O seguimento a Cristo comporta um
caminho de coragem, renúncias e disposição, e para isto a obra de
autoconhecimento se torna, não algo optativo, mas imperativo:
Lucas 14,25-33: "Milhares de pessoas acompanhavam Jesus; então,
dirigindo-se à multidão lhes declarou: “Se alguém deseja seguir-me e ama a seu
pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até mesmo a sua
própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. Da mesma forma, todo aquele que não carrega
a sua própria cruz e segue após mim não pode ser meu discípulo. Porquanto, qual
de vós, desejando construir uma torre, primeiro não se assenta e calcula o
custo do empreendimento, e avalia se tem os recursos necessários para
edificá-la? Para não acontecer que, havendo providenciado os alicerces, mas não
podendo concluir a obra, todas as pessoas que a contemplarem inacabada zombem
dele, proclamando: ‘Este homem começou grande construção, mas não foi capaz de
terminá-la!’ Ou ainda, qual é o rei que, pretendendo partir para guerrear
contra outro rei, não se assenta primeiro para analisar se com dez mil soldados
poderá vencer aquele que vem enfrentá-lo com vinte mil? Se chegar à
conclusão de que não poderá vencer, enviará uma delegação, estando o inimigo
ainda longe, e solicitará suas condições de paz. Assim, portanto, todo aquele
dentre vós que não renunciar a tudo quanto de mais estimado possui não pode ser
meu discípulo...”
“Se dissermos que não temos pecado algum, enganamos a nós mesmos, e a
verdade não está em nós...” (I Jo 1, 8)
Lucas 18,10- 14: “Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro,
publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como
os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este
publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto
possuo. O publicano, porém, estando em
pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito,
dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!Digo-vos que este desceu
justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se
exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.”
Muitos
acham que se conhecem, mas até que ponto chega esse autoconhecimento? Para que
você possa averiguar isso, recomendo o teste ao final desta matéria para que
você tenha uma visão de suas forças e fraquezas. Depois responda a si mesmo(a): O
que foi mais fácil para escrever: As minhas
qualidades ou os defeitos? O autoconhecimento nos leva à autoestima e
ao amor-próprio, ou seja, a olharmos para nós mesmos reconhecendo-nos como
criaturas de Deus, como obras-primas de Deus, sem exaltações nem degradações,
com um perfeito entendimento do eu real e eu ideal. Vivemos
em um mundo, o qual, nos incentiva a sermos independentes de Deus e de todos. Incentiva-nos
a uma autorrealização que, para a grande maioria, parece cada vez mais
distante, pois se trata de incentivo a uma vida cada vez mais fora de nós
mesmos, cada vez mais exteriorizada. O resultado disso é que, as
pessoas se preocupam cada vez menos com seu interior e cuidam menos dele,
gerando sentimento de frustração e de vazio. Por causa disso, encontramos um
número crescente de pessoas que sentem um grande vazio interior e uma grande
insatisfação, não conseguindo sequer, dar nome ao próprio sentimento. O
autoconhecimento é necessário. Descobrir
nossos dons e talentos. Reconhecer nossos pontos fracos e pecados. Entender o
nosso papel no reino de Deus. Muitas pessoas evitam o autoconhecimento,
preferem enganar-se, mentindo para si mesmas ao invés de encarar a sua própria
realidade. Quanto menos se conhecem, menos utilizam o seu potencial e menos
produtivas se tornam na obra do Senhor. Quem não conhece a si mesmo e não se
aceita, dificilmente saberá reconhecer e aceitar o irmão e o próximo.
O
autoengano - Enganamos a nós mesmos quando:
1)-Não
nos conhecemos como de fato somos.
2)-Não
admitimos as nossas falhas e a necessidade de mudanças.
3)-Quando
temos uma visão errada de nós mesmos.
4)-Quando
não queremos mudar.
A
visão que temos de nós mesmos é determinante para as nossas escolhas e são elas
que ditarão o nosso modo de viver. Quanto mais equivocada for a visão de nós
mesmos, mais nos distanciaremos do ideal de Deus para nós.
A
nova identidade que Deus nos dá a partir de uma experiência pessoal com seu
amor!
