De uns tempos para cá
tem crescido o número de pessoas que, como São João Paulo II, querem
consagrar-se mais perfeitamente a Jesus, mas agora pelas mãos e auxílio de
nossa mãezinha a Virgem Maria,e assim, poderem dizer como São João Paulo II: “Tudo para Jesus,
nada sem Maria” - Uma das maneiras
especiais de ficar sob a guarda, direção e proteção da Mãe de Jesus, é renovando
seu batismo a Jesus consagrando-se verdadeiramente a Ele, pelas mãos e méritos
de Maria, pedindo a graça de como Ela, também pertencer inteiramente a Deus e à
Sua vontade. São vários os métodos de consagração nascidos de
espiritualidades distintas e em tempos diferentes dentro da Igreja.
Por que consagrar-se a Maria?
Por: Padre
Paulo Ricardo
Vamos refletir a
respeito da consagração a Nossa Senhora. Este tema vem sendo repetido por
vários santos e movimentos nestes últimos tempos. No Brasil os movimentos, além da
consagração por intermédio do método exposto pelo Tratado da Verdadeira
Devoção, por exemplo:
-São Maximiliano Maria Kolbe, que fala dentro da sua
tradição de espiritualidade franciscana, e só depois ele conheceu o tratado.
-Temos o movimento sacerdotal mariano do padre Stefano Gobbi, que fala da
consagração ao Imaculado Coração de Maria.
-Há também o movimento apostólico de
Schoënstatt a partir do pensamento do Joseph Kentenich, que fala de uma outra
dimensão. Mas todos falam na mesma linha, dentro da Igreja.
-Há também a Legião de
Maria, que fala da consagração a Nossa Senhora de modo mais ordenado, mais
metódico.
Há muitas consagrações marianas que falam dessa entrega a
Nossa Senhora. Todos com linguagens diferentes, mas como uma sinfonia, como uma
orquestra. Todos estão tocando a mesma sinfonia. O que trago é uma constatação
disso. Hoje muitas pessoas estão fazendo a consagração!
Mas
qual é o fundamento teológico disso? Se não colocarmos a teologia no lugar
correto ficaremos apenas no devocionário!
No início da Igreja,
se fala da entrega de fiéis a Nossa Senhora como servos, escravos de Maria. A
palavra "escravo" é uma palavra chocante para nós no século XXI. A
palavra "escravidão" é uma das analogias. João Paulo II já era
seguidor de São Luís Maria Grignion de Montfort, e que já usava a palavra "se confiar" no lugar de consagrar, mas que são a mesma coisa, são metáforas,
analogias.
Onde está o fundamento teológico de
tudo isso?
Primeiro a fé! O
dogma de fé é dar a Deus um culto, que é o culto de latria, ou seja, nós
adoramos somente a Deus. Somente Deus é Deus. Ninguém mais é Deus. Os santos e
Maria são criaturas. O que é então adorar a Deus? O meu nada diante de Deus,
que é tudo. Quando ficamos ajoelhados estamos dizendo que não somos nada, e Deus é
tudo! Só podemos nos ajoelhar diante de Deus e para Deus. Na Semana
Santa nos ajoelhamos diante da cruz, que é o amor de Deus manisfestado por
intermédio de Jesus. Esse culto a Deus também pode ser refletido por intermédio
de criaturas. Por exemplo diante do confessor, se nos colocamos de joelhos diante
dele, não estamos adorando o padre, mas sim a Deus que ali está. (João
20,23).Da mesma forma, a adoração a Deus pode se dar de forma indireta
com a ajuda das criaturas. Quando alguém encontra um sacerdote e beija a mão
deste padre pecador, pela fé ele está beijando a mão de Cristo por intermédio
do sacramento da ordem. Eu uso batina, e ela serve para me lembrar do
ministério sacerdotal ao qual sou chamado a crer e a viver. Quando o padre está
presidindo a Santa Missa, e os acólitos fazem reverência diante dele, não é ao
padre que o fazem, mas a Cristo. Isso é a fé por intermédio do sacramento
conferido legitimamente.A adoração a Deus, pelo culto de
"latria", é só a Deus; e a Igreja reconhece aos santos o culto de
"dulia". A palavra "dulia" significa servo. Doulos é o escravo. Ficamos, às
vezes, perplexos diante da palavra "escravos" em uma sociedade em que
as coisas evoluíram.Exemplo: Quando uma pessoa sofre um acidente ela consegue
pegar um atestado, isso não acontecia antes. Antes ela deveria procurar alguém
que a fosse substituir ou passaria “fome”. Hoje, temos muitos recursos. Antigamente
as palavras "servo" e "escravo" significavam que a pessoa
se colocava debaixo da proteção, debaixo do auxílio, do patrocínio [do seu
amo]. Essa realidade de nos colocar sob essa proteção era uma forma de cuidar
do outro, e a palavra "escravidão" vem daí. Mas hoje a
palavra "escravidão" para nós é forte. É neste sentido que o culto de
"dulia" é dado aos santos. Muitos perguntam: “Por que você não vai a
Deus diretamente?” (Ora, se assim o fosse eu não deveria pedir que a Igreja, ou
alguém que orasse por mim, minha família, ou alguma dificuldade, eu pediria
diretamente a Deus).Porque Deus quer usar do amor de suas criaturas.
