1)- O QUE É SACRAMENTO?
O
catecismo diz que "sacramento é um sinal sensível, instituído por Nosso
Senhor Jesus Cristo, para produzir a graça em nossas almas e
santificá-las."
Desta definição resulta que três coisas são exigidas para constituir um sacramento:
a) "Um sinal sensível", representativo da natureza da graça produzida. Deve ser "sensível" porque se não pudéssemos percebê-lo, deixaria de ser um sinal. Este sinal sensível consta sempre de "matéria" e de "forma", isto é, da matéria empregada e das palavras pronunciadas pelo ministro do sacramento.
Desta definição resulta que três coisas são exigidas para constituir um sacramento:
a) "Um sinal sensível", representativo da natureza da graça produzida. Deve ser "sensível" porque se não pudéssemos percebê-lo, deixaria de ser um sinal. Este sinal sensível consta sempre de "matéria" e de "forma", isto é, da matéria empregada e das palavras pronunciadas pelo ministro do sacramento.
b) Deve ser "instituído por Jesus Cristo",
porque só Deus pode ligar um sinal visível a faculdade de produzir a graça.
Nosso Senhor, durante a sua vida mortal, instituiu pessoalmente os sete
sacramentos, deixando apenas à Igreja o cuidado de estabelecer ritos
secundários, realçá-los com cerimônias, sem tocar-lhe na substância.
c) "Para produzir a graça". Isto é, distribuir-nos os efeitos e méritos da redenção que Jesus Cristo mereceu por nós, na cruz... Os sacramentos comunicam esta graça, "por virtude própria", independente das disposições daquele que os administra ou recebe. Esta qualidade, chamada pela teologia "ex opere operato", distingue os sacramentos da "oração", das "boas obras" e dos "sacramentais", que tiram a sua eficácia "ex opere operantis" das disposições do sujeito.
São sete os sacramentos adotados pela Igreja Católica: batismo, confirmação do batismo (ou crisma), confissão (ou penitência), eucaristia, ordem (sacerdotal), matrimônio e unção dos enfermos.Para os católicos, os sacramentos são sinais nos quais, por sinais sensíveis, a graça de Deus em Cristo é representada, selada e aplicada aos crentes, que, por sua vez, expressam a fé e obediência a Deus.Estes sinais eficazes são muito importantes para a salvação de cada crente e marcam as várias fases de vida espiritual e religiosa do crente.
Segundo o Compêndio do
Catecismo da Igreja Católica, "os sacramentos são sinais eficazes da
graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é
concedida a vida divina"(n. 224).
"Os sacramentos não apenas
supõem a fé, como também, através das palavras e elementos rituais, a
alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé
apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi», isto é, a Igreja
crê no que reza" (n. 228).
O Espírito Santo prepara
para a recepção dos sacramentos por meio da Palavra de Deus e da fé, que acolhe
a Palavra nos corações bem dispostos. Então, os sacramentos fortalecem e
exprimem a fé.O fruto da vida
sacramental é, ao mesmo tempo, pessoal e eclesial. Por um lado, este fruto é,
para cada crente, uma vida para Deus em Jesus; por outro, é para a Igreja o seu
contínuo crescimento na caridade e na sua missão de testemunho.Sacramentos são gestos de
Deus na vida de cada crente, expressando-se simbolica e espiritualmente, por conseguinte,
eles são considerados:
1)- Sinais sagrados,
porque exprimem uma realidade sagrada, espiritual;
2)- Sinais eficazes,
porque, além de simbolizarem um certo efeito, produzem-no realmente;
3)- Sinais da graça,
porque transmitem dons diversos da graça divina;
4)- Sinais da fé, não
somente porque supõem a fé em quem os recebe, mas porque nutrem, robustecem e
exprimem a sua fé;
Perspectiva protestante:
Na maioria das Igrejas
protestantes históricas, são apenas dois os sacramentos, que são o Batismo e a
Eucaristia .Martinho Lutero definiu
sacramento como um elemento, uma coisa material, que através da palavra de
Deus, vira uma coisa diferente. Não no sentido material, pois o vinho continua
a ser vinho e pão continua pão, mas pela promessa divina é atribuido um poder
vinculado a essa matéria.Muitos outros grupos
protestantes, como Batistas e grupos pentecostais vêem os sacramentos apenas
"como sinais que estimulam a fé".Há ainda algumas
denominações protestantes como os Quakers que negam qualquer instituição de
sacramentos por Jesus Cristo.Vários desses grupos que
estão historicamente mais afastados da ligação direta com a Igreja Católica,
evitam a palavra "sacramento", porque ela está associada a prática
sacerdotal católica.
Outras Igrejas:
As Igrejas nomeadas
Ortodoxas tem muitos sacramentos, mas destaca sete sacramentos. Eles são quase
os mesmos da Igreja Católica, porém em lugar do Crisma existe a unção com
crisma de crianças novas e recem-batizadas.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem cinco sacramentos, e de certo modo bem diferentes.
A Comunidade de Cristo tem oito sacramentos.
A Ciência Cristã pratica o sacramento em cultos especiais, mas só em forma espiritual, sem pão, vinho ou água.
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias tem cinco sacramentos, e de certo modo bem diferentes.
A Comunidade de Cristo tem oito sacramentos.
