi, tem compaixão de
nós" (Mt 9,27)ou "Filho de Davi, tem compaixão de mim" (Mc
10,47) foi retomado na tradição da Oração a Jesus: "Jesus Cristo, Filho de
Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador!" Quer na cura das enfermidades,
quer na remissão dos pecados, Jesus responde sempre à oração que implora com
fé: "Vai em paz, tua fé te salvou!"Sto. Agostinho resume admiravelmente as três dimensões da oração de Jesus
(cf. 2667): "Ele ora por nós como nosso sacerdote, ora em nós como nossa
cabeça, e a Ele sobe nossa oração como ao nosso Deus. Reconheçamos pois, nele,
os nossos clamores e em nós os seus clamores".
"A Oração com e como Maria" - quer entender para melhor dar seu sim e sua adesão a Deus: "Como se dará?..." (Lucas 1,34-35).
§2674 A partir do consentimento dado na fé por ocasião da Anunciação e
mantido sem hesitação sob a cruz, a maternidade de Maria se estende aos irmãos
e às irmãs de seu Filho "que ainda são peregrinos e expostos aos perigos e
às misérias". Jesus, o único Mediador, é o Caminho de nossa oração; Maria,
sua Mãe e nossa Mãe, é pura transparência dele. Maria "mostra o
Caminho" ("Hodoghitria"), é seu "sinal" conforme a
iconografia tradicional no Oriente e no Ocidente.
§2676 Esse duplo movimento da oração a Maria encontrou uma expressão
privilegiada na oração da Ave-Maria:"Ave, Maria (alegra-te, Maria)." A saudação do anjo Gabriel
abre a oração da Ave-Maria. E o próprio Deus que, por intermédio de seu anjo,
saúda Maria. Nossa oração ousa retomar a saudação de Maria com o olhar que Deus
lançou sobre sua humilde serva, alegrando-nos com a mesma alegria que Deus
encontra nela."Cheia de graça, o Senhor é convosco." As duas palavras de
saudação do anjo se esclarecem mutuamente. Maria é cheia de graça porque o
Senhor está com ela. A graça com que ela é cumulada é a presença daquele que é
a fonte de toda graça. "Alegra-te, filha de Jerusalém... o Senhor está no
meio de ti" (Sf 3,14.17a). Maria, em quem vem habitar o próprio Senhor, é
em pessoa a filha de Sião, a Arca da Aliança, o lugar onde reside a glória do
Senhor: ela é "a morada de Deus entre os homens" (Ap 21,3).
"Cheia de graça", e toda dedicada àquele que nela vem habitar e que
ela vai dar ao mundo."Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso
ventre, Jesus." Depois da saudação do anjo, tornamos nossa a palavra de
Isabel. "Repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41), Isabel é a primeira na
longa série das gerações que declaram Maria bem-aventurada: "Feliz aquela
que creu..." (Lc 1,45): Maria é "bendita entre as mulheres"
porque acreditou na realização da palavra do Senhor. Abraão, por sua fé, se
tomou uma bênção para "todas as nações da terra" (Gn 12,3). Por sua
fé, Maria se tomou a mãe dos que crêem, porque, graças a ela, todas as nações
da terra recebem Aquele que é a própria bênção de Deus: "Bendito é o fruto
do vosso ventre, Jesus".
§2677 "Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós..." Com Isabel
também nós nos admiramos: "Donde me vem que a mãe de meu Senhor me
visite?" (Lc 1,43). Porque nos dá Jesus, seu filho, Maria é Mãe de Deus e
nossa Mãe; podemos lhe confiar todos os nossos cuidados e pedidos: ela reza por
nós como rezou por si mesma: "Faça-se em mim segundo a tua palavra"
(Lc 1,38). Confiando-nos à sua oração, abandonamo-nos com ela à vontade de
Deus: "Seja feita a vossa vontade"."Rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte."
Pedindo a Maria que reze por nós, reconhecemo-nos como pobres pecadores e nos
dirigimos à "Mãe de misericórdia", à Toda Santa. Entregamo-nos a ela
"agora", no hoje de nossas vidas. E nossa confiança aumenta para
desde já entregar em suas mãos "a hora de nossa morte". Que ela
esteja então presente, como na morte na Cruz de seu Filho, e que na hora de
nossa passagem ela nos acolha como nossa Mãe, para nos conduzir a seu Filho,
Jesus, no Paraíso.
§2678 A piedade medieval do Ocidente desenvolveu a oração do Rosário como
alternativa popular à Oração das Horas (salmos). No Oriente, a forma litânica da oração
"Acatisto" e da Paráclise ficou mais próxima do ofício coral nas
Igrejas bizantinas, ao passo que as tradições armênia, copta e siríaca
preferiram os hinos e os cânticos populares à Mãe de Deus. Mas na Ave-Maria,
nos "theotokia", nos hinos de Sto. Efrém ou de S. Gregório de Narek,
a tradição da oração é fundamentalmente a mesma.
A Oração da
Igreja
§276 Fiel ao testemunho da Escritura, a Igreja dirige com freqüência sua
prece ao "Deus Todo-Poderoso e eterno" ("omnipotens sempiterne
Deus..."), crendo firmemente que "nada é impossível a Deus" (Lc
1,37)
§2623 - No dia de Pentecostes, o Espírito da
promessa foi derramado sobre os discípulos, "reunidos no mesmo lugar"
(At 2,1), esperando-o, "todos unânimes, perseverando na oração" (At
1,14). O Espírito, que ensina a Igreja e lhe recorda tudo o que Jesus disse,
vai também formá-la para a vida de oração.
§2624 Na primeira comunidade de Jerusalém, os fiéis se mostravam
"assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do
pão e às orações" (At 2,42). A seqüência é típica da oração da Igreja:
fundada na fé apostólica e autenticada pela caridade, ela é alimentada na
Eucaristia.
§2625 Essas orações são, sobretudo, as que os fiéis ouvem e lêem nas
Escrituras, atualizando-as, porém, principalmente as dos Salmos, a partir de
sua realização em Cristo. O Espírito Santo, que assim lembra Cristo à sua
Igreja orante, também a conduz à Verdade plena e suscita formulações novas que
exprimirão o insondável Mistério de Cristo atuando na vida, nos sacramentos e
na missão de sua Igreja. Essas formulações se desenvolverão nas grandes
tradições litúrgicas e espirituais. As formas da oração, como nos são reveladas
pelas Escrituras apostólicas canônicas, serão normativas da oração cristã.
Perseverança
na oração:
§ 2742 Perseverar no amor:"Orai sem cessar" (1 Ts
5,17), "sempre e por tudo dando graças a Deus Pai, em nome de nosso
Senhor, Jesus Cristo" (Ef 5,20), "com orações e súplicas de toda
sorte, orai em todo tempo, no Espírito e, para isso, vigiai com toda
perseverança e súplica por todos os santos" (Ef 6,18). "Não nos foi
prescrito que trabalhemos, vigiemos e jejuemos constantemente, enquanto, para
nós, é lei rezar sem cessar." Esse ardor incansável só pode provir do
amor. Contra nossa pesada lentidão e preguiça, o combate da oração é o do amor
humilde, confiante e perseverante. Esse amor abre nossos corações para três evidências
de fé, luminosas e vivificantes:
§2582 Elias é o pai dos profetas, "da geração dos que procuram Deus,
dos que buscam sua face". Seu nome, "O Senhor é me Deus",
anuncia o clamor do povo em resposta à sua oração no monte Carmelo. S. Tiago
nos remete a Elias para nos incitar à oração: "A oração fervorosa do justo
tem grande poder".
