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Por que nem sempre é fácil discernir e realizar a vontade de Deus?

Written By Beraká - o blog da família on quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013 | 16:14




A vontade de Deus


“Venha o Teu Reino, seja feita a Vossa vontade na terra como no céu.” (Mt 6,10)

Jesus disse aos Apóstolos no Sermão da Montanha: “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus, mas o que faz a vontade de meu Pai, esse entrará no reino dos céus”. (Mt 7,21)

Fazer a vontade de Deus, dizia Santo Afonso de Ligório (†1787) é “fazer o que Deus quer e querer o que Deus faz”.

Fazer o que Deus quer é algo objetivo:

Obedecer às leis de Deus, os Seus Mandamentos e viver a doutrina ensinada pela Igreja em termos de fé e de moral; querer o que Deus faz, é aceitar com resignação e fé tudo o que Deus permitir que aconteça conosco, sem revolta e murmuração. Sem dúvida, dizia o Santo, este é o caminho da santidade.



Mas, por que, nem sempre é fácil discernir e realizar a vontade de Deus?


Porque o pecado entrou no mundo e desorganizou o plano de Deus. Ele criou o melhor dos mundos possíveis. “Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31) mas, os pecados de Lúcifer e de Adão estragaram a obra do Criador. Para os homens, Deus prometeu como Redentor seu próprio Filho que veio a esta terra para destruir com sua pregação e com a sua morte o projeto do maligno.


Deus nos deu uma alternativa para a salvação; para voltarmos ao seu convívio:


Arrepender-se e acatar a redenção oferecida em Cristo, praticando tudo que Ele ensinou, fazendo a sua santa vontade. Isto exige aderir totalmente a Deus, com toda a alma, com todas as forças, com todo o coração, com toda a vida. O profeta diz que Deus não se compraz em holocaustos e sacrifícios, mas sim na obediência total à sua vontade:


“Samuel replicou-lhe: Acaso o Senhor se compraz tanto nos holocaustos e sacrifícios como na obediência à sua voz? A obediência é melhor que o sacrifício e a submissão valem mais que a gordura dos carneiros. A rebelião é tão culpável quanto à superstição; a desobediência é como o pecado de idolatria. Pois que rejeitaste a palavra do Senhor, também ele te rejeita e te despoja da realeza!” (1 Sm 15,22-23).


No Antigo Testamento, os israelitas descarregavam seus pecados e suas desobediências sobre o “bode expiatório” que era levado ao deserto:“Imporá as duas mãos sobre a sua cabeça, e confessará sobre ele todas as iniquidades dos israelitas, todas as suas desobediências, todos os seus pecados. Pô-los-á sobre a cabeça do bode e o enviará ao deserto pelas mãos de um homem encarregado disso.” (Lv 16,21) A obediência é a resposta livre dada a Deus; no ser e no fazer cotidiano é que mostramos a submissão ao que o Senhor deseja. Isso significa a “imolação da vontade própria” para aderir ao que Deus quer.

Por isso, é importante pelo dom do discernimento, entender e fazer a vontade de Deus.


Jesus é o caminho desta conduta diária;
Ele nos deixou com sua vida e suas palavras o exemplo de como fazer a vontade de Deus. Ele sabia que por causa de sua fidelidade ao Pai, seria um dia crucificado; mas não deixou de cumpri-la:


Lucas 14, 227-32: “E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Porquanto, qual de vós, desejando construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o custo do empreendimento, e avalia se tem os recursos necessários para edificá-la?  Para não acontecer que, havendo providenciado os alicerces, mas não podendo concluir a obra, todas as pessoas que a contemplarem inacabada zombem dele, proclamando: ‘Este homem começou grande construção, mas não foi capaz de terminá-la!’  Ou ainda, qual é o rei que, pretendendo partir para guerrear contra outro rei, não se assenta primeiro para analisar se com dez mil soldados poderá vencer aquele que vem enfrentá-lo com vinte mil? Se chegar à conclusão de que não poderá vencer, enviará uma delegação, estando o inimigo ainda longe, e solicitará suas condições de paz...”


