Deus é imutável! Essa
afirmação descansa o nosso coração, pois Deus é imutável em Sua essência, seu caráter,
seus atributos, em propósitos e suas promessas. Deus não muda. O Ser de Deus
não se altera, não passa por mudanças. Deus é
o mesmo ontem, hoje e será eternamente (Hebreus 13,8). Deus é o mesmo
desde a eternidade. Sua essência permanece intacta. Deus é perfeito e não
precisa de mudanças para melhorar em nenhum aspecto. A palavra de Deus e, Tiago
1,17 ensina sobre a imutabilidade de Deus:
"Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de
mudança”.
“Uma vez que cada boa e perfeita dádiva vem dele, não pode ser a fonte
do mal, nem pode tentar ninguém a pecar”(Tiago 1,13).
Já o Salmo 33,11, o
livro do Eclesiastes e Paulo escrevendo aos Cristão de Roma nos asseguram:
“Mas os planos do Senhor permanecem para sempre” (Salmo 33,11)
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará
eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e
isto faz Deus para que haja temor diante dele” (Eclesiastes 3,14)
“Porque os dons e o decretos de Deus são irrevogáveis” (Romanos 1,29)
Todos estes textos
acima nos afirmam claramente que Deus é imutável em seus propósitos, pois seus
planos permanecem para sempre, porém, a pressão da sociedade é “sobre o
incômodo que as Suas verdades provocam diante da realidade pecaminosa do homem,
neste sentido, “sempre houve e sempre haverá” pressão social, tentando dourar a
pílula já que “o mal usa vários métodos para tentar calar as Escrituras
tentando proibir, queimar e distorcer a verdade que nos salva. Sempre
será algo sobrenatural sermos transformado por essas verdades, não é uma obra
meramente humana. É o Espírito que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo
(João 16,8-9). Por isso o que devemos sempre questionar na sociedade é
o que fazer com essas verdades que confrontam a nossa maneira de viver e que
sempre nos lembram: “de que e por que precisamos ser transformados?”
A pressão social pela
“atualização” da Bíblia” vem de forças políticas progressistas que querem acomoda-la
ao espírito do tempo, aquilo que os alemães chamavam de ‘zeitgeist’. Com
isso, as Escrituras não mais moldam a realidade e não mais transformam o mundo,
mas se adaptam a ele. Nada tão anti-evangelho, e fora do Magistério da Igreja
na sua obra de evangelização:
O que é Evangelizar para a Igreja?
“Evangelizar,
para a Igreja, é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, mas para a Igreja não se trata tanto de pregar o Evangelho a espaços
geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de massa,
mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho os
critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as linhas
de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade, que
se apresentam em contraste com
a Palavra de Deus e com o desígnio da salvação.” (Evangelii Nuntiandi Nº 18-19.
Papa Paulo VI)
No século XVIII a
igreja declinou diante do iluminismo e gerou um ‘Frankenstein teológico’
chamado teologia liberal, que enfraqueceu nossa mensagem e gerou um tipo de
cristão morno, geleia, sem nervos, conformado e submisso ao sistema do mundo.
Ao ceder ao espírito da época estamos sentenciados a ser um sal sem sabor e uma
luz que só brilha dentro das quatro paredes. Percebemos que a pressão não é
especificamente da sociedade, do cidadão comum, mas parte de um seguimento de
lideranças religiosas dentro da própria Igreja que está completamente permeado
e seduzido pelo liberalismo iluminista. Mas, o ser humano, de alguma forma, em
todas as gerações, busca fazer de seus próprios pensamentos uma religião que
acomode seu ego e um deus conforme a sua imagem e semelhança.
A grande verdade é
que as únicas pessoas que querem mudar a Palavra de Deus são as mesmas que não se
permitiram serem permeadas pelo poder da Sua Palavra, isso é: pelo poder da
Palavra de Deus. Então, elas não se permitiram serem mudadas pelo poder da
Palavra de vida eterna, preferindo permanecer e justificar sua vida de pecados,
de iniquidades, querendo adaptar a Palavra de Deus ao seu ‘modus vivendi’.
Evidentemente é “a coisa mais absurda”, pois ao invés do homem se submeter a
Deus que é perfeito e bom, essas pessoas querem que Deus se submeta ao homem
que é imperfeito, limitado e tendente ao mal.
