É muito comum essas MEIAS VERDADES, ou
linguagem dúbia, própria de satanás e seus simpatizantes (como a ala progressista da igreja, como o UNISINOS de onde foi retirado esse texto): "Quanto mais
moralista eu for, mais dificultarei o encontro do pecador com a Cruz de Cristo.
Denunciar o pecado implica em apontar a Cruz. Na Cruz está estampada a culpa, a
maldade e o pecado de todos os homens: ricos e pobres, pretos e brancos, religiosos
ou não. Mas ao mesmo tempo, na Cruz está também a inauguração da redenção da
humanidade", escreve Nilson Gomes, graduado em Teologia pelo Instituto
Cristão de Estudos Contemporâneos (ICEC) e pela Faculdade Unida de Vitória e
Evangelista da Assembleia de Deus ministério do Belém em São Paulo, em artigo
publicado por Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, 06-09-2020.
Continua o artigo dúbio: Paulo, o apóstolo dos gentios, não se incomodou em
escandalizar pelo escândalo da cruz judeus, religiosos, moralistas que, pela
devoção e zelo à lei, não se abriam para o Evangelho da Graça. Paulo nem se
importou que sua reputação fosse pelos ralos daquela religiosidade barata de
falsa piedade. Foi firme na carreira que lhe estava proposta e encarou os
inimigos da Cruz, destemidamente. Esses progressistas só postam o que lhes
interessa,não postam a plenitude do evangelho, por que não pregam o que esse
mesmo apóstolo Paulo pregou em Gálatas 5,13-25:
“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Contudo, não usem a liberdade para dar ocasião à carne, mas sirvam uns aos outros por meio do amor. Pois toda a lei se cumpre em um só mandamento: “Ame ao seu próximo como a você mesmo”. Mas, se vocês mordem e devoram uns aos outros, cuidado para não se destruírem mutuamente. Por isso, digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contra o Espírito; o Espírito, o que é contra a carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam. Todavia, se vocês são conduzidos pelo Espírito, não estão debaixo da lei. Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza, devassidão, idolatria, feitiçaria, inimizades, desavenças, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções, inveja, embriaguez, orgias e coisas semelhantes a estas. Eu os advirto, como antes já os adverti: aqueles que praticam essas coisas não herdarão o reino de Deus. Entretanto, o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. Os que pertencem a Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e os seus desejos. Já que vivemos no Espírito, andemos também pelo Espírito...”
Continua o "dúbio e relaxado artigo": Hoje, cresce a cada dia, aqueles que certamente seriam opositores do Apóstolo tão citado, Paulo. Percebemos pregadores que, na tentativa de passar a imagem do “João Batista” de hoje, fazem o contrário do apóstolo dos gentios (?), mantendo zelosamente sua reputação entre os religiosos, e, atacando “gentios”. Esbravejam “santidade” com capa moralista e, com isso, se julgam defensores da verdade. Entretanto, defender a Verdade é tornar notório o mistério de Cristo. Porque verdade no Evangelho não é um conceito teológico ou filosófico. Verdade não é um compêndio doutrinário, e nem um conjunto de regras que eu tenho que obedecer. Verdade no Evangelho é uma Pessoa, Jesus Cristo (João 14,6). Portanto, defender doutrinas e teologias não significa defender o Evangelho. A teologia deve estar a serviço do Evangelho e não o contrário. Ser moralista não é ser um “João Batista”, tampouco significa falar a verdade (pera ai, e João Batista foi morto afinal de contas por que? Por acatar esse evangelho dúbio, morno e sem nervos, ou falar a verdade?). Pregar contra o pecado não é atacar quem não anda de acordo com o o evangelho (?) - Como disse o apóstolo dos gentios: “Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. (1Co 9,27) Quanto mais moralista eu for, mais dificultarei o encontro do pecador com a Cruz de Cristo (quer dizer que agora o verdadeiro testemunho Cristão não são dos santos, mas dos DEPRAVADOS?). Denunciar o pecado implica em apontar a Cruz (e a cruz é o que? Sombra e água fresca? Ou renúncia?). Na Cruz está estampada a culpa, a maldade e o pecado de todos os homens: ricos e pobres, pretos e brancos, religiosos ou não. Mas ao mesmo tempo, na Cruz está também a inauguração da redenção da humanidade. Daí pra frente, tudo o que precisa é Crer ( como já dizia Lutero: "Crer no Sr Jesus e podes pecar a vontade, pois uma vez salvo, salvo para sempre?"...) Termina o texto dúbio com a frase de um tal Carlos Bezerra Jr.: “a história nos mostra que todo moralista tem um fim trágico” (bom, pelo ao menos nisso falou uma verdade! O últimos dos profetas, o moralista João Batista, é testemunha ocular disso!).