Por que você em vez de ir direto para Deus, vai para o colo da sua Mãe, receber
carinho e cafuné? Porque você sabe que aquele amor também vem de Deus. Deus usa
das suas criaturas, Ele quis assim. A graça é a glória de Deus aqui na Terra. A glória é a graça
de Deus no céu. Olhando para a graça e para glória, os santos merecem o nosso
culto e o nosso louvor. Nós temos que louvar a Deus pelo amor que os santos
fazem brotar do nosso coração. O Concílio de Trento vai responder que o santo
merece a graça que nós merecemos. O mérito derivado do mérito central de
Cristo. Gosto de fazer a comparação com a
manga fruta: “Quem fez a manga não foi Deus? Quem deu a manga? A mangueira. Por
isso eu posso agradecer à mangueira. Assim são os santos, eles são o
instrumento de Deus, como a mangueira o é,
ao nos dar a manga.”
O culto a Deus é "latria". O
culto aos santos é "dulia", eu me ponho debaixo da proteção
intercessora dos santos (Hebreus 12,1):
Teologicamente falando, Maria não é alguém que age só na
glória como os santos, mas Maria, além da graça e da glória, age na
ordem da união hipostática, que é uma graça que só Jesus tem. É a união das
duas naturezas em uma pessoa. Maria, por projeto divino, por eleição e graça da
escolha, foi escolhida para fazer parte dessa união hipostática, porque ela
pode dizer que é Mãe de Deus. Por que ela é Mãe de Deus? Nunca perguntamos:
você é mãe do quê? Mas de quem? Maria gerou um ser humano, ela não
gerou uma natureza divina, ela gerou Jesus humano, mas que é Deus! A pessoa
divina do Filho foi gerado, no ventre de Maria, desde toda a eternidade, pelo
Pai. Se Deus quisesse trazer Jesus sem Maria, Ele O teria trazido, mas Ele quis
usar da Santíssima Virgem Maria. Maria gerou a Pessoa de Deus. Eis aí o
grande mistério, ela gera o Filho!
Existe uma oração
antiquíssima que vem do Egito:
“Debaixo da Vossa proteção
recorremos Santa Mãe de Deus, não desprezeis as nossas súplicas em todas as
nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos! Ó Virgem,
Gloriosa e Bendita”.
Em grego, debaixo da proteção, originalmente seria:
"Dentro do Vosso útero nos refugiamos Santa Mãe de Deus". Os
cristãos, desde o ínício, não diziam: “Mãe, intercede aí!” Ela é a intercessora.
