Objetivo desta formação: Ficarmos cientes
que o pecado original afetou a nossa sexualidade e afetividade, que ficaram
desordenadas, ou seja, perdemos a integralidade e inteireza destas duas
capacidades humanas. Também, entendermos
que neste caminho de maturidade humana na vida Cristã, a caminho da santidade, vivemos aquela tensão escatológica entre o
já e o não ainda, ou seja, entre o eu real, e o eu ideal, bem como
aprendermos que a sexualidade é muito mais que genitalidade, pois é algo
ontológico, e que faz parte do plano original de Deus, com meios e fins
específicos.
I – O QUE É A SEXUALIDADE ?
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:
A sexualidade afeta todo nosso ser:
I Carta aos Tessalonicenses5,23: “Que o próprio
Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser – o espírito,
alma e o corpo, seja guardado irrepreensível para a vinda do Senhor Jesus
Cristo...”
A TENSÃO ENTRE O EU REAL E O EU IDEAL:
Romanos 7,19-25 “Pois o que faço não é o bem que
desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo. Ora, se faço o
que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim. Assim,
encontro esta lei que atua em mim: Quando quero fazer o bem, o mal está junto a
mim. Pois, no íntimo do meu ser tenho prazer na lei de Deus.mas vejo outra lei
atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra a lei da minha mente,
tornando-me prisioneiro da lei do pecado que atua em meus membros. Miserável
homem eu que sou! Quem me libertará do corpo sujeito a esta morte? Graças a
Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor! De modo que, com a mente, eu próprio sou
escravo da lei de Deus; mas, com a carne, da lei do pecado.
AINDA NÃO SOMOS ANJOS
Mateus 20,30: “Na ressurreição, as pessoas não se
casam nem são dadas em matrimônio; são, todavia, como os anjos do céu”
No
nível acadêmico - universitário, os estudos e pesquisas dos especialistas
apontam que a RELAÇÃO SEXUAL (Não ato conjugal), atende os níveis
fisiológico e psicológico das pessoas. PARA O CRISTÃO CASADO, o ATO CONJUGAL
vai além, atendendo a um terceiro nível: O espiritual. O sexo foi feito e
querido por Deus, ( I Ped. 3,7) e tudo que Deus criou é bom.
Magistério da Igreja - CIC 2362 :
"Os atos com os quais os cônjuges se unem
íntima e castamente são honestos e dignos. Quando realizados de maneira
verdadeiramente humana, significam e favorecem a mútua doação pela qual os
esposos se enriquecem com o coração alegre e agradecido." A sexualidade é
fonte de alegria e de prazer:O próprio Criador estabeleceu que nesta função (de
geração) os esposos sentissem prazer e satisfação do corpo e do espírito.
Portanto, os esposos não fazem nada de mal em procurar este prazer e em
gozá-lo. Eles aceitam o que o Criador lhes destinou. Contudo, os esposos devem
saber manter-se nos limites de uma moderação justa."
A
sexualidade envolve o que há de mais íntimo na vida do ser humano. Dependendo
do modo como é usufruída, ela tanto pode produzir resultados positivos quanto
negativos, seja na área biológica, sociológica, psicológica ou espiritual.
Algumas lideranças não dão a devida importância que o assunto requer (Não é o
caso do Shalom e da Igreja Católica). Uns se recusam a falar sobre sexualidade,
porque acham que é um assunto que não tem tanta relevância. Já outros, são
tolhidos pela timidez ou acham-se incapazes de ensinar à sua comunidade
corretamente sobre o assunto, sem ferir as preferências pessoais neste
âmbito,portanto , deduzem que é de foro íntimo, e a Igreja e nem ninguém deve
dar pitaco nesta área.E o resultado é que muitas vezes os problemas se
avolumam, gerando conflitos extremistas, simplesmente porque as pessoas não
receberam um ensino adequado, nem foram orientados sobre como deveriam agir de
forma, racional, equilibrada, humana e com a maturidade Cristã que o tema
merece.