Lugares "favoráveis (por excelência)" à oração:
§2691 - A Igreja, casa de Deus, é o lugar próprio para a oração litúrgica da
comunidade paroquial. E também o lugar privilegiado da adoração da presença
real de Cristo no Santíssimo Sacramento. A escolha de um lugar favorável é
importante para a verdade da oração:
* para a oração pessoal, pode ser um "recanto de oração", com
as Sagradas Escrituras e imagens sagradas, para aí estar "no segredo"
diante do Pai. Numa família cristã, essa espécie de peque no oratório favorece
a oração em comum;
* nas regiões onde existem mosteiros, a vocação dessas comunidades é
favorecer a partilha da Oração das Horas com os fiéis e permitir a solidão
necessária a uma oração pessoal mais intensa;
* as peregrinações evocam nossa caminhada pela terra em direção ao céu.
São tradicionalmente tempos fortes de renovação da oração. Os santuários são
para os peregrinos, em busca de suas fontes vivas, lugares excepcionais para
viver "como Igreja" as formas da oração cristã.
a Vigilância e o Combate da oração
§2730 Positivamente, o combate contra nosso "eu" possessivo e
dominador é a vigilância, a sobriedade do coração. Quando Jesus insiste na
vigilância, ela está sempre relacionada com Ele, com sua vinda, com o último
dia e com cada dia: "hoje". O Esposo vem no meio da noite; a luz que
não deve ser extinta é a da fé: "Meu coração diz a teu respeito: 'Procurai
a sua face"' (Sl 27,8).
Dificuldades que encontramos para entrarmos em oração(intimidade com Deus)
§2731 Outra dificuldade, especialmente para aqueles que querem
sinceramente orar, é a aridez. Esta acontece na oração, quando o coração está
desanimado, sem gosto com relação aos pensamentos, às lembranças e aos
sentimentos, mesmo espirituais. E o momento da fé pura que se mantém fielmente
com Jesus na agonia e no túmulo. "Se o grão de trigo que cai na terra
morrer, produzirá muito fruto" (Jo 12,24). Se a aridez é causada pela
falta de raiz, porque a Palavra caiu sobre as pedras, o combate deve ir na
linha da conversão.
O
COMBATE DA ORAÇÃO
§2725 - A oração é um dom da graça e uma resposta decidida de nossa parte. Supõe
sempre um esforço. Os grandes orantes da Antiga Aliança antes de Cristo, como
também a Mãe de Deus e os santos com Ele, nos ensinam: a oração é um combate.
Contra quem? Contra nós mesmos e contra os embustes do Tentador, que tudo faz
para desviar o homem da oração, da união com seu Deus. Reza-se como se vive,
porque se vive como se reza. Se não quisermos habitualmente agir segundo o
Espírito de Cristo, também não poderemos habitualmente rezar em seu Nome. O
"combate espiritual" da vida nova do cristão é inseparável do combate
da oração.
DIANTE DAS
TENTAÇÕES NA ORAÇÃO
§2732 - A tentação mais comum, mais oculta, é nossa falta de fé, que se exprime
não tanto por uma incredulidade declarada quanto por uma opção de fato. Quando
começamos a orar, mil trabalhos ou cuidados, julgados urgentes, apresentam-se
como prioritários; de novo, é o momento da verdade do coração e de seu amor
preferencial. Com efeito, voltamo-nos para o Senhor como o último recurso: mas
de fato acreditamos nisso? As vezes tomamos o Senhor como aliado, mas o coração
ainda está na presunção. Em todos os casos, nossa falta de fé revela que não
estamos ainda na disposição do coração humilde: "Sem mim, nada podeis
fazer" (Jo 15,5).
§2733 Outra tentação, cuja porta é aberta pela presunção, é a acídia
(chamada também "preguiça"). Os Padres espirituais entendem esta
palavra como uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, à
diminuição da vigilância, à negligência do coração. "O espírito está
pronto, mas a carne é fraca" (Mt 26,). Quanto mais alto se sobe, tanto
maior a queda. O desânimo doloroso é o inverso da presunção. Quem é humilde não
se surpreende com sua miséria Passa então a ter mais confiança, a perseverar na
constância.
§2755 Duas tentações freqüentes ameaçam a oração: a falta de fé e a
acídia, que é uma forma de depressão devida ao relaxamento da ascese, que leva
ao desânimo.
OS CAMINHOS: OS VÁRIOS MODOS, TIPOS E MEIOS DA ORAÇÃO
§2663 - Na tradição viva da oração, cada
Igreja propõe aos fiéis, segundo o contexto histórico, social e cultural, a
linguagem de Jesus na sua oração: palavras, melodias, gestos, iconografia. Cabe
ao Magistério discernir a fidelidade desses caminhos de oração à tradição da fé
apostólica, e compete aos pastores e aos catequistas explicar seu sentido,
sempre relacionado com Jesus Cristo.
SOBRE A
ORAÇÃO "IMPRECATÓRIA" (mais comum no meio protestante)
A oração imprecatória pede ao Deus Criador
que Se volte aos inimigos, (não de quem temos inveja, ou antipatias), confiando que a justiça de Deus é perfeita! Ao homem
é proibido matar ou vingar-se (conf. Rom. 12,19), pois isso seria quebrar os mandamentos. Então, o
homem temente a Deus, injustiçado, se volta a Deus, que detém todo o poder:
Lucas 18,
7: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele de dia e de
noite (conf. Apoc. 6,10), ainda que tardio para com eles?...”
Portanto, as escrituras velho testamentária devem ser lidas de
forma cristológica, ou seja, a partir de Cristo, a partir de uma
espiritualidade do Novo Testamento. É por isso que todos os Salmos, na Liturgia
das Horas, são precedidos de um versículo bíblico do Novo Testamento, para
recordar ao orante que aquele texto, oriundo do Antigo Testamento, deve ser
lido sob a ótica do Novo Testamento.Sendo assim, é possivel sim ler os Salmos
imprecatórios, mas não como maldição. A leitura deles deve ser dupla: todas as
vezes que se deparar com um versículo imprecatório, este deve ser aplicado ao
Inimigo de Deus, ou seja, àqueles que já estão condenados, quais sejam, os
anjos, os demônios. Estes Salmos são, portanto, um combate entre o Inimigo e os
homens, na luta contra o pecado. Além do mais, os católicos nunca lêem a
Bíblia ao pé da letra e, muito menos, o Antigo Testamento. Para saber como se
deve ler as passagens obscuras da Bíblia, como essas, e da relação entre o
Antigo e o Novo Testamento, o Papa Bento XVI ensina na Exortação Apostólica
Verbum Domini:
“42. No contexto da relação entre Antigo e
Novo Testamento, o Sínodo enfrentou também o caso de páginas da Bíblia que às
vezes se apresentam obscuras e difíceis por causa da violência e imoralidade
nelas referidas. Em relação a isto, deve-se ter presente antes de mais nada que
a revelação bíblica está profundamente radicada na história. Nela se vai
progressivamente manifestando o desígnio de Deus, actuando-se lentamente ao longo
de etapas sucessivas, não obstante a resistência dos homens. Deus escolhe um
povo e, pacientemente, realiza a sua educação. A revelação adapta-se ao nível
cultural e moral de épocas antigas, referindo consequentemente fatos e usos
como, por exemplo, manobras fraudulentas, intervenções violentas, extermínio de
populações, sem denunciar explicitamente a sua imoralidade. Isto explica-se a
partir do contexto histórico, mas pode surpreender o leitor moderno, sobretudo
quando se esquecem tantos comportamentos «obscuros» que os homens sempre
tiveram ao longo dos séculos, inclusive nos nossos dias. No Antigo Testamento,
a pregação dos profetas ergue-se vigorosamente contra todo o tipo de injustiça
e de violência, colectiva ou individual, tornando-se assim o instrumento da
educação dada por Deus ao seu povo como preparação para o Evangelho. Seria,
pois, errado não considerar aqueles passos da Escritura que nos aparecem
problemáticos. Entretanto deve-se ter consciência de que a leitura destas
páginas requer a aquisição de uma adequada competência, através duma formação
que leia os textos no seu contexto histórico-literário e na perspectiva cristã,
que tem como chave hermenêutica última «o Evangelho e o mandamento novo de
Jesus Cristo realizado no mistério pascal». Por isso exorto os estudiosos e os
pastores a ajudarem todos os fiéis a abeirar-se também destas páginas por meio
de uma leitura que leve a descobrir o seu significado à luz do mistério de
Cristo." ( Por Padre Paulo Ricardo).