Mas eles dizem: “Nós nos refugiamos debaixo da vossa proteção”. Como Maria tem
poder? Uma mulher que luta contra o dragão, como poderia lutar se não tivesse
poder? Ela só pode ter poder graças à união hipostática com seu filho, que o
cabeça da Igreja(I Cor 12,26-27).Você precisa estar unido a Deus a tal ponto de
se tornar santo! Nós precisamos ser outro Cristo, ser como Jesus. Precisamos
ser tão configurados a Cristo que as pessoas vejam Cristo em nós. Tudo aquilo
que a Igreja faz é gerar Cristo em nós. Com o sacramento da crisma, Deus Pai
envia o Ungido para gerar Cristo em nós. Deus Pai envia o Espírito para que
comunguemos o Cristo. Com a unção dos enfermos Deus Pai envia o Cristo em nós,
para nos tornarmos santos e guerreiros do Senhor. No sacramento do matrimônio
Deus Pai envia o Espírito Santo, para gerar o Esposo da Igreja em nós. É o
resumo da nossa vida cristã.Quando Deus Pai enviou o Espírito
foi no ventre de quem? De Maria. Quando nos colocamos no ventre de Nossa
Senhora, sob a proteção dela, estamos dizendo: “Maria, a senhora é a 'padeira',
faça com que aumentem esses 'pães' [da fé em Deus]". No livro "O
Tratado da verdadeira devoção" São Luís diz que Deus é quem faz e Maria
distribui as graças!Fui ordenado pelo Papa São João Paulo II. Posso
confessar o meu pecado: eu achava essa história de devoção mariana uma grande
bobagem. Eu achava uma coisa perigosíssíma, pois levaria o povo a viver a
"mariolatria". Achava que Nossa Senhora queria tomar o lugar
de Jesus, mas depois que São João Paulo II morreu comecei a acreditar mais na
devoção a ela. Eu era mais da linha de Ratzinger, enquanto seguia a vida
espiritual dos Bizantinos; e São João Paulo II seguia os Carmelitanos, São
João da Cruz, e essa devoção à Nossa Senhora. Hoje afirmo que São João
Paulo II olhou para mim!
(Ordenação de Padre Paulo Ricardo)
A
consagração a Nossa Senhora é uma consagração feita a Jesus
(fazei tudo que Ele vos disser...)
É uma consagração a Jesus Cristo, ao Verbo Encarnado, por
intermédio de Maria, é o que nos diz São Luis Maria G. de Montfort em seu
TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO A VIRGEM MARIA. Quando nós vamos para Maria,
vemos mais ainda Jesus, pois ela se esconde para que Jesus apareça. Maria vai
sempre nos dizer: fazei tudo que Ele vos disser. (Ao conscientemente negamos a
maternidade de Maria, dada por Cristo na Cruz, é fazermos a opção de
permanecermos na maternidade do pecado de Eva, e o salário do pecado de Eva é a
morte). Houve, no século XIX, dois imperadores em nossa nação
brasileira. Quando Dom Pedro estava velhinho, devia passar o comando do império
para a Princesa Isabel, que era devotíssima de Nossa Senhora. Mas,
infelizmente, alguns grupos contrários à Igreja, impediram que isso
acontecesse. Mas ela fez uma coisa belíssima, pegou suas joias e mandou para a
Igreja de Nossa Senhora Aparecida, fez uma coroa e deu a Nossa Senhora. Quando,
na França, perguntaram para ela: “Dona Isabel, a senhora libertou
os escravos e perdeu o trono. A senhora não está arrependida?” Ela respondeu:
"Se mil tronos eu tivesse, eu os perderia para dar a liberdade ao
povo."
Vejam, meus irmãos, quando somos devotos de Nossa
Senhora somos ainda mais de Deus! A consagração a Nossa Senhora
é uma forma de vivermos melhor a graça batismal!
Os dois
métodos mais conhecidos de consagração Mariana São o de São Luis Maria Grignion
de Montfort e o Servo de Deus Padre José Kentenich:
1)- O primeiro, é o método de Consagração a Jesus
por meio de Maria, é de São Luís Maria Grignion de Montfort
O qual é o “criador” da Consagração
ou Escravidão Total à Nossa Senhora, para melhor fazer a
vontade de seu filho Jesus Cristo, nosso único Senhor e Salvador. Método esse,
feito até por São João Paulo II e outros santos! E para um melhor
esclarecimento, transcrevemos abaixo o
e-mail de um leitor do site do Pe. Rodrigo Maria, acuado pelas investidas de um
seminarista progressista e preconceituoso, que em sua paróquia falava contra a
Total Consagração a Jesus por meio de Maria. Segue o e-mail do leitor e
a resposta do padre. Decidimos publica-lo pois são respostas a dúvidas comuns
de muitas outras pessoas:
“Salve Maria Imaculada!!!
Padre, na minha paróquia tem um seminarista que não concorda com a
consagração. Vai fazer 1 ano que eu sou consagrado pelo método de São Luís, mas
o seminarista sempre faz algumas críticas sobre a consagração aí eu queria que
o senhor me respondesse tudo o que o seminarista me falou para assim eu não ter
mais dúvidas. Eu sou um vocacionado,
tenho 18 anos e ele começou a falar que o reitor poderia me cortar do seminário
se me visse com a cadeia no braço e falou várias coisas aí eu tirei a minha
cadeia e coloquei no tornozelo. Queria saber se foi errado o que eu fiz porque
às vezes eu acho que foi uma fuga da perseguição mudar a minha cadeia de lugar.
