Pelo crisma somos
feitos soldados de Cristo! E Nosso Senhor nos ordena levar o evangelho a toda
criatura (Mc 16,15). Claro que a melhor maneira de evangelizarmos, como leigos
católicos, é através do exemplo. Seguindo uma verdadeira vida Cristã, através
do cumprimento dos dez mandamentos. O bom exemplo convence mais do que mil
palavras. Nosso Senhor Jesus Cristo disse: "Sem mim nada podeis"
(João15,6). Portanto, se eventualmente nos tornamos instrumentos da conversão,
quem realiza a verdadeira conversão é o Espírito Santo que age na Igreja, da
mesma forma que o fruto é dado por toda a árvore e não somente pelo galho, ou
pela raiz. Porém, como Cristo
passou um tempo discipulado os apóstolos e seus seguidores antes de enviá-los a
evangelizar mundo afora, é importante que estudemos a doutrina
católica, para melhor entende-la, defendê-la e anuncia-la, pois não anunciamos
a nós mesmos mas Aquele que das trevas no chamou a sua luz maravilhosa (1
Ped2,9). Para tanto, é necessário estudarmos todo o CATECISMO DA IGREJA
CATÓLICA, e nos aprofundar na doutrina dos Santos Padres que modelaram o
Sagrado Magistério da Igreja.A exortação apostólica
“Evangelii Nuntiandi” do Santo Padre Paulo VI, datada de 8 de Dezembro de 1975,
pode-se
afirmar que é um dos documento de suma importância para que possamos
compreender e realizar uma legítima evangelização do mundo atual. Por
tanto, “evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja,
a sua mais profunda identidade. Ela existe para
evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do dom da graça,
reconciliar os pecadores com Deus e
perpetuar o sacrifício de Cristo na santa missa, que é o memorial da sua morte
e gloriosa ressurreição”.
Nenhuma definição
parcial e fragmentária, porém, chegará a dar a razão da realidade rica,
complexa e dinâmica que é a evangelização, a não ser com o risco de a empobrecer e até
mesmo de a mutilar !
E impossível captá-la plenamente se não se procurar
abranger com uma visão de conjunto todos os seus elementos essenciais. Tais
elementos, acentuados com insistência no decorrer do mencionado Sínodo, são
ainda aprofundados e atualizados muitas vezes, sob a influência do trabalho
sinodal, documentos papais, ou seus dicastérios específicos. E nós
regozijamo-nos pelo fato de eles se situarem sempre na linha daqueles documentos
que o Concílio Ecumênico Vaticano II sob o auxílio do Espírito Santo nos
proporcionou, sobretudo nas Constituições:
-Lumen Gentium
-Gaudium et Spes
-Decreto Ad Gentes
Evangelizar para a humanização e renovação da humanidade
18. Evangelizar, para a Igreja, é
levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e
latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a
própria humanidade: "Eis que faço de novo todas as coisas". (46) No
entanto não haverá humanidade nova, se não houver em primeiro lugar homens
novos, pela novidade do batismo(47) e da vida segundo o Evangelho.(48) A finalidade da evangelização, portanto,
é precisamente esta mudança interior; e se fosse necessário traduzir isso em
breves termos, o mais exato seria dizer que a Igreja evangeliza quando, unicamente
firmada na potência divina da mensagem que proclama, (49) ela procura converter ao mesmo tempo a consciência pessoal e
coletiva dos homens, a atividade em
que eles se aplicam, e a vida e o meio concreto que lhes são próprios.
Estratos da humanidade
19. Estratos da humanidade que se
transformam: para a Igreja não se trata
tanto de pregar o Evangelho a espaços geográficos cada vez mais vastos ou
populações maiores em dimensões de massa, mas de chegar a atingir e como que a
modificar pela força do Evangelho os critérios de julgar, os valores que
contam, os centros de interesse, as linhas de pensamento, as fontes inspiradoras
e os modelos de vida da humanidade, que se apresentam em contraste com a
Palavra de Deus e com o desígnio da salvação...