Quando
fazemos a experiência pessoal com a misericórdia de Deus e somos inseridos no
caminho da metanóia, que só se conclui na glória, Deus nos dá uma nova
identidade! De pecadores errantes em um mundo perdido, e com uma vida sem
sentido, e voltada unicamente para nós mesmos, passamos a seus filhos e servos,
herdeiros do seu reino; de trevas Ele nos transforma em luz; de egoístas e
orgulhosos, em pessoas que agora não se de trilhar um caminho de santidade, a
qual todo batizado é chamado. Um
encontro pessoal com Cristo transforma a visão que temos de nós mesmos e nos dá
uma nova identidade que nos capacita a amá-lo e a servi-lo, como aconteceu com
o apóstolo Paulo. O autoconhecimento neste caminho de seguimento a Cristo, é de suma
importância no amor fraternal. Mas não é o conhecimento pelo conhecimento. Ele
deve nos impulsionar a buscar santidade de vida em obediência a Deus, nos
fazendo conhecer o nosso papel no seu reino, que nos leva a servi-lo em um doce
e suave cansaço que a outros descansa.
Em
primeiro lugar, porém, deve estar o conhecimento de Deus!
“Portanto, já que vocês
ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está
assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não
nas coisas terrenas. Pois vocês
morreram, e a vossa essência está
escondida agora com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a sua vida, for
manifestado, então vocês também serão manifestados com ele em glória. Assim,
façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena de vocês: imoralidade
sexual, impureza, paixão, desejos maus e
a ganância, que é idolatria. É por causa dessas coisas que vem a ira de
Deus sobre os que vivem na desobediência, as quais vocês praticaram no passado,
quando costumavam viver nelas. Mas agora, abandonem todas estas coisas: ira,
indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar. Não mintam
uns aos outros, visto que vocês já se despiram do velho homem com suas práticas
e se revestiram do novo, o qual está
sendo renovado em conhecimento, à imagem do seu Criador...”(Colossenses
3,1-10).
O
CONFLITO ENTRE O EU REAL E O EU IDEAL, NA OBRA DE AUTOCONHECIMENTO, DIANTE DO
ESPELHO DA LEI DE DEUS!
Romanos 7,5-25: “Porque, quando
estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em
nossos membros para darem fruto para a morte. Mas agora temos sido libertados da
lei, tendo morrido para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em
novidade de espírito, e não na velhice da letra.Que diremos pois? É a lei pecado? De modo nenhum. Mas eu não conheci o
pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não
dissesse: Não cobiçarás.Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, operou
em mim toda a concupiscência; porquanto sem a lei estava morto o pecado.E eu,
nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri.E
o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.Porque o pecado,
tomando ocasião pelo mandamento, me enganou, e por ele me matou.E assim a lei é
santa, e o mandamento santo, justo e bom.Logo tornou-se-me o bom em morte? De
modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte
pelo bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente
maligno.Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal,
vendido sob o pecado.Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não
faço, mas o que aborreço isso faço.E, se faço o que não quero, consinto com a
lei, que é boa.De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado
que habita em mim.Porque eu sei que em
mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está
em mim, mas não consigo realizar o bem.Porque não faço o bem que quero, mas o
mal que não quero esse faço.Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço
eu, mas o pecado que habita em mim.Acho então esta lei em mim, que, quando
quero fazer o bem, o mal está comigo.Porque, segundo o homem interior, tenho
prazer na lei de Deus;Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a
lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus
membros.Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte?Dou
graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o
entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.”
“Vede que grande amor
nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus; e nós o somos.
Por isso o mundo não nos conhece; porque não conheceu a Ele. Amados, agora
somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar,
seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos. E todo o que nele
tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro.” (1 Jo 3,
1-3).
Quanto mais conhecemos a Deus, mais
sabemos a cerca de nós mesmos e da sua vontade para nós!
A famosa frase “conheça-te a ti mesmo” é atribuída ao filósofo
Sócrates, que viveu mais de 400 anos antes de Cristo. Ela indica o caminho que
a filosofia ainda hoje entende ser necessário para viver uma vida mais feliz e
plena: o autoconhecimento. A pessoa precisa conhecer suas dificuldades,
anseios, crenças, valores, etc para aprender a lidar com as dificuldades
naturais da vida e conseguir tomar as decisões adequadas. Para a maioria dos filósofos o autoconhecimento
deve ser baseado inteiramente na razão, daí a importância de acumular saber (no
Cristianismo, tudo parte da experiência de fé).E, segundo essa linha de
pensamento, as emoções são apenas empecilhos para que a razão atue de forma
plena e livre. Elas precisam ser controladas pois obscurecem o pensamento
lógico.A
partir de Freud, uma outra abordagem para o autoconhecimento passou ser
considerada importante. As emoções são tomadas como parte
fundamental da pessoa e o autoconhecimento não é possível sem lidar adequadamente
com elas. Sem percepção de como os próprios sentimentos, bons e maus funcionam,
a pessoa carrega consigo uma enorme lacuna que impacta sua vida como um todo. Esse
desafio é ainda maior porque sentimentos humanos não costumam ser lógicos: são misturados,
contraditórios e confusos – é possível até amar e odiar a mesma pessoa.