-Qual o signifucado de moral? - Conjunto de valores, individuais ou coletivos, "considerados universalmente como norteadores das relações sociais e da conduta dos homens" (exemplo: respeito é uma via de mão dupla, se quero ser respeitado(a) em minha individualidade, tenho que também, respeitar a individualidade do outro). O significado de moral, no sentido filosófico, remete a princípios, valores e regras a que o ser humano está sujeito para bem viver em sociedade. A moral não é algo que está somente nos livros, nas leis, ou nas idéias, ela faz parte do comportamento cotidiano.
-Qual o significado de "amoral"? - adjetivo de dois gêneros:1. moralmente neutro (nem moral, nem imoral - Ex.: a sexualidade atrativa em vista da reprodução e perpetuação da espécie humana,bem como, em algumas circunstâncias: a raiva ou ódio, o instinto de sobrevivência, a indiferença [quando o sábio discute com o tolo, ambos ficam no mesmo nível], etc.); os quais não levam em consideração preceitos morais pré estabelecidos (as leis da natureza são amorais, atingem bons e maus, justos e injustos, ex.: furacão,sol e chuva) - 2.ÉTICA:que se mantém neutra ao julgamento ou qualificação moral, como por exemplo: os instintos animais, ou, em algumas atitudes circunstânciais como: na infância, ou na loucura patológica, em contraste ao caráter consciente, refletido, livre, e deliberado da racionalidade humana na fase adulta, ou na "idade da razão" (que varia seu inicio entre 9 a 12 anos, segundo os estudiosos).
Qual o
sentido da moral cristã?
Santo Afonso de Ligório nos faz recordar, hoje e sempre, que a
moral cristã não é puro legalismo, mas a vivência concreta do amor a Deus e à
sua Lei.
Santo Afonso Maria de Ligório, que, entre todos os Doutores, é aquele que por excelência, nos recorda o ensinamento moral de Jesus e de sua grei. Aqui nós vemos a realidade sublime da moralidade cristã. Enquanto outras religiões desprezam totalmente a moral — pois basta ter uma “obediência ritual”: tão somente praticar alguns ritos —, o cristianismo enxerga aquilo que é a grande verdade. Realmente, o culto que nós podemos prestar a Deus deve partir do coração, ou seja, da nossa alma, que, consciente e livre, que pode se entregar a Deus. Pois bem, é desta realidade do coração, que Deus veio preparando desde o Antigo Testamento e que Nosso Senhor Jesus Cristo redimiu, libertou e elevou, que parte a nossa entrega total a Deus. Mas não é possível nós nos entregarmos a Deus sem antes sermos obedientes. É um pouco como a educação de uma criança. Quando se vai educar uma criança, um filho ou uma filha de três, quatro anos de idade, inicialmente o que se impõe àquela criança? Impõe-se uma disciplina. A criança quer fazer uma coisa, e você diz que não; ela pergunta por que não, e você diz: “Porque não, ponto e acabou. Obedeça”. Depois, no processo educativo, a criança vai-se dando conta de que aquilo que recebeu dos seus pais, aquela lei externa, é razoável. Ela é inteligente e vê ali uma verdade. Então há o processo de interiorização. Isso que eu estou apresentando é o processo básico de educação de um ser humano. Pois bem, Deus, espiritual e religiosamente, fez isso conosco. Primeiro, Ele preparou um povo disciplinando-o e dando-lhe a Lei. Mas o que Deus queria mesmo é que as pessoas fossem introjetando a Lei, que fossem realmente se livrando daquela cegueira de Adão e Eva, enxergando por que Deus nos diz o que é o bem e o que é o mal, e servindo a Deus com alegria. Acontece que, por causa dos nossos pecados e misérias, nosso coração precisava da ajuda da graça. Nosso Senhor Jesus Cristo, com o Espírito Santo, nos deu a nova Lei para seguirmos a moralidade que Deus tinha já começado a nos ensinar no Antigo Testamento, e, auxiliados pela graça, podermos seguir a santidade. Por que estou explicando tudo isso? Porque Santo Afonso Maria de Ligório é o Doutor da Igreja que pegou todo o tesouro moral que Deus começou a preparar no Antigo Testamento, ao