Evangelização das culturas
20. Poder-se-ia exprimir tudo isto
dizendo: importa evangelizar, não de maneira decorativa, como que aplicando um
verniz superficial, mas de maneira vital, em profundidade e isto até às suas
raízes, a civilização e as culturas do homem, no sentido pleno e amplo que
estes termos têm na Constituição Gaudium et Spes, (50) a partir sempre da
pessoa e fazendo continuamente apelo para as relações das pessoas entre si e
com Deus. O Evangelho, e
conseqüentemente a evangelização, não se identificam por certo com a cultura, e
são independentes em relação a todas as culturas. E no entanto, o reino que
o Evangelho anuncia é vivido por homens profundamente ligados a uma determinada
cultura, e a edificação do reino não pode deixar de servir-se de elementos da
civilização e das culturas humanas. O Evangelho
e a evangelização independentes em relação às culturas, não são necessariamente
incompatíveis com elas, mas suscetíveis de as impregnar a todas sem se
escravizar a nenhuma delas. A ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem
dúvida o drama da nossa época, como o foi também de outras épocas. Assim,
importa envidar todos
os esforços no sentido de uma generosa evangelização da cultura, ou mais exatamente
das culturas. Estas devem ser regeneradas mediante o impacto da Boa Nova.
Mas um tal encontro não virá a dar-se se
a Boa Nova não for proclamada. Importância primordial do testemunho da vida...
21. E esta Boa Nova há de ser
proclamada, antes de mais, pelo testemunho. Suponhamos um cristão ou punhado de
cristãos que, no seio da comunidade humana em que vivem, manifestam a sua
capacidade de compreensão e de acolhimento, a sua comunhão de vida e de destino com os
demais, a sua solidariedade nos esforços de todos para tudo aquilo
que é nobre e bom. Assim, eles irradiam, de um modo absolutamente simples e espontâneo, a
sua fé em valores que estão para além dos valores correntes, e a sua esperança
em qualquer coisa que se não vê e que não se seria capaz sequer de imaginar. Por força deste testemunho sem palavras,
estes cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os vêem viver, perguntas
indeclináveis: Por que é que eles são assim? Por que é que eles vivem daquela
maneira? O que é, ou quem é, que os inspira? Por que é que eles estão
conosco? Pois bem: um semelhante testemunho constitui já proclamação silenciosa,
mas muito valiosa e eficaz da Boa Nova. Nisso
há já um gesto inicial de evangelização. Daí as perguntas que talvez sejam
as primeiras que se põem muitos não-cristãos, quer se trate de pessoas às quais
Cristo nunca tinha sido anunciado, ou de batizados não praticantes, ou de
pessoas que vivem em cristandades mas segundo princípios que não são nada
cristãos. Quer se trate, enfim, de pessoas em atitudes de procurar, não sem
sofrimento, alguma coisa ou Alguém que elas adivinham, sem conseguir dar-lhe o
verdadeiro nome. E outras perguntas
surgirão, depois, mais profundas e mais de molde a ditar um compromisso,
provocadas pelo testemunho aludido, que comporta
presença, participação e solidariedade e que é um elemento essencial,
geralmente o primeiro de todos, na evangelização.(51)Todos os
cristãos são chamados a dar este testemunho e podem ser, sob este aspecto, verdadeiros evangelizadores. E aqui
pensamos de modo especial na responsabilidade que se origina para os migrantes
nos países que os recebem.
Necessidade de um anúncio explícito
22. Entretanto isto permanecerá
sempre insuficiente, pois ainda o mais
belo testemunho virá a demonstrar-se impotente com o andar do tempo, se ele não
vier a ser esclarecido, justificado, aquilo que São Pedro chamava dar "a
razão da própria esperança", (52) explicitado por um anúncio claro e
inelutável do Senhor Jesus. Por conseguinte, a Boa Nova proclamada pelo
testemunho da vida deverá, mais tarde ou mais cedo, ser proclamada pela palavra
da vida. Não
haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as
promessas, o reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus, não forem
anunciados. A história da Igreja, a partir da pregação de Pedro na
manhã do Pentecostes amalgama-se e confunde-se com a história de tal anúncio.
