A CURA ENTRE GERAÇÕES
Esta concepção é falha !
Como entender a suposta "cura entre gerações"?
Eis a explicação mais plausível:
Em conclusão dizemos:
Pergunta-se agora: Que dizer? Proporemos três ponderações:
Os textos bíblicos sobre os quais se baseia a tese do Pe. Gambarini, supõem a mentalidade do clã, segundo a qual o individuo não tem valor como tal; é o clã ou o grupo que dá significado ao indivíduo; o clã arca com as conseqüências daquilo que o indivíduo faz. Essa mentalidade primitiva foi posteriormente corrigida em Israel; com efeito, durante o exílio na Babilônia (587-538), os exilados alegavam estar sendo punidos por causa dos pecados dos antepassados; seriam eles, no exílio, inocentes e não teriam necessidade de fazer penitência. Intervieram então os Profetas para dissipar o raciocínio e o princípio que o sustentava:
Por conseguinte, vê-se que Deus não castiga os pecados dos antepassados ferindo os seus descendentes! Em contrapartida, não se exime de fazer penitência pelos filhos de Israel exilados.
Pelo mesmo motivo, não se pode dizer que os traumas, os choques ou os males sofridos pelos ancestrais perduram no além, como se as almas dos defuntos continuassem a sofrer as emoções e os sentimentos que sofriam na terra, podendo ser curadas desses traumas pelas orações de seus descendentes.Todas estas concepções redundam, de algum modo, em espiritismo kardecista, ou em umbandismo e candomblé. Na verdade, não há comunicação das pessoas na Terra com o além senão pela oração.As preces que são feitas pelos falecidos ou pelas almas do purgatório têm por objetivo tão somente pedir a Deus que o amor as purifique de qualquer resquício de pecado pessoal para que possam desfrutar da visão de Deus sem demora.Podemos também, rezar aos Santos, pedindo-lhes que intercedam por nós, a fim de que sejamos dotados das graças necessárias para chegarmos à pátria celeste.
Sobre o Feitiço
Às páginas 58s do livro de Gambarini lê-se a seguinte oração:
A pag. 61 encontra-se a seguinte prece: “Pelo último suspiro na cruz, livrai as dores e abrandai as penas das almas santas e benditas do purgatório”. É errônea a concepção que parece estar subjacente a este texto.O purgatório não é um castigo, mas uma concessão da misericórdia divina para que as almas que não se tenham purificado dos resquícios do pecado na vida presente, possam fazê-lo na vida futura.Na verdade, ninguém pode ver Deus face-a-face trazendo sombra de pecado ou “pecadinho” (impaciência, maledicência, preguiça...). Se o cristão não consegue extinguir as escórias de tais pecados antes de deixar este mundo, deverá fazê-lo posteriormente para poder entrar na visão de Deus.O sofrimento do purgatório não depende de maior ou menor rigor da parte do Juiz Divino, mas sim do fato de ter sido tal cristão negligente ou leviano sobre a Terra, de modo que não se preparou (não preparou a veste nupcial) para poder entrar na ceia da vida eterna logo depois da morte.
Revista: "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" -
O livro de padre Robert DeGrandis supõe que pecados cometidos e traumas sofridos por pessoas já falecidas estejam atualmente influenciando a vida dos respectivos descendentes; haveria uma hereditariedade de males morais e desgraças, que se dissiparia mediante a oração de cura interior.
Antes do mais, pergunta-se: que significa "cura entre gerações" ?
Para padre Roberto DeGrandis e seus seguidores, muitos dos males que as pessoas hoje em dia padecem, são herança recebida de gerações passadas (pais, avós, bisavós, etc). Por isto, para curar estes males, é preciso curar a respectiva fonte, isto é, a falha ou a deficiência ainda existente nas almas dos falecidos. O Espírito Santo, supostamente, revelaria aos carismáticos o tipo de causa que provoca a desgraça das pessoas na Terra! Após esta revelação, o cristão carismático faz a prece correspondente para sanar o(a) falecido(a) e assim libertar os que sofrem desta má herança neste mundo.
