Bernardo Küster: “Nosso filme vai revelar o
maior inimigo da Igreja” (nossaaa! grande novidade!)
Por Paulo Briguet - 17 de Outubro de 2022
Documentário de Bernardo Küster e Viviane
Princival, mostra como a esquerda socialista se utiliza
da estrutura da Igreja Católica em nome de um projeto de poder total. O seu
coração está disposto a ouvir a verdade? (veja o trailer no vídeo abaixo):
Posso dizer que acompanhei a gênese do
documentário "Eles estão no meio de nós", desde o primeiro momento. A semente inicial foi o processo de
conversão de Bernardo Pires Küster ao Catolicismo. Como amigo, testemunhei a
sua adesão à Santa Igreja pelas mãos de Santa Teresinha do Menino Jesus, a
querida Flor do Carmelo. Estive ao lado dele também nos lamentáveis
acontecimentos de janeiro de 2018, quando a esquerda petista realizou em nossa
cidade, Londrina, um verdadeiro show de horrores ideológicos no 14º Encontro
Intereclesial das CEBs. Naquela ocasião, Lula, Dilma, Frei Betto e outros
ícones do PT invadiram o altar de Jesus Cristo em nome do projeto de poder
socialista, que agora tenta voltar ao poder. Quatro anos e muitas dificuldades
depois, o filme dirigido por Bernardo Küster e Viviane Princival enfim poderá
ser visto pelo grande público – e estreia justamente em um momento decisivo
para o país, a tempo de abrir muitos olhos para o sinistro processo
revolucionário que ameaça nossa fé, nossas famílias, nossa liberdade e a nossa
existência enquanto nação. Eles estão no meio de nós é o resultado do apoio de
milhares de pessoas, que a tornaram a obra cinematográfica com o financiamento
coletivo recorde no Brasil.
Acompanhe a seguir a conversa que eu
tive com meu amigo Bernardo, que também é diretor do BSM:
-Paulo Briguet: Por que você resolveu fazer
um filme?
Bernardo Küster: A ideia do filme nasceu
com a cobertura que eu fiz, em janeiro de 2018, quando o Lula estava sendo
julgado em segunda instância pelo TRF-4, para ser condenado à prisão, e estava
acontecendo em Londrina o 14° Intereclesial das CEBs, o evento em que o PT
tentava reorganizar suas bases na Igreja Católica, dispersas depois dos
governos Lula e Dilma, quando o partido empregou todas as forças para dominar a
máquina pública e se esqueceu de suas bases. Era uma reunião de 60 bispos, 3
mil delegados, intelectuais de esquerda, ex-guerrilheiros e todo tipo de
entidade da esquerda socialista. O objetivo era salvar o Lula e reorganizar o
PT por meio das suas bases católicas. Esse foi o germe do filme. Mas o projeto
surgiu alguns meses depois, quando alguns amigos sugeriram que eu fizesse um
documentário sobre o assunto e me apresentaram a Viviane Princival. Aí as
coisas tomaram um rumo que eu jamais esperaria. Comecei a fazer uma análise
profunda sobre a Teologia da Libertação, essa busca por usar a Igreja como meio
de fazer a revolução. As pessoas haviam se esquecido desse problema – que é um
problema fundamental do Brasil. Então comecei a construir um roteiro com a
Vivi. Devo ter lido mais de 200 livros sobre TL. Tenho mais de 500 livros sobre
o tema. Viajamos para 20 cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba,
São Bernardo do Campo, Fortaleza, Virgínia (EUA), Cidade do México, Guadalajara
(México) e Roma, entre outras. As pesquisas que eu fiz foram de todos os tipos:
testemunhos de intelectuais de todas as vertentes do Catolicismo; revistas
especializadas (como a Religion in Communist Lands, publicação britânica
voltada para documentar a relação entre o comunismo e a Igreja); matérias
jornalísticas; panfletos; documentos internos de partidos políticos; vídeos,
áudios e situações que eu mesmo presenciei.
-Paulo Briguet: Você acredita que a
devastação provocada pela Teologia da Libertação é comparável à de outras
grandes crises da Igreja, como as do arianismo e da reforma protestante?
