Nos debates entre
católicos e protestantes, nós, católicos, notamos que nossos opositores são
bastante exigentes em relação ao detalhamento das doutrinas da Igreja.Geralmente
submetem-nos a diversas perguntas, sejam elas bem ou mal formuladas. O
apologista católico, então, deve estar preparado, estudar a doutrina de sua
Igreja, ler as obras dos padres apologistas, e responder a esses fundamentalistas
satisfatoriamente (infelizmente, eles não se satisfazem com respostas).Mas,
será que os protestantes buscam nos seus “fundadores” a resposta para nossas
questões?Vocês, leitores, já perceberam que os
protestantes geralmente buscam suas fontes a partir de grandes teólogos do
passado e do presente, mesmo de Calvino, no caso dos calvinistas, e vários
outros teólogos modernos? Entretanto,
geralmente falta um personagem, o personagem principal, no âmbito reformado:
Martinho Lutero – Por que ?Já é ampla a nossa cobertura da revolta
protestante do século 16, mas muito ainda falta ser dito. Os protestantes
costumam colocar Lutero como um príncipe, um homem iluminado, que trouxe à luz
a Igreja que jazia nas trevas da “corrupção”. Em todos os meios
protestantes, Lutero foi um homem que, ao ler “um livro proibido”, a Bíblia,
descobriu em suas letras simples a doutrina até então “obscura” de Cristo: a
salvação somente pela fé. Desde então Lutero é uma figura ímpar na história do
protestantismo. Inclusive alguns teólogos católicos reconhecem em Lutero
valores dignos dos grandes doutores da Igreja.Porém, seus escritos praticamente
desapareceram da estante dos protestantes modernos (ou pelo menos, de suas
obras). O que vemos hoje é que os protestantes fundamentalistas se baseiam mais
em sua própria opinião “errada” das Escrituras do que num fundamento ao menos
mais criterioso.Entretanto,
será que é válida a fundamentação da teologia protestante na herança dos
estudos de Lutero?
Quantos
protestantes, mesmo pastores, já leram obras de Lutero?
Dificilmente um
católico que não seja estudioso do assunto leria. Mas espera-se que os
protestantes tenham uma certa noção dos escritos dos seus pais.Nós católicos
buscamos ler e entender o que pensavam e ensinavam os pais da Igreja: Inácio,
Clemente, Leão, Tertuliano, Gregório, Agostinho, Vicente, Aquino. Entre
milhares de outros. É uma vasta
literatura, mas todo católico que esteja interessado nas suas doutrinas busca
conhecer a sua patrologia. Lutero deixou uma
obra extensa, da qual em português creio não existir nem metade. Suponho,
também, que nem metade dos protestantes já leu as obras dele. O que será que
encontrariam?Talvez não gostem
muito do que encontrarão, caso se aventurem. Na realidade, apesar de ser um
estudioso da Bíblia, ter causado uma revolução no seio da Igreja, muitas vezes
Lutero foi um blasfemo. Ao menos, pelos seus escritos, é o que nos parece. Muitos protestantes questionam
os católicos acerca do que falaram os seus teólogos do passado. Muitos dizem
que Papas pecaram, disseram isso ou aquilo. Tudo isso, para eles, é prova de
que a Igreja Católica não é a Igreja fundada por Jesus, nosso Senhor. Que o Espírito Santo
não pode conduzir uma Igreja que ensina a “venda do perdão”, por exemplo.
Outros alegam que a Igreja não podia ter transferido a um homem o poder que
somente Deus contém. Entre várias outras alegações, os erros do passado são,
para os protestantes, prova mais que suficiente de que a Igreja é demoníaca. No nosso país, é comum o uso de “ditados
populares”. Um deles, que podemos até aplicar aqui, é “Cuidado! O peixe morre
pela boca”.Muito do que Lutero escreveu,
em confronto com o Papa e a autoridade da Igreja, é defendida até o fim pelos
seus idealistas. Mas será que defenderiam com a mesma vontade o Lutero que
vamos apresentar aqui?Talvez fiquem
surpresos, digam que ele não quis dizer o que está aparentado, que existem
outros escritos dele que dizem o contrário. Ora, pelo que vamos
ler, parece que não há como entender outro contexto, o que faz com que
entendamos exatamente o que Lutero quis dizer quando da redação das obras. E se
existem outros escritos dele que dizem o contrário, isto não é um fator de alívio,
mas de confusão e contradição. Mas, de qualquer
forma, o leitor julgue as palavras de Lutero…ditas pelo próprio reformador.