revelar, confirmar e tornar sólidos e claros os Mandamentos de Deus que estão escritos no ser das coisas, e começou a mostrar como não é possível desobedecer a esses Mandamentos, ou seja, que é necessário que os confessores e os educadores espirituais realmente conduzam as pessoas para a obediência, mas para uma obediência não simplesmente servil. É claro, como em todo processo educacional, começa-se de forma meio superficial. Mas, com o tempo, trata-se de levar as pessoas a enxergar interiormente por que o mal é mal e por que o bem é bem. Nesse sentido, Santo Afonso é Doutor, porque nos ajuda, com o ministério da sua pregação evangélica, a enxergar a bondade de Deus quando Deus nos dá uma lei. Então, nós podemos servir a Deus e obedecer aos Mandamentos com gratidão, iluminados e ajudados por esse Doutor.
Por isso, no processo de educação, ou seja, no
processo de santificação pelo qual Deus quer nos conduzir, pode ser que você
comece obedecendo “cegamente”. Confie, obedeça, faça o que Deus está lhe
pedindo. Mas, iluminados pelos santos Doutores, nós vamos também, com a ajuda
da graça, enxergando e nos tornando homens e mulheres livres para amar. Por
quê? Porque, quando enxergamos o porquê da Lei, isso nos liberta, e assim
podemos voar com asas de águia.
Jesus disse: "Não penseis, como falsamente dizem alguns a meu respeito, que vim abolir (ϰαταλῦσαι) ab-rogar, e tornar nulos a Lei e os Profetas, ou seja, a vontade divina expressa nas Sagradas Escrituras. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento (πληρῶσαι), para os aperfeiçoar" (Mt 5,17-19).
Com efeito, diz S. Crisóstomo: "não é o
mandamento de Cristo contrário à Lei, senão mais amplo do que ela. O mandamento
de Cristo inclui em si toda a Lei, mas não ao revés. Quem cumpre, pois, os
mandamentos de Cristo, tacitamente cumpre neles também os da Lei".
De que modo
deu Cristo pleno cumprimento à lei? De quatro formas:
1. Completou-lhe a parte dogmática esclarecendo alguns pontos da Revelação e aumentando-a em outros, tais como a revelação plena do Deus Uno e Trino.
2. Completou-lhe a parte ética, pois a elevou a maior perfeição, sobretudo quanto aos atos internos (ex.: equiparação entre o adultério consumado e o de simples desejo), interpretou-a de forma perfeitíssima, libertando-a das minúcias farisaicas e, acima de tudo, deu aos homens graça abundante para obedecerem ao espírito de suas prescrições.
3.completou-lhe a parte cerimonial substituindo o que nela eram apenas figuras e símbolos pela realidade que prefiguravam (ex.: instituição da Eucaristia).
4. enfim,
completou os profetas além de toda expectativa, já que era Ele mesmo, não só
quem Moisés havia anunciado, mas o próprio Filho de Deus encarnado.
"Em verdade, eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, antes que este mundo deixe o seu estado atual e decaído e seja elevado a um
estado novo e glorioso, após a ressurreição dos mortos (cf. 2Pd 3,13), no Fim
dos Tempos, nem uma só letra (um iota [י = yodh], menor letra do alfabeto hebraico)
ou vírgula (ϰεραία)
serão tiradas da lei, ou perderão vigor, sem que tudo se cumpra, quer dizer,
antes que se tenham cumprido de fato todas as profecias e disposições da
economia salvífica. O texto de Lc, neste ponto, parece um pouco mais claro: "Mais facilmente, porém, passará o céu e a terra do que se perderá uma só letra
da lei (Luc 16,17). — "Portanto, quem desobedecer a um só destes mandamentos,
por menor que seja, quem negligenciar ou transgredir (para alguns, ‘quem
pretender ab-rogar’) algum dos mandamentos da nova Lei, por menor que seja ou
por menos importante que pareça a matéria de que trata (alusão ao iota e à
vírgula do v. anterior), e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será
considerado o menor no reino dos céus... — ‘O menor’ (ὁ
μιϰρότερος,
ὁ ἐλάχιστος), ‘grande’ (ὁ
μέγας), ‘o maior’ (ὁ μείζων) são termos frequentes na
literatura rabínica para significar a diferente sorte dos eleitos no futuro
reino messiânico.