A Ciência Cristã pratica o sacramento em cultos especiais, mas só em forma espiritual, sem pão, vinho ou água.
O Exército de Salvação não
pratica sacramentos, mas não proibe que seus membros recebam os sacramentos em
outras igrejas.
2)- O QUE É SACRAMENTAL ?
1667. «A Santa Mãe Igreja instituiu também
os sacramentais. Estes são sinais sagrados (Instrumentos) por meio dos quais,
imitando de algum modo os sacramentos, se significam e se obtêm, pela oração da
Igreja, efeitos principalmente de ordem espiritual. Por meio deles, dispõem-se
os homens para a recepção do principal efeito dos sacramentos e são
santificadas as várias circunstâncias da vida».
TRAÇOS CARACTERÍSTICOS DOS SACRAMENTAIS:
1668. São instituídos pela Igreja com vista
à santificação de certos ministérios da mesma Igreja, de certos estados de
vida, de circunstâncias muito variadas da vida cristã, bem como do uso de
coisas úteis ao homem. Segundo as decisões pastorais dos bispos,
podem também corresponder às necessidades, à cultura e à história próprias do
povo cristão duma região ou duma época. Incluem sempre uma oração, muitas vezes
acompanhada dum sinal determinado, como a imposição da mão, o sinal da cruz, a
aspersão com água benta (que recorda o Baptismo).
1669. Eles decorrem do sacerdócio baptismal:
todo o baptizado é chamado a ser uma «bênção» e a abençoar. Por isso, há certas
bênçãos que podem ser presididas por leigos. Porém, quanto mais uma bênção
disser respeito à vida eclesial e sacramental, tanto mais a sua presidência
será reservada ao ministério ordenado (bispos, presbíteros ou diáconos).
1670. Os sacramentais não conferem a graça
do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja,
preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela.
«Portanto, a liturgia dos sacramentos e sacramentais oferece aos fiéis bem
dispostos a possibilidade de santificarem quase todos os acontecimentos da vida
por meio da graça divina que deriva do mistério pascal da paixão, morte e ressurreição
de Cristo, mistério onde vão buscar a sua eficácia todos os sacramentos e
sacramentais. E assim, quase não há uso honesto das coisas materiais que não
possa reverter para este fim: a santificação dos homens e o louvor a Deus».
FORMAS VARIADAS DOS SACRAMENTAIS:
1671. Entre os sacramentais figuram, em
primeiro lugar, as bênçãos (de pessoas, da mesa, de objectos
e lugares). Toda a bênção é louvor de Deus e oração para obter os seus dons. Em Cristo,
os cristãos são abençoados por Deus Pai, «com toda a espécie de bênçãos
espirituais» (Ef 1, 3). É
por isso que a Igreja dá a bênção invocando o nome de Jesus e fazendo
habitualmente o santo sinal da cruz de Cristo.
1672. Certas bênçãos têm um alcance
duradoiro: são as que têm por fim consagrar pessoas a Deus e reservar objectos
e lugares para usos litúrgicos. Entre as que são destinadas a pessoas (e que
não devem confundir-se com a ordenação sacramental) figuram a bênção do abade
ou abadessa dum mosteiro, a consagração das virgens e das viúvas, o rito da
profissão religiosa e as bênçãos para certos ministérios da Igreja (leitores,
acólitos, catequistas, etc.). Como exemplo das que dizem respeito a objectos,
pode apontar-se a dedicação ou bênção de unta igreja ou
de um altar, a bênção dos santos óleos, dos vasos e paramentos sagrados, dos
sinos, etc.
2)- A IGREJA “COMO QUE” (ANALOGICAMENTE) SACRAMENTO UNIVERSAL DE
SALVAÇÃO (LG 48):
“Simão, doravante sois PEDRA e sobre
esta pedra eu edificarei A MINHA IGREJA”(Mateus 16,18).
Com essas palavras Jesus
se dirigiu a Pedro ao confiar-lhe o mandato de governar a Sua Igreja, deixando
claro que a Igreja é "propriedade" Dele.
Na verdade, a Igreja é, por desejo
de Deus, o próprio Corpo do Senhor. Ele a quis como que o Seu Corpo Místico,
constituído como o "Sacramento universal da salvação da humanidade"
(LG,48), isto é, o meio escolhido por Deus para salvar a todos.
Ela é o prolongamento da
Encarnação de Jesus no meio dos homens, para formar, Nele, a grande família dos
filhos de Deus. "A Igreja é a trajetória do Cristo através dos
séculos", como disse Denis Bourgerie.
Ou ainda, "a Igreja é
o Corpo do Senhor, e o ostensório do Seu coração", como disse Maurice
Zundel.
Bossuet preferiu dizer
que: "A Igreja é Jesus Cristo derramado e comunicado a toda a terra".
Tudo pode ser resumido na
palavra de um grande Padre do primeiro século, Santo Inácio de Antioquia (110),
ao dizer que:"Onde está o Cristo Jesus está a Igreja Católica".
O pecado, desde a origem,
dispersou a humanidade, quebrou a unidade e a comunhão dos homens com Deus,
rompeu o belo plano de amor que o paraíso terrestre nos mostra.
Deus Pai nos criou para
Si, para que fossemos a Sua família, destinados a participar da Sua comunhão
íntima e desfrutar da Sua vida bem-aventurada.