Em cada nova fase da história humana, a Igreja, constantemente estimulada pelo
desejo de evangelizar, não tem senão uma preocupação instigadora: Quem enviar a
anunciar o mistério de Jesus? Com que linguagem anunciar um tal mistério? Como fazer
para que ele ressoe e chegue a todos aqueles que o hão de ouvir? Este anúncio, kerigma, pregação e
catequese, ocupa um tal lugar na evangelização que, com freqüência, se tornou
sinônimo dela. No entanto, ele não é senão um aspecto
da evangelização.
Para uma adesão vital numa comunidade eclesial
23. O anúncio, de fato, não adquire toda a sua dimensão, senão
quando ele for ouvido, acolhido, assimilado e quando ele houver feito brotar
naquele que assim o tiver recebido uma adesão do coração. Sim, adesão às verdades
que o Senhor, por misericórdia, revelou. Mais ainda, adesão ao programa de
vida, vida doravante transformada, que ele propõe; adesão, numa palavra, ao
reino, o que é o mesmo que dizer, ao "mundo novo", ao novo estado de
coisas, à nova maneira de ser, de viver, de estar junto com os outros, que o
Evangelho inaugura. Uma tal adesão, que
não pode permanecer abstrata e desencarnada, manifesta-se concretamente por uma
entrada visível numa comunidade de fiéis. Assim, aqueles cuja vida se
transformou ingressam, portanto, numa comunidade que também ela própria é sinal
da transformação e sinal da novidade de vida: é a Igreja (como que) sacramento visível da salvação.(53) Mas, a entrada
na comunidade eclesial, por sua vez, há de exprimir-se através de muitos outros
sinais, que prolongam e desenvolvem o sinal da Igreja. No dinamismo da evangelização, aquele que acolhe o Evangelho como
Palavra que salva, (54) normalmente, o traduz depois nestas atitudes
sacramentais: adesão à Igreja, aceitação dos sacramentos que manifestam e
sustentam essa adesão, pela graça que eles conferem.
Causa de um novo apostolado
24. Finalmente, aquele
que foi evangelizado, por sua vez, evangeliza. Está nisso o teste de verdade, a
pedra-de-toque da evangelização: não se pode conceber uma pessoa que tenha
acolhido a Palavra e se tenha entregado ao reino sem se tornar alguém que
testemunha e, por seu turno, anuncia essa Palavra. Ao terminar estas
considerações sobre o sentido da evangelização, importa formular uma última
observação, que consideramos esclarecedora para as reflexões que se seguem. A evangelização, por tudo o que dissemos é uma diligência complexa,
em que há variados elementos: renovação da humanidade, testemunho, anúncio
explícito, adesão do coração, entrada na comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas
de apostolado. Estes elementos, na aparência, podem afigurar-se contrastantes.
Na realidade, porém, eles são complementares e reciprocamente enriquecedores
uns dos outros. É necessário encarar sempre cada um deles na sua integração com
os demais. Um dos méritos do recente Sínodo foi precisamente ode nos ter
repetido constantemente o convite para congraçar estes mesmos elementos, em vez
de os estar a opor entre si, a fim de se ter a plena compreensão da atividade
evangelizadora da Igreja. É esta visão global que nós intentamos apresentar seguidamente,
examinando o conteúdo da evangelização, os meios para evangelizar e precisando
a quem se destina o anúncio evangélico e a quem é que incumbe hoje esta tarefa
de evangelizar.
Fonte: Exortação
Apostólica "Evangelii Nuntiandi "
Vimos acima na exortação que a Igreja nasce da ação Evangelizadora e da Missão que cristo deu aos Doze: “Ide pois, ensinai todas as gentes”
Portanto,
nascida da missão a Igreja é por sua vez enviada por Jesus como um sinal, a um
tempo opaco e luminoso, de uma nova presença de Jesus, sacramento da sua
partida e da sua permanência, Ela prolonga-o e continua-o. Ela é depositária da
Boa Nova que há de ser anunciada. Enviada e evangelizadora, a Igreja envia
também ela própria evangelizadores. É ela que coloca em seus lábios a Palavra
que salva, que lhes explica a mensagem de que ela mesma é depositária, que lhes
confere o mandato que ela própria recebeu e que, enfim, os envia a
pregar.
