Por *Irapuan Costa Junior
Continuaremos
a ser o país do futuro, até que venha uma improvável e
profunda revolução da educação nacional, o que parece estar longe de acontecer!
Com muita polarização e pouca civilização (principalmente nas altas
esferas), a sociedade brasileira se prepara — tensa — para as eleições de
outubro deste ano (2022). Para as votações do primeiro turno nem cinco meses
faltam. Curtíssimo prazo, para que ocorram mudanças fundamentais no retrato
político atual, uma eternidade para os que nele diretamente estão fotografados. Os mais velhos e esclarecidos não acreditam em
explosões nucleares — politicamente falando, é claro — nos acontecimentos
eleitorais que se aproximam. O eleito, seja quem for,
será proclamado vencedor e tomará posse, por mais que proteste o lado que tiver
menos votos, e as Forças Armadas cumprirão, como sempre, seu papel
constitucional. O que vem depois é pouco previsível, dado a qualidade do
Congresso, que, salvo a esperança de uma pequena renovação no Senado, pouco
tende a ser mudado. Afinal, uma enormidade de recursos
públicos foi posta à disposição de nossos exemplares congressistas – em geral
políticos profissionais – que buscam a reeleição, e a cúpula judiciária, que se
dá bem com eles, resolveu recentemente adotar a militância política, como se
eleita pelo povo fosse. Mas alguma futurologia pode ser feita, embora
exercícios como esses, quase nunca confirmados, costumem deixar os oráculos em
maus lençóis. Arrisquemos, contudo. No horizonte
próximo, apenas duas candidaturas a presidente apontam para a viabilidade: Jair
Bolsonaro e Lula da Silva!
-Reeleito
Bolsonaro, o establishment, já muito inconformado com sua eleição em 2018, vai
surtar, para usar uma palavra da moda.
-Toda a
grande imprensa retomará seus ataques, até certo ponto insanos, por um lado, e
por outro nada publicará, por mais claro e evidente que seja, que possa pesar
favoravelmente para o governo federal.
-Os malandros,
se forem contra o governo, serão tratados como heróis, já os militares que arriscam suas vidas todos os dias, com o velho preconceito costumeiro.
-Os
artistas renovarão seus protestos e manifestos na
eterna crença de que significam algo no mundo político. O meio
universitário continuará atuante na oposição, apoiado nos orçamentos
consideráveis das universidades, que permitem flexibilidade nas contratações,
bolsas, congressos etc.
-A
maioria do Congresso continuará sua ação fisiológica, obrigando
o Executivo a um enorme malabarismo para fazer concessões sem corrupção
explícita, e votará novamente enormes somas para os fundos Eleitoral e
Partidário, além das Emendas Orçamentárias Individuais e de Bancada.
-As
classes mais aquinhoadas nos seus salários (Judiciário, Ministério Público,
Banco Central, Auditores Fazendários, Polícia Federal e assemelhados)
continuarão a manter suas vantagens e cobrarão suas reposições inflacionárias e
outros benefícios.
-O
Supremo Tribunal Federal, tal como vem fazendo, atenderá os pequenos partidos
de esquerda (PSOL, PT, PC do B e outros) em suas petições que engessem o
Executivo federal, o que poderá ser amenizado pela
indicação dos dois novos ministros que substituirão Ricardo Lewandowski e Rosa
Weber, que se aposentam em 2023.Evidentemente, desde que os novos
indicados sejam mais audazes do que Nunes Marques e André Mendonça e levantem o
debate no plenário da Corte Suprema, o que até hoje estes dois não tiveram a
coragem de fazer, apesar do ativismo de alguns ministros aquinhoados por Lula
da Silva ou Dilma Rousseff.
-Em
resumo, o inconformismo com a vontade da maioria será maior do que aquele
levantado após as eleições de 2018, o que poderá redundar em conflitos maiores
do que os atuais. Esperemos que fiquem esses conflitos
apenas no campo da retórica. Se tal ocorrer, Bolsonaro poderá, com todas as
dificuldades que hoje enfrenta e mais algumas, terminar seu mandato com parte
das realizações a que se propõe cumpridas, com a economia se recuperando das últimas
adversidades (pandemia, lockdown, guerra na Ucrânia etc.). Poderá, se escolher
um ministro da Educação muito competente, obter uma pequena melhoria no ensino,
que se encontra no fundo do poço, logo com poucas possibilidades de
piorar, pela atuação ideologizada a que foi submetida nos governos de esquerda.