O pecado - a mais triste
realidade - rompeu esse belo Plano de amor e "dispersou" os filhos de
Deus, dilacerou a Sua família e feriu o próprio Deus. Por Jesus e pela Igreja,
o Pai quis então refazer a Sua obra e trazer de volta os seus filhos para a Sua
Comunhão. É nesse sentido que o Catecismo da Igreja Católica (CIC), afirma que:
"A convocação da Igreja é por
assim dizer a reação de Deus ao caos provocado pelo pecado" (CIC,761).
O Catecismo já no seu
início, nos ensina esta grande verdade:
"Deus, infinitamente Perfeito e
bem aventurado em si mesmo, em um desígnio de pura bondade, criou livremente o
homem para fazê-lo participar de sua vida bem´aventurada.Eis por que, desde
sempre e em todo lugar, está perto do homem. Chama-o e ajuda-o a procurá-lo, a
conhecê´lo e a amá-lo com todas as suas forças. Convoca todos os homens,
dispersos pelo pecado, para a unidade da sua família, a Igreja"
(CIC, 1).
Esse primeiro parágrafo do
Catecismo contém, em síntese, a História da salvação. Deus criou a humanidade
como a "sua família"; mas o pecado dispersou os seus filhos; e agora
Deus os reúne novamente pela Igreja, o próprio Corpo de Jesus, enviado aos
homens. É nesse contexto que sobressai toda a realidade e importância da Igreja
- a família de Deus.
E o Catecismo, ainda no primeiro parágrafo, explica como Deus
refaz a sua família:
"Faz isto através do
Filho, que enviou como Redentor e Salvador quando os tempos se cumpriram. Nele
e por Ele, chama os homens a se tornarem, no Espírito Santo, seus filhos
adotivos, e portanto os herdeiros da sua vida bem-aventurada" (nº 9).
É preciso analisar essas
palavras com muita atenção. É pelo Filho que o Pai refaz a comunhão da
humanidade consigo. O Filho se faz a Igreja (Corpo Místico de Cristo). Pelo
Batismo entramos nesse Corpo, e pelo Espírito Santo nos tornamos filhos
adotivos e, como conseqüência, herdeiros, de novo, da vida bem´aventurada de
Deus, que o pecado havia cancelado. Assim, voltaremos ao Paraíso.
Esta é a gloriosa história
da nossa salvação que se completará pela Igreja, quando ela estiver plenamente
glorificada em Deus. É por isso que Santo Agostinho dizia que:
"A Igreja é o mundo
reconciliado".
Como a Igreja gloriosa é a
consumação do Plano de Deus para a humanidade, nada mais importante do que
conhecê-la, amá-la e servi-la com todas as nossas forças.
Quando Jesus a instituiu
sobre Pedro e os Apóstolos, deixou claro que ela lhe pertence:
"Sobre esta Pedra edificarei a
MINHA Igreja" (Mt 16,18).
Ela é a Esposa de Cristo,
que ele ama com um amor eterno. Por ela sofreu a paixão e derramou o seu
sangue. Ele a ama como um Esposo apaixonado:
"Maridos, amai as vossas
mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la,
purificando-a pela água do batismo, para apresentá-la a si mesmo toda
glorificada, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito semelhante, mas
santa e irrepreensível" (Ef 5,25-27).
Essas palavras expressam o
amor profundo de Jesus para com a "sua" Igreja. Esse amor é tão
grande e tão fundamental, que Deus quis que cada casal na terra, pelo amor
mútuo, refletisse na realidade cotidiana do matrimônio, esse amor. É por isso
que São Paulo ao falar aos efésios, do matrimônio, diz que " é grande esse
mistério, quero dizer, com referência a Cristo e a Igreja".
A vida cotidiana do casamento nos
ajuda a compreender melhor o amor de Cristo para com a sua Esposa : A Igreja, e vice-versa.
São Paulo, que entendeu
profundamente essa maravilha, exortou os maridos a amarem as suas esposas,
"como a seu próprio corpo" (Ef 5,28). Com isto, quer dizer também que
a Igreja é o próprio Corpo de Cristo. "Quem ama a sua mulher ama a si
mesmo" (28). Quem ama a Igreja, ama a Cristo; é a mesma realidade.
O Papa Paulo VI, cujo amor à Igreja era imenso, assim se referiu a
ela:
"A Igreja! Ela é nosso amor
constante, nossa solicitude primordial, nosso pensamento fixo! ...Não se ama a
Cristo se não se ama a Igreja; e não amamos a Igreja se não a amamos como a
amou o Senhor: "Amou a Igreja e por ela se entregou" (Ef 5,25)".
É preciso destacar o que disse o Papa:
"Não se ama Cristo se não se
ama a Igreja", e podemos ir mais longe ainda e dizer: não se conhece a
Cristo, se não se conhece a Igreja; não se serve a Cristo, se não se serve a
Igreja; não se obedece a Cristo se não se obedece à Igreja; não se sujeita a
Cristo, se não se sujeita à sua Igreja, não está na verdade de Cristo quem não
está na verdade da Igreja.”
O Concílio Vaticano II a
chamou de "Lumen Gentium", isto é "Luz das Nações", pois a
sua Luz é a mesma Luz de Cristo.