§2684 Na comunhão dos santos, desenvolveram-se, ao longo da história das
Igrejas, diversas espiritualidades. O carisma pessoal de uma testemunha do Amor
de Deus aos homens pôde ser transmitido, como "o espírito" de Elias a
Eliseu" e a João Batista, para que alguns discípulos tenham parte nesse
espirito. Há uma espiritualidade igualmente na confluência de outras correntes,
litúrgicas e teológicas, atestando a inculturação da fé num meio humano e em
sua história (CATÓLICA, ORTODOXA E PROTESTANTE). As espiritualidades cristãs participam da tradição viva da oração
e são guias indispensáveis para os fiéis, refletindo, em sua rica diversidade,
a pura e única Luz do Espírito Santo.
A adoração é o primeiro ato da virtude da religião. Adorar a Deus é
reconhecê-lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Dono de tudo
o que existe, o Amor infinito e misericordioso. "Adorarás o Senhor, teu
Deus, e só a Ele prestarás culto" (Lc 4,8), diz Jesus, citando o
Deuteronômio (6,13).
§2097 Adorar a Deus é, no respeito e na submissão absoluta, reconhecer
"o nada da criatura", que não existe a não ser por Deus. Adorar a
Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-lo, exaltá-lo e humilhar-se a si mesmo,
confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que seu nome é santo. A
adoração do Deus único liberta o homem de se fechar em si mesmo, da escravidão
do pecado e da idolatria do mundo.
§2628 A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura
diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência
do Salvador que nos liberta do mal. É prosternação do Espírito diante do
"Rei da glória" e o silêncio respeitoso diante do Deus "sempre
maior". A adoração do Deus três vezes santo e sumamente amável nos enche
de humildade e dá garantia a nossas súplicas.
Os "Gemidos
Inefáveis" na Oração:
§2630 O Novo Testamento contém poucas orações de lamentação, freqüentes
no Antigo Testamento. Agora, em Cristo ressuscitado, o pedido da Igreja é
sustentado pela esperança, embora estejamos ainda na expectativa e devamos nos
converter cada dia. Brota de outra profundeza o pedido cristão, que S. Paulo
chama de gemidos, os da criação, em "dores de parto" (Rm 8,22), os
nossos, também "à espera da redenção de nosso corpo, pois nossa salvação é
objeto de esperança" (Rm 8,23-24), enfim, "os gemidos inefáveis do próprio Espírito Santo que
"socorre nossa fraqueza, pois nem sequer sabemos o que seja conveniente
pedir" (Rm 8,26).
A VIDA DE ORAÇÃO DO CRISTÃO: NÃO É TRANCEDENTAL E NEM DE FUGA DA REALIDADE, MAS DE INTIMIDADE E SUBMISSÃO A VONTADE DE DEUS!
§2697 A oração é a vida do coração novo e deve nos
animar a cada momento. Nós, porém, esquecemo-nos daquele que é nossa Vida e
nosso Tudo. Por isso os Padres espirituais, na tradição do Deuteronômio e dos
profetas, insistem na oração como "recordação de Deus", como um despertar
freqüente da "memória do coração": "E preciso se lembrar de Deus
com mais freqüência do que se respira". Mas não se pode orar
"sempre", se não se reza em certos momentos, por decisão própria: são
os tempos fortes da oração cristã, em intensidade e duração.
§2698 A Tradição da Igreja propõe aos fiéis ritmos de oração destinados a
nutrir a oração continua. Alguns são cotidianos: a oração da manhã e da tarde,
antes e depois das refeições, a Liturgia das Horas. O domingo, centrado na
Eucaristia, é santificado principalmente pela oração. O ciclo do ano litúrgico
e suas grandes festas são os ritmos fundamentais da vida de oração dos
cristãos.
§2699 O Senhor conduz cada pessoa pelos caminhos e na maneira que lhe
agradam. Cada fiel responde ao Senhor segundo a determinação de seu coração e
as expressões pessoais de sua oração. Entretanto, a tradição cristã conservou
três expressões principais da vida de oração: a oração vocal, a meditação, a
oração contemplativa. Uma característica fundamental lhes é comum: o
recolhimento do coração. Esta vigilância em guardar a Palavra e em permanecer
na presença de Deus faz dessas três expressões tempos fortes da vida de oração.
AS TRÊS PARÁBOLAS
SOBRE A ORAÇÃO: "O Amigo importuno, O Fariseu e publicano, a Viúva importuna"
§2613 Três parábolas principais sobre a oração nos são transmitida por S.
Lucas.A primeira, "o amigo importuno", convida a uma oração
persistente: "Batei e se vos abrirá". Àquele que assim ora, o Pai do
céu "dará tudo o que precisa", sobretudo o Espírito Santo, que contém
todos os dons.A segunda, "a viúva importuna", focaliza uma das qualidades da
oração: é preciso rezar sempre sem esmorecimento, com a paciência fé.
"Mas, quando vier o Filho do homem, acaso encontrará fé na terra?A terceira parábola, "o fariseu e o publicano", refere-se à
humildade do coração que reza. "Meu Deus, tem piedade de mim,
pecador." Essa oração a Igreja constantemente toma sua: "Kyrie
eleison!"Anatoli Levitin, um escritor e
historiador russo, passou anos numa prisão na Sibéria onde as petições a Deus
pareciam ficar congeladas no chão.Contudo, ele voltou muito bem ajustado
espiritualmente. “O maior milagre de todos é a oração”, ele escreveu: “Eu preciso apenas me
voltar mentalmente para Deus e imediatamente sinto uma força que toma conta de
minha alma, de todo o meu ser. O que é isso? Onde eu, um homem velho e
insignificante, cansado da vida, pode obter essa força que me renova e me
salva, elevando-me acima da terra? Ela vem de fora de mim, e não há poder no
mundo que possa resistir a ela”.
APROFUNDAMENTO "BÍBLICO-TEOLÓGICO, E PASTORAL" SOBRE A "VIDA DE ORAÇÃO"
-Como podemos ter certeza de que Deus nos ouve
quando oramos?
“Então vocês clamarão
a Mim, virão ORAR A MIM, e EU OS OUVIREI. Vocês Me procurarão e Me acharão
quando Me procurarem de todo o coração”. Jeremias 29:12, 13.