Conclusão:
A nova Lei da perfeição evangélica supõe e eleva, como a graça à natureza, os
preceitos de lei natural, quer dizer, os mandamentos prescritos no Decálogo.
Logo, o projeto de vida que o Senhor propõe já no início do sermão na montanha
é o de uma vida de justiça não somente legal, limitada ao suficiente para ser salvo,
mas também espiritual, perfeita, generosa.
"Manifesto de Fé" ante a crescente confusão no ensinamento
da doutrina
Cardeal
Gerhard Müller
"Não
se perturbe o vosso coração!" (João 14,1)
Ante a
crescente confusão no ensinamento da doutrina da fé, muitos Bispos, sacerdotes,
religiosos e leigos da Igreja Católica, me pediram dar testemunho público da
verdade da Revelação. É tarefa dos pastores guiar pelo caminho da salvação aos
que se lhes foram confiados. Isto só pode ter êxito se se conhece este caminho
e eles mesmos seguem adiante. A respeito disto a palavra do apóstolo nos
indica: "Porque sobretudo vos entreguei o que eu também recebi" (1
Cor 15,3). Hoje em dia muitos cristãos já não são conscientes nem sequer dos
ensinamentos básicos da fé, pelo qual existe um perigo crescente de apartar-se
do caminho que leva à vida eterna. Mas segue sendo tarefa própria da Igreja
conduzir às pessoas a Jesus Cristo, luz das nações (cf. LG 1). Nesta situação
se expõe a questão da orientação. Segundo João Paulo II, o Catecismo da Igreja
Católica é uma "norma segura para a doutrina da fé" (Fidei Depositum
IV). Foi escrito com o objetivo de fortalecer aos irmãos e irmãs na fé, cuja fé
é amplamente questionada pela "ditadura do relativismo".
1. O
Deus Uno e Trino, revelado em Jesus Cristo
A
personificação da fé de todos os cristãos se encontra na confissão da
Santíssima Trindade. Convertemo-nos em discípulos de Jesus, filhos e amigos de
Deus pelo batismo no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. A diferença
das três pessoas na unidade divina (254) marca uma diferença fundamental em
relação às outras religiões na crença em Deus e na imagem do homem. Na
confissão de Jesus Cristo os espíritos se dividem. Ele é verdadeiro Deus e
verdadeiro homem, gerado segundo sua natureza humana pelo Espírito Santo e
nascido da Virgem Maria. O Verbo feito carne, o Filho de Deus, é o único
redentor do mundo (679) e o único mediador entre Deus e os homens (846). Em
consequência, a Primeira Carta de São João descreve como Anticristo àquele que
nega sua divindade (1 João 2,22), já que Jesus Cristo, o Filho de Deus, é desde
a eternidade um ser com Deus, seu Pai (663). A recaída em antigas heresias, que
viam em Jesus Cristo só um bom homem, um irmão e amigo, um profeta e um
moralista, deve ser combatida com clara determinação. Ele é, acima de tudo, o
Verbo que estava com Deus e é Deus, o Filho do Pai, que assumiu nossa natureza
humana para nos redimir e que deverá julgar os vivos e os mortos. Só ao Ele
adoramos como o único e verdadeiro Deus na unidade com o Pai e o Espírito Santo
(691).
2. A
Igreja
Jesus
Cristo fundou a Igreja como sinal visível e instrumento de salvação, que
subsiste na Igreja Católica (816). Deu uma constituição sacramental à sua
Igreja, que surgiu "do lado de Cristo dormido na Cruz" (766), e que
permanece até sua consumação (765). Cristo Cabeça e os fiéis como membros do
Corpo são uma pessoa mística (795), por isso a Igreja é Santa, porque o único mediador
a estabeleceu e mantém sua estrutura visível (771). Através deles, a obra da
redenção de Cristo se faz presente no tempo e no espaço na celebração dos
santos sacramentos, especialmente no sacrifício eucarístico, a Santa Missa
(1330). A Igreja transmite em Cristo a revelação divina que se estende a todos
os elementos da doutrina, "incluindo a doutrina moral, sem a qual as
verdades da salvação da fé não podem ser salvaguardadas, expostas ou
observadas" (2035).