1ª) “Seja um grande pecador”
"Se és um pregador da graça, então pregue
uma graça verdadeira, e não uma falsa; se a graça existe, então deves cometer
um pecado real, não fictício. Deus não salva falsos pecadores. Seja um pecador
e peque fortemente, mas creia e se alegre em Cristo mais fortemente ainda…Se
estamos aqui (neste mundo) devemos pecar…Pecado algum nos separará do Cordeiro,
mesmo praticando fornicação e assassinatos milhares de vezes ao dia".
(American Edition, Luther’s Works, vol. 48, pp. 281-82, editado por H. Lehmann,
Fortress, 1963. ‘The Wittenberg Project;’ ‘The Wartburg Segment’, translated by
Erika Flores, de Dr. Martin Luther’s Saemmtliche Schriften, Carta a
Melanchthon, 1 de agosto de 1521. )Lutero está claramente dizendo que os nossos
pecados, mesmo o pecado mais intenso imaginável, não importa.Diz que podemos
cometer os pecados de forma convicta, que mesmo assim não nos separaremos de
Deus. Imagine um católico dizendo tal
coisa a um protestante, em um debate sobre o pecado, qual seria a resposta do
protestante? (não responda, caro
leitor, apenas abra sua Bíblia e leia o que ela diz sobre o pecado ? Mt 25,32;
Mt 13,30; Mt 3,10; Hb 10,26-29).
2ª)- “Fazer o bem é mais perigoso que o mal”
"Estas almas piedosas que fazem o bem
para chegar ao céu não somente não o alcançarão, como serão arranjados entre os
ímpios; e importa mais em impedi-los de fazerem boas obras que pecados".
(Wittenberg, VI, 160, citado por O’Hare, in “The Facts About Luther“, TAN
Books, 1987, p. 122).Sim, é isso que você leu! Deve-se evitar
praticar boas obras, não pecados. Acaso foi isso que Jesus ensinou? Pense em
Cristo exortando a pecadora, em vias de ser apedrejada, e, ao segurá-la pela
mão, dizer: “vá, e não pratique mais boas obras”, e continue a pecar, basta
apenas ter fé em mim e pode continuar com sua vida de pecados.Na verdade, o que Lutero quer
dizer é “não se preocupe com os pecados, Jesus os encobrirá. Preocupe-se com
suas boas obras, isto lhe condenará“.As Escrituras dizem
que seremos julgados pela forma como vivemos a nossa fé. Paulo diz claramente,
em Rm 2,5-11, que o justo julgamento de Deus será de acordo com nossas ações.
De acordo com 2Cor 5,10, receberemos a recompensa de Deus de acordo com nossos
atos, bons ou ruins. Segundo Lutero, seremos recompensados por não fazer boas
obras, enquanto que nossos pecados não influirão no julgamento de Deus.Você
pode perguntar: mas não são os protestantes que acreditam “somente na Bíblia“?
Bem, responderíamos, somente quando lhes convém…
3ª)- “Não há livre arbítrio”
"…Em relação a Deus, e a tudo que importa
na salvação e condenação, o homem não possui livre-arbítrio, é um cativo, um
prisioneiro, um escravo, seja da vontade de Deus, seja da vontade de
Satanás". (Bondage of the Will, Martin Luther: SelectionsFrom His
Writings, ed. by Dillenberger,Anchor Books, 1962 p. 190). "Tudo que
fazemos é por necessidade, não por livre-arbítrio, pois o livre-arbítrio não
existe…" (Ibid, p. 188) - "O homem é como um cavalo. Deus o está
montando? Um cavalo é obediente e aceita as vontades de seu dono, e vai onde
quer que ele queira. Acaso Deus soltou as rédeas? Então Satanás sobe em seu
dorso, e o submete aos seus caprichos…Portanto, a necessidade, e não o
livre-arbítrio, é o princípio controlador de nossa conduta. Deus
é o autor do que é mal como do que é bom, e, da forma como concede a felicidade
àqueles que não a merecem, assim também condena a outros que não desejaram seu
destino". (‘De Servo Arbitrio‘, 7, 113 seq., citado por O’Hare, in
‘The Facts About Luther, TAN Books, 1987, pp. 266-267.) - A Bíblia discorda de
Lutero. Lemos em Eclesiástico 15,11-20 (Livro que Lutero tirou da sua bíblia
protestante):“Não
digas: É por causa de Deus que ela me falta. Pois cabe a ti não fazer o que ele
abomina. Não digas: Foi ele que me transviou, pois que Deus não necessita dos
pecadores. O Senhor detesta todo o erro e toda a abominação; aqueles que o
temem não amam essas coisas. No princípio Deus criou o homem, e o entregou ao
seu próprio juízo; deu-lhe ainda os mandamentos e os preceitos. Se quiseres
guardar os mandamentos, e praticar sempre fielmente o que é agradável (a Deus),
eles te guardarão. Ele pôs diante de ti a água e o fogo: estende a mão para
aquilo que desejares. A vida e a morte, o bem e o mal estão diante do homem; o
que ele escolher, isso lhe será dado, porque é grande a sabedoria de Deus.