“Como, pois, invocarão aquele em
quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se
não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que
anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas” (Romanos
10,14-15)
Podemos perceber que neste documento, basilar da
evangelização, destacam-se duas ideias fundamentais:
1ª)-A relação intima
entre a evangelização e a vida cotidiana.
2ª)-Os laços profundos
entre a evangelização e a promoção humana que são de três ordens:
antropológica, teológica e evangélica.
Paulo VI também apresenta os meios mais adequados ao
apostolado:
a)-O testemunho de vida.
b)-O anúncio explícito feito de uma forma viva e atraente.
c)-A adesão vital numa comunidade eclesial.
O documento fala de uma prioridade ao testemunho!
O anúncio, de fato, não
adquire toda a sua dimensão, senão quando ele for ouvido, acolhido, assimilado
e quando ele houver feito brotar naquele que assim o tiver recebido uma adesão
do coração. Sim, adesão às verdades que o Senhor, por misericórdia,
revelou. Mais ainda, adesão ao programa de vida, vida doravante transformada,
que ele propõe; adesão, numa palavra, ao reino, o que é o mesmo que dizer, ao “mundo
novo”, ao novo estado de coisas, à nova maneira de ser, de viver, de estar
junto com os outros, que o Evangelho inaugura. Na mensagem que a Igreja
anuncia, há certamente muitos elementos secundários. A
sua apresentação depende, em larga escala, das circunstâncias mutáveis. Também eles mudam. Entretanto, permanece sempre o
conteúdo essencial, a substância viva, que não se poderia modificar nem deixar
em silêncio sem desnaturar gravemente a própria evangelização.A evangelização
precisa ser uma proclamação clara que, em Jesus Cristo, Filho de Deus feito
homem, morto e ressuscitado, a salvação é oferecida a todos os homens, como dom
da graça e da misericórdia do mesmo Deus.
Não podemos esquecer a evangelização também precisa:
-Conter a pregação da esperança nas promessas feitas por
Deus na Nova Aliança em Jesus Cristo.
-A pregação do amor de Deus para conosco e do nosso amor a
Deus.
-A pregação do amor fraterno para com todos os homens.
-Capacidade de doação e de perdão, de renúncia e de ajuda
aos irmãos, que promana do amor de Deus e que é o núcleo do Evangelho.
-A pregação do mistério do mal e da busca ativa do bem.
Paulo VI também fala que entre evangelização e promoção humana,
desenvolvimento, libertação, existem de fato laços profundos: laços de ordem
antropológica, dado que o homem que há de ser evangelizado não é um ser
abstrato, mas é sim um ser condicionado pelo conjunto dos problemas sociais e
econômicos; laços de ordem teológica,
porque não se pode nunca dissociar o plano da criação do plano da redenção, um
e outro a abrangerem as situações bem concretas da injustiça
que há de ser combatida e da justiça a ser restaurada.
A evangelização não pode ser confusa e nem ambígua
Pois acerca da libertação
que a evangelização anuncia não pode ser limitada à simples e restrita dimensão
econômica, política, social e cultural; mas deve ter em vista o homem todo,
integralmente, com todas as suas dimensões, incluindo a sua abertura para o
absoluto, mesmo o absoluto de Deus. Também podemos perceber que a libertação que a
evangelização proclama e prepara é a mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício.