3. A
ordem sacramental
A Igreja, em Jesus Cristo, é o sacramento universal de salvação (776). Ela não se reflete a si mesmo, senão a luz de Cristo que brilha em seu rosto. Isto acontece só quando, não a maioria nem o espírito dos tempos, senão a verdade revelada em Jesus Cristo se converte no ponto de referência, porque Cristo confiou à Igreja católica a plenitude da graça e da verdade (819): Ele mesmo está presente nos sacramentos da Igreja. A Igreja não é uma associação fundada pelo homem cuja estrutura é votada por seus membros à vontade. É de origem divina. "O mesmo Cristo é a fonte do ministério na Igreja. Ele o instituiu, deu-lhe autoridade e missão, orientação e finalidade" (874). A admoestação do apóstolo segue sendo válida hoje em dia para que quem quer que pregue outro evangelho seja amaldiçoado, "embora sejamos nós mesmos ou um anjo do céu" (Gl 1,8). A mediação da fé está indissoluvelmente ligada à credibilidade humana de seus mensageiros, que em alguns casos abandonaram aos que lhes foram confiados, perturbaram-nos e danificaram gravemente sua fé. Aqui a palavra da Escritura vai dirigida àqueles que não escutam a verdade e seguem seus próprios desejos, que adulam os ouvidos porque não podem suportar o são ensinamento (cf. 2 Tm 4,3-4). A tarefa do Magistério da Igreja é "proteger o povo dos desvios e das falhas e lhe garantir a possibilidade objetiva de professar sem erro a fé autêntica" (890). Isto é especialmente certo com relação aos sete sacramentos. A Eucaristia é "fonte e ápice de toda a vida cristã" (1324). O sacrifício eucarístico, no qual Cristo nos implica em seu sacrifício da cruz, aponta à união mais íntima com Cristo (1382). Por isso, as Sagradas Escrituras, em relação à recepção da Sagrada Comunhão, advertem: "'quem come do pão e bebe da taça do Senhor indignamente, é réu do Corpo e do Sangue do Senhor' (1 Cor 11,27). Quem tem consciência de estar em pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes de aproximar-se a comungar" (1385). Da lógica interna do sacramento se desprende que os fiéis divorciados pelo civil, cujo matrimônio sacramental existe diante de Deus, os outros Cristãos, que não estão em plena comunhão com a fé católica, assim como todos aqueles que não estão propriamente dispostos, não recebem a Sagrada Eucaristia de maneira frutífera (1457) porque não lhes traz a salvação. Assinalar isto corresponde às obras espirituais de misericórdia. A confissão dos pecados na confissão pelo menos uma vez ao ano pertence aos mandamentos da igreja (2042). Quando os fiéis já não confessam seus pecados nem recebem a absolvição, a redenção cai no vazio, já que, acima de tudo, Jesus Cristo se fez homem para nos redimir de nossos pecados. O poder do perdão que o Senhor Ressuscitado conferiu aos apóstolos e aos seus sucessores no ministério dos bispos e sacerdotes se aplica também aos pecados graves e veniais que cometemos depois do batismo. A prática atual da confissão deixa claro que a consciência dos fiéis não está suficientemente formada. A misericórdia de Deus nos é dada para cumprir seus mandamentos a fim de nos converter em um com sua santa vontade, não para evitar o chamado ao arrependimento (1458). - "O sacerdote continua a obra de redenção na terra" (1589). A ordenação sacerdotal "dá-lhe um poder sagrado" (1592), que é insubstituível porque, através dele, Jesus Cristo se faz sacramentalmente presente em sua ação salvífica. Portanto, os sacerdotes escolhem voluntariamente o celibato como "sinal de vida nova" (1579). Trata-se da entrega no serviço de Cristo e de seu reino vindouro. Enquanto à recepção da consagração nas três etapas deste ministério, a Igreja se reconhece a si mesma "vinculada por esta decisão do Senhor. Esta é a razão pela qual as mulheres não recebem a ordenação" (1577). Assumir isto como uma discriminação contra a mulher só mostra a falta de compreensão deste sacramento, que não se trata de um poder terreno, senão da representação de Cristo, o Esposo da Igreja.