Somos servos e fazemos a vontade daquele a quem obedecemos e nos conquistou:


“Não sabeis que, quando vos ofereceis a alguém para lhe obedecer, sois escravos daquele a quem obedeceis, quer seja do pecado para a morte, quer da obediência para a justiça?” (Rm 6,16)


O cristão precisa aprender o que significa renúncia, não se revoltar contra as provações que, na sua sabedoria, Deus sabe serem necessárias para purificar a nossa alma.

O Evangelho é uma escola de mortificação, ensina a “tomar a cruz a cada dia” e seguir Jesus.






Santificados na vontade de Deus



Aqueles que já chegaram à perfeição da santidade nos ensinam que o caminho é  “fazer a vontade de Deus”. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade. É impressionante observar o zelo que Ele tinha em cumprir a vontade do Pai. A própria Encarnação foi a maneira que Jesus encontrou para, como Homem, fazer perfeitamente a vontade de Deus, que Adão não quis fazer.


A Carta aos hebreus nos diz que Ele pediu ao Pai “um corpo”:

“Ao entrar no mundo, Cristo diz: Não quiseste sacrifício nem oblação, mas me formaste um corpo. Holocaustos e sacrifícios pelo pecado não te agradam. Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,5-9).

E o escritor sagrado completa de maneira perfeita dizendo:


“Foi em virtude desta vontade de Deus que temos sido santificados uma vez para sempre, pela oblação do corpo de Cristo” (Hb 10,10).

Da mesma forma, cada um de nós, quanto mais e melhor cumprir a vontade de Deus, mais nos santificará.

São João da Cruz, doutor da Igreja, disse:


“Mesmo que realizes muitas coisas, não progredirás na perfeição, se não aprenderes a negar a tua vontade e sujeitar”te, deixando a preocupação de ti próprio e das tuas coisas”.


A primeira coisa que temos de compreender, e aceitar na fé, é que a vontade de Deus nem sempre, ou quase sempre, não coincide com a nossa.


E aí está o primeiro passo de santificação:

A nossa humilhação própria diante de Deus, abdicando do que nós queremos, para fazer o que Deus quer. É o que São Paulo chamava de “a obediência da fé” (Rom 1,5), sem o que é “impossível agradar a Deus” (Hb 11,6), já que o “justo vive pela fé” (Hab 2,4; Rom 1,17).


Nada agrada mais a Deus do que trocarmos, consciente e livremente, a nossa vontade pela d ‘Ele. Quando damos esse passo, na fé, Ele substitui a nossa miséria pelo seu poder infinito. Portanto, é preciso a cada dia, a cada passo, em cada acontecimento da vida, ir fazendo esse exercício contínuo de aceitar a vontade do Senhor, que sabe o que faz.


São Bernardo disse:

“Se os homens fizessem guerra à vontade própria, ninguém se condenaria”.

Este é o segredo para se abandonar aos desígnios de Deus: ele é Pai, ele nos ama, ele quer só o nosso bem, por mais adversas e incompreensíveis que sejam a situação que vivemos. Ele está no leme do barco da nossa vida.

É preciso confiar!


Certa vez um garotinho ia viajando em um trem que estava vazio. Ao chegar à estação, o chefe desta achou estranho aquele menino viajando sozinho no trem, e o interpelou: “Menino, o que você está fazendo aí sozinho neste trem? Para onde você vai, neste trem? ” Ao que o menino respondeu: “Eu gosto muito de andar de trem, e estou viajando neste trem.” Então o chefe da estação lhe ordenou que deixasse de imediato aquele trem e voltasse para a sua casa. Tranquilo, e sem manifestar qualquer preocupação, o garoto lhe respondeu: 


“Moço, o senhor pode ficar tranquilo, o maquinista deste trem é o meu pai.”