-Algum
progresso se espera também na Segurança Pública, apesar
da continuidade da “vitimização” da marginalidade e ataques à polícia por parte
dos partidos de esquerda, da imprensa, do Judiciário e de alguns
governadores.
-Eleito
Lula da Silva, espera-se que não se repita a corrupção desenfreada dos mandatos
anteriores. Afinal, uma temporada na cadeia deixa algum
aprendizado, mesmo para o mais inflexível dos transgressores.
-Mas
não sejamos cem por cento otimistas e lembremo-nos do ditado que afirma: o uso do cachimbo faz torta a boca. Ele também se
aplica ao desvio de recursos públicos para auxílio de governos estrangeiros de
esquerda, como foi feito no passado para Cuba, Angola, Moçambique, Equador, Nicarágua
etc. Não serão os mesmos os volumes já roubados ou
desviados de nossas necessidades para serem doados lá fora, espera-se, mas algo
será feito nesse sentido, com maior cuidado quanto às repercussões, pois existe
um compromisso brasileiro muito forte com o Foro de São Paulo, que ainda
acredita nas palavras de ordem de sua fundação: ganhar para o marxismo na
América Latina o que se perdeu no Leste Europeu. Afinal, a única região onde o
marxismo ainda respira neste século, é justamente na AL(onde tudo chega
em atraso por estas bandas, inclusive as idéias ultrapassadas), e Lula, juntamente
com Fidel Castro, foi um dos fundadores do Foro.
-Não
deve haver melhoria na Segurança Pública, uma vez que é dogma (e estratégia
política) atribuir à injustiça social todo tipo de marginalidade e à polícia o
papel de arbitrária e servidora das elites.
-Além
disso, voltarão os movimentos de desarmamento social (da turma do baseado e da
paz e amor genital) que como se sabe, não afetam o armamento da marginalidade e
conferem a ela mais segurança.
-O
mesmo deve ocorrer com o ensino, que deverá ficar onde está, isto é, nos mais
baixos patamares mundiais, em seus três níveis. Educação
se aprimora com muito esforço, exigência e puro ensino, e não com frouxidão,
indisciplina e ideologia, como se fez por trinta anos, e muito
provavelmente será feito em novo governo Lula.
-Não
existirão grandes aventuras marxistas na economia. Lula
(como Fernando Henrique) acredita mais no modelo chinês: capitalismo na
economia, desde que os bilionários sempre alimentem a cúpula “companheira” com
algum pixuleco e não deem palpite na política e na ideologia. Isso
explica a campanha pró-Lula que fazem alguns banqueiros mal-acostumados e que
só enxergam o dinheiro (como a herdeira do Banco Itaú, Neca Setúbal).
-O mais
talentoso segmento econômico brasileiro, o agronegócio, terá de volta o MST
para lhe atribular a vida, e os xingatórios de sempre (latifundiários,
exploradores, etc.), mas continuará trabalhando. Em suma, haverá uma repetição
atenuada do já visto.
Mas atenção! Uma tremenda
ameaça estará presente!
Pode
haver uma tentativa de perpetuação no poder via de um concubinato entre
Congresso e Supremo. Lula se mostrou extremamente
astuto no comprar congressistas no passado e colocou no Supremo Tribunal
Federal ministros de sua inteira confiança. Essa ameaça se transformou em
realidade em alguns casos nas vizinhanças (Bolívia, Venezuela, Nicarágua etc.).
Tudo começa com a possibilidade de reeleições sucessivas e acaba em ditadura
escancarada ou disfarçada. Isso, que é para nós é o maior dos perigos,
para a megalomania de Lula é um sonho dourado. Como o é
também para seus dois séquitos: o dos indolentes fisiológicos e o dos marxistas
patológicos.
Em
resumo: continuaremos a ser o país do futuro, até que venha uma improvável e
profunda revolução da educação nacional, o que parece estar longe de acontecer.
Ou até que mergulhemos de vez no “progressismo” venezuelano.
Fonte: Jornal Opção
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