Ele também usou aquelas palavras de Jesus: “Eu não vos chamo mais de escravos,
mas sim de amigos”, depois ele disse que depois do Concílio Vaticano II a
Igreja aboliu qualquer tipo de escravidão e disse também que esse tipo de
consagração não é aprovado oficialmente pela Igreja. Isso tudo é verdade? O
senhor poderia me explicar tudo isso, por favor?”
Resposta do Padre Rodrigo Maria:
“Caríssimo, que Deus te abençoe!!!
Esse seminarista que atua em sua
paróquia pode até ter boa vontade, mas é muito mal informado. Ele deveria saber
que TODOS os escritos de São Luís foram aprovados pela Igreja e declarados
isentos de qualquer erro pelo Papa Pio IX. Ele deveria saber que as correntes
abençoadas, das quais São Luís Maria Grignion de Montfort fala no Tratado da
Verdadeira Devoção, são sacramentais, ou seja, objetos abençoados para uso dos
fiéis e que juntamente com todas as demais práticas ensinadas por São Luís são
aprovadas pela Santa Igreja. Ele deveria saber que esta Consagração consiste na
renovação de nossos votos batismais e que por isso mesmo possui uma atualidade
pastoral permanente, uma vez que a santidade consiste justamente na fidelidade
a esses mesmos votos. Ele deveria saber
que, justamente por ser sempre atual, esta consagração foi vivenciada por
diversos santos e Papas de nosso tempo, e que na atualidade o maior apóstolo
desta consagração foi São João Paulo II, que fez essa Total Consagração quando
ainda era seminarista e que quando Papa deu seu testemunho de Escravo de Nossa
Senhora e adotou como lema de seu pontificado o ”TOTUS TUUS MARIAE”, o qual foi
tirado do Tratado da Verdadeira Devoção e resume esta Consagração. Ele
deveria saber que esse grande Papa (João Paulo II) lia esse Tratado todos os
dias e o tinha como livro de cabeceira, sabendo de cor várias partes desse
precioso livrinho.Ele deveria saber que este mesmo Papa escreveu duas cartas à
família monfortana onde ele exalta essa Consagração, a Santa Escravidão de Amor
para com Nossa Senhora, e recomenda a todos os fiéis, justamente por saber e
por ter ele mesmo experimentado seus maravilhosos efeitos. Esse seminarista que
ignora as coisas mais elementares da vida espiritual, talvez com o tempo estude
mais a Bíblia e passe a interpretá-la melhor, à luz do Sagrado Magistério, para
assim saber, por exemplo, que na Bíblia a palavra ‘servo’ equivale a escravo,
pois naquela época não havia distinção entre uma coisa e outra. Assim é comum em suas cartas os apóstolos
se apresentarem como servos, ou seja, como escravos do Senhor, ou ainda, para
eles era uma honra pertencer a Jesus, ser uma propriedade de Deus. Jesus nos
trata como filhos e irmãos, mas nós pertencemos a Ele, somos suas propriedades,
por Ele criados e resgatados pelo seu Preciosíssimo Sangue. Ademais, a Bíblia
nos diz que Jesus e Maria se fizeram Escravos por amor de nós (Filipenses
2,7;Lucas 2,51).É portanto, muito adequado que nos façamos escravos por
amor também, a Eles. É caríssimo… O citado seminarista se quiser ser um bom
sacerdote necessitará estudar um pouco melhor a fé e a espiritualidade
católica. Tudo quanto ele falou apenas evidenciou a monumental ignorância que o
mesmo possui em relação a essa Total Consagração e sua relação com a fé
católica. Sei que esse desconhecimento se estende a muitos outros seminaristas,
sacerdotes e mesmo muitos bispos, que pensam ter o direto de condenar ou
desaprovar o que a Santa Igreja já aprovou e recomendou. Esse espírito
contrário à devoção e a piedade por boa parte do clero, evidencia o estado de
doença espiritual no qual se encontra o mundo e boa parte dos membros da Igreja
de Deus. Quanto a você só lhe recordo
que as correntes não são obrigatórias, aliás, como nenhuma prática externa da
Total Consagração, mas, como diz São Luís de Montfort, são vivamente
recomendadas...Que Deus siga te abençoando, mas pense bem se vale a pena
entrar em um seminário onde a doutrina da Igreja não é bem aceita ou bem
ensinada. Que Deus mesmo, te providencie um seminário onde você possa aprender a
Sã doutrina católica e vivenciar uma boa espiritualidade. A Igreja e o mundo
necessitam de padres santos, que tenham coragem de amar a Deus e as pessoas a
ponto de serem verdadeiros com elas; e de lhes proporcionar a graça de Deus
para conduzi-las ao céu.Em nossos dias, em que a apostasia se alastrou e
atingiu parte significativa das lideranças da Igreja, é muito comum encontrar
padres e até mesmo bispos que se opõe às mais santas práticas consagradas e
recomendadas pela Santa Igreja.”