"Assim [Deus]
estabeleceu congregar na Santa Igreja os que crêem em Cristo. Desde a origem do
mundo a Igreja foi pré-figurada. Foi admiravelmente preparada na história do
povo de Israel e na antiga aliança. Foi fundada nos últimos tempos. Foi
manifestada pela efusão do Espírito Santo. E no fim dos tempos será
gloriosamente consumada quando, segundo se lê nos Santos Padres, todos os
justos desde Adão, "do justo Abel ao último eleito", serão
congregados junto ao Pai na Igreja universal" (LG , 2).
É preciso termos bem claro
que Deus decidiu estabelecer o seu Reino entre nós, através da Igreja.
Ensina-nos a "Lumen Gentium" que a Igreja tem "a missão de
anunciar e estabelecer em todas as gentes o Reino de Cristo e de Deus, e
constitui ela própria na terra o germe e o início deste Reino" (LG ,5).
Sem a Igreja não há, portanto, Reino de Deus
Santo Agostinho escreveu
que:
"A Igreja recebeu as
chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão dos pecados pelo
sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo. É nesta Igreja que a alma
revive, ela que estava morta pelos pecados".
O Catecismo mostra toda a
realidade, beleza, missão e identidade da Igreja, ao ensinar que ela é:
"Um projeto nascido
no coração do Pai" (nº 759),
"Prefigurada desde a
origem do mundo" (nº 760),
"Preparada na Antiga
Aliança" (nº761),
"Instituída por Jesus
Cristo" (nº 763),
"Manifestada pelo
Espírito Santo" (nº 767),
"A ser consumada na
glória" (nº769),
"Mistério da união
dos homens com Deus" (nº772),
"Sacramento universal
da salvação" (nº774),
"Comunhão com
Jesus" (nº787),
"Corpo de
Cristo" (nº787),
"Esposa de
Cristo" (nº796),
"Templo do Espírito
Santo" (nº797),
"Povo de Deus"
(nº781).
Todas essas expressões são
profundíssimas e precisam ser analisadas e conhecidas para podermos compreender
o desígnio de Deus em relação à Igreja. Sem isto não a amaremos como é
necessário e como pediu o Papa Paulo VI.
Alguns perguntam: por que a Igreja ? Não basta a fé em Jesus
Cristo?
A resposta é, que foi o
próprio Jesus quem quis a Igreja como prolongamento de sua presença salvadora
no meio dos homens. Ele nos deu a Igreja e o seu Credo, como garantia de que
não estamos seguindo apenas o nosso bom senso, ou uma religiosidade amorfa, mas
estamos seguindo o caminho de Deus.
A Igreja é conseqüência direta do mistério da Encarnação, seu
prolongamento.
Muitos
querem hoje dizer Sim à Cristo, e Não à Igreja; mas isto afeta a própria
identidade do Cristianismo. A Igreja, instituída por vontade de Cristo, com
suas normas, como prolongamento da Encarnação do Verbo de Deus, se tornou o
lugar privilegiado do encontro dos homens com Cristo e com o Pai.
Quem pergunta: "Por
que a Igreja?", incorre no mesmo erro de quem pergunta: "Por que
Cristo?"
Cristo veio do Pai e
deixou a Igreja. O Pai enviou Jesus para a salvação do mundo, e Cristo enviou a
Igreja.
Muitos hoje querem a
Igreja na forma de uma "democracia moderna", onde tudo se decida pela
vontade da maioria. Ela seria então como um grande Clube religioso, de normas
"flexíveis", mais assimiláveis.
A conseqüência disso ´ e o grande
engano ´ é que neste caso o homem seria guiado unicamente por si mesmo, e não
por Deus. Não seria mais "a Igreja de Deus" (1Tm3,15).
Pelo fato da Igreja ter a
sua vida guiada pela Tradição que vem de Cristo e dos Apóstolos, dá-nos a
garantia de que é o próprio Jesus, presente nela, que a conduz.
"Não pode ter a Deus
por Pai quem não tiver a Igreja por mãe", diz São Cipriano (De cathol.
Eccl. Unitate, 6). Veio Jesus salvar e santificar o mundo, mas, de modo
geral, o faz por meio da Igreja.
Deu pelos homens a vida,
derramou o sangue, pôs à disposição deles seus méritos preciosíssimos, deu-lhes
os sacramentos e o patrimônio de sua doutrina. Mas quis fosse a Igreja a única
depositária e dispensadora destes bens. Cristo, diz o Concílio, constituiu a
Igreja "como que universal sacramento de salvação" (LG, 48), ou seja,
"sinal e instrumento" da santificação dos homens e de sua
"íntima união com Deus" (ibidem, 1).
De fato, pregando a
palavra de Deus, difunde a Igreja a fé; e administrando os sacramentos,
comunica e alimenta a vida da graça. Assim são os homens enxertados em Cristo
como membros vivos de seu Corpo místico. Deste modo, torna-se cada fiel, por
sua vez, "Igreja", ou seja, célula viva desta grande família que,
enquanto une os homens a Deus, une-os também entre si, como filhos do mesmo Pai
e da mesma mãe, como irmãos unidos pelos vínculos do amor recíproco.
