Veremos
neste artigo que a Inquisição é bíblica, e quando foi aplicada corretamente,
foi um mal necessário que fez parte da providência divina na história. “Somente
Deus de um mal aparente, pode tirar um bem permanente”. Não queremos com isto
justificar o erros e abusos humanos cometidos ao longo deste período.
Há muitos livros e
artigos sobre os aspectos históricos da “Santa Inquisição” ou ” Inquisição
Sangrenta”(dependendo de que lado você se considera), encontrarmos um grande
número de variações históricas entre eles.Não é incomum lermos estimativas que
variam de dois mil a 50 milhões (no lado altamente liberal protestante) os condenados à morte neste período. Mas todos estes autores perdem a
questão mais essencial de todas. Este texto não se
propõe a tratar se são justas ou caluniosas as alegações que se fazem quanto as
ações da Igreja durante a Santa Inquisição, ou seja, se foram mesmo
exterminados hereges e não Cristãos, quantos e como. Se foi mesmo a Igreja ou
se foi o braço secular, através dos Reis, principados, e suas cortes, os verdadeiros
responsáveis pela execução daqueles que ameaçavam o Cristianismo e sua fiel
prática na Cristandade Medieval.
O que iremos tratar neste artigo será simplesmente o
seguinte:
Se
os fatos tivessem realmente acontecido como os críticos da Igreja Católica
afirmam, seria (biblicamente) justificável para a verdadeira igreja de Deus (A
Igreja Católica, Apostólica, Romana) colocar os inimigos da verdade que desejavam desencaminhar os outros com suas heresias, à morte?
A importância desta pergunta é óbvia:
Se as ações da Igreja Católica
foram justas e retas aos olhos de Deus. Sendo esse, portanto, o nosso argumento
religioso, torna-se irrelevante debater se houveram dois mil ou 50 milhões de
mortes, simples assim. Pois não é a quantidade
de vítimas que legitima ou não a causa, mas as justas e necessárias motivações.
Nossa primeira reação à
pergunta seria dizer “NÃO”, num primeiro momento, para nossa mentalidade atual, pois colocar as pessoas à morte por sua crença religiosa parece ir contra tudo o que
ensina a Sagrada Escritura que diz: “o amor teu próximo”, “ame aos teus
inimigos” e “perdoa ao teu inimigo”. É
importante salientar que as Escrituras manda-nos perdoar e amar(respeitar) os
nossos inimigos, jamais a um herege é inimigo de Deus. Na verdade, as Sagradas
Escrituras manda-nos rejeitar ao erro e CALAR
a estes inimigos de Deus. Paulo, de forma explicita, através de uma carta,
coloca um ponto final em uma situação:
“Mantendo fé e boa consciência, porquanto alguns,
tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé. E dentre esses se
contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a
Satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem.” (1
Tim 1, 19-20)
O
discípulo amado João, deixa claro que não vai tolerar o que é errado:
“Escrevi alguma coisa à
igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá
acolhida. Por isso, se eu for aí, far-lhe-ei lembradas as obras que ele
pratica, proferindo contra nós palavras maliciosas. E, não satisfeito com estas
coisas, nem ele mesmo acolhe os irmãos, como impede os que querem recebê-los e
os expulsa da igreja. Amado, não imites
o que é mau, senão o que é bom.” (3 João 1, 9-11)
“Pois não hei de odiar, Senhor, aos que vos odeiam? Aos que se
levantam contra vós, não hei de abominá-los? Eu os odeio com ódio
mortal, eu os tenho em conta de meus próprios inimigos. ” (Salmo 138,21-22)
“Não colocarei uma
coisa infame diante dos meus olhos. Eu odeio quem pratica o mal; esse nunca se
juntará a mim...Em cada manhã eu farei calar todos os
injustos da Terra, para extirpar da cidade de Javé todos os malfeitores...” (Salmo
101,3-8)
Romanos 1,32: “Os quais,
conhecendo o juízo de Deus, o qual os considera dignos de morte os que tais
coisas praticam, não somente as fazem, mas também aplaudem aos que as
cometem...”
Para colocar o perigo
de um herege dentro do rebanho de fiéis em sua perspectiva correta, precisamos
apenas de ler o aviso de Cristo:
Lucas 12,1: “Ajuntando-se milhares de pessoas, de sorte que
se atropelavam uns aos outros, começou a dizer aos seus discípulos: Acautelai-vos primeiramente do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia...”
