Verdade seja dita: “O Iluminismo em nome da DEUSA RAZÃO, cometeu as maiores IRRACIONALIDADES da História” - Comprovando que podemos sim, usar a Razão tanto para o bem como para o mal, para justificar ações boas, ou más, neste caso fazemos dela verdadeiramente uma prostituta, usando-a de forma utilitarista, agindo em causa própria. Em nome da razão se fazem as guerras, se justificam atitudes imorais, pela razão tranqüilizamos nossas consciências diante dos erros e das injustiças: “Não tenho nada haver com isto, não é problema meu, a culpa não é minha...etc.”
(toda verdade imposta torna-se tirania)
De acordo com Santo Tomás de Aquino: "a filosofia é a ciência do ser, em si mesmo e das primeiras causas, à luz da razão natural". É uma verdadeira ciência universal, pois, em seus princípios, se fundam todas as outras ciências, ditas particulares: a física, a biologia, a química, etc. Esses princípios são o da causalidade, o da não-contradição, o da inteligibilidade, etc. Como ciência de base mais larga e mais sólida, pode apontar às outras ciências, como errado, o que nelas contradiga as suas próprias conclusões. A maioria dos protestantes rejeita a teologia natural ou teodicéia. Na verdade, mesmo os católicos de hoje ignoram que existem verdades de fé que são também acessíveis à razão, como a existência de Deus e sua imutabilidade, e também a imortalidade da alma. Infelizmente, Lutero defendeu o absurdo de que a razão não pode fazer contribuições à teologia, visto o homem todo ter sido arruinado pelo pecado original. Por isso, o tomismo é tão mal-visto pelos protestantes. Estes últimos, todavia, ignoram que a sua teologia, quando deixa de lado a distinção que existe entre o natural e o sobrenatural, não pode passar de um puro "fideísmo", o qual só pode servir de chacota para os ateus. Muitos calvinistas rejeitam a filosofia do Aquinate e, ao mesmo tempo, recorrem à sua metafísica para defender a predestinação. Isso é uma grave incoerência. A filosofia tomista é "philosophia perenis" (filosofia perene), o que significa que ela não se confunde com os arremedos dessa preciosa ciência que surgiram na era moderna a partir de Descartes. Ela é a única que merece verdadeiramente o nome de "filosofia". E, no lugar que ocupa, de "ciência das ciências", é também um grande instrumento para a compreensão da realidade e serve grandemente à defesa da fé cristã. Lutero dizia que a razão era "a prostituta do diabo". Ele não aceitava a interferência da razão na teologia. Para Lutero, a teologia deveria ser "theologia crucis", devendo se ater à pura exegese bíblica, restringindo, assim, os efeitos da razão, que não poderia chegar ao conhecimento de Deus ou de seus atributos. A "theologia crucis" (“teologia da cruz”), baseada no caminho concreto fixado por Deus em Cristo crucificado – criação, queda e redenção –, estava em oposição ao que Lutero denominou "theologia gloriae" (“teologia da glória”), que propugnava o conhecimento de Deus por sua obra no cosmo, e que seria a teologia escolástica. Na verdade, Lutero foi poderosamente influenciado pelo voluntarismo de Guilherme de Ockham, de forma a conceber que o bem e o mal são tais unicamente porque Deus o quer e determina; o pecado poderia ser uma virtude se Deus o quisesse. Daí a oposição entre a vontade secreta e a vontade revelada, a do "Deus absconditus" que se opõe à do "Deus revelatus". Desenvolveu-se, por essa razão, um pensamento genuinamente calvinista, que, a despeito de ter algumas raízes em Santo Agostinho, Platão e Santo Anselmo, na questão do "Credo ut intelligam", todavia, admitindo que a razão humana não pode manter-se neutra, conclui que ela, de maneira nenhuma, pode afirmar qualquer coisa sobre Deus ou adentrar naquele conteúdo que seria reservado à fé: No que o pensamento calvinista difere da Escolástica, isso se deve justamente pelo fato do pensamento calvinista limitar-se radicalmente a esse esquema proposto de criação, queda e redenção, com total ou parcial exclusão da metafísica. Desta forma, pode-se entender como a expiação ocupa lugar tão proeminente na lógica reformada, lugar que ficou vago pela exclusão da metafísica. O pensamento calvinista, é, no entanto, a despeito de suas raízes agostinianas, assim incoerente, quando recorre à lógica, por dar lugar a paradoxos inevitáveis. É paradoxal, como Gordon