Exatamente porque membro vivo da
Igreja, não pode o cristão contentar-se com desfrutar dos benefícios que dela
recebe: deve empenhar-se em compartilhar de sua vida, de seus anseios, de seus
sofrimentos e contribuir para o seu incremento.
É assim também que nas
famílias tomam os filhos parte ativa em sua vida, e participam de sua sorte. Sentir e viver com a Igreja é sentir e viver com
Cristo que nela continuamente vive e age, salva e santifica, unindo todos os
homens a si e unindo-os uns aos outros, para que cheguem à vida eterna. Ir à
Igreja é ir a Jesus; amar e servir a Igreja é amar e servir a Cristo, sua
Cabeça. E como amou Cristo a Igreja até dar por ela a vida "com seu
sangue" (At 20,28).
3)- A PALAVRA DE DEUS “COMO QUE” SACRAMENTO DE SALVAÇÃO ? NO MESMO
NÍVEL DA TRANSUBSTANCIAÇÃO EUCARÍSTICA ?
É preciso entender que:
“Na transubstanciação
temos a presença real nas espécies eucarísticas por ocupação, ou antonomásia, e
não por transformação como foi nas bodas de Caná,ou seja, transformação de uma
matéria em outra, e na palavra de Deus e Igreja reunida a presença é
espiritual, ou consubstancial, e não transubstanciada, fazendo apenas cumprir
sua promessa: "Onde dois ou mais reunir-se em meu nome, eu estarei no meio deles."
A Relação
Entre a Palavra e os Sacramentos:
Em distinção da Igreja Católica Romana, as igrejas da Reforma
salientam a prioridade da Palavra de Deus.
Enquanto aquela parte do
pressupostos de que os sacramentos contêm tudo que é necessário para a salvação
dos pecadores e não precisam de interpretação.
Alguns luteranos alegam
que uma graça específica, diferente da que é produzida pela Palavra é
transmitida pelos sacramentos.
Isso é quase
universalmente negado pelos reformados (calvinistas), exceto por uns poucos
teólogos formando exceções à regra.
Eles assinalam o fato de que Deus
criou o homem de tal maneira, que ele obtém conhecimento particularmente pelas
avenidas dos sentidos da visão e da audição.
A Palavra está adaptada
aos ouvidos e os sacramentos aos olhos.
E, desde que os olhos são
mais sensíveis que os ouvidos, pode-se dizer que Deus, ao acrescentar os
sacramentos à Palavra, vem em auxílio do pecador.
A verdade dirigida aos
ouvidos através da Palavra está representada simbolicamente nos sacramentos
para os olhos.
Deve-se ter em mente, porém, que,
enquanto a Palavra pode existir e também é completa sem os sacramentos, os
sacramentos nunca são completos sem a Palavra. Há pontos de semelhança e de
diferença entre a Palavra e os sacramentos.
1. PONTOS DE SEMELHANÇA. Eles concordam: (a) no autor, visto que
Deus mesmo instituiu ambos como meio de graça; (b) no conteúdo, pois Cristo é o
conteúdo central tanto da Palavra como dos sacramentos; e (c) na maneira pela
qual o conteúdo é assimilado, isto é, pela fé. Esta constitui o único modo pelo
qual o pecador pode tornar-se participante da graça oferecida na Palavra e nos
sacramentos.
2. PONTOS DE DIFERENÇA.
Eles diferem: (a) em sua necessidade, sendo que a Palavra é indispensável, ao
passo que os sacramentos não; (b) em seu propósito, desde que a Palavra visa a gerar e a fortalecer a fé, enquanto
que os sacramentos servem somente para fortalecê-la; e (c) em sua extensão,
visto que a Palavra vai pelo mundo inteiro, ao passo que os sacramentos só são
ministrados aos que estão na igreja.
B. Origem e Sentido da Palavra Sacramento:
A palavra sacramento não se encontra na Escritura. É derivada do termo latino sacramentum , que originariamente denotava uma
soma de dinheiro depositada por duas partes em litígio. Após a decisão da
corte, o dinheiro da parte vencedora era devolvido, enquanto que a da perdedora
era confiscada. Ao que parece, isto era chamado sacramentum porque objetivava ser uma
espécie de oferenda propiciatória aos deuses.
A transição para o uso cristão do termo deve ser procurada:
a)- No uso militar do
termo, em que denotava o juramento pelo qual um soldado prometia solenemente
obediência ao seu comandante, visto que no batismo o cristão promete obediência
ao seu Senhor, e viver sob seu senhorio.
b)- No sentido especificamente religioso que o
termo adquiriu quando a Vulgata o empregou para traduzir o grego mysterion . É possível que este vocábulo
grego fosse aplicado aos sacramentos por terem eles uma tênue semelhança com
alguns dos mistérios das religiões gregas.
c)- Na Igreja Primitiva a
palavra sacramento era empregada
primeiramente para denotar todas as espécies de doutrinas e ordenanças. Por esta mesma
razão, alguns se opuseram ao nome e preferiam falar em sinais ou mistérios. Mesmo durante e imediatamente
após a Reforma, muitos não gostavam do nome sacramento. Melanchton empregava signi , e tanto Lutero como Calvino achavam
necessário chamar a atenção para o fato de que a palavra sacramento não é empregada em seu sentido
original na teologia.
d)- Mas o fato de que a palavra não se encontra na Escritura e de
que não é utilizada em seu sentido original quando aplicada às
ordenanças instituídas por Jesus, não tem por que dissuadir-nos, pois muitas
vezes o uso determina o sentido de uma palavra.
e)- Pode-se dar a seguinte
definição de sacramento:Sacramento
é uma santa ordenança instituída por Cristo, na qual, mediante sinais
perceptíveis, a graça de Deus em Cristo e os benefícios da aliança da graça são
representados, selados e aplicados aos crentes, e estes, por sua vez, expressam
sua fé e sua fidelidade a Deus.
