Por que "não devemos julgar nada e a ninguém precipitadamente?"

1 Samuel 16, 7: "...Deus não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Deus vê o coração"

Gostaria de compartilhar com vocês dois exemplos práticos de "julgamentos precipitados que podem acontecer com qualquer um de nós" (inclusive com este que vos escreve, pois não sou melhor que ninguem).

-O primeiro deles, foi relatado em uma das pregações de nosso querido e saudoso padre Léo na Canção Nova. Contava o padre que uma pessoa em visita na casa de uma outra muito amiga, deparou-se  com um foto sobre um criado mudo de um vaqueiro com uma jovem enlaçada, numa posição e situação extremamente  desconfortável, vexatória, e humilhante. De imediado, perguntou ao dono da casa, com o qual gozava de intimidade para tal pergunta um pouco indiscreta: "mas que foto desagradável é essa para se colocar aqui em destaque?" -  E o dono da casa muito camalmente, e com um olhar de gratidão, para a foto, começou a relatar o registro fotográfico, que na verdade foi retirado de um vídeo que estava sendo gravado na ocasião. Ele disse que era um fim de semana, todos muitos felizes na parte de trás da casa de campo, estavam a fazer um churrasco com vários familiares e um deles estava gravando. De repente,  ouviu-se um estampido de fogos de artifício, soltado por alguma das crianças que estava ali, pois era período de festas Joaninas. Assustado com o estampido, o cachorrinho de sua neta saiu correndo em disparada para o fundo do campo, onde tinha um barranco muito profundo, e a neta saiu correndo atrás para pegá-lo, como ela não percebia o risco que corria, um dos vaqueiros do dono da casa, estava a cavalo e correu atrás da neta do seu patrão, percebendo que não ia alcança-la a tempo antes dela atingir a beira do barranco, usou seu laço de vaqueiro e conseguiu laça-la impedindo da mesma cair junto com o cachorrinho naquele barranco. Infelizmente, o cachorrinho não teve a mesma sorte e morreu com a queda, mas sua neta foi salva pelo seu vaqueiro. Todo episódio estava sendo gravado, e ele resolveu trnsformar em foto aquele momento dizendo para sua neta: "minha netinha, nesse dia você nasceu de novo, graças a Deus e ao laço desse vaqueiro!"

Esse é o primeiro episódio que nos ensina a não julgar nada pela aparência, ou à primeira vista!

Vamos ao segundo epísódio que nos ensina a não julgar precipitadamente!

- O segundo episódio, foi um fato verídico, do qual vou preservar os nomes, evitando a exposição desnecessária dos envolvidos. Contou-me um amigo e irmão de caminha Cristã, que o mesmo foi participar de um evento de carnaval em Fortaleza-Ce. Chegando ao local, estava começando a adoração ao Santíssimo Sacramento. Sentado onde estava, passou por ele uma pessoa que ele a conhecia, e como estava muito próximo, a saudou com um alto e caloroso Bom Dia! A pessoa simplesmente ficou indiferente a sua saldação e seguiu adiante. Naquele instante o irmão pensou com seus botões: "nossa, que pessoa mal educada e intratante, nem deu atenção ao meu bom dia..." - Quase que imediatamente, foi interrompido em seus pensamentos pela pessoa que conduzia a adoração a dizer: "meus irmãos e irmãs, acabo de ver a presença em nosso meio de uma irmã muito querida, que está passando por uma grande depressão, e sei que foi Deus que a trouxe, de onde você está vamos todos agora nesse momento erguer nossas mãos em sua direção, e rezarmos por ela..." O irmão profundamente tocado pelo seu prejulgamento, após a oração, se aproximou daquela irmã que estava deprimida e disse-lhe: "eu quero pedir perdão a você..."  - a irmã pergutou: "pelo que meu irmão?" E ele disse: "você passou agora por mim, eu lhe dei bom dia e você não me deu atenção, mas entendi agora os motivos, e quero pedir-lhe perdão pelo meu prejulgamento..." - ela disse: "não meu irmão, eu é que lhe devo desculpas pela minha indelicadeza, mas confesso que não o ouvi, ando meio desatenta mesmo..." - deram-se um caloroso abraço e tudo ficou perdoado.

Conclusão:

Somos tão rápidos para julgar não é mesmo? Precisamos no lembrar de quando Jesus lavou os pés dos seus discípulos, nos ensinando que só lavando os pés do nosso próximo é que vamos saber por quais lugares eles caminharam. Portanto, antes de julgarmos, é preciso sermos próximos, conhecermos as razões de seu comportamento, e fazermos como fez Jesus, que veio caminhar conosco, não nos julgando, mas amando. É preciso antes do julgamento nos colocar-se no lugar do outro. Que o Senhor nos dê corações humildes e dispostos a aprender com seus exemplos. 

“Não julgueis, para que não sejais julgados. Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós. …” (Mateus 7, 1-2).

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