A história da Igreja
nos mostra sempre houve pressão de parte da sociedade para mudanças que
poderiam ser chamadas de “atualização” da Bíblia, enfatizando que cada época
tem seus bordões e suas ideologias e diz que essa pressão mudanças é normal
para os seguidores da Palavra de Deus. A questão é que ao longo dos séculos a
Bíblia tem sido usada de um lado e de outro dos extremos, sabemos assim, para
legitimar as suas propostas. Neste caso, o esforço nosso deveria ser:
compreender a Bíblia à luz de seu contexto histórico, compreender a nossa época
sob a mesma luz racional, iluminada pela fé, não ideologizada, mas para entender
que a Bíblia tem princípios que são perenes, ou seja, imutáveis, pois a verdade
não muda. Inegavelmente vivemos um momento onde o humanismo, antropocentrismo,
hedonismo, etc, progridem a passos largos, e como consequência disso, é natural
que uma sociedade secularizada passe a questionar a inerrância das Escrituras
Sagradas tentando atualizá-la conforme seus próprios interesses. Apenas
aqueles que desejam dar vazão aos seus desejos carnais sem serem confrontados
com a Verdade Absoluta do Senhor Nosso Deus é que alardeiam esse desvirtuamento
da Bíblia. Não podemos falar em atualização do Texto Sagrado, porque ele transcende
os aspectos temporais. Portanto, pressão da sociedade existe, sempre
existiu e vai continuar existindo, Para isto percebemos duas vertentes desta
pressão, sendo uma interna á própria Igreja, e outra externa, ou seja, de
pessoas que não professam a fé, ou cultura Juadico-Cristã, e querem se sentir
bem com sua forma de vida sem serem incomodadas, mas ao mesmo tempo, querem se
impor como um movimento ideológico laico e até mesmo ateu, abrangente.
Liberalismo teológico
não é de hoje, ele sempre ressurge oportuna e inoportunamente, e de tempos em
tempos tenta tragar e usar inclusive movimentos e líderanças respeitados da
igreja que tem o este mesmo pensamento e objetivos que eles. Então, esta
pressão da sociedade por mudanças e adaptações sempre houve, e a pressão
ideológica no Brasil hoje é maior do que nunca e de vez em quando surgem
pressões internas.
Não vemos problemas
em contextualizar a bíblia o sempre novo e velho tesouro:
Mateus 13,51-52: “Então lhes perguntou Jesus: Entendestes todas estas
parábolas? Ao que eles responderam: Sim, Senhor. E Jesus lhes disse: Portanto,
todo mestre da lei, bem esclarecido quanto ao Reino dos céus, é semelhante a um
pai de família que sabe tirar do seu tesouro coisas novas e coisas velhas”.
Porém, vemos setores
que desenvolvem teologias liberais e que não aceitam a ortodoxia bíblica nem
outra qualquer ortodoxia por serem heterodoxos em tudo. E a Bíblia é ortodoxa,
Jesus foi ortodoxo, Paulo apóstolo foi ortodoxo a fé cristã é ortodoxa. Dizer
que a Bíblia é um livro ‘insuficiente’, que não é possível tratar a Bíblia como
um livro que revela verdades absolutas e que gays estão condenados por causa de
dois ou três textos que não foram atualizados, é entregar na mão do interprete
a definição do que é ou não é Palavra de Deus. A Bíblia não pode ser redefinida
pela cultura atual.A igreja pode e deve se atualizar, mas não pode abandonar os
princípios basilares e pétreos das Escrituras, pois assim deixará de ser Igreja
e palavra de salvação. As lideranças cristãs devem lembrar que a missão da
igreja hoje não foi para o século passado, mas é para nós hoje e por isso é
preciso que ela seja “atual e contemporânea”:
Romanos 15,4: “Porquanto tudo o que foi escrito no passado, foi escrito
para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo
provenientes das Escrituras, mantenhamos firme a nossa esperança”.
O apóstolo Paulo nos exortava
a não nos conformarmos com o presente século, explicando que isso significa
“não entrarmos na forma que o mundo tenta impor”:
Romanos 12,2: “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus”.