A exortação também cita a importância das vias e dos meios por
excelência da evangelização:
“Pois
o homem contemporâneo escuta com melhor boa vontade as testemunhas do que os
mestres”
Porém, a pregação, a
proclamação verbal de uma mensagem, permanece sempre como algo indispensável. É
preciso, naturalmente, conhecer as exigências e tirar rendimento das possibilidades
da homilia, a fim de ela alcançar toda a sua eficácia pastoral.No processo de evangelização não podemos deixar de lado o
ensino catequéticoAs crianças e os
adolescentes têm necessidade de aprender, mediante um sistemático ensino religioso,
os dados fundamentais, o conteúdo vivo da verdade que Deus nos quis transmitir,
e que a Igreja procurou exprimir de maneira cada vez mais rica, no decurso da
sua história.
EVANGELIZAÇÃO E MASS MEDIA
Paulo VI também fala da
importância dos “mass media” ou meios de comunicação social, pois, o primeiro
anúncio, a catequese ou o aprofundamento ulterior da fé, devem usar destes
meios. A Igreja viria a sentir-se culpável diante do seu Senhor, se ela não
lançasse mão destes meios potentes que a inteligência humana torna cada dia
mais aperfeiçoados. É servindo-se deles que ela “proclama sobre os telhados”, a
mensagem de que é depositária. Neles encontra uma versão moderna e
eficaz do púlpito. Graças a eles consegue falar às multidões. Entretanto, o uso
dos meios de comunicação social para a evangelização comporta uma exigência a
ser atendida:
“é
que a mensagem evangélica, através deles, deverá chegar sim às multidões de
homens, mas com a capacidade de penetrar na consciência de cada um desses
homens, de se depositar nos corações de cada um deles,
como se cada um fosse de fato o único, com tudo aquilo que tem de mais singular
e pessoal, a atingir com tal mensagem e do qual obter para esta uma adesão,
um compromisso realmente pessoal.”
Outro ponto importante tratado pela exortação é a religiosidade
popular
Pode-se dizer, ela tem
sem dúvida as suas limitações. Ela acha-se
frequentemente aberta à penetração de muitas deformações da religião, como
sejam, por exemplo, as superstições. Mas se os fiéis forem bem
orientada, sobretudo mediante uma pedagogia da evangelização, ela é algo rico
de valores que não pode ser desprezada. Como vimos acima, “o
mandato divino incumbe à Igreja o dever de ir por todo o mundo e pregar o
Evangelho a toda a criatura”, E em texto vamos ver que: “Toda a Igreja é missionária, a
obra da evangelização é um dever fundamental do povo de Deus”. Quando a
Igreja anuncia o reino de Deus e o edifica, insere-se a si própria no âmago do
mundo, como sinal e instrumento desse reino que já é e que já vem. Portanto
a Igreja é ela toda inteiramente evangelizadora, como frisamos acima.
Ora isso quer dizer que, para com o conjunto do mundo e para com cada parcela
do mundo onde ela se encontra, a Igreja se sente responsável pela missão de
difundir o Evangelho.Toda a Igreja, portanto, é chamada para evangelizar; no
seu grêmio, porém, existem diferentes tarefas evangelizadoras que hão de ser
desempenhadas. Tal diversidade de serviços na unidade da mesma missão é que
constitui a riqueza e a beleza da evangelização. Passamos a recordar, em breves
palavras, essas tarefas.No seio de uma família que tem consciência
desta missão, todos os membros da mesma família evangelizam e são
evangelizados. A Igreja põe grandes esperanças na sua generosa
contribuição nesse sentido; e nós próprios, em muitas ocasiões, temos
manifestado a plena confiança que nutrimos em relação aos mesmos jovens.
Paulo VI também afirma que nunca será possível haver
evangelização sem a ação do Espírito Santo!
