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O brasileiro e a Cultura infantil do “Vitimismo”

Written By Beraká - o blog da família on segunda-feira, 29 de junho de 2020 | 17:14







Todos, em algum momento de nossas vidas, já assumimos o papel de vítimas em situações dolorosas ou traumáticas, já que nos sentimos vulneráveis e desprotegidos e precisamos que nos protejam e cuidem de nós. Porém, a cultura do vitimismo reforça esse comportamento fazendo com que a pessoa que assume o papel da vítima se sinta eternamente uma dependente. Quando sentimos o cuidado e a proteção das pessoas ao nosso redor, descobrimos que é prazeroso ter a atenção dos outros. Acontece que algumas pessoas assumem esse papel como identidade e se tornam vitimistas crônicos. Essa identidade é envolta pela cultura do vitimismo em que nos encontramos:  A esquerda pós-moderna não se preocupa com o conteúdo, o que realmente interessa é a forma. É o rebelde sem causa descrito pela banda Ultraje à Rigor nos anos 80, catalisado por doses cavalares de lacração. E detalhe, isto não é só no Brasil. Em novembro de 2015, 200 estudantes da Universidade de Vanderbilt, nos Estados Unidos, se uniram para protestar contra o racismo da reitoria. O que a reitoria fez? Nada, mas isso não importa. O que importa é que eles se sentiam oprimidos e queriam se manifestar.  No dia seguinte, um saco cheio de cocô de cachorro aparece na frente da porta do centro afro-cultural da universidade. Soaram as trombetas angelicais anunciando o Apocalipse: Guerreiros da justiça social foram correndo para o Facebook para escrever textões contra aquela atitude racista, páginas a la “Quebrando o Tabu” fizeram a festa com suas críticas sociais de iPhone e os coletivos "negro-LGBT-indígena-feminista-islâmico-e-demais-minorias, gritaram aos quatro ventos: “Viram? Estávamos certos! A reitoria é racista!”.











Rapidamente, a polícia investigou o caso e descobriu o responsável – diferente da brasileira, a polícia americana tem muito mais liberdade e meios para investigar. Para a surpresa dos coletivos negros, que berraram e espernearam contra o suposto ato racista, ninguém foi preso. Isso porque, na verdade, quem deixou o saco foi uma menina cega que estava com um cão guia. Ela não conseguiu encontrar uma lata de lixo, então, querendo fazer a coisa certa, ela deixou na frente da porta para que um faxineiro encontrasse e jogasse no lixo.





(No Comunismo os custos da execução é coberto pela família do executado)





Os militantes esquerdistas, com suas clássicas caras-de-pau envernizadas, se desculparam, mas logo arranjaram outra desculpa para atacar a reitoria: “Os alunos com deficiência dessa universidade estão marginalizados!”. Seria cômico se não fosse trágico, e isso não é uma piada! Trocaram de causa mais rápido do que trocam seus (caros) sapatos. Na sociedade de hoje, os sentimentos transformam os fatos e as vítimas são heroínas. É, como bem diz Rodrigo Constantino, "a marcha dos oprimidinhos”.














De acordo com a esquerda, toda desigualdade do mundo é fruto da opressão (e não das escolhas, oportunidades e méritos)!










Em toda relação humana, há uma relação de poder que causa iniquidade. Todos os negros são vítimas porque sofrem racismo; as mulheres são reféns do patriarcado; gays, lésbicas e trans são vítimas de uma sociedade heteronormativa e homofóbica(?) Terroristas islâmicos são vítimas da islamofobia; e por aí vai.






Mas, e se você não tiver sido oprimido e nem sentir-se oprimido(a) por ninguém? 









Não interessa! Para a esquerda, se você se sente ou não uma vítima, você é uma vítima! Mesmo que você nunca tenha sofrido discriminação, você com certeza sofreu microagressões, que nada mais são que atitudes e frases que não são feitas para insultar, mas insultam. Afinal, para os esquerdista vivemos num ambiente tão maçante que, mesmo quando somos oprimidos, não sentimos. É como sua respiração, tão natural que você nem percebe.