Pe. Rodrigo Maria
A
pretexto de uma interpretação "atualizada” da fé, muitos acabam por desprezar e
mesmo combater à Santa piedade, que posteriormente descamba para o secularismo
ateísta!
Transformando a
Igreja em uma mera ONG. Entre as coisas santas contra as
quais alguns se insurgem está a Total consagração à Santíssima Virgem ou Santa
Escravidão de Amor. Muitos ignoram solenemente o fato que esta consagração foi
e é sumamente aprovada, louvada e indulgenciada pela Santa Igreja na sua mais
alta instância, ou seja, por vários Papas, de modo que um padre ou bispo, ou
qualquer outra liderança que se pretenda católica, não pode se opor a essa
santa prática sem jogar por terra os fundamentos mesmos de nossa fé. A Santa Escravidão de Amor é
radicada na renovação dos votos batismais, o que faz com possua uma atualidade
pastoral perene, uma vez que toda a vida cristã
consiste em viver o batismo, no esforço para repetirmos em nossa vida a
doutrina e o exemplo da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Santa Escravidão
não é ”moda”, nem sai sai de ”moda”…é atualíssima e muito útil para nos ajudar
a perseverar e crescer na graça de Deus.Fazer ou não esta consagração é uma decisão pessoal do fiel e não
depende da autorização ou aprovação de nenhuma autoridade local, sejam bispos,
sacerdotes ou coordenadores de grupos, pois a mesma já foi aprovada e
recomendada pela Igreja aos seus fiéis como modo de renovação batismal e crescimento
espiritual.
O maior interessado em que essa consagração não seja conhecida,
nem vivida, é satanás, por isso ele, junto com todo o inferno, quis destruir o
Tratado e o escondeu por 130 anos!
Ao contrário, Jesus lá na Cruz nos consagrou à sua Mãe
Santíssima quando lhe disse: "Mulher
eis aí o seu filho (João 19,26-27), foi Ele também quem disse a João que não
era filho de Maria: Filho eís aí a tua
Mãe”. Também em Fátima, Nossa Senhora disse: "Meu Filho quer
estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”, a qual consiste nesta
consagração de abandono e entrega como explicou a Ir. Lúcia de Fátima. Jesus quer expressamente que nos
consagremos…mas o diabo não quer esta consagração. A quem iremos obedecer? De
que lado estão as lideranças que combatem esta consagração?
Seguem
as diversas aprovações e recomendações de numerosos Papas:
1- Clemente VIII (1592-1605) – Confere grande indulgência a Confraria dos Escravos de
Maria, estabelecida nos conventos religiosos do Hospital de Caridade, no Bairro
São Germano, em Paris, assim como aos que trazem consigo e recitam a Coroinha
de Nossa Senhora.
2- Gregório XV (1621-1623)
– Confere indulgências aos Escravos de Nossa Senhora.
3- Urbano VIII (1623-1644)
– Este Soberano Pontífice, consultado sobre as práticas exteriores da Santa
Escravidão de Amor, especialmente sobre o uso das correntes, aprovou de modo
elogioso tão louvável fervor, escrevendo a Bula ‘’Cum sicut accepimus’’(de
20 de julho de 1631), onde concede grande número de indulgências aos escravos
de Maria.
4- Alexandre VII (1655-1667) – Expediu uma bula, a 23 de junho de 1658, na qual, por
motivo da organização da “Sociedade da Escravidão Mariana’’ em Marselha, no
Convento dos Padres Agostinianos de Provença, acrescenta muitas outras
consideráveis indulgências àquelas já concedidas po Urbano VIII aos escravos da
Santíssima Virgem.