Deus é o maquinista do trem da nossa vida, por isso não precisamos nos preocupar com a nossa sorte. A sua santa vontade é a melhor para a nossa vida, podemos ter certeza disso. Nunca duvidar desta verdade é sinal de muita fé e coerência cristã.


O profeta de Deus Isaías disse:

“Meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor, mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos” (Is 55, 8-9).


A lógica de Deus é diferente da nossa:

Ele vê todas as coisas, perfeitamente, enquanto a nossa visão é míope e limitada. É como se olhássemos a vida como um belo tapete persa, só que pelo lado do avesso. Não podemos duvidar de que a vontade de Deus para nós “é a melhor possível”, mesmo que nos seja incompreensível no momento.

Santo Agostinho dizia que 

Deus “permite o mal para evitar um mal ainda maior”.


E Santo Afonso de Ligório, doutor da Igreja, resumia tudo dizendo:

“Fazer o que Deus quer, e querer o que Deus faz”


Ninguém chegará à santidade se não amar a vontade de Deus e se não glorificá”la. É o que levava São Paulo a ensinar:

“Em todas as circunstâncias dai graças, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus” (1 Tes 5,18). O Apóstolo insistia muito nisso; dar graças a Deus em tudo é o que alegra ao Senhor sobremaneira, pois é o melhor testemunho de fé que lhe damos. Esta atitude consciente elimina a tristeza da nossa vida, arranca do nosso coração o mau humor, a impaciência, a grosseria com os outros, etc. É nessa perspectiva que S. Paulo dizia: “Ficai sempre alegres, orai sem cessar”. Por tudo dar graças..(1 Tess 5,16).


Não seremos felizes de verdade e não teremos paz duradoura, sustentada, enquanto não nos rendermos à santa e perfeita vontade de Deus.


Ela nos traz a paz de Cristo, como o Apóstolo explica tão bem aos filipenses:


“Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito: alegrai-vos!… O Senhor está próximo! Não vos inquieteis com nada; mas apresentai a Deus todas as vossas necessidades pela oração e pela súplica, em ação de graças. Então a paz de Deus, que excede toda a compreensão, guardará os vossos corações e pensamentos em Cristo Jesus” (Fil. 4, 4″7).

O santo vive na paz e na perene alegria, embora caminhando sobre brasas muitas vezes. São João Bosco dizia que “um santo triste é um triste santo”, e o seu discípulo, São Domingos Sávio, dizia que a santidade consiste em “cumprir bem o próprio dever e ser alegre”. Essa alegria, muitas vezes inexplicável para nós, é sustentada no abandono nas mãos de Deus, como a fé do salmista que exclamava:


“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sl 22,1).


“Se meu pai e minha mãe me abandonarem, Deus me acolherá” (Sl 26,10).


São Paulo, que sabia dizer muitas coisas com poucas palavras, perguntava:

“Se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rom 8,31). E o Apóstolo explicava a razão dessa esperança: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho (…) como não nos dará com Ele todas as coisas”? (8,32).

“Tudo possa naquele que me fortalece” (Fl 4,13).


É nessa mesma fé e esperança que o santo vive; a cada instante repetindo para si mesmo aquela palavra do Senhor:

“Não vos preocupeis por vossa vida … Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? … São os pagãos que se preocupam com tudo isso. Ora, vosso Pai celeste sabe que necessitais de tudo isso” (Mt 6,25-32).


Em seguida Jesus ensina o que é essencial:

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua Justiça” (6,33), isto é, fazer a vontade de Deus. Nisto se resumia a vida de Jesus. Muitas vezes ele falou sobre isso aos discípulos: “Desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade d’Aquele que me enviou” (Jo 6,38).

Ainda criança, aos 12 anos apenas, Ele já demonstrava o seu zelo em servir o Pai. Quando a Virgem Maria lhe perguntou, no Templo: 


“Meu filho que nos fizestes?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura cheios de aflição” (Lc 2,48), Ele respondeu”lhes:“Porque me procuráveis? Não sabeis que devo ocupar-me das coisas do meu Pai?” Era o que importava para Jesus, “as coisas do meu Pai”. Chegou ao ponto de perder”se dos pais terrenos por causa do Reino do Pai.