Clark, que, neste texto, rejeita a razão, mas não assume o irracionalismo de Kierkegaard: "Ora, a razão continua a ser empregada na teologia, do contrário, ela não poderia manter o mínimo de coerência. A questão é mais uma vez a distinção entre a ordem natural e a ordem sobrenatural, a da ordem da graça e da natureza."De acordo com o tomismo, a graça é um dom que se alia e aperfeiçoa a natureza. Lutero recusou-se a aceitar a concepção católica da graça e ensinou que os poderes naturais do homem eram totalmente incapazes frente ao pecado. Para Lutero, a queda não representou a perda de um dom sobrenatural (acima da natureza), mas a destruição de um elemento essencial da natureza humana.A solução de Lutero é radical, não lógica. No campo da teologia, não há motivo para se absolutizar o pecado dessa forma, o que, de outra forma, tornaria impossível distinguir entre o pecado original e os pecados atuais. A "apologética pressuposicional" dos calvinistas respalda-se, ainda, no ontologismo, isto é, na crença de que a existência de Deus é evidente e de que não existem verdadeiros ateus, pois todos têm o "sensus divinitatis" (cf. CALVINO, Institutas, I, 3, 3).Tal postura, no entanto, não pode ser válida sem instaurar um certo conflito entre fé e razão e, através de negação da teologia natural, fazendo a teologia redundar num puro e verdadeiro fideísmo. A Escritura não ensina em parte alguma que temos um conhecimento inato de Deus. Ela diz que o que de Deus se pode conhecer se conhece através das coisas visíveis (= corpóreas): "sendo percebidos mediante as coisas criadas" (Rm 1,20).
CONCLUSÃO:
(esta é a verdadeira revolução silenciosa: a da Santidade)
Isso significa que podemos conhecer Deus pelos seus feitos (Rom 1,19-22), sem atingir a sua essência, a qual só veremos na outra vida, pois "os justos verão a Deus face a face" (cf. 1Cor 13,12).
REFERÊNCIAS DE CONSULTAS:
www.veritatis.com.br
http://www.monergismo.com/textos/calvinismo/calvinistas_ricardo.htm
http://www.biblicaldefense.org/Research_Center/Apologetics/Presuppositional_Apologetics/gordon_clark.htm
GROSSHANS, Hans-Peter. Fé e
razão segundo Lutero – A luz da razão no crepúsculo do mundo. In: HELMER,
Christine (ed.). Lutero: um teólogo para tempos modernos. Tradução de Geraldo
Korndörfer. São Lepoldo: Sinodal; Faculdades EST, 2013. p. 197-209.
LUTERO, Martinho. Da vontade
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LUTERO, Martinho. Debate
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PICH, R. H. Agostinho e a
descoberta da vontade: primeiro estudo. Veritas, Porto alegre, v. 50, n. 2, p.
175-206, abr./jun. 2005.
VON LOEWENICH, Walther. A
teologia da cruz de Lutero. Tradução de Walter O. Schlupp e Ilson Kayser. São
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BAYER, Oswald. A teologia de
Martim Lutero: uma atualização. Tradução de Nélio Schneider. São Leopoldo:
Sinodal, 2007.
EBELING, Gerhard. O
pensamento de Lutero. Tradução de Helberto Michel. São Leopoldo: Editora
Sinodal, 1988.
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Assim como o cristianismo tomou o lugar das deidades pagãs, a extinção das religiões será um processo inevitável, produzido dela ação do progresso e da mudança. O ateísmo se sobreporá ao cristianismo, e no futuro as versões religio$as se tornarão tão insustentáveis, que só os fanáticos se aglomerarão para ouvir os absurdos religiosos.LH
Prezado Lisandro,
Pior que um religioso fanático é um ateu fanático e sem argumentos como vc.
Ninguém afirma: `Deus não existe' sem antes ter desejado que Ele não exista"- Joseph de Maistre .
1)-O Ateu prefere ficar na condição de ateu porque prefere ficar sempre a margem sem comprometer-se com nada, pois crer exige mudança e conversão. O ateu não quer isto, prefere viver conforme suas próprias convicções mesmo erradas ou equivocadas.
2)-Tanto no Oriente como no Ocidente, é possível entrever um caminho que, ao longo dos séculos, levou a humanidade a encontrar´se progressivamente com a verdade e a confrontar´se com ela. É um caminho que se realizou — nem podia ser de outro modo — no âmbito da autoconsciência pessoal: quanto mais o homem conhece a realidade e o mundo, tanto mais se conhece a si mesmo na sua unicidade, ao mesmo tempo que nele se torna cada vez mais premente a questão do sentido das coisas e da sua própria existência.