5-
Pio IX (1846-1878) – É sob seu pontificado que, a 12 de maio de 1853, se
promulga em Roma o decreto que declara que os escritos do Padre Luís Maria
Grignion de Montfort eram isentos de todo erro, que pudesse obstar-lhe a
beatificação.
6- Leão XIII (1878-1904)
– Beatificou o Padre de Montfort e morreu renovando sua Total Consagração a
nossa Senhora e invocando o nome do então Beato Luís Maria de Montfort.
7- São Pio X (1904-1914)
– Tinha uma singular estima à Total Consagração, e especialmente ao Tratado da
Verdadeira Devoção. Quando pensou em compor a encíclica comemorativa do Jubileu
da Imaculada Conceição, disse ter lido muitas vezes o Tratado escrito por
Montfort. Releu-o tantas vezes, que chegou a reproduzir o pensamento, e não
raro, as expressões utilizadas pelo santo missionário. Ao responder ao pedido
do Procurador Geral dos Padres Monfortinos para que abençoasse seu apostolado
de difusão da Total Consagração à Santíssima Virgem, o Santo Papa disse: ‘’Acendendo ao vosso pedido, recomendamos
vivamente o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, tão
admiravelmente escrito belo Beato de Montfort; e a quantos lerem este Tratado
concedemos, de todo coração, a benção apostólica’’. Sob o pontificado
deste grande Papa a Santa Escravidão foi definitivamente organizada em
associação, tanto para os sacerdotes, como para os fiéis. A Arquiconfraria de
Nossa Senhora, cujo fim é a prática da Santa Escravidão foi ereta canonicamente
pelo Papa São Pio X a 28 de abril de 1913. São Pio X foi o primeiro a se inscrever na
confraria dos padres escravos de Nossa Senhora, seu nome figura como o primeiro
da lista.
8- Bento XV (1914-1922)
– Em carta a família Monfortiana escreveu: ‘’O Tratado da Verdadeira Devoção
é um livro pequeno em tamanho, mas de uma grande autoridade e de uma grande
unção. Possa ele espalhar-se mais e mais, e avivar o espírito cristão em um
grande número de almas”.
9-
Pio XII (1939-1958) – Canonizou São Luís de Montfort em 1947 e tinha uma grande
relíquia desse santo em sua capela particular.
10- São João Paulo II (1978-2005) – Fez sua Total Consagração quando ainda era seminarista. Foi um
grande devoto de São Luís Maria G. de Montfort a quem chamava de mestre da vida
espiritual. Foi um dos maiores apóstolos da Santa Escravidão Mariana em
nossos tempos, ao ponto de fazer da Total Consagração o lema de seu
pontificado. Seu ‘’Totus tuus’’, correu o mundo e deu testemunho de sua grande
estima a esta grande espiritualidade. Escreveu a família Monfortiana dizendo que: ‘’não se deve deixar escondida’’ esta
consagração.
11- Bento XVI (2005-2013)
– Durante seu pontificado foi convocado o ano sacerdotal (2009-2010) em
cujo encerramento foi distribuído para todos os sacerdotes presentes na Praça
da Basílica de São Pedro, uma cópia do “Segredo
de Maria’’, uma espécie de resumo do Tratado da Verdadeira Devoção,
escrito também por São Luís de Montfort.