Devemos distinguir três partes nos sacramentos:
1. O SINAL EXTERNO OU
VISÍVEL.
Cada sacramento contém um
elemento material, palpável aos sentidos. Num sentido bem livre, este elemento
às vezes é chamado sacramental. Contudo, no sentido estrito da palavra, o termo
é mais inclusivo e denota o sinal e aquilo que é significado ou simbolizado.
Para evitar mal-entendido, deve-se ter em mente este uso diferente. Isto
explica por que se pode dizer que um descrente pode receber, e, todavia, não
receber de forma eficaz o sacramento.
Não o recebe no sentido
pelo da palavra. O objeto externo do sacramento inclui, não somente os
elementos que se usam, a saber, água, pão e vinho, mas também o rito sagrado,
aquilo que se faz com estes elementos. Segundo este ponto de vista externo, a Bíblia
denomina os sacramentos sinais e selos, Gn 9.12, 13; 17.11; Rm 4.11.
2. A GRAÇA ESPIRITUAL
INTERNA, SIGNIFICADA E SELADA.
Os sinais e selos
pressupõem algo que é significado e selado e que geralmente é chamado matéria
interna do
sacramento. Esta é variadamente indicada na Escritura como aliança da graça, Gn
9.12, 13; 17.11, justiça da fé, Rm 4.11, perdão dos pecados, Mc 1.4: Mt 26.28,
fé e conversão, Mc 1.4; 16.16, comunhão com Cristo em Sua morte e ressurreição,
Rm 6.3, e assim por diante. Declarada resumidamente, pode-se dizer que consiste
de Cristo e todas as Suas riquezas espirituais.
Os católicos romanos a
vêem na graça santificante acrescentada à natureza humana, capacitando o homem
a praticar boas obras e a subir às alturas da visio Dei (visão de Deus).
Os sacramentos não
significam meramente uma verdade geral, mas uma promessa dada a nós e por nós
aceita, e servem para fortalecer a nossa fé com respeito à realização dessa
promessa, Gn 17.1-14; Ex 12.13; Rm 4.11-13. eles representam visivelmente e
aprofundam a nossa consciência das bênçãos espirituais da aliança, da
purificação dos nossos pecados e da nossa participação na vida que há em
Cristo, Mt 13.11; Mc 1.4, 5; 1 Co 10.2, 3, 16, 17; Rm 2.28, 29; 6.3, 4; Gl
3.27.
Como sinais e selos, eles
são meios de graça, isto é, meios pelos quais se fortalece a graça interna
produzida no coração pelo Espírito Santo.
3. UNIÃO SACRAMENTAL ENTRE O SINAL E AQUILO QUE É SIGNIFICADO:
Geralmente se lhe chama forma
sacramenti ,
forma dos sacramentos ( forma significando aqui essência),
porque é exatamente a relação entre o sinal e a coisa significada que constitui
a essência do sacramento.
Segundo o conceito reformado (calvinista), esta:
a)- Não é física, como, como
se a coisa significada fosse inerente ao sinal e o recebimento da matéria externa incluísse necessariamente a
participação na matéria interna ;
b)- Nem local, como a
descrevem os luteranos, como se o sinal e a coisa significada estivessem
presentes no mesmo espaço, de sorte que tanto os crentes como os incrédulos
recebessem o sacramento completo ao receberem o sinal;
c)- Mas espiritual , ou , moral
e relativa ,
de modo que, quando o sacramento é recebido com fé, a graça de Deus o
acompanha. Conforme este conceito, o sinal externo torna-se um meio empregado
pelo Espírito Santo na comunicação da graça divina.
d)- A estreita relação
existente entre o sinal e a coisa significada explica o emprego daquilo que
geralmente se chama linguagem sacramental, na qual
o sinal é mencionado em lugar da coisa significada, ou vice-versa , Gn 17.10; At 22.16; 1 Co 5.7.
Necessidade dos Sacramentos:
Os católicos romanos afirmam que o batismo é absolutamente
necessário para todos, para a salvação, pois todos sem exceção foram instituídos
pelo próprio Cristo,e que o sacramento da penitência é igualmente necessário
para aqueles que cometeram pecado mortal depois do batismo; mas que a confirmação
e a extrema unção são necessárias somente
no sentido de que foram ordenadas por Cristo e são eminentemente úteis.
Por outro lado, os protestantes
ensinam que os sacramentos não são absolutamente necessários para a salvação,
mas são obrigatórios em vista do preceito divino.
A negligência voluntária
do seu uso redunda no empobrecimento espiritual e tem tendência destrutiva,
precisamente como acontece com toda desobediência persistente a Deus.