Quando na Samaria, na hora do almoço, na ocasião do encontro com a samaritana no poço de Jacó, os discípulos lhe disseram: “Mestre, come”, Ele respondeu-lhes:


“Tenho um alimento para comer que vós não conheceis (…) Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e cumprir a sua obra” (Jo 4,31-34). 

Este há de ser também “o alimento” daquele que aspira a santidade, fazer a vontade do Pai.


Em outra ocasião Jesus disse aos discípulos:

“… Não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 5,30). E mais: “O mundo deve saber que amo o Pai e procedo como o Pai me ordenou” (Jo 14,31). E constantemente relembrava aos seus discípulos isso: “Pois o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos” (Mc 10,45).

A total disponibilidade de si mesmo para cumprir perfeitamente o desejo do Pai, fazia-o esquecer-se completamente de Si. Àquele homem que quis segui-lo, Ele disse:

 “As raposas têm as tocas, e as aves do céu, ninho; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8,20)

Isto é, não tem tempo para si mesmo, mas apenas para o Pai.

Quando lhe disseram que a sua mãe, os seus irmãos e irmãs o procuravam, Ele respondeu:


“Quem é minha mãe e meus irmãos? (…) Quem fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3,35). Vê-se, com clareza, que tudo para Jesus se resumia em cumprir a vontade do Pai. Não foram poucos os exemplos que nos deixou sobre isso.


No Sermão da Montanha, Ele foi claro:

“Nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mt 7,21). 


E Jesus diz que a esses, mesmos que tenham profetizado em seu nome, expulsado demônios e feitos muitos milagres, mesmo assim Ele lhes diria: 


“Apartai-vos de mim, operários maus” (7,22-23); isto é, fazendo todas estas coisas santas, não levastes uma vida irrepreensível, não fizestes a vontade de Deus.

Sobretudo é na hora da sua sagrada Paixão que Jesus cumpre perfeitamente a vontade do Pai: 


“Pai, se é de teu agrado, afasta de mim esse cálice” ! Não se faça todavia, a minha vontade, mas sim a tua! (Lc 22,42).

“Não se faça o que eu quero, mas sim o que tu queres”(Mt 26,39).


“Se não é possível que este cálice passe sem que eu o beba, faça-se a tua vontade!” (Mt 26-42). 

E Jesus bebeu aquele cálice até a última gota, para cumprir perfeitamente a vontade do Pai e salvar cada um de nós. Do alto da cruz Ele pôde dizer ao Pai, antes de entregar-lhe o espírito: 

“Consumatum est!” (Jo 19,30). Tudo está consumado ! Cumpri Pai, perfeitamente a tua santa vontade. Só então, “inclinou a cabeça e rendeu o espírito”.


Tudo pela Vontade do Pai!

Quando ensinou os discípulos a rezarem, entre os sete pedidos do Pai-Nosso colocou este: “Seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu” (Mt 6,10). A vontade do Pai deve ser perfeitamente realizada na terra como é no céu. Quando isto acontecer, então o Reino dos céus estará na terra plenamente. Com a sua vida e o seu exemplo o Senhor deixou claro o eixo principal da santificação: cumprir a vontade de Deus.

Os santos aprenderam essa lição muito bem, e a viveram. Santo Afonso de Ligório dizia que:

“Se estivermos unidos à vontade divina em todas as tribulações, é certo, vamos nos tornar santos e seremos os mais felizes do mundo”. 

E aconselhava: 

“Não se preocupe em fazer muitas coisas, mas procura realizar perfeitamente aquilo que ache ser a vontade de Deus”.


E quando definia o que era a santidade, afirmava:

“A santidade consiste: primeiro, numa verdadeira renúncia de si mesmo; segundo, numa total mortificação das próprias paixões; terceiro, numa perfeita conformidade com a vontade de Deus!”.