Existem
pessoas que, quando o assunto é sexualidade, defendem idéias absurdas. Dizem,
por exemplo, que Deus criou o homem e permitiu que o diabo inventasse o sexo
??? Para uma grande maioria, a sexualidade está muito mais associada ao pecado
do que a algo bom, criado por Deus. O pecado original, não foi o sexo(pois ele
foi ordenado), mas a desobediência, ou seja, o homem querer por si mesmo
decidir o bem e o mal, e o que é certo e errado segundo seus próprios
critérios.
Antes
de julgar se a sexualidade é boa, ou má (é amoral), precisamos
saber quem o criou, com que finalidade ele foi criado e o que devemos fazer para
tornar a sexualidade conforme o PLANO ORIGINAL DE DEUS:
Romanos 1,26-28: E, por essa razão, Deus os
entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações
sexuais naturais por outras, contrárias à natureza. De igual
modo, os homens também abandonaram as relações sexuais naturais com suas
mulheres e se inflamaram de desejo sensual uns pelos outros. Deram, então,
início a sucessão de atos indecentes, homens com homens, e, por isso, receberam
em si mesmos o castigo que a sua perversão requereu. Além do mais,
considerando que desprezaram o conhecimento de Deus, Ele mesmo os entregou aos
ardis de suas próprias mentes depravadas, que os conduz a praticar tudo o que é
reprovável...”
Deus criou o homem e a mulher, e colocou órgãos genitais diferentes em cada um deles. Ele criou também os hormônios, que atuam na área da sexualidade masculina e são chamados de testosterona. Na mulher, estes hormônios são conhecidos como estrógeno e progesterona, com funções e fins específicos. E os cromossomos X e Y que definem fisicamente o homem e a mulher. (Muda-se a estética jamais a genética). Até um hermafrodita, que tem os dois sexos, os seus cromossomos definem se é homem, ou mulher. Não existe esse negócio de uma alma masculina, num corpo feminino, ou seja, essa dedução não tem caráter científico, é pura especulação achológica de alguns psicólogos, que não é uma ciência exata. Não existe consenso sobre esta dedução até mesmo entre os psicólogos.O quadro “quem sou eu do fantástico”, ao querer usar a autoridade de um psicólogo (sem querer desmerecer o trabalho desta classe) para tratar de neurociência, é como usar a autoridade de um astrólogo, para tratar de astronomia. A matéria ida ao ar portanto, foi mais de caráter ideológico que científico.
Os desejos íntimos masculinos e femininos,
tem funções e fins específicos no plano criador:
E por
que Deus criou estes dois órgãos genitais masculinos e femininos que acabamos
de analisar? Será Ele um tipo masoquista que criaria no
homem desejos naturais que não podem ser satisfeitos como, quando e onde eu
quiser? (Agir unicamente pelos instintos como os animais?). Para que Deus criou
tudo isso? Para brincar com os nossos sentimentos e as nossas emoções, e vendo
nos condenar pelo seu mal uso?
“Deus não teve vergonha de criar aquilo do qual nos
envergonhamos...” (Sto Agostinho)
Muitas
vezes por falta de compreendermos o significado de coisas muito simples
perdemos a riqueza de aspectos da vida cristã que são fundamentais. Como por
exemplo: ao falarmos de corporeidade e de sexualidade. Ficaremos surpresos ao
descobrir como Deus ao nos criar e dar-nos um corpo quis revelar ao homem
dimensões importantíssimas de sua vocação. E mais ainda, como a sexualidade
humana traz em si normas, exigências que ela mesma faz para poder se
desenvolver.
É expondo
a sexualidade humana à luz do Mistério de Cristo, é que podemos enxerga-la como
um chamado a realizar aquela Caridade que o Espírito Santo infundiu em nossos
corações. Cristo experimentou de forma ordenada/Integral e sem pecado aquilo
que Adão sentia por Eva. Pois o que não foi assumido pela sua encarnação, não
foi redimido!!!
Hebreus 2,17-18: “Por esse motivo, era vital que
Ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, a fim de que
pudesse constituir-se sumo sacerdote misericordioso e leal em relação a Deus, e
pudesse realizar propiciação pelos pecados do povo. Considerando,
portanto, tudo o que Ele mesmo sofreu quando tentado, Ele é capaz de socorrer
todos aqueles que semelhantemente estão sendo atacados pela tentação.”