Bernardo Küster: Sim e não. Em outras
crises, como a da heresia do arianismo (no século IV) e a reforma protestante
(no século XVI), foram atacados determinados pontos da fé católica. Os arianos
atacavam o ponto fundamental era a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, da
qual eles duvidavam. A reforma protestante causou uma ruptura na Igreja, mas
não buscou reler toda a Igreja, quis apenas estabelecer algo novo.
Diferentemente, a Teologia da Libertação é conduzida por pessoas que não
concordam com nada do que está na Igreja, mas querem ficar na Igreja e
transformá-la desde dentro, ressignificando tudo: desde os seus dogmas e suas
crenças fundamentais, até a Palavra, as Escrituras, a Tradição, o Magistério, a
Liturgia e, fundamentalmente, a própria estrutura da Igreja e sua dinâmica
hierárquica e monárquica baseada na sucessão apostólica. A Teologia da
Libertação (qual delas Bernardo, já que existem várias correntes?) é uma busca por ressignificar completamente a estrutura da Igreja e
do Cristianismo – hoje ela se associa até a algumas vertentes protestantes.
-Paulo Briguet: Quem é o maior inimigo da
Igreja Católica hoje?
Bernardo Küster: Os maiores inimigos da
Igreja sempre foram o diabo, o mundo e a carne. Mas esses inimigos, de maneira
evidente, estão sintetizados no comunismo. É a ideologia que Nossa Senhora de
Fátima denunciou, ao falar sobre “os erros da Rússia”, em 1917, e que Nossa
Senhora de Cimbres profetizou no Brasil, em 1936. O comunismo é a ponta de
lança de todo o movimento revolucionário, sendo utilizado também pelos
globalistas. É claro que por trás do comunismo existem forças espirituais, mas
eu acredito que o maior inimigo da Igreja hoje é o comunismo, é a mentalidade
revolucionária.
-Paulo Briguet: O filme vai estrear seis
dias antes das eleições mais importantes da história. "O Imaculado Coração de
Maria vai triunfar nas urnas?"
Bernardo Küster: É importante que o filme seja
lançado agora. Todo mundo dizia que a pauta da economia seria decisiva nas
eleições. Mas agora nós vemos o Lula abandonando o vermelho, dizendo que é
contra o aborto, tentando fazer um discurso mais ameno e moralista, fazendo
acenos aos evangélicos, escrevendo carta ao Papa. No fundo, essa eleição é uma
discussão religiosa, uma questão de valores. O PT tenta voltar àquela imagem
dos anos 80 e às suas relações com os católicos. Agora, se o Imaculado Coração
de Maria vai triunfar nas urnas, isso vai depender do coração humano – se ele
vai estar inclinado a ouvir a verdade.
-Paulo Briguet: Há seis anos, você se
converteu ao Catolicismo. De que maneira o filme representa essa mudança de
rumos na sua vida?
Bernardo Küster: Mudou tudo! Porque a minha
vida acabou sendo vinculada a esse tema. Um dos aspectos da nossa vocação é
aquilo que só nós podemos fazer, e mais ninguém. Tenho sangue frio para lidar
com esse assunto e ouvir as denúncias sem abalar minha fé, que certamente é
sustentada por Deus. Esse trabalho trouxe para mim muito sofrimento, muita
ameaça, muito ódio – mas também muito reconhecimento e muitas conversões,
inclusive a minha conversão pessoal. Trouxe muitos amigos, muito aprofundamento
na fé e minha futura esposa, que eu conheci durante o processo de conversão.
Trouxe tudo de bom e um quilo de coisas ruins. Jesus disse que ninguém poderia
segui-Lo sem esperar perseguições, e elas aconteceram, mas ao mesmo tempo eu
ganhei amigos, irmãos, irmãs, pais, mães e uma grande família, cem vezes mais
do que aquilo que nós deixamos para O seguir. Eu já recebi isso. Minha vida se
transformou numa missão em defesa das almas, da Igreja e da honra de Nosso
Senhor.
-Paulo Briguet: Sem querer dar spoiler, o
filme vai causar escândalo e ranger de dentes?
Bernardo Küster: O filme não vai causar
escândalo – mas ranger de dentes, sim! Vai causar espanto. Ele foi pensado e
concebido da forma mais didática possível, para que todos possam entendê-lo: do
intelectual à pessoa mais simples. Todos vão compreender a real dimensão do
problema. O filme foi construído em tópicos, que ao final vão ser coroados.