Que não são absolutamente necessários para a salvação, segue-se:
1)- Do caráter espiritual
e livre da dispensação do Evangelho, na qual Deus não prende a Sua graça ao uso
de certas formas externas, Jo 4.21, 23; Lc 18.14;
2)- Do fato de que a
Escritura menciona unicamente a fé como condição instrumental da salvação, Jo
5.24; 6.29; 3.36; At 16.31;
3)- Do fato de que os
sacramentos não originam a fé, mas a pressupõem, e são ministrados onde se
supõe a existência da fé, At 2.41; 16.14, 15, 30, 33; 1 Co 11.23-32; (Exceto o
batismo de Crianças defendido por Calvino).
4)- Do fato de que muitos
foram realmente salvos sem o uso dos sacramentos. Pensemos nos crentes
anteriores ao tempo de Abraão e no ladrão penitente na cruz.(Apesar de
que são exceções à regra, e que não podemos transformar a exceção em regra como
a imaculada conceição de Maria, em virtude da circunstãncia).
Comparação
entre os Sacramentos do Velho e do Novo Testamentos:
1. SUA UNIDADE ESSENCIAL.
Roma alega que há
diferença essencial entre os sacramentos do Velho
Testamento e os do Novo. Ela afirma que, à semelhança de todo o ritual da
antiga aliança, seus sacramentos também eram meramente típicos.
A santificação produzida
por eles não era interna, mas apenas legal, e prefigurava a graça que haveria
de ser conferida ao homem no futuro, em virtude da paixão de Cristo. Isso não
significa que nenhuma graça interna acompanhava o uso deles, mas simplesmente
que isso não era efetuado pelo sacramento propriamente ditos, como acontece na
nova dispensação. Eles não tinham eficácia objetiva, não santificavam o
participante ex opere operato , mas unicamente ex
opere operantis ,
isto é, por causa da fé e caridade com que eram recebidos.
Uma vez que a plena
concretização da graça tipificada por aqueles sacramentos dependia da vinda de
Cristo, os santos do Velho Testamento foram encerrados no Limbus
Patrum (Limbo
dos Pais) até Cristo os tirar de lá.
Para os protestantes porém, não há diferença entre os sacramentos
do Velho Testamento e os do Novo,conforme as seguintes considerações:
a)- Em 1 Co 10.1-4 Paulo
atribui à igreja do Velho Testamento aquilo que é essencial nos sacramentos do
Novo testamento;
b)- Em Rm 4.11 ele fala da circuncisão de Abraão
como selo da justiça da fé;
c)- Em vista do fato de que eles representam as
mesmas realidades espirituais, os nomes dos sacramentos de ambas as
dispensações são utilizados uns pelos outros: A circuncisão e a páscoa são
atribuídas à igreja do Novo Testamento, 1 Co 5.7; Cl 2.11, e o batismo e a Ceia
do Senhor à igreja do Velho Testamento, 1 Co 10.1-4.
2. SUAS DIFERENÇAS FORMAIS.
Não obstante a unidade
essencial dos sacramentos das duas dispensações, há certos pontos de diferença.
a)- Em Israel os
sacramentos tinham um aspecto nacional em acréscimo à sua significação
espiritual como sinais e selos da aliança grega.
b)- Ao lado dos sacramentos, Israel tinha muitos
outros ritos simbólicos, tais como as ofertas e as purificações, que no
essencial concordavam com os seus sacramentos, ao passo que os sacramentos do
Novo Testamento estão absolutamente sós.
c)- Os sacramentos do Velho Testamento apontavam
para Cristo no futuro, e eram os selos da graça que ainda teriam que ser
merecidas, ao passo que os do Novo testamento apontam para Cristo no passado e
o Seu sacrifício de redenção já consumado.
d)- Em harmonia com o conteúdo total da
dispensação do Velho Testamento, a porção da graça divina que acompanhava o uso
dos sacramentos do Velho Testamento era menor do que a que atualmente se obtém
mediante o confiante recebimento dos sacramentos do Novo Testamento.
Número dos Sacramentos:
1. NO VELHO TESTAMENTO:
Durante a antiga
dispensação havia dois sacramentos, quais sejam, a circuncisão(Que não
implicava fé, pois a circuncisão era feita a criança recém nascida, significando
a gratuidade da eleição de Deus) e a páscoa.
Alguns teólogos reformados
(calvinistas) eram de opinião que a circuncisão originou-se em Israel e foi
auferido deste povo da aliança por outras nações. Mas agora é patentemente
claro que esta posição é insustentável.
Desde os tempos mais primitivos, os
sacerdotes egípcios eram circuncidados. Além disso, a prática da circuncisão se
acha em muitos povos da Ásia, da África e até da Austrália, e é muito improvável
que todos a tenham derivado de Israel. Todavia, somente em Israel ela se tornou
um sacramento da aliança da graça.
Como pertencente à
dispensação do Velho Testamento, era um sacrifício cruento, simbolizando a
excisão da culpa e da corrupção do pecado, e constrangendo as pessoas a
deixarem que o princípio da graça de Deus penetrasse suas vidas completamente.
A páscoa também era um sacrifício cruento.
Os israelitas escaparam do
destino dos egípcios com sua substituição por um sacrifício, que foi um tipo de
Cristo, Jo 1.29, 36; 1 Co 5.7.