A
sexualidade é uma componente fundamental da nossa personalidade. É um modo de
ser e de se manifestar, de comunicar-se com o outro, de sentir, de expressar e
de viver o amor e as relações humanas. Portanto ela é a chave para o
desenvolvimento harmonioso da nossa personalidade através da COMPLEMENTARIEDADE (Os iguais de completam, os
diferentes se enriquecem).
Faz-se
necessário compreender que esta abrange não somente o plano físico, mas também
o plano psicológico e o plano espiritual, marcando toda sua expressão. Orientá-la,
elevá-la e integrá-la pelo amor é o único meio de torná-la verdadeiramente
humana e vivencial, e não algo inatingível.Jesus indicou-nos também,
pela Palavra e pelo exemplo, a Vocação tanto ao matrimônio, como ao celibato, ou
seja, a virgindade, ou a renúncia ao ato conjugal por causa do Reino dos Céus. O celibatário,
por não estar condicionado às obrigações nupciais, está mais disponível para o
amor gratuito e exclusivo a Deus e aos irmãos. Exprime melhor a doação de
Cristo ao Pai pela doação aos irmãos, e de forma ESCATOLÓGICA já nos aponta para
realidade da vida eterna que nos espera.
Se
por um lado implica numa renúncia ao amor típico do matrimônio, por outro
assume de um modo mais profundo e evidenciado essa dinâmica do amor oblativo
aos outros, que é um aspecto inerente à sexualidade. Em suma, a sexualidade é
chamada a exprimir valores diversos a que correspondem exigências morais
específicas, no diálogo interpessoal e na abertura ao dom de si. A vida
afetiva, própria de cada sexo exprime-se de modo característico nos diversos estados
de vida já discernidos no matrimônio, ou no celibato,bem como também, naqueles
que caminham ainda em um processo de discernimento. Integrar a sexualidade,
ordená-la para o amor, é o dever de cada cristão.
Mateus
19,12: Pois há alguns eunucos que nasceram assim do ventre de suas mães; outros
foram privados de seus órgãos reprodutores pelos homens; e há outros ainda que
a si mesmos se fizeram celibatários, por causa do Reino dos céus. Quem for
capaz de aceitar esse conceito, que o receba...” (Tradução João Ferreira de
Alemida).
Para
chegarmos a uma concepção cristã do homem e de sua sexualidade devemos antes
atribuir, ou mais que isso, reconhecer ao corpo humano a sua função particular:
O
corpo contribui para revelar o sentido da vida e da vocação humana. Ao
que chamaremos de ora em diante de corporiedade definiremos como sendo o modo
particular, específico de existir e de agir que é próprio do espírito humano.Em
poucas palavras: O corpo revela o homem.Este primeiro significado é de natureza
antropológica, mas há também um significado de natureza teologal: O corpo
participa na revelação de Deus e de seu amor criador enquanto manifesta o homem
como criatura.
Hebreus 10,5-7: “Por isso, quando Cristo veio ao
mundo, disse: Sacrifício e oferta não quiseste, mas um corpo me destes. De
holocaustos e ofertas pelo pecado não te agradaste. Então eu disse: Aqui estou,
no livro está escrito a meu respeito; vim para fazer a tua vontade, ó Deus...”
Deus criou o homem, e criou-o alma e
corpo:
“Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a
concupiscência da carne. Porque a carne cobiça contra o Espírito e o Espírito
contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que
quereis...” (Gl 5,16-17).
“Porque os que são segundo a carne, inclinam-se
para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do
Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é
vida e paz...” (Rm 8, 5).
O
corpo é testemunha da criação, portanto não pode ser compreendido senão sob a
ótica do amor de Deus, do amor com o qual foi criado. Desse dom do amor o corpo
procede e a ele está ligado em uma íntima relação de dependência que imprime no
homem um caráter oblativo, essencial para se entender a sua vocação.O corpo
enquanto sexuado exprime a vocação do homem à reciprocidade, isto é, ao amor e
ao mútuo dom de si. Deus criou o homem e a mulher para dizer-lhes que, em sua
diversidade, são iguais em natureza e em dignidade. Ao mesmo tempo semelhantes
para se compreenderem a diferentes para se completarem. Ser homem e ser mulher
constituem dois modos segundo os quais a criatura humana realiza a sua
participação no ser divino pois foram criados à imagem e semelhança de Deus.