Nomes, fatos, acordos e testemunhos serão expostos. Pessoas que nunca puderam
falar, falaram. Situações muito comprometedoras de certos clérigos e
intelectuais vão ser expostos, tudo com documentos primários e testemunhos.
Esse é o grande feito do filme: ele é um documento do nosso tempo, para o nosso
tempo, com implicações na eternidade.
-Paulo Briguet: Fale sobre a parceria com a
Viviane Principal, nossa querida Vivi, e a concepção artística do filme. Foi um
filme concebido com o coração nas mãos, como ensinava o Olavo?
Bernardo Küster: A parceria com a Vivi foi
uma maravilha. Ela é uma irmã que eu ganhei. Será minha madrinha de casamento.
Vivi trabalha com o coração nas mãos e se entrega a tudo que faz. Nós choramos
muitas vezes juntos, nos alegramos, nos desesperamos, fomos atacados, fomos
ameaçados. Rimos com os que riram e choramos com os que choraram. A Vivi tem
uma concepção artística admirável: ela queria fazer não apenas um documentário,
mas um filme que comovesse as pessoas pelo aspecto estético. Eu já disse ao meu
amigo Mauro Ventura: é um filme chagado, flagelado, pelo tempo, pelos quatro
anos de produção, pelos nossos sofrimentos pessoais, pelas inúmeras dificuldades
que passamos, pelas perseguições que sofremos, pelo site que foi hackeado,
pelos meus equipamentos que foram apreendidos, pelo ataques que recebemos,
pelas dificuldades internas da equipe, pelas ameaças de morte, por pessoas que
desistiram, por pessoas que nos traíram, por pessoas que nos enganaram, por
acordos que foram quebrados, por problemas técnicos inexplicáveis e misteriosos
– é um filme chagado, mas muito abençoado. Nós conseguimos fazer coisas que
jamais poderão ser refeitas, como certas entrevistas que a gente conseguiu de
última hora. E o final é apoteótico.
Fonte:https://brasilsemmedo.com/nosso-filme-vai-revelar-o-maior-inimigo-da-igreja/
Caro Bernardo - O diagnóstico de um problema ainda não é a solução, mas apenas uma parte do processo, pois agora é preciso iniciar a terapia correta!
Já vou logo adiantando ao imediatistas de plantão (sempre com o martelo da justiça excomungante nas mãos), que "arrancar o joio do meio do trigo já está descartado pelo próprio Cristo" (Mateus 13,24-29). Não nego as boas intenções e em até certo ponto a “sinceridade” de Bernado Kuster, e de alguns RAD TRAD (apesar de que "a sinceridade não é o critério da verdade", pois alguém pode estar sinceramente enganado).
Porém, contudo, entretanto e todavia, fico com um pé atrás com
canais pagos e monetizados, que precisam sempre produzir conteúdos para se
manterem ativos e em evidência (não quero com isso desmotivar e nem tirar os méritos do documentário, que apesar de abusar da generalização tipo: "a igreja trocou o anel de Pedro pelo anel de Tucum" - produz impacto, mas não corresponde com a verdade, pois nem os papas e a maioria dos bispos fizeram isso! Mas tem muita informação boa e procedente, entendam-me!). Um
documentário que quer nos induzir a considerar que tudo de ruim na igreja seria fruto do Concílio Vaticano II, é se julgar acima da
autoridade Universal da Igreja que foi guiada pelo Espírito Santo nesse concílio! Perde toda credibilidade alguém que se posiciona assim! Sugeriria um aprofundamento teológico sobre ECLESIOLOGIA. Pois
entre ficar com a "infalibilidade" de Bernardo e do Concílio Vaticano II, não penso duas
vezes, nego, renego e cuspo nesta “achologia Bernardo-Kustertiana” e fico com
a sagrada e segura doutrina da igreja, a qual Bento XVI chamou de “hermenêutica da
Continuidade” (que inclui o Vaticano II) com o magistério de sempre, e não de ruptura como querem propor
alguns. E mais: "não se pode condenar a Teologia da Libertação em bloco", ou seja, de forma generalizada, pois existem várias correntes dessa teologia, inclusive uma que é "JUSTA E NECESSÁRIA", a qual é defendida por ninguém nada menos, que São João Paulo II.