-Que certeza Jesus nos dá de que Ele nos ouve e
responde as orações?
“Por isso lhes digo:
Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será
aberta”. Lucas 11:9
-A oração é uma conversa um trato de
amizade como dizia Santa Tereza D’Avila, que envolve falar e ouvir. É isso o
que Jesus promete:
“Eis que estou à
porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei
com ele, e ele comigo”. Apocalipse 3,20
-Como é possível se sentar e ter uma boa conversa com
Cristo?
Primeiramente, contando para Ele em
oração o que se passa em nosso coração. Segundo, ouvindo atentamente. Ao
meditarmos em oração, Deus pode falar diretamente a nós. E, ao lermos a Palavra de Deus em
devoção, Deus falará a nós através de suas páginas.
-A oração pode se tornar um estilo de vida para o
cristão:
“OREM CONTINUAMENTE. Dêem graças em
toda as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo
Jesus”. I Tessalonicenses 5,17-18.
-Como podemos orar
“continuamente”? Precisamos ficar de joelhos todo o tempo ou repetir
continuamente frases de adoração e petição?
Claro que não. Devemos viver tão
intimamente ligados a Jesus que possamos ter liberdade para falar com Ele a
qualquer hora, em qualquer lugar.“Entre as pessoas na rua, ou em meio a
uma transação comercial, podemos elevar a Deus um pedido, solicitando a direção
divina… A porta do coração deveria estar constantemente aberta, sempre pedindo
a Jesus que venha habitar em nós, como hóspede celestial”.
-Uma das melhores maneiras de desenvolver esse tipo
de relação íntima é aprender a meditar enquanto oramos:
“Seja-lhe agradável a
minha meditação, pois no Senhor tenho alegria”. Salmo 104,34
-Não ore falando rapidamente a sua lista
de pedidos. Espere... Ouça... Um pouco de reflexão durante a oração pode enriquecer
grandemente seu relacionamento com Deus.
“Aproximem-se de
Deus, e Ele se aproximará de vocês!” Tiago 4,8 - Quanto mais perto chegarmos de Jesus,
mais seremos capazes de experimentar Sua presença. Por essa razão, continue
sempre a falar com Jesus através de seus pensamentos.Não se preocupe em falar as palavras
certas, apenas fale honesta e abertamente com Ele. Fale sobre tudo. Ele teve
que passar pela própria agonia da morte para poder se tornar seu Amigo Íntimo.
COMO REZAR DE FORMA FRUTÍFERA E CORRETAMENTE ?
Quando você se engajar na oração,
talvez deseje seguir o esboço da Oração do Senhor, o modelo de oração ensinado
por Jesus a Seus discípulos em resposta ao pedido: “Senhor, ensina-nos a orar”: “Pai nosso, que estás
nos céus! Santificado seja o Teu nome. Venha o Teu reino; seja feita a Tua
vontade, assim na terra como no céu. Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia.
Perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. E não
nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, porque Teu é o Reino, o
poder e a glória para sempre. Amém”. Mateus 6,9-13 - De acordo com o padrão que Jesus deu em
Sua oração, devemos ir a Deus como nosso Pai celestial. Peça-Lhe que Sua
vontade tome conta de seu coração da mesma forma que essa vontade é feita nos
céus. Nós O buscamos para saciar nossas necessidades físicas, obter perdão, e
para ter uma atitude de perdão para com os outros. Lembre-se que nossa
capacidade de resistir ao pecado vem de Deus. A oração de Cristo termina com expressões
de louvor.Em outra ocasião, Jesus instruiu Seus
discípulos a orarem ao Pai “em Meu nome” (João 16,22), isso é, para orar em
harmonia com os princípios de Jesus. Essa é a razão pela qual os cristãos
normalmente terminam suas orações com as palavras: “Em nome de Jesus, Amém!” O
amém é uma palavra hebraica que significa “Assim seja!”.Jesus nos assegura que podemos levar
todas as nossas necessidades e preocupações a Ele; nada é muito pequeno que não
seja motivo de oração.“Lancem sobre Ele
toda a sua ansiedade, porque Ele tem cuidado de vocês”. I Pedro 5,7.Nosso Salvador está interessado em cada
detalhe de nossas vidas. Seu coração fica feliz quando nossos corações O
alcançam em amor e fé.
A ORAÇÃO PESSOAL E PARTICULAR
A maioria de nós tem coisas que
hesitamos em compartilhar até mesmo com nossos amigos mais íntimos. Por essa
razão, Deus nos convida a aliviarmos nossas cargas em oração particular:
conversa de um para um com Ele. Não é que Ele precisa de qualquer informação.O Todo-Poderoso
conhece nossos medos mais secretos, nossos motivos mais escondidos, e
ressentimentos enterrados no profundo de nosso ser, ainda melhor do que nós
mesmos.Mas precisamos abrir nosso coração
Àquele que nos conhece intimamente e nos ama infinitamente. A cura pode começar
quando Jesus tem acesso às nossas feridas.Quando oramos, Jesus, nosso Sumo
Sacerdote, está próximo a nós para nos ajudar:“… Temo um Sumo
Sacerdote que, como nós, PASSOU POR TODO
TIPO DE TENTAÇÃO, porém, sem pecado. Assim, aproximemo-nos do trono da graça
com toda confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que
nos ajude no momento da necessidade”. Hebreus 4,15-16. Você se sente ansioso, estressado ou
culpado? Coloque tudo diante do Senhor. Só assim, então, Ele pode suprir todas
as nossas necessidades.
Deveríamos ter algum lugar especial para termos
nossa oração particular?
“Mas quando você
orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que… o recompensará”.
Mateus 6,6 - Em acréscimo à oração que podemos fazer
enquanto andando pela rua, trabalhando, ou usufruindo uma reunião social, cada
cristão deveria estabelecer um momento especial para a oração pessoal e estudo
da Bíblia.Faça seu encontro
diário com Deus num momento no qual você se sinta mais atento e possa se
concentrar melhor: De manhã, ao meio dia, à tarde ou à Noite, Deus está fora do
tempo, está na eternidade, portanto todo tempo lhe é favorável, e Ele está
sempre disponível a este encontro de amor e amizade.
SOBRE A ORAÇÃO PÚBLICA
Orar com outras pessoas cria uma união
especial e convida o poder de Deus a atuar de uma maneira especial:“Pois onde se
reunirem dois ou três em Meu nome, ali eu estou no meio deles”. Mateus 18,20. Uma das maiores coisas que podemos
fazer como família é desenvolver uma vida conjunta de oração. Mostre para seus
filhos que levamos nossas necessidades diretamente a Deus.Eles irão se entusiasmar com Deus ao
perceberem Suas respostas nos detalhes práticos da vida. Faça do culto familiar
um momento alegre e relaxado de se compartilhar a vida entre todos.
OS SETE SEGREDOS DA ORAÇÃO RESPONDIDA:
Quando Moisés orou, o Mar Vermelho se
dividiu. Quando Elias orou, fogo desceu dos céus. Quando Daniel orou, um anjo
fechou a boca dos leões.A Bíblia nos apresenta muitos relatos
de orações respondidas. E ela nos recomenda a oração como a forma de nos
apoderarmos do poder infinito de Deus. Jesus promete:“O que vocês pedirem
em Meu nome, Eu farei”. João 14,14
1)-MANTENHA-SE LIGADO A CRISTO:
“SE VOCÊS PERMANECEREM EM MIM, e as
minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem e lhes será
concedido” João 15:7
2)-MANTENHA A CONFIANÇA EM DEUS:
“E tudo o que pedirem
em oração, SE CREREM, vocês receberão”. Mateus 21,22 - Se você está preocupado por falta de
fé, lembre-se de que nosso Salvador fez um milagre em favor de um homem que
clamava em desespero:“Creio, ajuda-me a vencer a minha
incredulidade!” Marcos 9,24. Concentre-se apenas no exercício da fé
que você JÁ tem; não se preocupe com a fé que você AINDA NÃO tem.