São palavras de Robert DeGrandis:
Segundo R. DeGrandis, pode haver também objetos impregnados de maldição (como se a maldição fosse um micróbio ou um vírus); têm que ser jogados fora! Tais objetos constituem uma realidade que o livro designa como "o oculto". Eis um caso típico:
Segundo o mesmo autor, a desgraça atual pode decorrer também, de uma palavra de maldição proferida por antepassados em desabono das gerações futuras. São dizeres de Robert DeGrandis:
2ª)- Por isto também, não se deve dizer que o nosso pecado pessoal se transmite como uma doença física. Não se diga que alguém é hoje libertino(a) em matéria sexual simplesmente porque sua avó o foi! Existem micróbios e bactérias que transmitem doenças corporais, sim; mas, não existem micróbios que transmitam doenças do espírito!
Maldição
hereditária e cura entre gerações: as superstições e os desvios
Postado
por O Catequista
Se uma pessoa cresceu vendo o comportamento de seu pai ou mãe alcoólatra, agressivo ou gastador compulsivo, não é nenhuma surpresa se vier a desenvolver os mesmos vícios. É a dinâmica comum dos comportamentos adquiridos por convivência e observação!Assim como os males citados, outros desvios e problemas, naturalmente, são reproduzidos em uma família por seguidas gerações. Se alguém quiser chamar esses males herdados de "maldição familiar", ok. O problema é que essa expressão tem gerado distorções e mal-entendidos (no meio Católico).
Quando se diz que alguém é vítima de uma MALDIÇÃO HEREDITÁRIA, a pessoa tende a se sentir uma vítima de uma força espiritual implacável, demoníaca e misteriosa. Um capeta-chiclete, não desgruda e persegue a sua família ao longo das décadas e séculos! E tudo isso porque um ancestral pecou gravemente, lá no passado, e com isso os seus pecados continuariam impactando na vida de todos os membros de sua árvore genealógica.
Nasceu um novo membro na família, e lá vêm os capetas-chiclete grudar na criança!?
A ideia que muitas vezes acompanha o "jugo hereditário" e a "cura da árvore genealógica" é a de um pecado pessoal é transmitido aos filhos através das gerações, e também pragas rogadas sobre seus descendentes.Assim, ficam de lado a consciência sobre o livre-arbítrio, sobre a necessária luta diária de cada um contra o pecado, ou até mesmo a eventual necessidade de terapia com psicólogo ou psiquiatra, para ser capaz de romper o ciclo de erros aprendidos com a família.
Na verdade, de modo geral, não há uma linha divisória bem definida entre as coisas que são de origem espiritual ou natural
Por exemplo: se uma mulher só se envolve com homens tóxicos e abusivos, e suas filhas e netas vão pelo mesmo caminho, não podemos negar a influência do demônio. Pois, onde há desarmonia, onde há engano e pecado, o diabo tem mais facilidade de agir.
Mas, sobretudo,
não se trata de uma maldição hereditária - não no sentido
"sobrenatural" da expressão -, mas sim de uma visão errada sobre si
mesmo, a falta de conhecimento sobre Deus e sobre o sentido da vida.
Para
mudar uma "maldição hereditária" (se queremos chamar assim), orações
são fundamentais; mas também o empenho com o estudo, com a meditação da Palavra
e com a necessária mudança de comportamento. Ou seja: é necessário ORAÇÃO, PENITÊNCIA
e CONVERSÃO!
Então, em primeiro lugar: sim, orar clamando a Deus pela cura de uma família é LEGÍTIMO!
Porém
a própria Renovação Carismática Católica reconhece que em alguns grupos ocorrem
desvios nessa prática. Veja o que a RCC diz, com muita prudência:
"Faz sentido, portanto, que uma pessoa passando por um processo de cura possa ser grandemente ajudada pelo reconhecimento desses padrões ligados às gerações e por orações, pedindo ao Senhor, especificamente, que rompa o ciclo não saudável e cura as feridas causadas pelo mesmo.Entretanto, é também possível ver como esta forma de ministério de oração por cura pode degenerar em práticas anormais manchadas por superstições ou por erros teológicos. Por exemplo, um ministério de oração pode afirmar ter um discernimento detalhado sobre supostas maldições ou outras influências do ocultismo acontecidas há muitas gerações atrás, as quais devem ser removidas por tipos específicos de oração. Rezar pela cura, com base em tais especulações, seria entrar no reino do Gnosticismo, no qual a salvação depende do conhecimento ao qual a pessoa tem acesso." (Site da RCC Brasil-Recomendamos que o artigo citado acima seja lido na íntegra no site da RCC, pois esclarece muita coisa).
QUAIS
SÃO AS SUPERSTIÇÕES E DESVIOS?