“Manifestação e prova da atenção com que compartilha esses esforços, são os numerosos documentos publicados ultimamente, entre os quais as duas recentes Instruções emanadas pela Congregação para a Doutrina da Fé, com a minha explícita aprovação: uma, sobre alguns aspectos da teologia da libertação; outra, sobre a liberdade crista e a libertação . Estas últimas, endereçadas à Igreja Universal, tem, para o Brasil, uma inegável relevância pastoral. Na medida em que se empenha por encontrar aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica experiência da Igreja neste País, tão eficazes e construtivas quanto possível e ao mesmo tempo consonantes e coerentes com os ensinamentos do Evangelho, da Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os Senhores, de que a teologia da libertação é não só oportuna mas útil e necessária. Ela deve constituir uma nova etapa – em estreita conexão com as anteriores – daquela reflexão teológica iniciada com a Tradição apostólica e continuada com os grandes Padres e Doutores, com o Magistério ordinário e extraordinário e, na época mais recente, com o rico património da Doutrina Social da Igreja, expressa em documentos que vão da Rerum Novarum à Laborem Exercens.Penso que, neste campo, a Igreja no Brasil possa desempenhar um papel importante e delicado ao mesmo tempo: o de criar espaço e condições para que se desenvolva, em perfeita sintonia com a fecunda doutrina contida nas duas citadas Instruções, uma reflexão teológica plenamente aderente ao constante ensinamento da Igreja em matéria social e, ao mesmo tempo, apta a inspirar uma práxis eficaz em favor da justiça social e da equidade, da salvaguarda dos direitos humanos, da construção de uma sociedade humana baseada na fraternidade e na concórdia, na verdade e na caridade. Deste modo se poderia romper a pretensa fatalidade dos sistemas – incapazes, um e outro de assegurar a libertação trazida por Jesus Cristo – o capitalismo desenfreado e o coletivismo ou capitalismo de Estado.(CARTA DO PAPA JOÃO PAULO II AOS BISPOS DA CONFERÊNCIA EPISCOPAL DOS BISPOS DO BRASIL -Vaticano, 9 de abril de 1986).
A
realidade é que quando os neo convertidos, e catecumenos tanto de ontem como de hoje, passam a conhecer a Doutrina integral da igreja, aos poucos vão
colocando a Igreja acima dos "grupos", "movimentos", e
coisas do gênero, ao ponto de só desejarem participar dos mesmos, caso estes
sejam verdadeiramente católicos, ou seja, abracem e acolham a doutrina universal e INTEGRAL da igreja, desde Nicéia! E não apenas alguns pontos escolhidos de alguns concílios que lhes sejam mais agradáveis. Isso é o que importa. Agora, considerando a crise que estamos
atravessando, em uma época em que muitos fiéis não tem a menor noção de pontos
doutrinários elementares, pra que estas correções possam mesmo acontecer, acho
mais prudente falar em "purificação" mesmo. Não creio que seja muito eficaz a receita do tipo: "nós temos de extirpar esse câncer da Igreja". Isso não dá bons resultados. Deus usa os
mais diversos instrumentos para fazer sua obra.
Afinal, que grupo ou movimento religioso da Igreja não teve e não tem seus defeitos, bem como coisas obscuras e nem tão claras (INCLUINDO A ATUAL CORRENTE TRADICIONALISTA)?
-
Não são esdrúxulos os
ultra-tradicionalistas e a pantomima conclavista derivadas dos problemas dentro
do falso tradicionalismo? tais como querer impor a Missa em Latim, não
aceitar o Concílio Vaticano II? E pior: defenderem o SEDEVACANTISMO? Não
aceitando nem a legítima eleição do atual Papa ocupante da Cátedra de Pedro ?
-
E como podem os "Progressistas
e liberais" falar algo de alguém quando confundem Deus com a natureza e o
Evangelho com um mero pensamento filosófico contingente e contextual? - O que dizer
de algumas correntes da Teologia da Libertação com suas ambigüidades? Confundindo a verdadeira libertação dos pecados com libertinagem?
propondo-nos uma Igreja não hierárquica, mas popular, bem próxima à Anarquia?
Pois desde o princípio do Cristianismo a Igreja sempre foi constituída
hierarquicamente de bispos , presbíteros, diáconos e acólitos? Uma teologia que
confunde opção preferencial por OPÇÃO EXCLUSIVA pelos pobres? Fazendo deste pobre e sua condição,
instrumento e objeto de plataforma da ideologia Socialista de práxis mais
Marxista que Cristã ? Como se Deus tivesse se encarnado já não mais para salvar
e libertar todos os pecadores, mas apenas uma classe social?