Orientados
para COMPLEMENTARIEDADE, o bem comum, e a fecundidade, o homem e a mulher participam
do amor criador e multiplicador de Deus, vivendo a comunhão com ele através do
outro. O pecado obscurece a percepção deste aspecto, mas seu significado
permanece inscrito no profundo do coração humano como uma exigência do dom
recebido.
“A mulher será salva pela teknogonia (maternidade)”
(1Tm 2,15)
“Somente
no Mistério do Verbo Encarnado encontra verdadeira Luz o mistério do homem.”
(Gs,22). Assim é que se compreende que a nossa
existência humana não pode encontrar seu significado fundamental se não for sob
a luz do nosso chamado a participar e viver a vida divina preparada para nós
(Conf. 2 Pedro1,4).
II – A NOSSA IDENTIDADE MARCADA PELA AFETIVIDADE FERIDA PELO PECADO ORIGINAL
I João 3,2-3; “Amados,
agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser,
todavia, sabemos que quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois
o veremos como Ele é. E todo o que tem nele essa plena confiança, purifica a si mesmo, assim como Ele é
puro...”
Se a minha identidade está
oculta em Cristo Jesus (Col 3,3) – QUEM SOU EU ?
Resposta: “Eu sou aquilo que Deus pensa de mim...” (Sta.
Teresinha)
Colossenses
3,1-10: “Portanto, já que vocês
ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está
assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não
nas coisas terrenas.Pois vocês morreram, e a vossa essência está
escondida agora com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida,
for manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória.
Assim, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês:
imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância, que é
idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de Deus sobre os que
vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado, quando costumavam
viver nelas. Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira, indignação, maldade,
maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam uns aos outros, visto
que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas e se
revestiram do novo, o qual está sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu
Criador...”
Se alguém
nos perguntar quem tu és, o que responderias? Qual é o primeiro
pensamento que vem em sua mente para se identificar?
O 'EU' ideal e o 'eu'
real, que é a diferença entre aquilo que gostaríamos de ser, e aquilo que somos
atualmente. Muitas vezes o tempo e as circunstâncias não permite que cheguemos
ao nosso 'eu' ideal, mas isto não pode nos desanimar, não podemos menosprezar
as nossas pequenas conquistas, nos desvencilhando dos rótulos.
É quase sempre muito difícil se autodefinir. Quem
eu sou? Muitos timidamente respondem o que são profissionalmente, sou médico,
advogado, professor, estudante. Mas a nossa verdadeira identidade está além
daquilo que fazemos. Na realidade a nossa identidade determina aquilo que
fazemos e não o contrário. Fazemos algo por que o que somos nos dá
características para fazer.Muito se fala sobre os temperamentos, e eles são
importantes também na nossa personalidade, mas ainda assim não é isso que diz o
que somos. Deus nos fez à sua imagem e semelhança (Gn 1,27), porém somos
diferentes uns dos outros, no que se refere à nossa identidade.
O dicionário define
identidade como:
“Circunstância
de um indivíduo ser aquele que diz ser, ou aquele que outrem, presume que ele
seja.”