O
já citado excelente artigo do site da RCC Brasil descreve muito bem o que deve ser
evitado em um ministério em que se reza pela cura das gerações:
•Qualquer sugestão de que as pessoas, de alguma forma, suportam a culpa dos pecados de seus ancestrais ou de que podem ser punidas por causa deles.
•Qualquer negação de livro arbítrio, ou da responsabilidade da pessoa por suas próprias ações.
•Quaisquer afirmações exageradas a respeito de conhecimento profético de gerações anteriores e de sua influência sobre uma pessoa.
•Quaisquer práticas ocultas (ex: conversar com demônios ou com ancestrais).
•Qualquer "abuso da Missa ou dos sacramentos que as subordinam a outro propósito" (ex: alcançar boa sorte) e não respeita sua finalidade própria que é:
O cristão deve ir à Missa em resposta obediente ao que Jesus disse na última ceia: "FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM", com o propósito de adorar, ouvir a palavra de Salvação, dar ação de graças, pedir perdão pelas ofensas, rogar pelas bênçãos necessárias ao seguimento de Cristo e principalmente, aquilo que rezamos na apresentação das oferendas: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.” O diácomo e ministros extraordinário da eucaristia, não podem oferecer a Santo Sacrifício da Missa, pois não gozam a pelinitude do "In persona Christi" - O Cristão é chamado a participar dos frutos do Santo Sacrifício da Missa, por isso a "celebração da palavra JAMAIS poderá substituir a Santa Missa", pois falta o caráter de memorial. A celebração da palavra é de caráter EXTRAORDINÁRIO, ou seja, na ausência de padres para celebrar a missa. Somos ORDINARIAMENTE chamados a participar é da Santa Missa com um sacerdote legitimamente ordenado, e todo diácono deve estar ciente disso, sem sentir-se diminuído, pois sua função ORIGINANTE e institucional não foi o serviço no altar, mas o "serviço da Caridade fraterna" (conforme Atos 6,1-6).Se paralelo a celebração da palavra, tiver missa e você puder participar, deverá obrigatoriamente optar pela Missa e não celebração da palavra. A Celebração da Palavra não tem o mesmo valor da Santa Missa! A Santa Missa é um sacrifício, enquanto a Celebração da Palavra é apenas "um momento de oração e reflexão" em torno da palavra.
O
PARECER DOS TEÓLOGOS
Podemos citar, pelo menos, dois padres - que são teólogos e exorcistas - que escreveram obras denunciando as superstições ligadas à ideia da maldição hereditária:
1)-O primeiro deles é o Pe. Rogelio Alcántara. No livro "De que diablos estamos hablando?”, ele explica que nenhum autor católico ensinou esse negócio de maldição hereditária até meados do século XX. E que essa tese apareceu, pela primeira vez, entre protestantes de inspiração pagã, e depois se difundiu pelas atividades do missionário anglicano Keneth McAll.Os meios carismáticos católicos acabaram recebendo essa influência, infelizmente. Sobretudo, por meio do Pe. Robert de Grandis.
2)-Também, o renomado exorcista Pe. Antonio Fortea dedica um livro inteiro para combater erros ligados à ideia de maldição hereditária.O livro se chama "Los hijos de vuestros hijos", e está disponível (em espanhol) gratuitamente (de forma legal, não é pirata).
3)-A terceira referência que citaremos é um documento publicado pelos bispos da Conferência Episcopal da Polônia, em 2015. Eis um trecho: "O único pecado que se passa de geração em geração é o pecado original”, que é removido no batismo – lemos no parecer teológico apresentado pela Comissão de Doutrina da Fé da Conferência Episcopal Polonesa. Essa opinião também, enfatiza que “a Igreja ensina desde o início que o pecado é sempre pessoal e requer uma decisão da vontade. O mesmo é verdade para a penalidade pelo pecado. Todos são punidos pessoalmente por seu pecado. St. Paulo na Carta aos Romanos, que 'cada um de nós se realizará para Deus'(Rm 14,12).A reencarnação do pecado ou a disseminação do pecado a gerações sucessivas, como ensinam os adeptos da 'cura intergeracional', não tem justificação nem nas Escrituras, nem na Tradição e nos ensinamentos da Igreja. Esses tipos de ideias infundadas são muito perigosas para a vida espiritual dos fiéis e para a própria doutrina da Igreja", lemos na referida opinião teológica.