O que na Igreja que não é de caráter dogmático e definitivo, que não precise de purificação? qual carisma na igreja não tem suas particularidades um tanto quanto "obscuras?"
Não só a vida dos indivíduos precisa de uma conversão constante, mas a dos movimentos e organizações internas da Igreja também! O que vamos fazer com isso? A didática ensinada pelo Divino Mestre foi uma didática de exclusão? É isso que vemos em Lucas 9,49-50? Vamos simplesmente apresentar os erros das pessoas e não dar nenhuma alternativa? E não me venha caro Bernardo, com a noção de: somos puramente católicos! Todos nós somos puramente católicos, mas "estamos católicos sempre dentro de um contexto pessoal, social e espiritual, onde erros e acertos convivem juntos". O ponto central é o seguinte: o fato de supostamente haver heresias, ou desvios, (quais especificamente?), não quer dizer que seja completamente herético! Para ser herético teria de haver uma incompatibilidade essencial entre o que se pratica e que se professa em relação a doutrina da Igreja. E mesmo que fosse herética, a essência poderia ser rejeitada, porém, alguns elementos podem ser muito oportunamente aproveitados. Não vamos transformar a palavra "heresia" num fetiche, vamos encarar o problema e seguir em frente. Como já mencionado, TODOS os grupos internos da Igreja têm o seu lado "escuro".
Os
problemas existem e vão sempre existir, porém as duas perguntas que se impõem são:
1)
O que fazer com eles?
2)
Isso desvaloriza a experiência eclesial como um todo? É para jogar tudo fora, ou seja, a água suja com o bebe junto?
As respostas que a razoabilidade nos apresenta são:
1)
Corrigir de maneira verdadeira e fraterna, incluindo e não excluindo! Pois
todos os outros grupos da Igreja também, ensinam uma ou outra coisa errada, ou
nova, e mesmo que isso fosse só na TdL, ainda assim a justiça pediria que o que
ela tem de bom fosse levado em conta (a luta pela justiça).
2)- Um outro ponto o qual deve ser lembrado é que "elementos e práticas que certos grupos imputam a TdL como erros, de fato não o são", pelo menos de um ponto de vista teológico e dentro da grande tradição da Igreja, desde Pentecostes e Nicéia (e não apenas de Trento), até o presente. Aqui, nestes juízos precipitados, muitas vezes, se leva em conta apenas uma determinada vivência ou expressão da fé como o único referencial (como se só um tipo de expressão da fé católica fosse o único legítimo).
O foco acima de tudo é a fidelidade à Verdade integral, revelada e ensinada pela Igreja! Essa mesma Igreja tem filhos santos e pecadores, E ELES CARO BERNARDO, SEMPRE ESTIVERAM NO MEIO DE NÓS! Querer que todos os cristãos sejam santos conforme nossos critérios escolhidos cirurgicamente do magistério, sempre é uma utopia que não tem nada haver com o Sagrado Magistério integral de Cristo, mas com a necessidade de satisfação psicológica de alguns. Se alguns erram ou erraram, eles possuem até o último instante de vida para se corrigir! Pensar o contrário seria farisaísmo, o farisaísmo de quem não quer enfrentar a realidade e por isso fica buscando a "igreja dos homens imaculados", ou a terra sem males e sem conflitos, princípio das divisões que vemos tanto entre cismáticos tradicionalistas e progressistas dentro da Igreja. Achar que as várias realidades eclesiais citadas (neo-conservadores, tradicionalistas, carismáticos e progressistas) remetem à confusão, é uma análise superficial, pois a questão é tratar não de divisões, mas de CARISMAS. Um carismático é católico, um tradicionalista é católico, um progressista também é católico, e assim por diante. Nosso esforço é mostrar como tais supostas divisões são apenas aparentes no que se refere ao Depósito da Fé. Supondo que os carismas sejam verdadeiros (pelo menos em alguns casos) o único caminho possível é a orientação, como fez São Paulo. Toda vez que as lideranças da Igreja tentaram impedir uma legítima manifestação extraordinária de Deus o resultado não foi nada bom (é só ver o quanto o Pe. Pio sofreu na mão dos burocratas). Excesso de zelo também se torna um grave problema!