Portanto, reconciliar sentimentos é tarefa delicada e complexa, daí porque há
tantas pessoas emocionalmente adoecidas.Essas
duas vertentes do conhecimento humano, primeiro a filosofia, com sua proposta
de analisar racionalmente todas as coisas, e depois as ciências de cunho
psicológico, com sua proposta de conhecer e aprender a lidar com as próprias
emoções, são ambas propostas extremamente importantes para levar as pessoas a
vidas melhores e mais equilibradas, mas não dão conta de tudo. Questões como o
amor ao próximo; o sentimento de paz mesmo em meio a uma guerra; e o desapego
aos bens materiais, não conseguem ser explicadas nem pela filosofia e nem pelas
ciências psicológicas. Essas coisas não fazem sentido lógico e nem nascem das
emoções e técnicas meramente humanas. Isso porque há uma terceira vertente: a
espiritual, que é fundamental para qualquer ser humano. Deus nos criou à sua
imagem e semelhança e por causa disso reside em nós uma centelha divina. Tal
centelha, conhecida na linguagem teológica como espírito, é nossa forma de
acesso à dimensão espiritual:I Tessa5,23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o
vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis
para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”Na
noite anterior ao da sua crucificação, Jesus disse: “o espírito está pronto mas
a carne é fraca” (Mateus capítulo 26, 41). Com essa frase, Ele comprovou a
existência do campo espiritual e mostrou que ele difere do campo material
(representado na frase pela palavra “carne”).Jesus sabia que haveria de passar
pela crucificação e enfrentaria luta espiritual gigantesca. Satanás fez tudo
para conseguir que Ele desistisse de oferecer sua vida por nós. Seu espírito
estava pronto para enfrentar tudo, mas suas emoções eram um turbilhão, pois
Jesus foi humano como nós (“a carne era fraca”).Hebreus 4,15: “Porque não temos um sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi
tentado, mas sem pecar...”Exatamente
por isso que Ele acrescentou a expressão: “minha alma está profundamente
triste” (versículo 38), nesse último versículo, alma tem exatamente a ver com
suas emoções. Sem a pessoa levar em conta sua dimensão espiritual, que só se
sacia em Deus, fica sempre sem entender como ela se relaciona com Deus, e uma
parte fundamental do seu autoconhecimento fica perdida. Agora, é interessante
perceber que há na Bíblia um ensinamento que muito parecido com o de Sócrates:“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João8,32).O
Catecismo da Igreja Católica corrobora com esta afirmação, quando nos diz que o
homem busca apenas duas coisas na vida: A verdade e a felicidade (que só
encontramos em Deus, pois Ele é a verdade e a felicidade, conforme afirma Santo
Agostinho).A sabedoria humana normalmente entende essa frase como sendo a
mentira aquilo que nos aprisiona, enquanto a verdade (o conhecimento) liberta o
ser humano. E entendido assim, parece ser que Jesus e Sócrates ensinaram a
mesma coisa.E isso está parcialmente correto pois o autoconhecimento não deixa
de ser uma busca pela verdade. Mas o ensinamento da Bíblia vai muito além
daquilo que Sócrates propôs, pois toca também na questão do espírito humano.Jesus
disse que Ele mesmo é o Caminho para Deus, a Verdade Divina revelada para os
seres humanos e a oferta da Vida Eterna para eles (João 14,6). Portanto, quem
conhece e adere a Jesus e a sua proposta
integral do seu seguimento, conhece a Verdade, e é ela, ou seja, Jesus Cristo,
que liberta o ser humano da escravidão do pecado e da morte eterna, sua
consequência direta. E essa Verdade somente pode ser entendida pelo espírito.
Nem a razão e nem as emoções são adequadas para se apropriar dela. Somente
através do espírito é que isso pode ser feito. O
autoconhecimento INTEGRAL, somente poderá vir da consideração dessas três
dimensões: da razão, das emoções e do espírito. Usamos a razão para aprender a
pensar corretamente, construir pensamentos coerentes, avaliar corretamente as
circunstâncias em que vivemos e conseguir tomar decisões práticas adequadas.