3)-SUBMETA-SE HUMILDEMENTE À VONTADE DE DEUS
“Esta é a confiança que
temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa DE ACORDO COM A
VONTADE DE DEUS, Ele nos ouvirá”. I João 5,14 - O Espírito Santo ajudará você a pedir
corretamente, pois “o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade
de Deus” (Romanos 8:27). Lembre-se que nossa vontade sempre seria igual a
vontade de Deus se pudéssemos ver o que Ele vê.
4)-ESPERE PACIENTEMENTE EM DEUS E NO TEMPO DELE!
“Esperei confiantemente pelo Senhor;
ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro”. Salmo 40,1 - O ponto principal aqui é manter sua
mente em Deus, manter seu foco na solução que Ele dá. E não peça a ajuda de
Deus num momento, e no momento seguinte você tenta afogar suas mágoas buscando
algum tipo de prazer. Espere pacientemente pelo Senhor; precisamos muito dessa
disciplina em nossa vida.
5)-NÃO SE AGARRE A ALGUM PECADO DE ESTIMAÇÃO!
“Se eu ACALENTASSE O PECADO NO MEU
CORAÇÃO, o Senhor não me ouviria”. Salmo 66,18 - Pecados acariciados impedem a atuação
do poder de Deus em nossa vida; isso nos separa de Deus (Isaías 59,1-2).“Quando pedem, não recebem, pois pedem
por motivos errados, para gastar em seus prazeres”. Tiago 4,3.Deus não vai responder “sim” às suas
orações egoístas e meramente interesseiras:“Se alguém se recusa a ouvir a lei, até
suas orações são detestáveis”. Provérbios 28,9
6)-CULTIVE A HUMILDE NECESSIDADE DA DEPENDÊNCIA DE
DEUS:
Deus responde àqueles que pedem por Sua
presença em suas vidas, como dizia Pedro: "Sr aonde ir, se só Tu tens palavra de vida eterna?..."
7)- POR FIM: PERSEVERE EM ORAÇÃO – A ORAÇÃO É UM INSISTENTE, desgastante, e constante COMBATE em submeter nossa vontade a vontade de deus!
Jesus ilustrou a necessidade de
perseverar em nossos pedidos através da história de uma viúva insistente que
sempre trazia seu pedido diante de um juiz. Finalmente, o juiz disse em
exasperação: “Está viúva está me aborrecendo; vou fazer-lhe justiça”. Então, Jesus
concluiu: “Acaso Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a Ele
dia e noite? Continuará fazendo-os esperar?” (Lucas 18,5-7).
ATENÇÃO! OS ANJOS
SUPREM A NECESSIDADE DAQUELES QUE REZAM! ATÉ JESUS SE UTILIZOU DELES!
Lucas
22,43-44: “Apareceu-lhe então um anjo do céu que o fortalecia. Estando
angustiado, Ele orou ainda mais intensamente; e o seu suor era como gotas de
sangue que caíam no chão...”
O salmista se regozijou com o
ministério dos anjos do Senhor por suas orações terem sido respondidas: “Busquei ao Senhor, e
Ele me respondeu; livrou-me de todos os meus temores… O anjo do Senhor é sentinela
ao redor daqueles que o temem, e os livra”. Salmo 34,4- 7 - Quando oramos, Deus envia anjos como
resposta às nossas orações (Hebreus 1,14). Cada cristão tem a companhia de um
anjo da guarda:“Cuidado para não desprezarem um só
destes pequeninos! Pois eu lhes digo que os anjos deles nos céus estão sempre
vendo a face de meu Pai celeste”. Mateus 18,10
CONFIEMOS EM NOSSAS ORAÇÕES QUE:
“Perto está o Senhor.
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com
ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus”.
Filipenses 4,5-7
O ESTILO DE VIDA DO CRISTÃO ORANTE E CONFIANTE EM
DEUS:
A Bíblia descreve um estilo de vida
cristão bem peculiar. De acordo com Efésios 4,22-24, o cristão deve “despir-se”
do antigo estilo de vida que é resultado de “desejos enganosos” e “revestir-se”
do novo estilo de vida, que é o de ser “criado para ser semelhante a Deus”.Por fim, fixe seus olhos em Jesus hoje,
e você pode fazer parte daquela celebração final de vitória quando a paz de
Cristo reinar eternamente.
RESUMO DE Como posso ter certeza de que Deus me ouve quando falo com Ele? (veja o vídeo abaixo):
1)- UM EXEMPLO CONCRETO: Jeremias
29:12, 13; Lucas 11:9; Apocalipse 3:20
2) MANTENHA-SE LIGADO A CRISTO - João
15:7
3) MANTENHA A CONFIANÇA EM DEUS - Mateus
21:22; Marcos 9:24
4) SUBMETA-SE HUMILDEMENTE À VONTADE DE
DEUS - 1 João 5:14
5) ESPERE PACIENTEMENTE EM DEUS - Salmo
40:1
6) NÃO SE AGARRE A ALGUM PECADO DE
ESTIMAÇÃO - Salmo 66:18; Tiago 4:3; Provérbios 28:9
7) SINTA A NECESSIDADE DE DEUS - Mateus
5:6
8) PERSEVERE EM ORAÇÃO - Lucas 18:5, 7
A LITURGIA DAS HORAS,E DIÁRIA, BEM COMO A SANTA MISSA DIÁRIA NOS AUXILIA NO PEDIDO DE JESUS PARA "VIGIAR E ORAR SEM CESSAR"
Mateus 26, 41: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca"
(amigo de Deus, amigo de todos os homens alvos de sua misericórdia)
CUIDADO COM OS “FALSOS CONCEITOS REPASSADOS OU CRIADOS POR NÓS MESMOS DE DEUS” E QUE PODEMOS LEVAR PARA
NOSSA ORAÇÃO!
Deus é Pai, mas não é Noel, nem muito menos
escravo de nossos caprichos e vontades, como também, não é um gênio da lâmpada,
sempre pronto a atender todos os nossos pedidos!
Livros sobre Jesus são garantia de
polêmica e publicidade. Tornaram-se uma mina de ouro para muitos
oportunistas. Todo
ano publicam-se dezenas de obras, estudos e peças culturais com o objetivo de
causar! Alguns Cristãos e muitos que não professam a fé Cristã, ainda não
entenderam o que é o evangelho, e muito menos quem é a pessoa de Jesus Cristo. Alguns pensam que Jesus é como o
gênio da lãmpada, que é só esfregar a lâmpada e fazer seus pedidos. O
problema ainda maior é que esses cristãos já não fazem mais pedidos, eles
ordenam e mandam em Deus (ou pelo menos acham que mandam). Palavras chaves como "EU
determino" "EU envio uma palavra de vitória pra tua vida"
"EU declaro" "EU libero bençãos". Perceba que essas frases
sempre começam com a primeira pessoa do singular, "EU", nós não somos
donos de Deus, nós não criamos Deus, Ele que nos criou, Ele não é submisso a
nós, pelo contrário, nós é que somos submissos a Deus. No Pai nosso oramos para que seja feita a vontade dele, que é perfeita, e não a nossa. Viver com Deus não é apenas
satisfação de nossos desejos, mas é viver uma vida na presença DELE, é ter um
relacionamento de amor e amizade com ELE.