Portanto,
a pedido da Comissão para a Doutrina da Fé, apresentada na 370ª Assembleia
Plenária (Varsóvia, 6 a 7 de outubro de 2015), a Conferência Episcopal Polonesa
decidiu proibir a celebração de Santas Missas e todas as orações para a cura de
“pecados geracionais” ou “cura intergeracional”. (Site da Conferência Episcopal
Polonesa).
As passagens do Antigo Testamento que dão a entender que os pecados ancestrais passam para os filhos devem ser entendidas levando em consideração a pedagogia divina da revelação progressiva, e o contexto total da Bíblia. O mesmo Antigo Testamento revela: "Quem peca é que deve morrer. O filho não pagará pela culpa do pai, nem o pai pagará pela culpa do filho. A justiça será creditada ao justo e a maldade será imputada ao ímpio" (Ez 18,20).
AINDA SOBRE A Cura entre Gerações
A ideia de “cura entre gerações” não é, em si própria, incompatível com o ensinamento da Igreja Católica. Na realidade, a doutrina do pecado original pressupõe que os efeitos do pecado são passados de geração para geração (ver o Catecismo, 402-4-6). Tanto a psicologia como a experiência pastoral confirmam o fato evidente de que muitas vezes as faltas, fraquezas e pecados de uma geração – tais como alcoolismo, abuso físico ou sexual, distanciamento emocional, irresponsabilidade, etc – podem deixar sua marca na família, durando, algumas vezes, por várias gerações.
Um pai pode praticar abuso ou ser emocionalmente
ausente, em parte, por exemplo, por causa de seus pais, os quais, por sua vez,
enfrentaram problemas que tiveram impacto sobre eles. Faz sentido, portanto,
que uma pessoa passando por um processo de cura possa ser grandemente ajudada
pelo reconhecimento desses padrões ligados às gerações e por orações, pedindo
ao Senhor, especificamente, que rompa o ciclo não saudável e cura as feridas
causadas pelo mesmo.
Entretanto, é também possível ver como esta forma de ministério de oração por cura pode degenerar em práticas anormais manchadas por superstições ou por erros teológicos. Por exemplo, um ministério de oração pode afirmar ter um discernimento detalhado sobre supostas maldições ou outras influências do ocultismo acontecidas há muitas gerações atrás, as quais devem ser removidas por tipos específicos de oração.
Rezar pela cura, com base em tais especulações, seria entrar no reino do Gnosticismo, no qual a salvação depende do conhecimento ao qual apenas determinadas pessoas tem acesso!
Este é o motivo pelo qual faz-se necessário um discernimento cuidadoso e prudente, assim como todos os fenômenos na vida espiritual. “Examinai tudo: abraçai o que é bom” (I Ts 5, 21).
Seria desastroso se uma condenação massiva
da oração de cura pela linha de família impedisse as pessoas de um
reconhecimento legítimo do impacto da linha de família tanto nas feridas
emocionais como na cura. Tal resposta desajuizada pode também ter o efeito de
empurrar algumas pessoas para grupos não Católicos onde este tipo de prática é
aceito.
Uma boa supervisão pastoral desta prática deve incluir pelo menos três
elementos:
1.
Afirmação do que é válido na prática da oração de cura pela linha de família. A
premissa básica, reconhecida na teologia Católica, é que, devido à unidade da
família humana, Deus permite que as consequências do pecado deixem sequelas nas
gerações subseqüentes. O Livro de Números 14, 18, e versículos similares (Ex
20, 5; 34, 7; e Dt 5, 9) devem ser interpretados à luz deste fato básico da
experiência humana. Isto não significa que os filhos são culpados pelos pecados
de seus pais (ver Ez 18; Jo 9, 2-3) e nem de que uma pessoa não possa ser salva
se não houver uma cura em sua linha de família. Simplesmente, significa que as
pessoas sofrem as consequências dos pecados de seus pais e que, através da
oração e da fé na obra redentora de Cristo, elas podem ser libertas de tais
consequências de acordo com a vontade de Deus. Elas também podem ser ajudadas a
perdoar seus pais ou avós de qualquer coisa que as tenha prejudicado.
2.