2)-
O segundo método mais conhecido de Consagração Mariana é o do Padre Kentenich:
Um Padre Alemão e fundador do Movimento Apostólico de Schoenstatt,
criou a Aliança de
Amor com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt,
modo onde a ‘troca de corações’ é a meta. Em 18 de outubro de 2014, o
Movimento Apostólico de Schoenstatt celebra o jubileu de 100 anos de fundação,
da Aliança de Amor com Maria. Esta começou em 1914, com Padre José Kentenich
(1885-1968) e um grupo de jovens seminaristas, que selaram a Aliança de Amor
com a Virgem Maria, Mãe de Deus, em uma pequena capela no bairro de
Schoenstatt, na cidade de Vallendar, na Alemanha, durante a Primeira Guerra
Mundial. O Santuário Original, como é conhecida esta primeira capela, tornou-se
um novo lugar de peregrinação. Atualmente, pessoas de todas as partes do mundo
visitam o Santuário. Além disso, Schoenstatt tornou-se um centro de irradiação
da Aliança de Amor com Maria para todo o mundo. Atualmente, existem mais de 200
réplicas do Santuário Original, em torno dos quais cresce o Movimento
Apostólico. Membros de mais de 100 países se prepararam durantes os três
últimos anos para viver este momento de graça para o Movimento. O jubileu de
100 anos é celebração, ação de graças, por uma história ricamente abençoada. Milhares
de membros celebram esta Aliança de Amor com Maria, em Schoenstatt e em várias
outras localidades dos cinco continentes do mundo. A essência da
espiritualidade do Movimento Apostólico é a Aliança de Amor que os membros
selam com a Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. “Essa
Aliança é um meio eficaz para a vivência mais consciente da Nova e Eterna
Aliança, na qual somos inseridos pelo Batismo.” A
Aliança de Amor com Maria é a forma original com a qual os membros do Movimento
de Schoenstatt vivem a sua aliança batismal. Por meio dela, crescem numa
profunda fé na providência de Deus e aproveitam as pequenas coisas do dia-a-dia
como caminho de santidade. “Nela se expressa e se garante nossa aliança com a
Santíssima Trindade. É a ‘fonte de vitalidade e o centro da espiritualidade de
Schoenstatt’, o coração de Schoenstatt”.O amor a
Virgem Maria, expresso nesta Aliança de Amor, transforma-se no meio mais rápido
e seguro de viver em contato vivo e permanente com o Deus. Através da Aliança
de Amor, os membros do Movimento tornam-se Família. Pois, todos os que selam
esta Aliança sentem-se filhos de Maria e irmãos entre si. A Aliança de Amor é,
para a Família de Schoenstatt, a essência e o centro de sua vida. Esta
realidade foi lembrada pelos representantes da Família de Schoenstatt, na
recente Conferência de 2014: “Com grande alegria e gratidão nos renovamos na
consciência de que a essência do ser de nossa Família é a Aliança de Amor com
Maria. Este ato de fé silenciosa do Pe. Kentenich e de um pequeno grupo de
congregados […] segue vivo em nós com toda a sua força original”. Em todas as
partes do mundo, o que move e inspira as ações dos membros de Schoenstatt, a
fonte da fecundidade e a forma concreta de viver o seguimento a Cristo, é a
profunda fé na realidade da Aliança de Amor com Maria. “Desta Aliança de Amor
vivida em profundidade nasce também uma forte consciência de missão; conduz os
que a selaram a se converterem em eficazes instrumentos nas mãos de Maria,
colaborando com Ela na renovação religiosa e moral do mundo. Por meio desta
Aliança de Amor, Schoenstatt realiza seu compromisso de construir a história em
dependência e contato filial, livre e total com Cristo, o Senhor da história,
através de Maria, sua Colaboradora permanente. Assim,
como Igreja, membros do Movimento Apostólico ou não, somos chamados a nos
alegrar e celebrar o jubileu de 100 anos da Aliança de Amor com Maria, Mãe,
Rainha e Vencedora Três Vezes Admirável de Schoenstatt. Esta linda Aliança de
Amor é o modo dos membros do Movimento de Schoenstatt viverem as promessas do
Batismo. A Aliança de Amor é também o vínculo que os une e a essência do ser da
grande Família de Schoenstatt. A vivência da Aliança de Amor em profundidade conduz
os membros da Família de Schoenstatt a serem instrumentos de Jesus e de Maria
na renovação religiosa e moral do mundo.
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"Maria gerou a Pessoa de Deus. Eis aí o grande mistério, ela gera o Filho." A pessoa do Filho o Verbo, é eterna. Maria não gerou a pessoa do Filho, mas gerou um homem que unisu-se desde o primeiro instante de sua existencia à Pessoa eterna do Filho, ou seja, em Jesus não há pessoa, embora tenha havido alma humana a pessoa que resultaria dessa uniao foi suprimnida pela pessoa eterna do Filho. De modo que uma pessao eterna ao assumir a natrueza humana admitiu ter uma mãe segunda a natureza que assumiu, pois toda mãe é mãe da pessoa e não paenas do corpo ou da alma; Maria é maẽ da pessao eterna do filho embora não a tenha gerado assim ocmo nossos pais não criam nossas almas mas geram nosso corpo que unido a nossa lam forma uma pessoa e nossa mãe dá a luz a pessoa completa.
Justo e necessário lembrar daquela consagração feita na Congregação Mariana, associação da qual o próprio São Luis Maria G. Monfort fez parte.
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