A família salva comeu o
cordeiro que fora imolado, simbolizando assim um ato assimilativo de fé, muito
parecido com o ato de comer o pão eucarístico na Ceia do Senhor.
NO NOVO TESTAMENTO:
A igreja do Novo
Testamento também tem dois sacramentos por excelência a saber : O batismo e a
Ceia do Senhor (Eucaristia para os Católicos).
Em harmonia com a nova
dispensação em seu conjunto global, eles são sacramentos incruentos. Contudo,
simbolizam as mesmas bênçãos espirituais que eram simbolizadas pela circuncisão
e pela páscoa na antiga dispensação.
A igreja de Roma vendo a
instituição direta de Cristo a mais cinco, totalizou em sete no Concílio de Trento o número dos
sacramentos.
Aos dois que foram instituídos
por Cristo ela ratificou : A confirmação, a penitência, a ordenação, o
matrimônio e a extrema unção.
Ela fundamenta a instituição pelo próprio Cristo e na Tradição apostólica
em base bíblica para:
1)- A confirmação instituída por
Cristo :
Lucas 22,32; “Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te
converteres, CONFIRMA teus irmãos.”
Na tradição apostólica: At 8.17; 14.22; 19.6; Hb
6.2;
2)- A penitência ou Perdão dos pecados instituída por Cristo :
“Aqueles a
quem perdoardes os pecados, lhe serão
perdoados; aqueles a quem os retiverdes, lhes serão retidos" (Jo 20,22-23
Na tradição apostólica: Tg 5.16;
3)- Para a ordenação
Sacerdotal (Ou Presbiterial):
Jesus foi e é o maior e
único sacerdote. Pelo pecado, o homem se rebelara contra Deus, havendo assim
uma ruptura entre Deus e o homem. O homem, finito e limitado, caído, não podia
e não tinha condições de uma reparação de dimensão infinita, já que a ofensa
atingira a Deus. Daí vem o Filho de Deus, toma a nossa natureza pecadora, toma
sobre si todos os nossos pecado se, como mediador único, faz a grande reparação
que só Ele mesmo poderia fazer. É nisto que consiste o grande e único
sacerdócio de Jesus, conforme também se pode conferir ainda na oração
sacerdotal de Jesus. (Jo 17).
Todos os outros
sacerdotes, desde os apóstolos até o último sacerdote do mundo, e também todos
os batizados (cf. a diferença do sacerdócio dos batizados para o sacerdócio
ministerial ou presbiterial) são participantes do sacerdócio de Cristo.Jesus
entregou a mãos humanas os poderes sacerdotais (ou presbiterais, no caso do
padre) que Ele mesmo tem. Escolheu seus representantes, seus sucessores como
sacerdotes. O Evangelho mostra isso claramente quando Jesus escolhe e, com
paciência infinita, prepara os doze apóstolos e, posteriormente, lhes transmite
os poderes sacerdotais na condição de presbíteros. (Por que doze? Lembra as
doze tribos de Israel; doze é número simbólico na Bíblia; é número de círculo
completo, é perfeição. A Igreja é o novo Israel: nos doze está toda a Igreja em
germe).
Os poderes sacerdotais são transmitidos juntamente com as palavras
de Jesus:
“Ele (Jesus) lhes disse
(aos apóstolos) de novo: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou eu também
vos envio. Dizendo isso soprou sobre eles e disse-lhes: recebei o Espírito
Santo!”. Jo 20,21-22.
Jesus disse ainda: “Toda
autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. Ide, portanto, e fazei
com que todas as nações se tornem discípulas, batizando-as em nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo aquilo que vos
ordenei: eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.
Mt 28,18b-20.
Por fim,foi somente ao
grupo dos 12 que Cristo disse: Fazei isto em minha memória (Luc 22), para a
celebração da memória incruenta de seu sacrifício.
Na Tradição apostólica: 1 Tm 5.17; 2 Tm 1.6; Tito
1,5;Fl 1,1
4)- Para o matrimônio:
Portanto, o
que Deus uniu, não
separe o homem." (Mc. 10:9)
Na tradição apostólica: Ef
5.32;
5)- Para a Unção dos
Enfermos:
Mc 6.7-13:” Então
chamou os Doze e começou a enviá-los, dois a dois; e deu-lhes poder sobre os
espíritos imundos.Ordenou-lhes que não levassem coisa alguma para o caminho,
senão somente um bordão; nem pão, nem mochila, nem dinheiro no cinto;como
calçado, unicamente sandálias, e que se não revestissem de duas túnicas.E
disse-lhes: Em qualquer casa em que entrardes, ficai nela, até vos retirardes
dali.Se em algum lugar não vos receberem nem vos escutarem, saí dali e sacudi o
pó dos vossos pés em testemunho contra ele.Eles
partiram e pregaram a penitência.Expeliam numerosos demônios, ungiam com óleo a
muitos enfermos e os curavam.”
Na tradição apostólica:Tg 5.14;
Concluindo:
Entende-se portanto que cada um destes sacramentos comunica, em acréscimo à graça geral da santificação e salvação , uma graça sacramental especial, diferente em cada sacramento, conforme as passagens acima.
Entende-se portanto que cada um destes sacramentos comunica, em acréscimo à graça geral da santificação e salvação , uma graça sacramental especial, diferente em cada sacramento, conforme as passagens acima.
"LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO"
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