Realmente, não foi
senão depois da vinda do Espírito Santo, no dia do Pentecostes, que os
apóstolos partiram para todas as partes do mundo a fim de começarem a grande
obra da evangelização da Igreja; e Pedro explica o acontecimento como sendo a
realização da profecia de Joel: “Eu efundirei o meu Espírito”, E o mesmo Pedro
é cheio do Espírito Santo para falar ao povo acerca de Jesus Filho de Deus. As
técnicas da evangelização são boas; mas, ainda as mais aperfeiçoadas não
poderiam substituir a ação discreta do Espírito Santo.Os
jovens necessitam de um verdadeiro testemunho, pois os jovens têm horror ao
fictício, aquilo que é falso e que procuram, acima de tudo, a verdade e a
transparência. Mais do que nunca, portanto, o testemunho da vida tornou-se uma
condição essencial para a eficácia profunda da pregação. Sob este ângulo,
somos, até certo ponto, responsáveis pelo avanço do Evangelho que nós
proclamamos. Outro fator importante
é o fato de que a força da evangelização virá a encontrar-se muito diminuída se
aqueles que anunciam o Evangelho estiverem divididos entre si, por toda a espécie
de rupturas. Portanto como evangelizadores, nós devemos apresentar aos fiéis de
Cristo, não já a imagem de homens divididos e separados por litígios que nada
edificam, mas sim a imagem de pessoas amadurecidas na fé, capazes de se
encontrar para além de tensões que se verifiquem, graças à procura comum,
sincera e desinteressada da verdade. Sim, a sorte da evangelização anda
sem dúvida ligada ao testemunho de unidade dado pela Igreja. Nisto há de ser
vista uma fonte de responsabilidade, como também de reconforto.
O Evangelho de que nos foi confiado o encargo é também
palavra da verdade!
Uma verdade que nos
torna livres e que é a única coisa que dá a paz do coração, é aquilo que as
pessoas vêm procurar quando nós lhes anunciamos a Boa Nova:
-A verdade sobre Deus
-A verdade sobre o
homem e sobre o seu misterioso destino.
-A verdade sobre o
mundo.
Difícil verdade que nós
procuramos na Palavra de Deus e da qual nós somos, insistimos ainda, não
os árbitros nem os proprietários, mas os depositários, os arautos e os servidores.
A obra da evangelização pressupõe no evangelizador um amor fraterno,
sempre crescente, para com aqueles a quem ele evangeliza. Aquele modelo de
evangelizador que é o apóstolo Paulo escrevia aos tessalonicenses estas
palavras que são para todos nós um programa: “Tanto bem vos queríamos que
desejávamos dar-vos não somente o evangelho de Deus, mas até a própria vida, de
tanto amor que vos tínhamos”. Podemos deduzir que a finalidade da
evangelização, portanto, é precisamente esta mudança interior; pois, a Igreja
evangeliza quando unicamente firmada na potência divina da mensagem que
proclama.Para
a Igreja não se trata apenas de pregar o Evangelho a
espaços geográficos cada vez mais vastos ou populações maiores em dimensões de
massa, mas de chegar a atingir e como que a modificar pela força do Evangelho
os critérios de julgar, os valores que contam, os centros de interesse, as
linhas de pensamento, as fontes inspiradoras e os modelos de vida da humanidade,
que se apresentam em contraste com a Palavra de Deus e com o desígnio da
salvação.O Evangelho e a
evangelização, independentes em relação às culturas, não são
necessariamente incompatíveis com elas, mas susceptíveis de impregná-las a
todas, sem se escravizar a nenhuma delas. Por isso, conclui Paulo VI, a
ruptura entre o Evangelho e a cultura é sem dúvida o drama da nossa época, como
o foi também de outras épocas.
O TESTEMUNHO DO MARTÍRIO:
“Precisamente
o martírio dá credibilidade aos testemunhos, que não buscam ou ganham, mas dão
a própria vida por Cristo. Eles manifestam ao mundo a
força inerme e plena de amor pelos homens que é dada a quem segue a Cristo até
o dom total de sua própria existência. Assim os cristãos desde os
alvores do cristianismo até nossos dias, sofreram perseguição por causa do
Evangelho, como Jesus havia pré anunciado: Se perseguiram a mim, perseguirão
também a vós (Jo. 15,20)”.
Qual a maneira mais eficaz de evangelizar os jovens?