Precisamos entender nossos sentimentos para ser saber como eles transformam e
impactam nossas vidas. Mas sem o conhecimento da Verdade que é Jesus Cristo,
não há como atingir o autoconhecimento completo. E é exatamente nessa última
dimensão, que tem a ver com o aspecto espiritual, onde cada um de nós enfrenta
de fato o desafio de ser cristão. Jesus
trabalhava o autoconhecimento em seus discípulos, e deixou diversas mensagens
para isso nos evangelhos, que são os escritos de seus discípulos sobre os feitos
e as palavras de Jesus. Ele ensinou a caridade, e a caridade traz autoconhecimento,
desde que feita com o coração e não por obrigação. Os católicos vêem a caridade
como meio prático de atingir a santidade. Um Padre disse para mim certa vez que
Santidade para os Católicos é a mesma coisa que o Nirvana para os Budistas, e é
ensinado no Budismo que o despertar da consciência trás o Nirvana. Este mesmo padre
falava da importância da elevação espiritual (conhecida na teologia Cristã como
ascese). Ora, Nirvana é a eliminação do Ego (egoísmo e orgulho), a Santidade também. Cristo também ensinou a
virtude, e quando as pessoas se mantêm virtuosas, não estando centralizadas em seus egos como principal fator que dirige sua
personalidade; isso também traz autoconhecimento. Quando os egos das pessoas
estão como principal fator que as dirige, elas tem atos que desrespeitam a si
mesmas e ao outro próximo e distante. Assim Jesus reprovava o egoísmo que é a
não virtude, ou ante caridade, e
aprovava a verdadeira virtude, que são ter qualidades espirituais
(psicológicas) que crescem em nós a medida que a exercitamos, tais como ser
generoso, humilde, honesto, fiel, bondoso, respeitoso, paciente, simples e etc.
que faz com que tenhamos bons atos; atos de amor e que visam ajudar e querer
bem ao próximo. Ao contrário, no que se considera pecado estão as invirtudes,
como orgulho, inveja, ira, preguiça, avareza, gula, luxúria, falsidade,
desonestidade, falta de zelo e respeito a si, ao outro e aos bens sociais e
morais e etc.
Lei do
Espelho: “O defeito que vejo no outro são falhas que existem em mim mesmo!”
Por
Dr. HELIO FÁDEL - médico, psiquiatra do COB e escritor
Você já ouviu falar de
projeções do “eu” no “outro”? Pois, bem! Lendas e mitos
nos ensinam desde a antiguidade que o que vemos nos outros, revela informações
valiosas sobre nós mesmos. É como um espelho! Pensemos em situações
frequentes do nosso dia a dia. Por exemplo, quando observamos algo em alguém
que gera um sentimento de desgosto em nós, que não nos agrada. Possivelmente, estamos diante da Lei do Espelho. Ela
estabelece que, de algum modo, aspectos em determinada pessoa que nos causam
aversão também existe em nosso interior.
A
Lei do Espelho e as Projeções Psicológicas
A Lei do Espelho revela que nosso inconsciente, impulsionado pela
projeção psicológica que realizamos durante esse momento, nos faz pensar que o defeito ou desagrado que percebemos nos outros
existe somente “lá fora”, não em nós mesmos.Essa projeção é um mecanismo de defesa. Ou seja, atribuímos a
outras pessoas nossos sentimentos, pensamentos, crenças ou até mesmo ações
próprias que são inaceitáveis para nós.Ela começa a atuar durante experiências que nos trazem algum tipo de
conflito emocional. Ou pode acontecer também nos momentos em que nos sentimos
ameaçados, tanto interiormente quanto exteriormente. Um exemplo típico da projeção psicológica ocorre quando nos
apaixonamos e atribuímos à pessoa amada certas características que na verdade
só existem em nós mesmos!A Lei do Espelho se
reflete quando afirmamos conhecer muito bem outras pessoas e, na verdade, o que
fazemos é projetar sobre elas nossa própria realidade. Quando essa situação ocorre, colocamos nossa visão projetada de
nós mesmos sobre a imagem física da outra pessoa – que é captada por nossos
sentidos. Ser consciente daquilo que projetamos nos outros nos permite
descobrir como somos de verdade (AUTOCONHECIMENTO). Com isso, quando adquirimos
o domínio desse mecanismo mental, fica fácil recuperar o controle sobre o que
está acontecendo em nosso interior para que possamos fazer uso positivo disso e
trabalhar os aspectos que estão presentes em nós – mas que não desejamos
manter, ou que queremos transformar de algum modo. Vivemos de acordo com essa forma de perceber a realidade. Por isso,
às vezes, acreditamos em distorções negativas ou que nos geram mal-estar na
hora de nos relacionarmos com as pessoas a nossa volta, inclusive com nós
mesmos. Se quisermos empregar esse
recurso natural da psique – o projetar – de forma SAUDÁVEL e PLENA para obter
um crescimento interior saudável, a MEDITAÇÃO religiosa nos ajudará a traçar
essa fronteira. Ela pode facilitar o aprendizado de ver as coisas como elas
realmente são.