Forte e poderoso, ele vê sem cessar todos os homens. Os olhos do Senhor estão
sobre os que o temem, e ele conhece todo o comportamento dos homens“.Os protestantes,
claro, replicarão dizendo que Eclesiástico não é um livro canônico. Apesar de
estarem errados, e Eclesiástico ser sim um livro canônico (leia os porquês em
vários artigos de nossos site), podemos
citar livros que eles apreciam como Escritura Sagrada:Dt 30,19-20: “Tomo
hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a
morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua
posteridade, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo
unido a ele. Porque é esta a tua vida e a longevidade dos teus dias na terra
que o Senhor jurou dar a Abraão, Isaac e Jacó, teus pais“. Vemos que o homem,
além de ser livre para escolher, ele é obrigado a fazer tal escolha. Em Gn 4,7
lemos: ?Se praticares o bem,, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te. Mas se
precederes mal, o pecado estará à tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás
dominá-lo?.Em Jo 15,15: “Já não vos chamo servos, porque
o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a
conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai“. Não nos parece que João concorda com
Lutero a respeito da natureza eqüina dos homens, nem de seu jóquei...Lutero
disse que Deus é o responsável pelo bem e pelo mal. Porém Paulo também
discorda dele, pois escreveu: “Pois, se nós, que aspiramos à justificação em
Cristo, retornamos, todavia, ao pecado, seria porventura Cristo ministro do
pecado? Por certo que não!“. Por certo que Lutero está errado!
4ª)- Os cristãos não estão sujeitos a
autoridade alguma!
"Todo cristão é pela fé tão exaltado
sobre todas as coisas que, por meio de um poder espiritual, é senhor de todas
as coisas, sem exceções, que nada lhe causará mal. De fato, todas as coisas
foram feitas sujeitas a ele e são orientadas a servi-lo na sua salvação".
(‘Freedom of a Christian,’ Martin Luther. Selections From His Writings, ed. por
Dillenberger, Anchor Books, 1962 p. 63.) - " Injustiça é
feita quando as palavras ?sacerdote, clérico, espiritual, eclesiástico? são
transferidas de todos os cristãos para aqueles poucos que são chamados por
costume mesquinho de 'esclesiásticos' "(Ibid., p. 65)Segundo
Lutero, não há necessidade de sacerdotes, e da hierarquia. Todo cristão tem uma
relação livre com Deus.Isto parece algo
muito bom, e realmente nós podemos ter uma relação direta com Deus. Entretanto
não podemos excluir o papel da hierarquia e dos sacerdotes. Lemos no livro de
Números, capítulo 12, que a irmã de Moisés, Mirian (Maria), disse: “Porventura
é só por Moisés, diziam eles, que o Senhor fala? Não fala ele também por nós“.
A Bíblia mostra que “o Senhor ouviu isso” e disse “Por que vos atrevestes,
pois, a falar contra o meu servo Moisés?” e logo depois “Maria foi ferida por
lepra“.A Bíblia nos ensina a
não proceder contra os escolhidos por Deus:“Deus me guarde de jamais cometer
este crime, estendendo a mão contra o ungido do Senhor, meu senhor, pois ele é
consagrado ao Senhor!” (1Sam 24,7). Pela intercessão de Moisés, Mirian foi
curada da lepra. Logo depois vemos Coré (Num 16) se rebelar contra Moisés e
Aarão: “Basta! Toda a assembléia é santa, todos o são, e o Senhor está no meio
deles. Por que vos colocais acima da assembléia do Senhor?“. A Bíblia mostra que,
por causa desta revolta, “Saiu um fogo de junto do Senhor e devorou os duzentos
e cinqüenta homens que ofereciam o incenso“. Isto pode ser a semelhança do que
espera aqueles que se rebelam contra os desígnios de Deus: “Voltar-se-á em
seguida para os da sua esquerda e lhes dirá: – Retirai-vos de mim, malditos!
Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e aos seus anjos” (Mt 25,41). Por fim o próprio
Cristo nos disse:Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e quem a mim me rejeita, rejeita aquele que me
enviou. (Luc 10:16)
5ª)-
Os camponeses mereceram seu destino!
"Assim como as mulas não se movem até que
seu dono lhe puxe as cordas, assim o poder civil deve conduzir as pessoas comuns,
açoitá-los, enforcá-los, queimá-los, torturá-los e decapitá-los, para que
aprendam a temer o poder estabelecido" (El. ed. 15, 276, citado by O’Hare,
em ‘The Facts About Luther, TAN Books,1987, p. 235). "O camponês é um
porco, e quando um porco é abatido, ele está morto, e da mesma forma os
camponeses não pensam sobre a vida futura, pois do contrário se comportariam de
outra maneira". (‘Schlaginhaufen,’ ‘Aufzeichnungen‘ p. 118, citado ibid.,
p. 241).Trata-se do episódio da guerra dos camponeses
de 1525. O próprio Lutero recomendava aos príncipes: “impeça-os da forma que
puderem, como se matam cachorros loucos” (Ibid., p. 235).Erasmo de Roterdã,
contemporâneo de Lutero, relatou que mais de cem mil camponeses perderam suas
vidas (Ibid., p. 237).Provavelmente você, leitor católico, já foi
defrontado por protestantes com o argumento de que a Igreja “matou milhões de
pessoas na inquisição”, entre outras acusações (mal informadas, no caso das
inquisições).Porém, como estamos
mostrando neste artigo, poucos são os que conhecem que Lutero, Calvino e
Elisabeth promoveram massacres contra católicos ou não-católicos.Muitos, na verdade,
não sabem nem mesmo que Calvino mandou queimar Miguel de Serveto, ou porque
Thomas Moore foi decapitado, na Inglaterra…
6ª)- Lutero defendia a Poligamia!
"Confesso não poder evitar que uma pessoa
despose muitas mulheres, pois tal não contradiz as Escrituras. Caso um homem
escolha mais de uma mulher, deve procurar saber se está satisfeito com sua
consciência de que o fará em acordo com o que diz a Palavra de Deus. Neste
caso, a autoridade civil nada tem a fazer". (De Wette II, 459, ibid., pp.
329-330).Somente pela
Escritura Lutero não pôde descartar a poligamia. Talvez ser bígamo, ter várias
mulheres ao mesmo tempo, sem ser fiel a nenhuma delas, não influencie na
conduta cristã de buscar na Bíblia somente o que diz respeito à salvação…
7ª)- A Bíblia poderia melhorar
"A história de Jonas é tão monstruosa que
é absolutamente inacreditável". (‘The Facts About Luther, O’Hare, TAN
Books, 1987, p. 202) - "Eu jogaria o
livro de Esther no Elbe. Sou de tal forma inimigo deste livro que preferiria
que não existisse, pois é judaizante demais e com grande parte de idiotices
pagãs". (Ibid.) - " A carta de
Tiago é uma carta de palha, pois não contém nada de evangélico". (‘Preface
to the New Testament,’ed. Dillenberger, p. 19.) " Se algo sem sentido foi
falado, este é o lugar. Eu confirmo o que muitos já haviam dito que, com muita
probabilidade, esta epístola não fora escrita pelo apóstolo, e não merece o
nome do apóstolo". (‘Pagan Servitude of the Church‘ ed. Dillenberger, p.