Se muitos Católicos carismáticos apelam ao sentimentalismo, muitos tradicionalistas leitores parciais de páginas na internet e documentos da Igreja, caem no sectarismo excludente e exclusivo, bem como muitos progressistas encantados com a luta pela justiça e libertação, caem no relativismo moral não sabendo separar o alvo da misericórdia e libertação de Deus o pecador e não o pecado. Perigos existem em cada posicionamento. Não é loucura uma manifestação verdadeira ocorrer no meio de outras supostamente falsas, pois as pessoas que são susceptíveis a influências psicológicas se não orientadas, certamente vão mimetizar alguma coisa. Isso não é inédito na história da Igreja, pois todo grande movimento místico, toda manifestação extraordinária de Deus ao longo da história da Igreja, abriu espaço para ações semelhantes.
Não quero aqui duvidar e nem tirar o mérito das leituras do Bernardo Kuster que como revelou na entrevista acima, já leu mais de 200 livros sobre o tema. As perguntas que ficam é: teve o sangue de barata para ver o outro lado da moeda? Leu "na íntegra" os dois documentos da Congregação para a doutrina da fé assinados por São João Paulo II e ninguém nada menos que Bento XVI? (um, sobre alguns aspectos da teologia da libertação; o outro, sobre a liberdade crista e a libertação). Leu autores que seguem uma linha mais moderada e em consonância com a DSI , como Clodovis Boff (irmão de Leonardo BOff), Frei Carlos Josaphat e sua obra "Tomás de Aquino e a Nova era do Espírito" - as obras de Gustavo Gutierres (após as correções vindas do Vaticano) como seu livro: "Onde dormirão os pobres?"...Um autêntico juiz caro Bernardo, nunca toma uma decisão ouvindo apenas uma das partes, por mais convincentes que sejam os argumentos, existe sempre o direito ao contraditório, faça isso e terá um salto de qualidade.
Caro Bernardo, julgar generalizando que está tudo errado na Igreja, que ninguém presta, apenas por causa de alguns exemplos, é uma temeridade que beira a ignorância. Jesus ensinou: "Não julgueis segundo a aparência, e, sim, pela reta justiça" (João 7,24). Por isso, devemos aprender a fazer um raciocínio seguro. Julgar retamente caro Bernardo, depende do tempo e de dados em número suficiente para uma generalização racional e, em um estágio ulterior, de novos fatos para verificá-la. Só assim a mente humana pode adquirir no tempo e se afastando dele, conhecimentos úteis e julgar com retidão.
Se assim procedermos, talvez possamos nos alegrar de que nem tudo está perdido, que ainda existem pessoas de bem, que o mal pode ser vencido e que não nos esforçamos inutilmente para tornar a vida melhor e mais densa de sentido. A generalização Bernardo, no final das contas, pode ser mais perigosa e danosa do que o preconceito. Porque o preconceito, sendo "pré", pode ser mudado com conhecimento de causa; a generalização, não. A generalização leva a crenças absolutas e absolutismos sempre acabam em holocaustos, je suis Charlie, caça às bruxas, lixamentos, assassinato de reputações e de vidas.Faça um "mea culpa" Bernardo, quando se referir a CNNB diga ao menos, "salvo raríssimas exceções", mas não coloque todos os bispos no mesmo saco, e quando se referir a TL , não use de desonestidade intelectual, diga que a igreja em seu magistério oficial, reprova apenas a de caráter Marxista, materialista e ateia. E quando se referir ao Vaticano II diga que (aqui pode abusar da generalização) sem exceções, todos os concílios sofreram as influências de seu tempo e de seus teólogos, o Vaticano II não poderia ser a exceção...
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Graças a Deus, uma postura sensata.
Não aguento mais essa tendenciosidade e agressividade velada de grupos "radtrads", que se colocam como superiores à doutrina da Igreja. Perseguem a todos que tentam um diálogo, se acham a suprema sabedoria da interpretação dos ensinamentos católicos,induzem as pessoas a se ligarem mais a grupos/ movimentos, do que ao Evangelho. Tempos difíceis de todas as formas: farisianismo de um lado e sentimentalismo do outro. Se não se encaixa em nenhum, você é considerado"murista", sendo que você é apenas católico!
CONCORDO PLENAMENTE!
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