Por exemplo: Quando as coisas não vão bem e você diz: “a situação escureceu...”, você está sendo racista, afinal, está associando a cor escura a algo ruim (como se isto mudasse a cor da escuridão pela ausência de luz). Para a esquerda quando você abre a porta do carro para uma mulher, você está sendo machista, porque isso significa que você acha que ela é um ser incapaz que não consegue nem abrir a porta de um carro. Quando você zoa um amigo dizendo que ele chorou como uma mulherzinha sensível, você também está sendo machista, afinal, quem disse que chorar é coisa de mulher? Pagar a conta do encontro, então, machismo puro! Se você faz isso, quer dizer que você acha que mulher não consegue pagar as próprias contas. (depois reclamam que não existe mais cavalheirismo...Ora, só existem cavalheiros onde existem damas!).E tem o mais novo tipo de racismo inventado pela esquerda, o racismo “positivo”. Para eles, eu, Kim Kataguiri que sou um japonês, faço parte de uma “minoria modelo”. Eu tenho de me incomodar quando dizem que japonês estuda e é disciplinado, porque isso é um estereótipo que não só me ofende, mas inferioriza outras “raças”. Educação, gentileza, cavalheirismo, bom senso não palavras que não estão no dicionário dessas esquerdas.






 




Só que essa galera “paz e amor”(do gabinete do amor só para quem pensa igual a eles), tem um truque para defender a própria incoerência e justificar a violência. Primeiro, eles dizem que não tem problema nenhum socar um fascista. Depois, dizem que todo liberal e conservador, ou, na verdade, todo mundo que discorda deles, é fascista. Pronto, todo mundo que discorda deles pode ser socado! Mas eles não defendem os direitos humanos? Claro que defendem. Só que fascistas para eles não são seres humanos (deveriam aproveitar o pacote antifascista e acabar com a CLT que foi inspirada no regime fascista Italiano e por um fascista assumido: Getúlio Vargas). A verdade é que aqueles que inadvertidamente reproduzem todo esse chororô vitimista se baseiam em sentimentos, não em fatos. Você não é refém do meio em que vive ou daquele em que foi criado, você faz suas próprias escolhas. Não existe uma grande conspiração do patriarcado desde tempos imemoriais (aliás, foram as mulheres que assim o quiseram e fizeram conforme o doutor em história: Yuval Noah Harari, em sua obra: "Sápiens, Uma breve história da humanidade", escolhendo os homens mais fortes para as protegerem durante o período de gestação). De acordo com pesquisa da revista TIME, mulheres solteiras sem filhos ganham mais do que homens na mesma situação. Também não há conspiração contra gays, segundo a mesma revista, casais gays, em média, recebem maiores salários do que casais héteros. Isso são fatos, e os fatos não se importam com os seus sentimentos!










Quando você sair da faculdade, o seu patrão também não vai se importar com seus sentimentos. Ele vai querer que você produza. A vida não é um centro acadêmico: quando você se formar, vai ter de trabalhar, e muito! A miríade de coletivos de esquerda não existe para defender direitos de gays, negros e mulheres. Existe para auxiliar projetos de poder. A verdadeira relação de opressão está entre o político populista que promove esse tipo de discurso e a pobre militância de esquerda, que vota em bloco nesses candidatos “ideológicos” acreditando fazer parte de uma elite intelectual politicamente consciente. Todo o seu discurso vitimista não vai te ajudar quando você for pra vida real. Pelo contrário, vai te atrapalhar. Se sentiu ofendidinho(a)? Ninguém se importa. Você só vai se ofender se você se deixar ofender. Se você escolher o vitimismo, você será vítima de você mesmo.





Por: Kim Patroca Kataguiri







 Vitimismo + Hipocrisia= Esquerdismo 












Escrevo como o leitor sabe, muitos textos sobre o esquerdismo, sobre o mimimi, o vitimismo, a seletividade e a hipocrisia do mundo moderno. Em Esquerda Caviar, tentei elencar vinte origens para o fenômeno. Mas resolvi montar uma equação que simplificasse a coisa toda. Como toda simplificação, esta também é incompleta, não dá conta de uma explicação mais abrangente e detalhada. Mas, em linhas gerais, creio que captura o essencial.Esquerdismo é sinônimo de vitimismo somado à hipocrisia. O vitimismo é fundamental, principalmente nessa era da “revolução das vítimas”, em que basta posar de coitadinho para chamar a atenção e, quiçá, levar algum privilégio para casa. Só tem um problema: se todos bancarem a vítima juntos, ninguém se destaca na escala de suposto sofrimento. Logo, é crucial apelar para a seletividade, para o duplo padrão, para a hipocrisia. Só as “minorias” que fecharem com a própria esquerda têm o direito de bancar a vítima.