352.). " Para mim tal livro* não possui qualquer
característica cristã. Que cada um julge este livro; eu mesmo tenho aversão, e
isto é o suficiente para rejeitá-lo". (Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170,
‘The Facts About Luther,’ O’Hare,TAN Books, 1987, p. 203). *NT: Trata-se do
livro de Apocalipse. É dito que Lutero entendeu a Bíblia “como se
Deus falasse ao coração”. Mas é difícil de imaginar que o próprio Deus, que lhe
“falou ao coração”, revelasse que Tiago escreveu uma epístola sem valor. Tal
confusão é bem parecida com a “inspiração pelo Espírito Santo” que os
evangélicos têm hoje em dia para confirmar a veracidade de suas interpretações
bíblicas. É interessante também notar que, para os protestantes, a Bíblia é a
autoridade final, correto? Porém vemos que Lutero se coloca acima da autoridade
da Bíblia, escolhendo quais livros devem pertencer ou não a ela, e ainda com a
“autoridade” de definir determinado livro. Na realidade, Lutero se colocou
acima da Bíblia que afirma estar sujeito. Sem perceber, os protestantes de
ontem e de hoje fazem o mesmo.Os protestantes, debatendo sobre os
deuterocanônicos, citam passagens que dizem que os que acrescentam qualquer
coisa à Palavra de Deus serão condenados.Demonstramos com
vários artigos que, na realidade, quem acrescentou ou retirou algo da Bíblia
foram os reformadores. E o próprio Lutero admite tal feito, com a adição da
palavra “somente” em Rm 3,28 de sua tradução para o alemão:"Se um papista lhe questionar sobre a
palavra “somente”, diga-lhe isto: papistas e excrementos são a mesma coisa.
Quem não aceitar a minha tradução, que se vá. O demônio agradecerá por esta
censura sem minha permissão". (Amic. Discussion, 1, 127,’The Facts About
Luther,’ O’Hare, TAN Books, 1987, p. 201)
8ª)- Judeus para o inferno!
"Os judeus são pequenos demônios
destinados ao inferno". (‘Luther’s Works,’ Pelikan, Vol. XX, pp. 2230).
"Queime suas sinagogas. Negue a eles o que disse anteriormente. Force-os a
trabalhar e trate-os com toda sorte de severidade…são inúteis, devemos
tratá-los como cachorros loucos, para não sermos parceiros em suas blasfêmias e
vícios, e para que não recebamos a ira de Deus sobre nós. Eu estou fazendo a
minha parte". (‘About the Jews and Their Lies,’ citado em O’Hare, in ‘The
Facts About Luther, TAN Books, 1987, p. 290)Mesmo se os judeus fossem inimigos, Lutero
deveria amá-los, e não tratá-los como cachorros loucos, muito menos recomendar
tal tratamento. Os cristãos devem reconhecer nos judeus o povo chamado por Deus
e portador de sua revelação, e que possuem um papel na história da salvação. De
fato, o chamado descobridor da doutrina de Deus encoberta pelos católicos, não
parece ser familiar com a doutrina cristã que alegam ter resgatado.
9ª)- Lutero dizia que Cristo era pecador e adúltero!
"Cristo Adúltero. Cristo cometeu
adultério pela primeira vez com a mulher da fonte [do poço de Jacó] de que nos
fala São João. Não se murmurava em torno dele: “Que fez, então, com ela?”
Depois, com Madalena, depois, com a mulher adúltera, que ele absolveu tão
levianamente. Assim, Cristo, tão piedoso, também teve que fornicar, antes de
morrer". (Lutero, Tischredden,Table Talk, Weimar, Vol. II, p. 107, apud
Franz Funck Brentano, Martinho Lutero, Ed Vecchi Rio de Janeiro 1956, p. 15).Creio que não se pode
comentar tais palavras, assegurando que vieram do nome daquele que cultuam hoje
como “a estrela que brilhou no meio à escuridão da idade média”. Não há dúvida:
Lutero está errado. Cristo se assemelhou em tudo a nós, menos ao pecado. Isto é
evidente pela Sagrada Escritura e pela autoridade da Igreja, pois Cristo é
Deus.Imagine, leitor, o
que aconteceria se você apresentasse este fragmento a um protestante, esperasse
este identificar quem o disse, e depois revelar que foi dita por nada menos que
Martinho Lutero?Infelizmente, os protestantes
se recusarão a buscar as obras de Lutero e de outros reformadores. Sua
metodologia “minha consciência é meu guia” lhe impede de aderir a qualquer
semelhança com a doutrina de algum ser humano, ainda mais se este ser humano
ensinou o que mostramos acima.Na realidade, os
protestantes, que acham que retiram suas doutrinas da Bíblia, na realidade
copiam as conclusões de outras pessoas, como Lutero (o que é um mau negócio),
Calvino (também), ou o que pode ser ainda pior, de suas próprias conclusões.Talvez a única conclusão que podemos retirar
destas, e de várias outras frases, é a que o apóstolo Paulo nos incentiva:
“Examinai-vos a vós mesmos, se estais na fé.
Provai-vos a vós mesmos…A menos que a prova vos seja, talvez, desfavorável”
(2Cor 13,10).
Fonte: Bibliacatolica.com.br
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