Jesus pregou em algum lugar dos evangelhos que
toda forma de amor é justa e vale a pena?
Pedimos desculpas pela imagem
chocante acima. Na primeira metade do século XX, o pensador Bertolt Brecht lançou um
questionamento que parece hoje estar ainda mais atual. A problematização vinha
através da seguinte frase: “Que
tempos são estes em que é preciso defender o óbvio? ” - E outro gigante pensador Católico, o inglês G. K. Chesterton, reafirmou: "Chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde".
Bom, talvez alguém diga que isso só se aplicava à
suas épocas, devido a brutal lógica das duas grandes guerras e o surgimento dos
totalitarismos. Entretanto, os que assim pensam, infelizmente, estão enganados, e as ideologias mais mirabolantes estão ai para nos provar!
“Toda forma de amor é justa e vale a pena”?
Ahhh o amor...Mas qual a amor? O de Deus? Ou, o depravado
amor humano? - Hoje em dia não há palavra mais desgastada que a palavra
amor. Hoje, o amor significa "tô
afim", significa apenas desejo momentâneo e meramente "genital". Os membros do Estado Islâmico
dizem que "amam" matar os infiéis, os drogados
"amam" as drogas, os defensores da poligamia (poli-amor), Zoofilia, e do casamento gay dizem que gays, praticantes da Zoofilia, e polígamos, podem se casar porque "se amam", mas são contra a indissolubidade matrimonial (conf. Mateus 19,6), pois para esses, o amor só é eterno enquanto dura, enquanto é atraente, e pode dar-lhe o máximo de prazer, já que para eles, acabou o prazer, acabou o amor! (veja no vídeo abaixo, o que pensam as lideranças defensoras dessas ideologias progressistas que querem DECLARADAMENTE, destruir a família tradicional, base da sociedade):
Daqui a pouco
os defensores do incesto e da pedofilia, dirão o mesmo em nome desse amor. A palavra
"amor" deveria sofrer uma moratória, fosse apenas usada com o mesmo
respeito que os judeus usam a palavra Deus (no tetragrama YWHW). Eles têm medo
de falar a palavra Deus, por receio de usar a palavra em vão, que a trocaram carinhosamente por Senhor. Deveríamos hoje também, reverenciar a palavra
AMOR, pois o mundo hoje "ama" os
pecados e odeia as virtudes. Você já deve ter ouvido essa frase diversas
vezes na mídia, mas certamente não viu, nessa mesma mídia, uma análise crítica
sobre a lógica implícita dessa afirmação, capaz de legitimar comportamentos
destrutivos em nome do “amor”. A
primeira encíclica de Bento XVI, “Deus caritas est” (Deus é amor), fala sobre o
amor cristão. A encíclica está composta de duas partes:
-A primeira, intitulada
“A unidade do amor na criação e na história da salvação”, apresenta uma
reflexão teológico-filosófica sobre o “amor” em suas diversas dimensões, entre elas: “eros”, “philía”, “ágape” – destacando alguns dados essenciais sobre o amor de
Deus pelo ser humano e suas consequências. Vamos entender melhor:
1)-Amor Eros (ἔρως érōs): remete à palavra grega moderna “érotas”, com a sua significação de “amor romântico". Entretanto, eros não necessariamente evoca uma natureza sexual, embora muitas vezes esteja associado ao desejo, à atração física, e ao prazer propriamente dito, oriundo desta relação, pois o seu objetivo é a busca do prazer pelo próprio prazer, da satisfação (sexual, ou não). Deve-se apontar que Platão não observa na atração física uma parte necessária do amor erótico, e destaca outro tipo de amor, que é o “amor platônico” (um amor sem atração física - seria o amor entre os anjos e seres espirituais, conforme revelado em Mateus 22,30 e I Cor 13,8). O trabalho mais famoso de Platão sobre o assunto é "O Banquete", tratando-se de uma discussão entre os estudantes do pensador Sócrates sobre a natureza do eros.
2)- Amor Philia (φιλία philía/filia): “amizade” no grego moderno, indica um "amor virtuoso". É o tipo de amor relacionado à amizade e companheirismo, onde não há a presença do eros. É descrito como o amor entre pais e filhos, irmãos, parentes e amigos. Foi desenvolvido conceitualmente por Aristóteles, onde neste tipo de amor se inclui a lealdade aos amigos, a uma comunidade, família, associação, tribo, turma, etc. onde se exige igualdade, familiaridade, reciprocidade, e sentido de pertença. O pensador Aristóteles diz que a philia é necessária como um dos meios para se atingir o "estado de felicidade" (“ninguém escolheria viver sem amigos mesmo se tiver todos os outros bens”). Descreve-se a Philia como um amor FRATERNO, um tipo de amizade de valor caracteristicamente grego, e profundamente enraizado no conceito de reciprocidade, pela troca de favores e apoio, com um senso íntimo de respeito um para o outro, tendo atitudes amigáveis, confiáveis e de companheirismo.
3)- O Amor platônico ainda é um termo difícil de ser corretamente conceituado. Na psicologia pode ser conceituado às vezes, por uma pessoa que tem um amor ou paixão platônica por alguem, e nunca se declara ou concretiza por medo de se machucar ou de verificar que as suas fantasias e expectativas não correspondam à realidade sua e da pessoa amada. O termo amor "platonicus" foi usado pela primeira vez pelo filósofo neoplatônico florentino Marsilio Ficino no século XV, como um sinônimo de amor socrático. A expressão viu o seu conceito mudar graças à obra de Sr. William Davenant, "Platonic Lovers" (Amantes Platônicos - 1636), onde o poeta inglês se refere ao amor como é retratado no "Simpósio de Platão", no qual se afirma que o amor é a raiz de todas as virtudes e da verdade. Para o filósofo grego Platão, o amor era algo essencialmente puro e desprovido de paixões, pois para Platão, as paixões são essencialmente: cegas, materiais, efêmeras, passageiras, e falsas. O conceito de amor ou paixão platônica também, se relaciona com o mundo das ideias, criado por Platão. Tudo o que existe no mundo das ideias é perfeito e eterno, já o que habita o mundo sensível é uma cópia imperfeita desse mundo das ideias. Portanto, amor platônico, ou qualquer coisa platônica, se refere a algo que seja perfeito, eterno e imutável, mas que só existe no campo subjetivo das ideias.
4)-O Amor Ágape (ἀγάπη agápē): significa simplesmente “amor” no grego moderno. A palavra foi usada de maneiras diferentes por uma variedade de fontes antigas e contemporâneas, incluindo os escritores da Bíblia. Muitos pensadores determinaram que essa palavra representa o amor divino que é incondicional, gratuito, não exige nada em troca (cf.1 Cor 13,1-13); é oblativo, como auto-sacrifício exemplar de Jesus (cf. João 10,18), embora também, possa ser praticado por humanos inspirados por esses sentimentos, mas sempre em grau inferior, obviamente, em função das imperfeições e limitações humanas.