Sempre recordando a premissa que “observar diz mais sobre o observador do que sobre o que está sendo observado”.
*Dr.
HELIO FÁDEL – É médico, psiquiatra do COB e escritor
Vejamos mais algumas frases de Jesus além das já
anteriormente citadas, que nos levam a busca do autoconhecimento, e nos servem
de balizamento entro o eu ideal e eu real no caminho da santidade:
“Vai e não peques mais...”(João 8,11)
“O homem bom tira coisas boas do tesouro do coração, e o mau retira
coisas más, pois a boca fala do que está cheio o coração". (Lucas 6,45)
“Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar bons frutos.
Porventura colhem-se figos de espinheiros ou ervas de urtigas? Toda árvore se
conhece pelos frutos.” (Mateus 7,17)
Assim, podemos notar que Cristo incentivava o bem e desaconselha aquilo que é mal, desequilibrado, e não nos fazem bem!
Ele ensinava aos
seus discípulos se manterem com uma esperança positiva em meio aos
acontecimentos, incentivando-os a terem coragem (João16,33) e a perdoarem
sempre (Mateus18,21-22).O perdão também traz elevação espiritual, e isso é tão
forte em Jesus, que logo quando falamos em perdão, não temos como nos lembrarmos
dele, pois até na cruz ele perdoou os seus algozes(Lucas23,34).Além da
caridade, do exercício das virtudes e do perdão a oração por excelência é
aquela onde a maior obra de auto conhecimento se concretiza, traz a maturidade
humana, e Jesus dava exemplo rezando muito (pois ele é o modelo dos cristãos) e
é o autor do Pai Nosso. Jesus ao anunciar que o reino de Deus está próximo, e
quais os valores do reino, Ele diz que o reino de Deus, que é um lugar onde
existe amor, de querer bem ao outro, e de doação, já está dentro de nós e
também fora de nós crescendo como um grão de mostrada, porque Deus está em todo
lugar e também porque outras pessoas tem um grande bem querer pelos outros, ou
que pelo menos tem a potencialidade de se tornar assim, pois isso já vive
dentro dela. Assim sendo é afirmado que a obra de autoconhecimento e maturidade
humana, nos leva ao amor e querer bem ao próximo.Certo dia, um sacerdote fazia a algumas pessoas a seguinte pergunta: “O
que mais tem te cansado? ” Hoje, refaço esta e outras pergunta: “O que me
cansa? O que tem me estressado? O que tem me tirado, às vezes, a esperança? O
que tem te deprimido?...”Alguém
poderia dizer:
-Tenho de cuidar de uma pessoa doente na família...
-Outro(a):O que
me cansa é meu marido, que bebe e me trai, ou, minha esposa que é uma
descontrolada, é o meu filho, que não estuda e não quer nada com vida, está
perdido no mundo das drogas, e com amizades que o tira de Deus, de nós e do
caminho do bem...
-Outro(a) poderia dizer: Estou desempregado(a) e não sei mais o
que fazer...
-Outro(a):fui desenganado pela medicina, etc.
Somos levados a dizer
que todas essas coisas nos têm cansado, e não quero aqui diminuir e fazer pouco
caso delas, mas, preciso dizer uma coisa muito importante:“Somos nós mesmos que nos cansamos, lutando como Dom Quixote, contra
enormes moinhos de vento. O que nos cansa, o que nos estressa e tira a nossa
paz, são as constantes lutas que travamos dentro de nós mesmos, por não querer
nos submeter a Deus e a sua vontade. A luta contra a vontade de Deus, é a luta
mais cansativa que existe. ”Daí,
a importância do autoconhecimento. À medida que vamos nos conhecendo e, mais do
que isso, nos aceitando, nossa vida vai sendo tomada de serenidade, paz e
fecundidade muito grande.
“Tu me conheces Sr e sabes tudo de mim...” (João21,17)
“SENHOR, tu me sondaste, e me conheces.
Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu
pensamento.
Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos.
Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó
Senhor, tudo conheces.
Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão.
Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso
atingir.
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que
tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à
roda de mim.
Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o
dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa;Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe.
Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui
feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem.
Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e
entretecido nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas
estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem
ainda uma delas havia."