Claramente Jesus Cristo
percebeu e alertou aos discípulos que um herege com uma falsa doutrina é tão
ou mais perigoso do que um assassino, que mata apenas o corpo. Em algumas
sociedades considera-se o assassinato um
crime hediondo digno da pena capital quando triplamente qualificado. No
entanto, hoje, nós (como sociedade) não prestamos atenção à advertência de
Cristo e não tememos aos que podem prejudicar nossa alma eternamente. A verdade
é que há um monte de precedentes bíblicos para justificarem o tribunal da Santa Inquisição. Moisés,
foi o primeiro a condenar a morte aqueles que deixaram a Verdade de Deus para
seguir aos erros, a fim de preservar a fé dos judeus, o povo santo, separado e
escolhidos por Deus. Em apenas um dia três mil hereges foram mortos à espada:
“Então Moisés ficou de pé no meio
do acampamento, e gritou: Quem estiver do lado de Javé, aproxime-se de mim. E
todos os filhos de Levi se reuniram em torno dele. Moisés então disse-lhes: Assim diz Javé, o Deus
de Israel: Cada um coloque a espada à cintura. Passai e repassai o acampamento, de porta em porta, e
cada um de vós mate até mesmo o seu irmão, companheiro e parente. Os filhos de
Levi fizeram o que Moisés havia mandado. E nesse dia morreram uns três mil
homens do povo...” (Êxodo 32,26-28)
Deus toma isso como
ofensa séria aqueles que afirmam ensinar ou pregar em nome de Deus sem
verdadeira autoridade:
“Mas
o profeta (pregador religioso), que presumir falar alguma palavra em meu nome,
que eu não tenha mandado falar, o mesmo profeta morrerá”. (Deuteronômio 18,20)
A Escritura vai ainda
mais longe ao dizer que devemos colocar a morte aqueles que ensinam ou pregam
uma doutrina que não coincide com a verdade ensinada pela igreja verdadeira, ou
seja, aquela fundada sobre Pedro e seus legítimos sucessores:
Lucas 10,16: “Portanto, qualquer pessoa que
vos der ouvidos, a mim está dando ouvidos; mas aquele que vos rejeitar, estará
rejeitando a mim mesmo; e quem me rejeitar, rejeita Aquele que me enviou”.
“Segui
a Javé vosso Deus a quem deveis temer; observai os seus mandamentos e
obedecei-Lhe; servi-O e apegai-vos a Ele. Quanto ao profeta ou intérprete de
sonhos, deverá ser morto, porque propôs uma revolta
contra Javé vosso Deus, que vos tirou do Egito e vos resgatou da casa da
escravidão, e porque procurou afastar-vos do caminho pelo qual Javé vosso Deus
vos havia mandado seguir. Desse modo, eliminarás o mal do meio de ti...”
(Deuteronômio 13,5-6)
Deus ordenou a Josué
para colocar sob a espada populações de cidades inteiras, terrivelmente e
irreversivelmente contaminadas por heresias (homens, mulheres, crianças e
idosos) de pagãos, a fim de preservar a fé de seu povo escolhido:
“Quando
Javé teu Deus as entregar, vencê-las-ás e sacrificá-las-ás como anátema. Não faças aliança nenhuma com elas e não as trates com
piedade. Não cries laços de parentesco com elas: não dês a tua filha a um dos
seus filhos, nem tomes uma das suas filhas para o teu filho, porque o teu filho
se afastaria de Mim para servir outros deuses; então a cólera de Javé
inflamar-se-ia contra ti e destruir-te-ia rapidamente. Deveis tratá-las
da seguinte maneira: demolir os seus altares, destruir as suas estelas,
arrancar os seus postes sagrados e queimar os seus ídolos. Pois és um povo consagrado a Javé teu Deus: foi a ti que Javé
teu Deus escolheu para que Lhe pertenças como povo próprio, entre todos os
povos da terra. Reconhece, portanto, que Javé teu Deus é o único Deus, o
Deus fiel, que mantém a aliança e o amor por mil gerações, em favor dos que O
amam e observam os seus mandamentos. Mas Ele também retribui diretamente aos
que O odeiam: faz perecer sem demora aquele que O odeia, retribuindo-lhe diretamente”.