-A segunda, chamada “Caritas, o exercício do amor por parte da
Igreja como ‘comunidade de amor’”, trata do exercício concreto do mandamento do
amor ao próximo. O termo “amor”, uma das palavras mais usadas e das que
mais se abusa no mundo de hoje, tem um enorme campo semântico. Nessa multiplicidade de significados surge, todavia, como arquétipo do
amor por excelência, aquele existente entre o homem e a mulher, que na antiga
Grécia tinha o nome de “eros”. Na
Bíblia e principalmente no Novo Testamento há um aprofundamento da noção de
“amor”; este desenvolvimento se expressa na rejeição da palavra “eros” em favor
do termo “ágape”, para expressar um amor de oblação. Essa nova visão do amor,
uma novidade essencial do cristianismo, foi interpretada não poucas vezes de
forma absolutamente negativa, como se se tratasse de uma supressão do “eros” ou
da corporeidade. Apesar de terem surgido tendências desse tipo, o sentido do
aprofundamento é outro.O “eros”, colocado na
natureza do ser humano por seu próprio Criador, tem necessidade de disciplina,
de purificação e de maturidade para não perder sua dignidade original e não ser
degradado a puro “sexo”, convertendo-se em mercadoria. Definitivamente, segundo Bento XVI, é preciso que “eros” e “ágape” nunca sejam totalmente separados um do outro.
Pelo contrário: quanto mais em equilíbrio estiverem – evidentemente em
dimensões diversas – melhor se realizará a verdadeira natureza do amor. Embora o “eros” seja, inicialmente, sobretudo desejo, à medida em que
se aproxima da outra pessoa interrogar-se-á sempre menos sobre si mesmo,
buscará cada vez mais a felicidade do outro, entregar-se-á e desejará “ser”
para o outro; desse modo um se torna parte do outro e o momento do “ágape” é
atingido.
quais as Características universais do Verdadeiro amor?
Por exemplo: o amor oferece respeito e consideração ao seu objeto alvo. Quem ama algo ou alguém não deseja o seu mal, mas pelo
contrario, procura fazer o possível para lhe agradar. O amor, portanto, também é uma forma de doação pessoal e sacrifício
pelo outro. Outra característica do amor experimentada universalmente é o
seu perfil “relacional”. Ou seja, o amor é um sentimento que surge através da
relação que desenvolvemos com alguém. Em outras palavras, o amor só ganha vida
quando existe alguma forma de reciprocidade, de modo que a relação entre dois
sujeitos se estabelece de forma recíproca. Não é por acaso que “amor não
correspondido” trás sofrimento, visto que não existe uma relação de
reciprocidade. Você pode amar alguém mesmo não
sendo correspondido, mas essa não é uma característica universal, e sim a
reciprocidade (relação).Dessa forma, percebemos outras duas características do
amor que são: a espontaneidade e a liberdade. Note que essas características nem
sempre foram reconhecidas através das instituições tradicionais da sociedade,
como o casamento, porque durante muitos séculos e até hoje, em algumas
culturas, as uniões afetivas ocorreram por via de interesses comerciais,
familiares e religiosos, mas não em função do sentimento envolvido na
relação. Todavia, isso não deve ser confundido com
a ausência do conceito de amor. A diferença é que ele, o amor, não era visto
como uma necessidade ou prioridade no estabelecimento da união, sendo mais
importante os benefícios sociais em decorrência dos acordos, muitos dos quais
envolvendo a sobrevivência da descendência familiar. Isso nos mostra que
independentemente da maneira como este sentimento foi experimentado pelo ser
humano através dos “contratos sociais”, seu conceito sempre esteve presente,
sendo perpetuado através do simbolismo cultural de cada geração. O mais
importante relato histórico de que temos notícia acerca do amor está na Bíblia
judaica e cristã (primeiro e segundo testamentos), devido não apenas a sua
integridade documental e número de manuscritos – o que lhe dá autoridade
histórica maior do que qualquer outro registro antigo – mas também pela
amplitude e clareza dos conceitos apresentados, não só como eixo fundamental das relações não só humanas, mas também com a
figura de Deus, o que significa uma ruptura com os modelos de “contratos
sociais” vivenciados até então, tanto na ordem familiar como religiosa.
Por que nem toda forma de “amor” vale a pena e não é justa?
"Jesus se encarnou para nos libertar e salvar do pecado, e não para nos entregar e nos deixar ser escravizados pelo pecado e depravação!" (cf. Rom 8,3-4)
Nem toda forma de amor vale a pena
porque muito do que se fala sobre o “amor” não diz respeito ao amor, propriamente, como das características
universais apontadas acima, onde há doação, liberdade de escolha,
espontaneidade e recíproca, mas sim de interesses ideológicos e comportamentos
que apenas utilizam o termo “amor” para tentar justificar atitudes
destrutivas entre os seres humanos e até com
outras espécies. Por exemplo: estupradores de crianças e adolescentes
utilizam o termo “amor” para justificar seus interesses sexuais perversos,
conhecidos como “pedofilia”, criando para isso movimentos sociais como o
americano NAMBLA (Associação Norte-Americana do Amor entre Homens e Garotos), o
Vereniging Martijn, na Holanda e até partidos políticos como o PNVD (Partido da
Caridade, da Liberdade e da Diversidade), também nesse país. Muitas dessas organizações foram condenadas e chegaram a ser
consideradas ilegais, o que não significa muita coisa, visto que o ativismo
permanece e em alguns casos através dessas mesmas organizações, operando na
sombra do Estado. O Partido Comunista
da Grã-Bretanha, em plena atuação, defende a suspensão da idade de
consentimento para relações sexuais entre adultos e menores de idade. Isto significa que se uma criança de 11 anos, por exemplo, “consentir”
fazer sexo com um adulto, ela poderá, porque segundo a defesa desse partido
(ateu e inescrupuloso) que, na verdade, é exatamente a mesma do ativismo
pedófilo, a criança deve ter o “direito” de expressar a sua sexualidade. Tudo não passa de uma justificativa
ideológica para que pedófilos possam manipular, assediar, abusar e estuprar
crianças e adolescentes, muitas vezes sob a justificativa do “amor” consentido.
Definitivamente, a lógica humana e natural nos leva a concluir que nem toda
forma de amor vale a pena, e que Jesus JAMAIS pregou isto, pelo contrário:
"Mas, qualquer que escandalizar
um destes pequeninos, que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse
ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar."
(Mateus 18,6)
CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES FINAIS
Claro, que para alguém que não tenha vida de oração e intimidade com Deus, de forma rotineira e constante, tudo isso relatado aqui, em grande parte, não se aplica a sua realidade, e parece ser algo, estranho, distante e inatingível. Ela seria mais especificamente exigida e ordenada para pessoas que fazem parte de comunidades religiosas e ou, reconhecidas pelas igreja a nível pontifício (pelo papa) ou diocesano (pelo bispo local), e que tem por estatutos, seus horários obrigatórios e determinados de oração, os quais devem ser rigorosmente obedecidos por quem livremente aceitou viver assim. O importante, é você que ainda não tem vida de oração, se discipline e organize seus horários de encontro com Deus (manhã, tarde, noite, ou pela madrugada). Como não temos um superior, ou diretor espiritual que nos cobre e nos fiscalize nesse sentido, seremos nós mesmos a nos policiar. Se não é possível ser nos melhores horários seu encontro diário e pessoal com Deus, procure encontrar-se com Ele naqueles momentos que lhe é possível, PRINCIPALMENTE NA MISSA DOMINICAL, a qual faltar sem motivo justo, é PECADO GRAVÍSSIMO, passivo de confissão sacramental, pois faz parte de um dos 5 mandamentos da Igreja. Portanto, se você se considera Cristão (ã), já é batizado, fez a primeira eucaristia, e faz o caminho Catecumenal para a Crisma, se determine a transformar esses encontros numa saudável e amigável rotina em sua vida (principalmente, a participação na MISSA DOMINICAL), pois: "de que vale a alguem ganhar o mundo inteiro, e no fim vir a perder a sua própria alma?..." (cf. Marcos 8,36).