E não se cansava de ensinar aos seus filhos:


“As almas fortes e desejosas de pertencer só a Deus não lhe pedem senão luz para discernir a sua vontade e força para a cumprir perfeitamente”. 

Para o Santo doutor era certo que: 

“Agrada mais a Deus a imolação que fazemos de nossa vontade, sujeitando”a à obediência, do que todos os outros sacrifícios que possamos lhe oferecer”.


Para cumprir bem a vontade de Deus é preciso duas coisas: primeiro, viver os seus mandamentos; segundo, aceitar os acontecimentos da vida, com fé e sadia resignação.

Na última Ceia Jesus disse a seus apóstolos:

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Quem não luta para guardar os mandamentos de Deus, não ama a Deus e não pode chegar à santidade. Os mandamentos são exatamente o caminho da conduta moral que nos leva à perfeição querida por Deus. Infelizmente, em nossos dias, os homens querem fazer a própria moral e não mais viver a moral que Deus nos deu. Que loucura! Fazer a vontade de Deus é obedecer e fazer o que manda a Igreja, que Jesus deixou como nossa Mãe e Mestra nesta vida. Ele deixou claro para os seus Apóstolos: “Quem vos ouve, a Mim ouve. Quem vos rejeita a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita aquele que Me enviou” (Lc 10,16). Desobedecer a Igreja e os seus ensinamentos, é o mesmo que desobedecer a Jesus, e não cumprir a vontade de Deus.

São Francisco de Sales resume tudo quando diz:

 “Não penseis já ter chegado à perfeição que deveis possuir enquanto vossa vontade não estiver completamente, mesmo nas coisas mais difíceis, submissa alegremente à vontade de Deus”. 


E ele ensina que o caminho mais seguro para se cumprir a vontade de Deus é a humilde obediência.O que nos faz sofrer nesta vida é o apego à nossa vontade. Sofremos quando não conseguimos realiza-la. São Bernardo disse que: 

“Quando se vê uma pessoa perturbada, a causa da preocupação não é outra coisa senão a incapacidade de realizar a própria vontade”.


Quem repousa na vontade de Deus é como aquele que repousa sobre as nuvens, está livre das tempestades e turbulências.

Certa vez o abade de um mosteiro quis saber de um monge de vida muito simples, sem grandes penitências, como ele operava tantos milagres, que deixava a todos surpresos. O santo monge respondeu: 


“Sou o mais imperfeito dos meus irmãos e só procuro fazer uma coisa: conformar-me em tudo com a vontade de Deus”.


O segredo da santidade do monge estava em aceitar, com heroísmo, em tudo, a santa vontade de Deus.


Prof. Felipe Aquino





CONCLUSÃO:


O Cântico do Irmão Sol de São Francisco, nos mostra também, um belo exemplo de uma pessoa determinada em fazer a vontade do pai com a analogia da irmã agua, pois seu objetivo é chegar ao mar. É a mais bela oração depois dos Salmos, e o início da poesia italiana. O que nos chama a atenção de modo especial é a estrofe onde se encontra o louvor a Deus pela Irmã Água. Quanto lirismo, respeito e afeto pelo exemplo que a água nos dar:

 

“Louvado sejas, meu Senhor Pela irmã Água, que é mui útil e humilde, preciosa e casta”

 

Sim, a água é muito humilde, pois no seu objetivo de chegar ao mar, não procura discutir e se elevar acima dos obstáculos, mas contorna-os procurando os lugares mais baixos.




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Anônimo
13 de fevereiro de 2013 às 17:19

Este é o segredo para se abandonar aos desígnios de Deus: ele é Pai, ele nos ama, ele quer só o nosso bem, por mais adversas e incompreensíveis que sejam a situação que vivemos. Ele está no leme do barco da nossa vida.

Essas palavras...É o que me conforta muito...Te amo Painho!!! eternamente!!

Anônimo
14 de fevereiro de 2013 às 12:02

Que painho não fica todo dengoso com uma filha como esta ?

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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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