(Salmo 139,1-16)
Eu
gostaria de pegar dois trechos da Palavra de Deus para que pudéssemos realmente
entender porque nos cansamos na luta com nós mesmos:
1)-
O primeiro ponto está em Gênesis (3,9-10), quando Deus, diariamente, ia tomar o
café ou o chá da tarde com Adão e Eva e, um dia, Ele chegou e fez essa
pergunta: “Onde estás? Tu, que vinhas correndo todos os dias para me ver, para
estar comigo, onde estás agora? Por que não corres?” O que Adão responde: “Ouvi
o barulho de teus passos, tive medo, porque estou nu e ocultei-me”. Aqui está a
razão de nosso cansaço constante: “Tive medo do barulho dos Teus passos e,
porque estou nu, escondi-me”. Aqui está todo o trabalho do autoconhecimento sob
esses três aspectos: a malícia, a mentira e a insegurança. Isso traz a origem
do desequilíbrio de nossa identidade.
2)-
O segundo ponto é o Salmo 138: “Tu me perscrutas, Senhor, e me conheces”. Tu
sabes tudo de mim: quando me sento, quando me levanto, quando a palavra ainda
não me chegou à boca, tu já a conheces toda. Mesmo que eu quisesse fugir de ti
e entrasse no mais profundo dos abismos ou no alto das montanhas, tu estarias
lá”. Aqui vêm duas coisas lindíssimas em relação ao autoconhecimento: “Tu me
conheces e sabes tudo de mim”. Por isso, a chave está em lançar-se nos braços
daquele que sabe tudo de mim e que me conhece. A eterna perseguição amorosa de
Deus para conosco, dizendo: “Mesmo que tu chegues ao mais profundo das
depressões, lá me encontrarás. Se tu quiseres fugir de mim, indo para as mais
altas montanhas, eu lá te encontro e persigo”. Aqui está a paixão e o amor de
Deus para conosco, que nos leva a ter confiança: “Tu me conheces e sabes tudo
de mim”. - É
importantíssimo, é fundamental, o entendimento deste “Eu te conheço”, para que possamos
aceitar a montanha imunda que caiu sobre nós de malícia, de insegurança e de
mentira. Um dia, eu disse a Deus: “Errei de novo, não tenho mais coragem de te
olhar, porque errei de novo”. Então, Ele deu-me a imagem de uma criança de seis
ou sete meses que, há pouco haviam trocado a fralda e ela novamente a sujara E
essa criança era eu. E disse a Deus: “Sujei-me de novo e, rapidamente, Ele
pegou-me no colo e trocou-me as fraldas. Então, a cada dia, eu digo: “Como
consegue viver aquele que não conhece o Senhor?” Por isso, amados, é importante
a confiança no conhecer-se e aceitar-se, e isto só esta obra de auto
conhecimento nos dá através da vida de intimidade com Deus pela oração.
Há uma outra historinha muito interessante sobre
dois vasos:
“Um monge ia todos os dias à fonte, enchê-los de água, e um sempre
chegava ao convento pela metade, porque estava rachadinho; o outro chegava
sempre cheio. Um dia, depois de muito sofrimento desse vaso por sentir-se pela
metade, ele disse ao monge: “Joga-me fora, porque não estou sendo útil para
você! Você se cansa ao ir buscar água na fonte e me trazer até aqui, e quando
chega, estou pela metade”. O monge disse: “Querido vaso, quero mostrar-te uma
coisa. Como eu sabia que tu estavas rachado e que todos os dias perdias as
gotas de água, plantei pelo caminho muitas sementes e a água que tu perdias
caía sobre essas sementes e hoje quero te mostrar que lindo caminho tu
fizeste”. O lado do vaso quebrado estava cheio de flores e o lado do vaso
inteiro não tinha nenhuma flor! Por isso, você, que tem se sentido quebrado,
que tem aqueles pecados e aquele vício que não consegue superar, saiba que Deus
tem jogado sementes e que você as tem regado com as suas lágrimas, porque as
flores espirituais só florescem quando são regadas pelas lágrimas...”
QUAL A MORAL DESTA
ESTORIA?
Todo
o esforço da obra de autoconhecimento ao longo da vida, vai trazer muitas
lágrimas, mas essas lágrimas de dor caem por ai regando sabe-se lá o que e a quem! E porque
se busca o amor, porque quem quer se autoconhecer tem o objetivo de chegar ao
amor. Essas lágrimas têm o poder de renovar e de atualizar o sangue de Jesus.
Com nossas lágrimas e sofrimentos ofertados, nos tornamos corredentores, se
cumprindo aquilo que está escrito: “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às
tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a
Igreja...” (Colossenses 1,24). Aqueles
que choram a dor da sua própria história de miséria, e a ofertam, têm o poder
de atualizar o Sangue de Jesus Cristo. E em cada passo que damos, em cada
momento que vivemos, somos curados e entramos no processo de ressurreição. A
ressurreição não acontecerá de repente, ela vem à medida que as áreas do nosso
ser entram naquele “Tu me conheces”, no equilíbrio e na identidade de filhos de
Deus; no ser semelhante a Deus. Santa
Catarina de Sena, em 1378, escreve um livro, “O Diálogo”, no qual insiste no
autoconhecimento. Quando decidimos conhecer-nos, nos encontramos como
verdadeiros monstrinhos, numa cela, completamente deformados pelo pecado. Mas,
é também aí que vemos a grandeza de Deus, que nos ama exatamente como somos.