Por que a Igreja
Católica, que tem experiência de séculos com evangelização e insuperável
embasamento teórico, encontra tanta dificuldade em amadurecê-los
sua fé? Diante de tantos atrativos que o jovem encontra à sua volta,
como a Igreja deve atuar, pois o que mais afasta o jovem é a "monotonia da
vida em comunidade", segundo eles? Shows, festas, clubes etc colocam em prática
métodos eficazes para atraí-los; Jesus atraía multidões. O que falta na nossa
Igreja para evitar o esvaziamento de jovens e a renovação de seus membros em
todos os âmbitos: Laicais, clericais e religiosos? Nosso Senhor disse que
quando fosse levantado (na cruz) atrairia tudo a si. A malfadada Teologia da
Libertinagem já não atraem ninguém, faz apenas militância. Muitas destas
lideranças ao invés de falar da cruz de Cristo, oferecem aos jovens: emoções
vazias, sexo e rock. O resultado é zero. Há sim jovens, bem poucos, que vão à
Missa em certas paróquias. Mas eles, infelizmente, nada sabem da doutrina
católica e só vão lá, na maioria da vezes, se exibir, vão para namoros e coisas
afins, menos para ouvir a verdade do evangelho que muitas vezes lhe é negada e
trocada por missas político-partidária e discursos de ódio.A Igreja quando prega a
autêntica evangelização sempre atrai os jovens. Dom Bosco, no século XIX tinha
milhares de jovens e adolescentes com ele. E nunca lhes permitiu bailes.
Fazia-os rezar e lhes ensinava o Catecismo, falava sobre a verdade de Deus, do
homem e do mundo, e por isso os atraía.Um poeta disse certa vez que:
"A
juventude foi feita para o heroísmo e não para o prazer" (Paul Claudel).
É a cruz, o heroísmo, o
sacrifício que atraem os moços. Essa sempre foi a pedagogia da Igreja: Motivar que
os jovens busquem fazer o bem com sacrifício de si mesmos. Hoje, infelizmente,
temos padres que tem vergonha de usar batina, usam bermudas e roupas comuns, sinceros
como Judas, oferecem aos jovens: shows, cristotecas, rock e emocionalíssimos
baratos. Ora, se é para gozar a vida, porque ir à paróquia? Os jovens vão,
então, diretamente aos antros de perdição. Só Deus atrai. Só a verdade atrai e a Verdade foi crucificada. A Verdade, Cristo
Jesus, portanto, só se encontra na cruz! Evangelizar com novos métodos e meios? Sim, porém, o conteúdo não pode mudar!
Exortação
Profética para estes tempos!
"O
que é essencial meus filhos? A vossa salvação e a vossa santidade? ou a
salvação do resto de Israel?(Rom 9,27).Eu vos pergunto: Ainda haverá fé sobre a terra quando o Filho do Homem voltar? (Luc18,9) Ide!
Já estais obesos de formação e de uma santidade estéril, tímida, morna, sem
nervos, sem paresia de tão politicamente correta! Não vos preocupeis em agradar aos homens (Gal1,10), nunca conseguirás! Desperta
tu que dormes! levanta-te dentre os mortos e Cristo resplandecerá (Efes 5,14), pois a humanidade aguarda em dores de parto
a manifestação de vós filho da luz!(Rom 8).Não tenhais medo! (Lucas 12,32-34)Eu estou convosco até o fim! (Mat 28,20)"
------------------------------------------------------
Apostolado Berakash – A serviço da Verdade - Se você
gosta de nossas publicações e caso queira saber mais sobre determinado
tema, tirar dúvidas, ou até mesmo agendar palestras e cursos em sua Igreja, grupo
de oração, paróquia, cidade, pastoral, e ou, movimento da Igreja, entre em
contato conosco pelo e-mail:
filhodedeusshalom@gmail.com
Postar um comentário
Todos os comentários publicados não significam a adesão às ideias nelas contidas por parte deste apostolado, nem a garantia da ortodoxia de seus conteúdos. Conforme a lei o blog oferece o DIREITO DE RESPOSTA a quem se sentir ofendido(a), desde que a resposta não contenha palavrões e ofensas de cunho pessoal e generalizados. Os comentários serão analisados criteriosamente e poderão ser ignorados e ou, excluídos.