Uma exposição clara de tudo o que é inválido, errado, ou exagerado em tais
práticas. Isto inclui:
–
Qualquer sugestão de que as pessoas, de alguma forma, suportam a culpa dos
pecados de seus ancestrais ou de que podem ser punidas por causa deles;
–
Qualquer negação de livro arbítrio, ou da responsabilidade da pessoa por suas
próprias ações;
–
Quaisquer afirmações exageradas a respeito de conhecimento profético de
gerações anteriores e de sua influência sobre uma pessoa;
–
Quaisquer práticas ocultas (ex: conversar com demônios ou com ancestrais);
–
Qualquer abuso da Missa ou dos sacramentos que as subordinam a outro propósito
(ex: alcançar boa sorte) e não respeita sua finalidade própria que é a de nos
aproximar de Jesus Cristo e levar-nos à vida eterna.
3.
Diretrizes para praticar este tipo de ministério de oração de forma
teologicamente correta e prudente. Como todas as formas de ministério de
oração, as pessoas devem rezar com humildade, cuidado, bom discernimento e bom
senso. O ministério de oração não deve nunca presumir ter uma palavra de
conhecimento ou um discernimento profético infalível; ele/ela deve expressar,
com cuidado, qualquer sentido de profecia relacionado à história da família da
pessoa recebendo a oração e perguntar-lhe se a pessoa pode confirmar. Seria
prudente limitar a oração a somente aquelas influências de gerações passadas
que podem ser confirmadas pela memória ou história da família. Seria também
melhor fazer a oração da forma mais simples possível, confiando que o Senhor
curará conforme Sua vontade e não na habilidade ou técnica do ministério de
oração.
Fonte: Boletim do ICCRS (International Catholic Charismatic Renewal Services),
Volume XXXV, número 4, de julho/setembro de 2009.
CONCLUSÃO:
Até a publicação desta postagem, não existe uma palavra oficial da Igreja para toda a igreja, sobre o tema (falta um parecer tanto do papa como da Congregação para a Doutrina da fé, portanto, é uma questão teológica em aberto).
-Por que será que em algumas famílias, há pessoas que morrem, todas elas, com a mesma doença?
-Você já ouviu falar de famílias, em que todas as gerações, houve alguém que morreu de problemas do coração?
-Ou de famílias inteiras perdidas e envolvidas no ocultismo e nas falsas doutrinas?
-Ou então, de pessoas que temem quando algum dos seus vão para determinado local, porque naquela casa, ou local, acontecem muitos acidentes de carro e muitos deles fatais?
A cura entre as gerações é para nós cristãos, sim, um novidade do Espírito e uma oportunidade de nos libertar das influências familiares negativas do passado que podem estar repercutindo em nossa vida.
Um grande avanço do ministério de cura já havia sido a cura
intra-uterina, isto é, rezar pela nossa cura desde o momento da concepção,
passando por todo o tempo de gestação, até o nosso nascimento. Outro grande
abraço foi a cura pelas etapas da nossa vida, pedindo para Jesus que é o mesmo
ontem, hoje e sempre, visitar cada momento do nosso viver, curando-nos nos
momentos traumatizantes, tristes ou doloridos. Mas, em certo momento
percebeu-se que era preciso buscar, além dos vivos, o problema dos vivos. Foi
aí que surgiu a cura entre gerações.
Cuidado! Não se trata de regressão, às vezes usada em alguns consultórios como parte integrante de terapia!
Cura entre gerações também, não é terapia de vidas passadas (pois só se vive uma vez e logo após vem o juízo). Cura entre gerações também, não tem nada a ver com Espiritismo, evocação dos mortos ou ocultismo. Aos seus amados, Deus não os permite. Na verdade, os proíbe (Dt 18,11-12).
Quando falamos de cura entre gerações, temos o respaldo da Sagrada Escritura
(Rm 7,15; Ez 18,2; Lm 5,7; Ex 20,5-6), da tradição da Igreja (é costume
antiqüíssimo da Igreja rezar pelos mortos) e da ciência. Só para citar, Santa
Teresa d'Ávila e Santo Tomás de Aquino falam de benefícios para os vivos quando a Eucaristia é oferecida pelos mortos.
A
cura entre gerações sugere a possibilidade de os atos e efeitos negativos de nossos
antepassados poderem "de algum modo" (não se sabe extamente como), pesar sobre nossa vida e gerações
futuras. Trata-se de curar e libertar a ligação
com essas raízes
perturbadoras. Em poucas palavras, cura entre gerações é
a cura dos vivos, através
da oração pelos mortos.
Também não se trata de colocar todas as nossas culpas nos nossos antepassados!