Você conhece a história dos dois prisioneiros?
O prisioneiro que foi
condenado à prisão perpétua, agita, incomoda e programa fugas, pois não tem nada a perder. Aquele que sabe
que está prestes a sair, se comporta bem. Então, na prisão da nossa humanidade
decaída pelo pecado, o Senhor nos convida a sentirmo-nos bem, porque logo
sairemos; logo, logo estaremos livres e toda lágrima será enxugada, não haverá
mais fome nem sede. Só felicidade! Nesta cela, não tenhamos medo porque Jesus
Cristo está conosco!
Outra
coisa fundamental no autoconhecimento são as raízes dos traumas que trazemos e que só Ele
sabe quais são e onde estão! Quantas coisas não nos pertencem, mas são trazidas
na bagagem da nossa natureza. Por isso, com toda a confiança, segure na mão de
Jesus e deixe que Ele entre em tua vida. Você pode perguntar-lhe sem receios: “Senhor, por
que tenho medo do escuro? Por que sinto falta de ar? Por que sou tão inseguro(a)? frio(a)? Sem compaixão e indiferente aos outros? Por que sou tão ciumento(a) e possessivo(a)?... Como vamos nos conhecer
se fugirmos dos braços Daquele que nos perscruta, conhece e sabe tudo de nós?
Não tenha medo, deixe que hoje o Senhor lave o teu pecado de uma maneira
extraordinária. Se o nosso copo está cheio, não pode colocar outra coisa dentro! Deus quer esvaziar-nos dos nossos medos, malícias e mentiras para encher-nos do
Seu Espírito! Só busca a via do autoconhecimento por Jesus Cristo, aquele que
decidiu amar! “Por isso, Senhor, ao coração de cada um coloca o desejo infinito
de amar”. A Quinta-feira Santa é o dia do amor, por causa da instituição da
Eucaristia e do Lava-pés. Quem
se mete nos calabouços profundos de si mesmo sem as mãos do Pai, enlouquece.
Nós temos a graça de receber e de perceber em cada parte em que nos vemos e em
que nos desnudamos, a mão do Pai. Precisamos das mãos do Pai: uma, para
segurarmos e nos sentir seguros; outra, para nos deixar acariciar. Só saberemos
acariciar e amar se recebermos Dele o amor e o carinho. Na estrada do
autoconhecimento, não temos o direito de parar, nem de desistir, mesmo sabendo que esta obra só se concluirá na glória! Enquanto neste mundo viveremos sempre esta tensão entre o já e o não ainda, entre o eu ideal que se contrapõe ao eu real. Porque o
autoconhecimento nos leva a reconhecer a grandeza de Deus e a nossa pequenez.
À
medida que vão caindo as máscaras das nossas mentiras, malícias e inseguranças
sobrepostas à nossa verdadeira identidade, vamos nos tornando bonitos, muitos
bonitos, à semelhança de Jesus, como naquele filme das crônicas de Narnia que
no episódio final, acontece a dolorosa obra de humanização daquele menino que
havia de transformado em um dragão. Então lhe é feito a pergunta: Você quer
deixar de ser dragão e voltar a ser gente? Ele diz sim...E então lhe avisam,
vai doer, mas mesmo assim você quer ?...Ele diz sim. Portanto, precisamos querer, e deixar Deus operar esta obra, que não pode
ser feita por nós mesmos.
Prática do autoconhecimento:
1) Medite: Somos e seremos sempre um mistério! Mas você se permite saber quem você é? Se permite que Deus e os outros lhe ajudem neste processo de autoconhecimento?
2) Quais são os seus maiores defeitos?
3) Quais são as suas maiores virtudes?
4) Existe alguma diferença entre o que você era antes de sua experiência com o amor misericordioso de Deus e agora? Ou é indiferente?
5) Você já sabe que planos o Senhor Deus tem para a sua vida?
6) Você já descobriu o seu dom espiritual, e seu lugar na Igreja, e sua via de santidade particular neste mundo?