Spe Salvi: “A oração como escola da esperança”
32. Primeiro e essencial lugar de aprendizagem da esperança
é a oração. Quando já ninguém me escuta, Deus ainda me ouve. Quando já não
posso falar com ninguém, nem invocar mais ninguém, a Deus sempre posso falar.
Se não há mais ninguém que me possa ajudar – por tratar-se de uma necessidade
ou de uma expectativa que supera a capacidade humana de esperar – Ele pode
ajudar-me. Se
me encontro confinado numa extrema solidão...o orante jamais está totalmente
só. Dos seus 13 anos de prisão, 9 dos quais em isolamento, o inesquecível
Cardeal Nguyen Van Thuan deixou-nos um livrinho precioso: Orações de
esperança. Durante 13 anos de prisão, numa situação de desespero
aparentemente total, a escuta de Deus, o poder falar-Lhe, tornou-se para ele
uma força crescente de esperança, que, depois da sua libertação, lhe permitiu
ser para os homens em todo o mundo uma testemunha da esperança, daquela grande
esperança que não declina, mesmo nas noites da solidão.
33. De forma muito bela Agostinho ilustrou a relação íntima
entre oração e esperança, numa homilia sobre a Primeira Carta de João.
Ele define a oração como um exercício do desejo. O homem foi criado para uma
realidade grande ou seja, para o próprio Deus, para ser preenchido por Ele.
Mas, o seu coração é demasiado estreito para a grande realidade que lhe está
destinada. Tem de ser dilatado. « Assim procede Deus: diferindo a sua promessa,
faz aumentar o desejo; e com o desejo, dilata a alma, tornando-a mais apta a
receber os seus dons ». Aqui Agostinho pensa em S. Paulo que, de si mesmo,
afirma viver inclinado para as coisas que hão-de vir (Fil 3,13).
Depois usa uma imagem muito bela para descrever este processo de dilatação e
preparação do coração humano. « Supõe que Deus queira encher-te de mel (símbolo
da ternura de Deus e da sua bondade). Se tu, porém, estás cheio de vinagre,
onde vais pôr o mel? » O vaso, ou seja o coração, deve primeiro ser dilatado e
depois limpo: livre do vinagre e do seu sabor. Isto requer trabalho, faz
sofrer, mas só assim se realiza o ajustamento àquilo para que somos destinados. Apesar
de Agostinho falar diretamente só da receptividade para Deus, resulta claro,
no entanto, que o homem neste esforço, com que se livra do vinagre e do seu
sabor amargo, não se torna livre só para Deus, mas abre-se também para os
outros. De facto, só tornando-nos filhos de Deus é que podemos estar com o
nosso Pai comum. Orar não significa sair da história e retirar-se para o canto
privado da própria felicidade. O modo correto de rezar é um processo de
purificação interior que nos torna aptos para Deus e, precisamente desta forma,
aptos também para os homens. Na oração, o homem deve aprender o que
verdadeiramente pode pedir a Deus, o que é digno de Deus. Deve aprender que não
pode rezar contra o outro. Deve aprender que não pode pedir as coisas
superficiais e cómodas que de momento deseja – a pequena esperança equivocada
que o leva para longe de Deus. Deve purificar os seus desejos e as suas
esperanças. Deve livrar-se das mentiras secretas com que se engana a si
próprio: Deus perscruta-as, e o contacto com Deus obriga o homem a
reconhecê-las também. « Quem poderá discernir todos os erros? Purificai-me das
faltas escondidas », reza o Salmista (19/18,13). O não reconhecimento da culpa,
a ilusão de inocência não me justifica nem me salva, porque o entorpecimento da
consciência, a incapacidade de reconhecer em mim o mal enquanto tal é culpa
minha. Se Deus não existe, talvez me deva refugiar em tais mentiras, porque não
há ninguém que me possa perdoar, ninguém que seja a medida verdadeira. Pelo
contrário, o encontro com Deus desperta a minha consciência, para que deixe de
fornecer-me uma autojustificação, cesse de ser um reflexo de mim mesmo e dos
contemporâneos que me condicionam, mas se torne capacidade de escuta do mesmo
Bem.
34. Para que a oração desenvolva esta força purificadora,
deve, por um lado, ser muito pessoal, um confronto do meu eu com Deus, com o
Deus vivo; mas, por outro, deve ser incessantemente guiada e iluminada pelas
grandes orações da Igreja e dos santos, pela oração litúrgica, na qual o Senhor
nos ensina continuamente a rezar de modo justo. O Cardeal Nyugen Van Thuan,
contou no seu livro de Exercícios Espirituais, como na sua vida tinha havido
longos períodos de incapacidade para rezar, e como ele se tinha agarrado às
palavras de oração da Igreja: ao Pai Nosso, à Ave Maria e às orações da
Liturgia. Na
oração, deve haver sempre este entrelaçamento de oração pública e oração
pessoal. Assim podemos falar a Deus, assim Deus fala a nós. Deste modo,
realizam-se em nós as purificações, mediante as quais nos tornamos capazes de
Deus e idóneos ao serviço dos homens. Assim tornamo-nos capazes da grande
esperança e ministros da esperança para os outros: a esperança em sentido
cristão é sempre esperança também para os outros. E é esperança activa, que nos
faz lutar para que as coisas não caminhem para o « fim perverso ». É esperança
ativa precisamente também no sentido de mantermos o mundo aberto a Deus.
Somente assim, ela permanece também uma esperança verdadeiramente humana.
ORAÇÃO DA
ESPERANÇA - Pe. Arnaldo Pangrazzi, M.I.
“Ó Senhor, dai-me a
paciência suficiente para suportar as longas esperas, para me adaptar aos
imprevistos, para perseverar diante dos desgostos, para suportar quem me
incomoda, para conviver com os meus limites. Dai-me a coragem necessária para exprimir as minhas
convicções com firmeza e serenidade, para enfrentar a insensibilidade, para lutar contra as tentações,
para enfrentar a adversidade, para crer naquilo que é possível para Ti, mas impossível a mim. Dai-me a
sabedoria indispensável para ponderar com equilíbrio aquilo que me é lícito, mas não me convém, para orientar e corrigir com
discrição, os que estão no erro, para valorizar as coisas simples, para acolher o mistério de cada
dia, e confiar em vossa divina providência.” Amém!
*Francisco José Barros
Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma
Nº 31.636 do Processo Nº 003/17
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Gostei de aprender mais sobre nosso deus,otimo conteúdo.
é muito bom Deus um versículo da Bíblia o senhor é meu pastor e nada me faltará eu tenho que eu andar pelo vale da morte nunca temerei mal algum parabéns pela mensagem 👍❤
Concordo! Se a oração é um trato de amizade, esses nossos encontros não devem ser uma penitência, mas um colóquio, um encontro de amor, onde eu procuro dar a Deus nestes momentos o melhor de mim, e principalmente, o melhor horário e o melhor de minha atenção, até mesmo porque nas escrituras não encontramos nenhum exemplo de que estes encontros com Deus tenham que ser como dolorosas e desconfortáveis penitências.
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