Ou
seja, diz que nós mesmos dizemos quem somos, ou o outro presume quem somos. Mas
verdadeiramente, quem você é? Quem você é em Deus?Santa Teresinha dizia
que: “Eu não aquilo que penso e os outros pensam de mim, mas sou aquilo que
Deus pensa de mim...”A maneira mais correta de saber quem somos é por meio da Palavra daquele
que nos criou. A Bíblia tem uma definição de quem genuinamente somos. A nossa
fé nos torna indivíduos diversificados, separados por Deus, para que cumpramos
um propósito aqui na Terra. E importante se faz salientar que quando percebemos
quem somos, qual o propósito de estarmos aqui, isso traz em nosso coração uma
aceitação.Aceitar
a si mesmo é um modo que o Pai tem de trabalhar na nossa identidade, para que
possamos entender que somos únicos, e que Deus nos trouxe aqui com tais
características para realizar esta proeza que Ele nos deu como missão. Viemos
ao mundo com um propósito, existe um alvo, um lugar onde devemos chegar. Se a
sua fé está firmada em coisas materiais, na sua carreira profissional, ou na
fama, você estará limitado a chegar somente aonde essas coisas podem o levar.Se
você é alguém por causa da sua roupa, quando você não estiver bem vestido, não
será ninguém, ou quando a fama acabar, por ser algo transitório e instável,
você também deixará de ser quem acredita que é. Somente quando somos alguém em
Deus, temos uma verdadeira identidade, a identidade de Cristo, pois nos
identificamos com Ele. O apóstolo Paulo dizia:
“Porque eu, mediante a
própria fé, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com
Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver
que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si
mesmo se entregou por mim.” (Gl 2,19-20)
O QUE É UMA AFETIVIDADE SADIA ?
É não
depender dos afetos, circunstâncias e das simpatias dos outros para ser feliz,
mas ser livre para amar, apesar de...A afetividade é uma capacidade (amoral) dada por Deus que
precisa ser retamente ordenada pela virtude da castidade para o verdadeiro bem,
para que possamos amar a Deus e aos outros com amor puro e desinteressado.
Além de ordenar nossa sexualidade, a castidade também nos encaminha para a
maturidade afetiva, ou seja, a capacidade nata de manifestar o amor, que está
envolvido em todos os nossos relacionamentos. A vivência da castidade nos leva
a uma liberdade em relação às pessoas. Isso não significa uma autossuficiência,
mas uma liberdade de não depender dos afetos e das simpatias dos outros para
ser feliz, mas ser livre para amar. Significa não colocar as pessoas como fonte
da nossa realização e felicidade, descobrindo que essa fonte é unicamente o
Senhor. É essa descoberta que nos coloca em liberdade para nos dar
inteiramente na vivência do amor, para viver o dom de si. Quando nos colocamos na postura de
querer, desejar, ansiar e trabalhar para nos saciar com pessoas, caímos no amor egoísta,
imaturo, que só ama pensando na recompensa, porque quer receber algo em troca.
Neste amor egoísta, as pessoas passam a ser instrumentos do nosso prazer, da
nossa satisfação, não há liberdade na doação nem gratuidade. A busca insaciável
do afeto das pessoas é sinal de imaturidade afetiva.Passa a viver o melo do
egoísta: “Pense em mim, chore por mim, liga pra mim, não liga pra ninguém...”
FINALIZANDO:
Embora
não haja um santo que seja o santo padroeiro formal dos relacionamentos
afetivos e da nossa sexualidade,na verdade existem vários santos que são
patronos de uma ampla variedade de relacionamentos e a lista de santos que ajudam pessoas em tipos
específicos de relacionamentos é longa. Mas há santos que ajudam pessoas em
diferentes estágios de relacionamento; olhemos portanto, o exemplo dos santos
que estiveram neste mundo como nós. Pessoas que estão solteiras e querem estar em
um relacionamento, ou estejam no caminho do celibato definitivo, ou formativo,
podem pedir a ajuda de que precisam a eles pela sua intercessão.
Independente
do estágio de relacionamento ou caminho de discernimentos que você esteja
trilhando, apresentamos uma lista de sete santos que são conhecidos, pela graça
de Deus, para ajudar as pessoas a progredirem nos níveis de relacionamentos de
forma sadia e esquilibrada.
Segue a lista dos 7 padroeiros dos afetos para que possamos conhecer suas histórias e pedir sua intercessão junto a Cristo:
Segue a lista dos 7 padroeiros dos afetos para que possamos conhecer suas histórias e pedir sua intercessão junto a Cristo:
1)-
São Vicente de Paula
2)-
São Valentim
3)-
São Nicolau de Mira
4)-
Santa Mônica
5)-
Santa Adelaide de Borgonha
6)-
Santa Ângela de Foligno
7)-
Santa Maria Madalena
* Por Francisco Barros - Missionário consagrado na Comunidade Católica Shalom, como Comunidade de Aliança Externa em Mossoró-RN
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