CONCLUSÃO:
Precisamos assumir nossa verdadeira identidade neste mundo! O mundo está debaixo de muita escuridão e somente os filhos da luz, as novas
criaturas em Cristo, procurando ser semelhante a Ele a cada dia, é que podem
orientar a humanidade a escolher melhor, viver melhor e morrer melhor, pois
quem não sabe como bem morrer, não sabe como bem viver.
“Mas vós sois a
geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que
anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa
luz; vós que outrora nem éreis povo, e agora sois de Deus; vós que não tínheis
alcançado misericórdia, e agora a tendes alcançado. Amados, exorto-vos, como a
peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências da carne, as
quais combatem contra a alma; tendo o vosso procedimento correto entre os
gentios, para que naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores,
observando as vossas boas obras, glorifiquem a Deus no dia da visitação.
Sujeitai-vos a toda autoridade humana por amor do Senhor, quer ao rei, como
soberano, quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos
malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem. Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, façais emudecer a
ignorância dos homens insensatos, como livres, e não tendo a liberdade como
capa da malícia, mas como servos de Deus. Honrai a todos. Amai aos irmãos.
Temei a Deus. Honrai ao rei.” (1 Pe 2,9-17).
Em Deus, somos mais que vencedores, tudo podemos naquele que
nos fortalece, somos herdeiros das promessas do Rei dos reis. Somos filhos de
Deus. Ele supre todas as nossas necessidades. Devemos com o auxílio da graça
ser santos como nosso Pai celestial é santo. Ele não faz acepção de pessoas, na
fraqueza somos fortes, somos instrumentos em Suas mãos, somos corpo bem
ajustado, totalmente ligado. E juntos formamos, fazemos parte da Igreja do
Senhor, somos a Noiva tão aguardada. Seja grande ou pequeno Deus nos ama
incondicionalmente. Se você é tímido ou extrovertido, seja autêntico, sendo você
mesmo(a)! Você é único(a), não queira imitar a ninguém! Se você é prático,
criativo, dotado para trabalhar com artes ou com tecnologia, além de tudo isso,
você é alguém em Deus, e existe um lugar para você no seu grande Coração. Deus
ama a diversidade! Ele não nos ama porque fazemos grandes coisas, mas nos ama
incondicionalmente. Somos amados não pelo dinheiro, pelo status de uma
profissão bem-sucedida, mas por sermos seus filhos, apesar de...Fomos redimidos
e justificados pelo sangue de Jesus, que morreu na cruz por nós. Somos dignos
de vestir a capa, dignos do anel no dedo, de sentarmos à mesa do Rei, porque um
alto preço foi pago na cruz do Calvário pela nossa vida. Mas muitas vezes por
não sabermos quem realmente somos, vivemos das migalhas que as ilusões que este
mundo tende a nos oferecer. Porém, ainda é tempo de reconhecer quem
verdadeiramente somos, por meio daquele nos salvou, Jesus! Por isso, toda vez
que alguém perguntar quem é você, responda: “Eu sou filho(a) amado(a), querido(a) e desejado(a) por Deus, vim ao mundo não como um intruso, e pela minha vontade, mas pela
Vontade de Deus e com o propósito de fazer a vontade do Pai!” Chegou o tempo do povo de Deus sair de suas cavernas
emocionais e assumir sua identidade como cidadãos do Reino e brilhar neste
mundo em trevas para que vejam a glória da liberdade dos filhos de Deus e
queiram entregar-se integralmente a Ele. O inferno teme e treme por isto, mas a
humanidade anseia! Assuma sua verdadeira identidade em
Cristo! Sejamos a vós do Cristo Ressuscitado que passou pela Cruz e que quer
comunicar sua verdadeira Paz que só Ele pode dar a este mundo!
“Senhor, dá-nos o dom do amor! O dom de amarmos a nós mesmos nas nossas limitações; mas também, nas riquezas dos dons que nos destes, na nossa maneira de ser. Que saibamos amar. Amar também o outro, como ele é, sem dominação, reconhecendo sua liberdade até de falhar, como eu também me dou ao direito de falhar muitas vezes. Senhor, anula os votos interiores que fizemos, principalmente aqueles(as) que disseram: Nunca mais vou amar; nunca mais vou perdoar; nunca mais quero saber de crianças, de filhos, de homens ou mulheres, de amizades, da Igreja e de Ti Sr... Quebra todas essas maldições e esses votos interiores com o teu amor! Dá-nos o dom do autoconhecimento e da serenidade por sabermos que temos um Pai, Tu és o meu Pai e quero declarar o meu amor e gratidão por Ti Sr: Eu te amo Sr, mesmo com um amor ainda imperfeito, mas te peço: ensina-me Sr a Te amar como Tu me amas e como Tu mereces." Amém!
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