A pressão pra
atualizar a Bíblia é evidente diante da teologia humanista, ou seja, não é
Palavra de Deus ao homem, mas é palavra do homem definindo o que será ‘Palavra
de Deus’. Ora, a Bíblia é “o livro mais atualizado do mundo”. “A Bíblia é tão
atualizada que ela fala do presente, do passado e do futuro. Qual é o livro que
fala do futuro do homem de forma tão clara, precisa, salvífica e libertadora
como a escritura velho e neo testamentária? A Palavra de Deus não só fala do
futuro pessoal, aqui na Terra, como do futuro eterno. Um livro portanto,
atualizadíssimo. Desde que o homem caiu o que muda é a tecnologia, a cultura,
os costumes, mas o homem é a mesma coisa, com seus pecados, seus vícios, seus
erros que levam a destruição e desordem de si mesmo e da sociedade. A Bíblia
registra os princípios perenes que Deus usa para se relacionar com o ser humano
e não se preocupa como as pessoas vão reagir a estes ensinos salvíficos, verdadeiros
e libertadores:
João 6, 59-68: “Essas verdades
disse Jesus, enquanto ensinava na sinagoga em Cafarnaum. Muitos discípulos
deixam Jesus.Portanto, muitos dos seus discípulos, ao ouvirem isso, disseram:
“Dura é essa declaração. Quem poderá segui-la? Quando Jesus percebeu, em seu íntimo, que seus discípulos estavam
murmurando por causa de suas palavras, inquiriu-os: “Isso vos escandaliza? O
que acontecerá quando virdes o Filho do homem ascender para o lugar onde estava
antes? É o Espírito quem dá vida; a carne em nada se
aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são Espírito e são vida.Entretanto,
existem alguns de vós que não crêem. Pois Jesus sabia, desde o princípio, quais
eram os que não criam e quem o iria trair.E continuou:É por isso que Eu vos
tenho dito que ninguém pode vir a mim, a não ser que isso lhe seja concedido
por meu Pai.Daquele momento em diante, muitos dos seus discípulos recuaram e
não mais andaram com Ele. Então Jesus interpelou os doze:Vós também desejais ir embora? Mas Simão Pedro respondeu a Ele: Senhor, para quem
iremos? Tu tens as palavras de vida eterna...”
Se Jesus aponta o
fato de haver um ensino comprometido com a verdade revelada, isso demonstra que
ela não precisa ser atualizada, mas assumida em nossas vidas, mesmo sem
entender. As escrituras registram êxitos e fracassos, personagens valorosos e
decepcionantes. A Bíblia trata com as fraquezas do ser humano e confronta suas
mais terríveis tendências. O poder da mensagem bíblica reside no relato
comprometido com a verdade que liberta e nos salva plenamente de nós mesmos, do
mundo e do maligno.
A aplicação correta dos princípios de exegese e hermenêutica sob a
influência do Espírito Santo e um coração aberto para as verdades, não
construirão uma Bíblia diferente, mas trará uma revelação de Deus. Não é a
Bíblia que precisa ser atualizada, mas o leitor. As verdades eternas de Deus
continuam sendo eternas e verdadeiras.
A Palavra de Deus
(Bíblia Sagrada) portanto, é imutável e, por via de consequência, ela nunca
necessitará de atualização.Nós Cristãos, continuaremos a defender a pureza do
Texto Sagrado e jamais aceitaremos qualquer tipo de alteração na Verdade a nós
revelada pelo Espírito Santo. A própria Bíblia, em Apocalipse 22.18,19 nos
proíbe de procedermos qualquer alteração nas Sagradas Escrituras sem sofrer
graves consequências. Repito: claro que na transmissão do Evangelho, precisamos ser
contemporâneos e contextualizados. Porém, não temos legitimidade para
desvirtuar a mensagem no intuito de incluir o que penso ser correto e/ou ceder
a pressões internas ou externas. Se fizermos isso, corremos o risco de
deixarmos de sermos fieis a verdade revelada e consequentemente abraçaremos a
apostasia.
Desidratar a Bíblia é a solução dos covardes que não querem bater de
frente com o sistema progressista, mas aderir e fazer coro com as novas
modinhas que arrastam os fracos na fé.