3)O que chega a ser objecto do nosso conhecimento, torna´se por isso mesmo parte da nossa vida. A recomendação conhece´te a ti mesmo estava esculpida no dintel do templo de Delfos, para testemunhar uma verdade basilar que deve ser assumida como regra mínima de todo o homem que deseje distinguir´se, no meio da criação inteira, pela sua qualificação de « homem », ou seja, enquanto «conhecedor de si mesmo ».
4)-Aliás, basta um simples olhar pela história antiga para ver com toda a clareza como surgiram simultaneamente, em diversas partes da terra animadas por culturas diferentes, as questões fundamentais que caracterizam o percurso da existência humana: Quem sou eu? Donde venho e para onde vou? Porque existe o mal? O que é que existirá depois desta vida? Estas perguntas encontram´se nos escritos sagrados de Israel, mas aparecem também nos Vedas e no Avestá; achamo´las tanto nos escritos de Confúcio e Lao´Tze, como na pregação de Tirtankara e de Buda; e assomam ainda quer nos poemas de Homero e nas tragédias de Eurípides e Sófocles, quer nos tratados filosóficos de Platão e Aristóteles.
5)-São questões que têm a sua fonte comum naquela exigência de sentido que, desde sempre, urge no coração do homem: da resposta a tais perguntas depende efectivamente a orientação que se imprime à existência.
6)-A Igreja não é alheia, nem pode sê´lo, a este caminho de pesquisa. Desde que recebeu, no Mistério Pascal, o dom da verdade última sobre a vida do homem, ela fez´se peregrina pelas estradas do mundo, para anunciar que Jesus Cristo é « o caminho, a verdade e a vida » (Jo 14, 6). De entre os vários serviços que ela deve oferecer à humanidade, há um cuja responsabilidade lhe cabe de modo absolutamente peculiar: é a diaconia da verdade.
7)-Por um lado, esta missão torna a comunidade crente participante do esforço comum que a humanidade realiza para alcançar a verdade e, por outro, obriga´a a empenhar´se no anúncio das certezas adquiridas, ciente todavia de que cada verdade alcançada é apenas mais uma etapa rumo àquela verdade plena que se há´´de manifestar na última revelação de Deus: « Hoje vemos como por um espelho, de maneira confusa, mas então veremos face a face. Hoje conheço de maneira imperfeita, então conhecerei exactamente » (1 Cor 13, 12).
8)-Resumindo: O problema do ateu é moral, quer ter liberdade ampla, geral e irrestrita, liberdade até para ser amoral, agir sem escrúpulos, a velha tentação de origem: Querer ser deuses e ter o controle em suas mãos...
Shalom !!!
Pelo amor de Deus! Corrija "não tem nada haver" para "Não tem nada a ver".
Prezado Osvaldo
Tem a ver ou tem haver?
A ver e haver são termos homófonos e também são parônimas, ou seja, possuem formas semelhantes porém sentidos diferentes.
Isto não tem nada haver ou a ver com você!
Você já ficou com dúvidas entre qual utilizar?
O problema tem acontecido porque “haver” e “a ver” são parônimas, ou seja, apresentam sentido diferente, mas têm formas semelhantes. Ao passo que são homófonas, pois produzem o mesmo som!
Antes se dizia: Isso não tem nada que ver com você! Contudo, foi-se simplificando ainda mais com a substituição pela preposição “a”. Incorporamos o modo francês de se falar, o que parece ser um caso de eufonia, a fim de tornar o som mais agradável, mais facilitado.
Por isso, quando quiser dizer que algo não tem relação a outro, use “a ver”.
O verbo “haver” surge quando alguém precisa receber dinheiro de alguém ou recuperar algo que perdeu: Preciso haver meu dinheiro.
Use “ter a haver” no sentido de “ter a receber”.
Compare: Ana tem tudo a ver com as coisas que aconteceram. (As coisas que aconteceram têm relação com Ana).
Ana não tem nada a haver. (Ana não tem nada para receber de ninguém).
Aqui tem sentido de nada a dever, portanto está correto. Recado final, não se preocupe com a forma, mas com o conteúdo, Em virtude de muitos afazeres ficamos sem tempo para as correções. Se tiver aqui para encontrar erros vai encontrar muitos, não é este nosso objetivo principal.
Shalom !!!
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