Uso dois casos distintos para ilustrar o ponto:







No primeiro deles, uma mulher resolveu processar a gigante Walmart nos Estados Unidos... Motivo? Ela diz que os produtos de beleza voltados para o público negro estão fechados em cabines trancadas na loja. Nossa! Que preconceito! Que gente malvadinha! Não passa pela cabeça da moça que vários outros produtos fiquem trancados também, de acordo com seu valor e risco de roubo. Nem tudo é “racial profiling”, como ela alegou. A loja esclareceu: “Nós não toleramos discriminação de qualquer tipo no Walmart. Atendemos a mais de 140 milhões de clientes semanalmente, passando por todas as demografias e estamos focados em atender às suas necessidades, oferecendo a melhor experiência de compra em cada loja. Somos sensíveis a esta situação e também entendemos, como outros varejistas, que alguns produtos como eletrônicos, automotivos, cosméticos e outros produtos de higiene pessoal estão sujeitos à segurança adicional. Essas determinações são feitas de loja em loja usando dados que suportam a necessidade dessas medidas”. Se calhar de o produto que você deseja fazer parte da lista dos itens mais roubados ou com chance de ser roubado, então claro que isso só pode ser preconceito, discriminação e “racial profiling”. Não pode ser simplesmente um dado estatístico, um controle do varejista para impedir o roubo e seu consequente prejuízo. O mimimi da cartada racial precisa falar mais alto. E tinha que ser na California, claro.










No segundo caso, Kirsten Gillibrand, uma senadora democrata por Nova York, mostra-se bem indignada durante uma entrevista com o sexismo do presidente Trump, que pode ter usado linguagem chula, mas nunca foi condenado por abuso sexual de fato. Na hora em que perguntam a ela sobre Bill Clinton, porém, o tom muda totalmente, ela se mostra mais compreensiva, fala em termos abstratos, diz que não conhece detalhes do caso (sério?), que o importante é focar nas mudanças de agora, e que os tempos mudaram (sim, mudaram, principalmente com a chegada de um republicano ao poder). Vejam: A postura varia completamente dependendo de quem é o alvo, o que deixa claro que o foco não é o abuso das mulheres em si, mas a política ideológica e partidária. Com Clinton, sejamos tolerantes, cautelosos, pois o mais importante é falar em abuso no abstrato, em termos gerais. Com Trump, sejamos implacáveis, determinados, justiceiros, pois esse sujeito não pode continuar na Casa Branca!




 






Esquerdismo é a soma do vitimismo com a hipocrisia seletiva. Mas felizmente isso não passa despercebido por todos. Quando a própria Hillary Clinton tentou recentemente bancar a defensora das vítimas de abuso, foi massacrada nas redes sociais por mulheres que cobraram coerência, aquilo que ela, como todo esquerdista, claramente não possui. Inevitavelmente a turma despertou para este embuste…




Por: Rodrigo Constantino






BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA:





-BEATO, Cláudio; PEIXOTO, Betânia Totino; ANDRADE, Mônica Viegas. Crime, Oportunidade e Vitimização, in Revista Brasileira de Ciências Sociais, Vol. 19, N° 55, Junho de 2004.



-GOMES, Mayara De Souza. Existe outro caminho? Uma leitura sobre discurso, feminismo e punição da Lei 11.340/2006. Revista Liberdades, Rio de janeiro, n. 17, set./dez. 2014



-MAIA, Luciano Mariz. Vitimologia e direitos humanos. Recurso eletrônico





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17 de novembro de 2020 às 22:05

Parabéns pelo blog. Precisamos de mais consciência e menos dependência.

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