(Deuteronômio 7, 2-6.9-10)
Mesmo depois de sua dramática
conversão a Jesus Cristo, e sendo um dos maiores profetas do Novo Testamento,
São Paulo claramente diz que aqueles que mudam a verdade de Deus em mentiras
são dignos de morte:
“Pois
mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do
Criador, que é bendito para sempre. E assim como eles não gostam de manter Deus
no seu conhecimento, Deus os entregou a um sentimento
perverso, para fazerem coisas que não convêm; mesmo conhecendo a justiça de
Deus, para que os que cometem tais coisas são dignos de morte” (Romanos
1,25-28.32)
Muitos vão tentar
argumentar que “O Deus do Novo Testamento é um Deus de misericórdia”. Deve-se
notar que o Deus do Novo Testamento é o MESMO Deus como o Antigo Testamento.
Embora seja verdade que Cristo nos trouxe a misericórdia e o perdão, uma
leitura rápida da história de Ananias e sua esposa é suficiente para nos
lembrar que o Deus do Novo Testamento ainda é um Deus de justiça:
“Então
Pedro disse: Ananias, como é que Satanás tem tão cheio teu coração que mentes
para o Espírito Santo e ter mantido para si uma parte do dinheiro que recebeu
para a terra? Não pertencia a ti antes de ser vendido? E depois que ele foi
vendido, não era o dinheiro à tua disposição? O que te fez pensar em fazer uma
coisa dessas? Não mentiste aos homens, mas a Deus. Quando
Ananias ouviu isso, caiu e morreu. E um grande temor tomou todos os que
ouviram o que tinha acontecido. Em seguida, os jovens vieram à frente, remataram
o seu corpo, e levou-o para fora e o sepultaram. Cerca
de três horas mais tarde entrou também sua mulher, não sabendo o que tinha acontecido.
Pedro perguntou-lhe: Diga-me, é este o preço que tu e Ananias tem para a terra?
Sim, ela disse, é o preço. Pedro disse-lhe: Como poderias concordar em testar o
Espírito do Senhor? Olha! Os pés dos homens que sepultaram o teu marido estão à
porta, e eles te levarão a ti também. Naquele momento ela caiu a seus
pés e morreu. Em seguida, os jovens entraram e, encontrando-a morta, levou-a
para fora e enterram-na ao lado do marido” (Atos 5,3-10)
Assim, vemos que a verdadeira
Igreja de Deus, aquela fundada sobre Pedro (conf. Mateus 16,18), tem a autoridade e a
responsabilidade de proteger as almas imortais dos fiéis pelos meios que julgar
necessário, mesmo que isso em um contexto histórico completamente diferente do
atual, tenha implicado em condenar morte hereges com suas heresias, porém, não sem antes ouvindo-os e
submetendo-os a um justo julgamento (INQUÉRITO/INQUISIÇÃO), e só o
entregando-o ao braço secular quando o mesmo se tornava empedernido em seu
erro, ou ideias pessoais, colocando em risco a fé e salvação das pessoas mais
simples. Só a Igreja que o Deus Único e Verdadeiro Jesus Cristo,fundou sobre
Pedro (Mt 16,18-19) tem o direito de determinar qual curso da justiça é o
melhor, dependendo do momento em cada situação histórica.Como vemos não se pode
argumentar que a igreja de Deus não tem autoridade moral para determinar o
destino de um herege “que mudam a verdade de Deus em mentira” se São Paulo
Apóstolos os declara “dignas de morte”. Contudo, teria mesmo a Igreja de
Cristo, e não o braço secular executado tantas almas por conta de seus crimes
de heresia? Responderemos a essa oportuna
pergunta em um próximo texto sobre a inquisição, neste blog (Berakash), aguardem-nos!!!
Adaptado de: Igrejamilitante.com/2011
----------------------------------------------------------
Apostolado Berakash – Trazendo a
Verdade: Se você gosta de nossas publicações e caso queira saber mais
sobre determinado tema, tirar dúvidas, ou até mesmo agendar palestras e cursos
em sua paróquia, cidade, pastoral, e ou, movimento da Igreja, entre em contato
conosco pelo e-mail:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.