A cura
entre gerações é apenas um dos muitos meios dos quais Deus pode se utilizar
para nos curar e libertar. Mas atenção: não importa o quanto os nossos antepassados
possam ter nos influenciado. Há sempre oportunidades para escolhermos padrões
sadios de comportamento, não importa sob que circunstâncias. Quando eu peco,
todo o Corpo de Cristo é prejudicado. Da mesma maneira, quando faço algo de
bom, todo o Corpo é beneficiado. Quando me santifico, elevo o mundo! Isto
também acontece nas famílias. A verdade é que estamos mais enraizados uns nos
outros do que imaginamos.
Coisas
boas e ruins trazemos dos nossos antepassados. Carregamos heranças físicas ou
biológicas, espirituais, emocionais e psíquicas. Herdamos cor e tipo de cabelo,
cor dos olhos, estatura, habilidades, jeito de ser. Podemos, assim, ser
herdeiros, de nossos antepassados, de doenças como câncer, diabetes, doenças do
coração, pressão alta, maus dentes, bem como de males espirituais, que podem ir
desde a falta de oração até o ateísmo. O mesmo se diz dos males psíquicos:
tendências suicidas, crimes, timidez, famílias inteiras mafiosas ou com vícios.
Mas não é preciso ninguém se assustar e entrar em desespero!
Se estamos falando de herança ou de bagagem física ou espiritual ou de qualquer ordem, é porque é algo que se repete muito e, assim sendo, começou em algum momento e lugar, e assim, tem também, que terminar. É então, uma oportunidade que temos de pedir ao Senhor que Ele nos liberte. Através da cura entre gerações, cada um de nós levanta a bandeira da misericórdia divina para nossas famílias. Tornamo-nos porta de entrada para a libertação dos nossos familiares e por conseguinte, a nossa própria libertação. Porém, para que tudo isso se torne eficaz e contínuo, não se esqueça de levar uma vida íntegra perante Deus e os homens, bem como de, na Santa Missa, orar por você e pelos seus. A Santa Missa é o que de melhor há para oferecer a Deus pelos vivos e pelos falecidos.
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Quero agradecer pelo texto, foi muito útil para meus estudos sobre maldição hereditária, feitiçaria, objetos amaldiçoados e toda forma de superstição e interpretação errada sobre o assunto.
Que a paz do Nosso Senhor Jesus Cristo esteja sempre contigo!
Não se pode dizer que os traumas, os choques ou os males sofridos pelos ancestrais perduram no além. Como se as almas dos defuntos continuassem a sofrer as emoções e os sentimentos que sofriam na terra, podendo ser curadas desses traumas pelas orações de seus descendentes, isto é um entendimento deturpado sobre a doutrina do Purgatório!
Isso é verdade!
Até a publicação desta postagem, não existe uma palavra oficial da Igreja para toda a igreja, sobre o tema (falta um parecer tanto do papa como da Congregação para a Doutrina da fé, portanto, é uma questão teológica em aberto).
•Qualquer "abuso da Missa ou dos sacramentos que as subordinam a outro propósito" (ex: alcançar boa sorte) e não respeita sua finalidade própria que é:
O cristão deve ir à Missa em resposta obediente ao que Jesus disse na última ceia: "FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM", com o propósito de adorar, ouvir a palavra de Salvação, dar ação de graças, pedir perdão pelas ofensas, rogar pelas bênçãos necessárias ao seguimento de Cristo e principalmente, aquilo que rezamos na apresentação das oferendas: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do Seu Nome, para nosso bem e de toda a santa Igreja.” O diácomo e ministros extraordinário da eucaristia, não podem oferecer a Santo Sacrifício da Missa, pois não gozam a pelinitude do "In persona Christi" - O Cristão é chamado a participar dos frutos do Santo Sacrifício da Missa, por isso a "celebração da palavra JAMAIS poderá substituir a Santa Missa", pois falta o caráter de memorial. A celebração da palavra é de caráter EXTRAORDINÁRIO, ou seja, na ausência de padres para celebrar a missa. Somos ORDINARIAMENTE chamados a participar é da Santa Missa com um sacerdote legitimamente ordenado, e todo diácono deve estar ciente disso, sem sentir-se diminuído, pois sua função ORIGINANTE e institucional não foi o serviço no altar, mas o "serviço da Caridade fraterna" (conforme Atos 6,1-6).Se paralelo a celebração da palavra, tiver missa e você puder participar, deverá obrigatoriamente optar pela Missa e não celebração da palavra.
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