Colossenses 3,12-15: “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência. Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós. Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. Triunfe em vossos corações a paz de Cristo, para a qual fostes chamados a fim de formar um único corpo. E sede agradecidos...”
Nem precisa dizer que já ouvimos muitas interpretações estranhas deste apelo que o Apóstolo Paulo faz à comunidade cristã que vivia em Colossos.
Dizem que havia problemas e divisões tão graves dentro da comunidade, que Paulo já nem pode dizer-lhes “Amai-vos uns aos outros!”, mas se fica pelo apelo a que todos se aturem o melhor possível, em que findará tudo isto ?...
O que nós fizemos das palavras ?...
“Suportai-vos uns aos outros” não significa “Aturai-vos!”, mas antes “Sede o suporte uns dos outros!”
É um apelo à comunhão mais profunda, à solidariedade mais consequente, à presença mais fraterna!
Quando noto, no meu irmão, alguma coisa de incorrigível, consequência de dificuldades ou fraquezas e enfermidades físicas ou morais, porque não o suportar com paciência, porque não o consolar de todo o coração, segundo a Palavra da Escritura : «Os seus filhos serão levados ao colo e consolados sobre os joelhos»( Is 66,12)? Será que me falta essa caridade que tudo suporta, que é paciente para aguentar, indulgente e forte para amar? (cf 1 Co 13,7).
Na sua Paixão, Ele «tomou verdadeiramente sobre si os nossos sofrimentos», e, na sua misericórdia, «carregou as nossas dores» (Is 53, 4), amando aqueles que levava, levando aqueles que amava.
Aquele que, pelo contrário, se mostra agressivo e impaciente, indelicado e de má vontade para com o seu irmão fraco, doente, a sofrer, em dificuldade ou necessitado de conversão, aquele que arma uma ratoeira à sua fraqueza, qualquer que ela seja, submete-se manifestamente à lei do mal e cumpre-a.
Sejamos pois mutuamente compassivos e cheios de amor fraterno, suportemos as fraquezas e persigamos os vícios na Caridade de Cristo.
Todo o tipo de vida que permite dedicar-se mais sinceramente ao amor de Deus e, por Ele, ao amor do próximo, quaisquer que sejam o hábito e a observância ou o tipo de vida, é também e sempre mais agradável a Deus».
Realmente nos momentos mais difíceis, sentimo-nos só, precisando de um abraço amigo, de um conforto mesmo que seja através de apenas uma palavra ou um aperto de mão forte que nos leva a pensar não estamos sozinhos estou cercado de irmãos que são meus amigos...
Esta historia verdadeira mostra muito bem o sentimento de um verdadeiro cristão que não vê o caminhar junto com outros irmãos um peso e sim um privilegio uma honra dada pôr Deus, uma maneira sublime para exercermos nosso convívio com o mais fraco os chamados débeis e necessitados, pois para o verdadeiro cristão ser suporte o amparo para outros, nunca será um peso mais sim uma maneira de expressarmos o verdadeiro amor do Senhor sobre nossas vidas...
Ele; Jesus carregou uma cruz cujo peso não era somente o peso da madeira, mas um peso da centralização dos pecados da humanidade, e ali apesar do peso da dor, do cruel sofrimento Jesus não rejeitou, pois a cruz se torna menos pesada quando pensamos assim; “Ele não é Pesado, é meu irmão”...
Para São Francisco a vida fraterna foi fundamento para o começo da fraternidade franciscana. Tanto que a exortava os frades enviados em missão a serem como mães uns para os outros. Mãe é mãe. É aquela que cuida e antecipa as necessidades dos seus filhos.
Por isso, devemos ser mães uns para os outros. Devemos cuidar do irmão como o próprio Cristo cuidaria. Independente de ter afinidade ou não, devo cuidar do irmão e antecipar suas necessidades.
Se necessário for carregar os irmãos nas costas…se necessário for dar a vida pelo irmão.
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