4. A
lei moral
A fé e
a vida estão inseparavelmente unidas, porque a fé sem obras está morta (1815).
A lei moral é obra da sabedoria divina e conduz o homem à bem-aventurança
prometida (1950). Em consequência, "o conhecimento da lei moral divina e
natural é necessário para fazer o bem e alcançar seu fim" (1955). Sua
observância é necessária para a salvação de todos os homens de boa vontade. Porque
os que morrem em pecado mortal sem se haver arrependido serão separados de Deus
para sempre (1033). Isto leva a conseqüências práticas na vida dos cristãos,
entre as quais se deve mencionar as que hoje se obscurecem com freqüência (cf.
2270-2283; 2350-2381). A lei moral não é uma carga, senão parte dessa verdade
liberadora (cf. Jo 8,32) pela qual o cristão percorre o caminho da salvação,
que não deve ser relativizada.
5. A
vida eterna
Muitos se perguntam hoje por que a Igreja, todavia está ali, embora os bispos prefiram desempenhar o papel de políticos em lugar de proclamar o Evangelho como mestres da fé. A visão não deve ser diluída por trivialidades, mas o proprium da Igreja deve ser tematizado. Cada pessoa tem uma alma imortal, que é separada do corpo na morte, esperando a ressurreição dos mortos (366). A morte faz definitiva a decisão do homem a favor ou contra Deus. Todo o mundo deve comparecer ante o tribunal imediatamente depois de sua morte (1021). Ou é necessária uma purificação ou o homem chega diretamente à bem-aventurança celestial e pode ver deus cara a cara. Existe também a terrível possibilidade de que um ser humano permaneça em contradição com Deus até o fim e, ao rejeitar definitivamente o seu amor, "condenar-se imediatamente para sempre" (1022). "Deus que te criou sem ti, não te salvará sem ti" (1847). O castigo da eternidade do inferno é uma realidade terrível, que -segundo o testemunho da Sagrada Escritura- atrai para si todos aqueles que "morrem em estado de pecado mortal" (1035). O cristão passa pela porta estreita, porque "larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela" (Mt 7,13). Ocultar estas e outras verdades de fé e ensinar ao povo em consequência, é o pior engano do qual o Catecismo adverte enfaticamente. Representa a prova final da Igreja e leva o povo a um engano religioso de mentiras, ao "preço de sua apostasia da verdade" (675); é o engano do Anticristo. "Ele enganará os que se perdem por toda classe de injustiça, porque se fecharam ao amor da verdade, pela qual deviam ser salvos" (2 Tessalonicenses 2,10).
Invocação
Como operários da vinha do Senhor, temos todos a responsabilidade de recordar estas verdades fundamentais aderindo-nos ao que nós mesmos recebemos. Queremos animar o povo a caminhar pelo caminho de Jesus Cristo com decisão, para alcançar a vida eterna obedecendo seus mandamentos (2075). Peçamos ao Senhor que nos faça saber quão grande é o dom da fé católica, que abre a porta para a vida eterna. "Porque quem se envergonhar de mim e de minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, também o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos" (Mc 8, 38). Portanto, estamos comprometidos a fortalecer a fé, na qual confessamos a verdade, que é o mesmo Jesus Cristo. Estas palavras também se dirigem em particular a nós, Bispos e sacerdotes quando Paulo, o apóstolo de Jesus Cristo, dá esta admoestação ao seu companheiro de armas e sucessor Timóteo: "Conjuro-te em presença de Deus e de Cristo Jesus que há de vir julgar os vivos e mortos, por sua Manifestação e por seu Reino: "Proclama a Palavra, insiste a tempo e a destempo, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e doutrina. Porque virá um tempo em que os homens não suportarão, a sã doutrina, mas sim, arrastados por suas próprias paixões, far-se-ão com um acervo de mestres pelo afã de ouvir novidades; apartarão seus ouvidos da verdade e se voltarão para as fábulas. Tu, pelo contrário, portas-te em tudo com prudência, suporta os sofrimentos, realiza a função de evangelizador, desempenha com perfeição teu ministério." (2 Tm 4,1-5).