O que precisa é
apenas atualização na linguagem com que a transmitimos, não no conteúdo. Tentar
colocar conceitos claros de pecado, por exemplo, neste atual rol do relativismo
cultural. Há verdades explícitas na Palavra que não carecem de interpretação, e
isto ninguém mudará.
Vimos até aqui com os dados da revelação que Deus é um ser livre, soberano
e atemporal, mas tem gente afirmando que a Palavra dEle tem tempo de validade? Gente
afirmando que os conceitos e os princípios dEle passa? Porque se eu digo que a
Palavra de Deus precisa de atualização, estou falando que Deus precisa de
atualização. Se eu digo que os princípios de Deus não são adequados, estou
falando que Deus já não é mais adequado.
A fé cristã moldou a
sociedade ocidental, produziu a liberdade, inventou as universidades, fundou as
principais escolas de ciência do mundo, produziu e produz ciência, investe na
saúde publica e fundou os principais hospitais do globo e tantas outras coisas
ainda úteis a humanidade. A igreja cristã é hoje a maior força do terceiro
setor no mundo, retirem os valores assegurados pela Igreja por apenas um dia e
veremos o caos estabelecido. Em 2 Timóteo 4.3, ele lembrou que existe a
advertência de que chegaria tempos em que as pessoas não dariam atenção ao
ensino verdadeiro, mas seguiriam seus próprios desejos. Ele diz que “esse tempo
chegou”.
CONCLUSÃO
Não nos iludamos, a
pressão sempre revelará os fundamentos sobre os quais um líder baseia sua fé,
seu ministério e seu chamado. Não há outro porto mais seguro do que as verdades
de Deus reveladas nas Escrituras Sagradas. Em uma análise rápida sobre 1 Timóteo
4, 1, vemos que a Igreja através da tradição apostólica já nos advertia sobre
“espíritos enganadores” e “doutrinas de demônios”. Ela aponta que “espíritos
enganadores” são pessoas que vão ter “uma prática de similaridade com o Evangelho
e com a vida cristã. Parece que é cristão, parece que é de Deus só que é
prática iniqua. Afinal segundo estes
atualizadores da palavra, agora nós vamos ter uma Bíblia adaptada para cada
pecado? Neste caso para não ofender a ninguém, vamos tirar da Bíblia o
adultério, vamos tirar da Bíblia a prática sexual ilícita e depravante fora do
casamento, porque tem muita gente que se prostitui, então vamos tirar da
Bíblia. Vamos tirar da Bíblia a questão do homossexualismo. Vamos deixar só a
questão social nas escrituras.
Nestes tempos
difíceis a função dos líderes cristãos é lidar com sabedoria divina esta pressão,
e que a Igreja não deve ficar na defensiva, mas deve atacar o reino das trevas,
deve ser luz no meio das trevas. O trabalho da Igreja é exatamente esse, de
evangelizar oportuna e inoportunamente, contra o pecado, a misericórdia e a
salvação em Jesus Cristo. Levar a pessoas a não se fixarem na figura deste mundo
que passa com todas suas ilusões e seduções. A Igreja é a contracultura de tudo
isso que está aí, esse é o trabalho da Igreja. Quando a Igreja se conforma, ou
seja, vive de acordo com a forma do mundo, a Igreja perdeu a sua essência.
Portanto, as lideranças Cristãs precisam denunciar tudo o que é morte e
contrário ao evangelho, enfim, toda mistura que comprometa a saúde e pureza do
Evangelho. Falsos mestres e falsos ensinos precisam ser sempre confrontados à
luz das Escrituras. A Bíblia não é de borracha, para se adaptar ao gosto dos
homens. São os homens que precisam se arrepender e se adaptar à eterna Palavra
de Deus, em vista da salvação e libertação do pecado. Neste contexto a liderança
Cristã precisa ser conservadora, ter “firmeza doutrinária”, apesar de
reconhecer que é preciso ser contemporâneo no sentido de contextualizar o que
está sendo ensinado, mas voltamos a reforçar que é precisamos ser fieis ao
evangelho. Seja contemporâneo a seu tempo, contextualize a mensagem, porém continue
sendo Cristocêntrico, nada antepondo a Ele.
“Céus e terras passarão, mas minhas palavras jamais passarão” (Mateus
24,35)
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