Que
Maria, a Mãe de Deus, nos implore a graça de nos aferrar à verdade de Jesus
Cristo sim vacilar.
Unido
na fé e na oração
Gerhard
Cardinal Müller
Prefeito
da Congregação para a Doutrina da Fe, desde 2012/2017
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tenho uma pergunta de curiosidade: é verdade que Benjamín Solari Parravicini, um homem que desenhava através do futuro? Li em ingles que era católico devoto. Gratia plena Maria.
João Lucas,
Seria esse? "Benjamín Solari Parravicini (8 de agosto de 1898 – 13 de dezembro de 1974) foi um artista visualargentino, conhecido por suas supostas habilidadespsíquicaspara prever eventosfuturos. Entre as suas alegadas estavam envolvidas no lançamento doSputnik 2, o advento da televisão, o desenvolvimento da inseminação artificial, osataques terroristas de 11 de Setembro, aCrise de Suez de 1956, aRevolução Cubanae a ascensão deFidel Castro, e muitos outros eventos históricos."[Wikipedia).
Basta pesquisar na internet
Everaldo - Colaborador do Apostolado Berakash
Obrigado, então ele era católico ou pertencia outra denominação protestante, o que os católicos pensam sobre ele?
Muito oportuna sua pergunta que ajudará outros nesse esclarecimento! O magistério da Igreja é muito claro, não deixando espaço para dúvidas (se tiver CIC em casa confira);
CIC §2115 - ADIVINHAÇÃO E PREVISÕES FUTURISTAS: Deus pode revelar o futuro a seus profetas ou a outros santos. Todavia, a atitude cristã correta consiste em entregar-se com confiança nas mãos da providência no que tange ao futuro, e em abandonar toda curiosidade doentia a este respeito.
CIC §2116 - Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõe "descobrir" o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão, o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e, finalmente, sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Essas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus.
CIC §2117 - Todas as práticas de magia ou de feitiçaria com as quais a pessoa pretende domesticar os poderes ocultos, para colocá-los a seu serviço e obter um poder sobrenatural sobre o próximo - mesmo que seja para proporcionar a este a saúde - são gravemente contrárias à virtude da religião. Essas práticas são ainda mais condenáveis quando acompanhadas de uma intenção de prejudicar a outrem, ou quando recorrem ou não à intervenção dos demônios. O uso de amuletos também é repreensível. O espiritismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo. O recurso aos assim chamados remédios tradicionais não legitima nem a invocação dos poderes maléficos nem a exploração da credulidade alheia.
CIC §2138 - A superstição é um desvio do culto que rendemos ao verdadeiro Deus. Ela se mostra particularmente na idolatria, assim como nas diferentes formas de adivinhação e de magia.
Everaldo – Colaborador do Apostolado Berakash
Mais uma vez obrigado, desculpa se torna-me eu um chato por fazer perguntas, só essa que leio sobre Flávio josefo, ele utiliza septuaginta com os deuterocanonicos certo, tem algum passagem ou alusão em neles? Gratia plena maria.
A Septuaginta (que inclui todos os livros da bíblia Católica, portanto, a Igreja não acrescentou nada), é a primeira tradução em grego da Torá, a Lei de Deus (também chamada Lei de Moisés ou Lei dos judeus). Ela foi redigita por volta do ano 283 antes de Cristo, e foi usada por Ele e pelos apóstolos. Segundo a tradição e até alguns documentos históricos, foram 72 rabinos judeus que fizeram essa tradução. Flávio Josefo, o historiador judeu que viveu na época dos apóstolos, registrou e relatou acerca dessa tradução bíblica em sua obra: História dos Hebreus, Livro Décimo Segundo, Capítulo 2.454, págs. 522-533. O apostolado Berakash fez uma matéria excelente e muitos profunda, com fonte bibliográfica, a qual pode ser acessada copiando e colando o endereço abaixo:
https://berakash.blogspot.com/2010/10/septuaginta-traducao-dos-setenta.html
Everaldo – Colaborador do Apostolado Berakash
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