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Qual a diferença entre a doutrina Católica da Transubstanciação, e a protestante da Consubstanciação?

Written By Beraká - o blog da família on domingo, 13 de maio de 2018 | 16:05







Por *Francisco José Barros Araújo





A afirmação “isto é o meu corpo”, feita por Jesus pouco antes da sua paixão (Mt 26,26) é uma das frases que mais têm originado debates ao longo da história da igreja. Na época da Reforma Protestante, a falta de acordo acerca do seu real significado foi a causa do rompimento das relações entre Lutero e Zuínglio, após o malfadado Colóquio de Marburgo (1529), e ainda hoje o meio cristão permanece dividido sobre  o modo como o mandato do memorial da Ceia do Senhor e a sua presença real e não simbólica, ou representativa nas espécies eucarísticas do pão e do vinho consagrados, deve ser entendido, tanto no tocante à sua natureza como no que diz respeito aos efeitos que produz sobre os que participam dela. A transubstanciação é a doutrina que afirma que o pão e o vinho se tornam literalmente o corpo e o sangue de Cristo por ANTONOMÁSIA (ocupação, e ou substituição).Essa doutrina é defendida oficialmente pela Igreja Católica Apostólica Romana. Na época da Reforma Protestante, os reformadores rejeitaram esse ponto de vista. Daí também surgiu a doutrina da consubstanciação. Quando Cristo instituiu a ordenança da Ceia do Senhor como memorial, na noite em que foi traído, obviamente ele estava presente fisicamente ali. Mas depois de sua ascensão ao céu, como então Ele estaria presente na celebração da Santa Ceia e na espécie eucarística? (a celebração é memorial, mas a presença nas espécies do pão e vinho é real).É evidente que essa é uma questão fundamental e uma das mais importantes para a Fé Cristã. A participação na Ceia do Senhor implica em comunhão com Ele. Portanto, é essencial entender como a presença de Cristo se faz presente nesse momento de comunhão da Igreja. Essa questão começou a ser debatida já nos primeiros séculos da história da Igreja Cristã. Foi tentando responder a essa questão que na Idade Média surgiram algumas interpretações, das quais a teoria da transubstanciação é uma delas.







CONCEITOS BÁSICOS PARA ENTENDER A PRESENÇA DIVINA NA TRANSUBSTANCIAÇÃO:




a)-Transformação: Mudança de uma matéria em outra. Exemplo: Nas bodas de Caná onde a matéria da água se transformou em outra matéria: vinho.




b)-Conversão: Mudança de estado, porém, permanecendo as aparências (acidentes). Exemplo: Mudança da água do estado líquido para sólido e gasoso (a formula química continua a mesma); mudança de estados de vida: de desregrado para regrado; de ateu para crente, de viciado para sóbrio.



c)-Antonomásia: Mudança que se dar sob: ocupação, possessão.




Basicamente, no meio Cristão, quatro são as concepções acerca da "presença" divina na Ceia do Senhor  que são dominantes:




1)-Transubstanciação.

2)-Consubstanciação.

3)- Presença espiritual.

4)-Memorial.



1)- A doutrina da transubstanciação é sustentada pela Igreja Católica Apostólica Romana, sendo um dos temas centrais de sua teologia e prática litúrgica. De acordo com a ICAR, a ceia deve ser ministrada ao povo apenas na hóstia ou pão consagrado, mas quando possível, em celebrações menores, nas duas espécies do pão e do vinho consagrados. Óstia, ou espécie eucarística consagrada, é o nome dado a um pequeno pão sem fermento, de formato arredondado (símbolo do infinito, sem começo e nem fim). Esse elemento devido a sua própria instituição original ter sido conferida esta ordenança somente aos 12 apóstolos (conf. Lucas 22,14),só pode portanto, ser legitimamente consagrada por um sacerdote ordenado por um bispo da linha sucessória dos apóstolos, que após a consagração no momento da  epiclese, passa por uma mudança em sua substância (daí o termo transubstanciação), tornando-se, literalmente conforme nos dizem as escrituras, em corpo e sangue de Cristo (conf. Mateus 26,26). Os católicos entendem que essa mudança substancial não é visível aos nossos olhos, porque ocorre apenas em substância por ocupação da substancia divina (que é invisível) no pão, e não na transformação de  seus acidentes como ocorreu nas bodas de Caná, mas como aconteceu na primeira ceia de Jesus com seus apóstolos e como São Paulo pede-nos para diferenciar o pão Consagrado do pão comum (I Cor 11,29). Assim, ainda que o elemento eucarístico, se apresente em sua forma e aparência (acidentes), os atributos do pão, é, na verdade, em sua essência, corpo de Cristo, como um fio elétrico que se torna energizado, mas que aparentemente permanece o mesmo após estar passando a corrente elétrica, ou seja, visualmente nada muda. Uma das implicações da doutrina da transubstanciação, é que sempre que a eucaristia é celebrada no culto católico (e isso acontece em todas as missas), o sacrifício de Cristo se atualiza. Portanto, se três missas forem realizadas num só domingo numa mesma catedral, naquele dia o sacrifício de Cristo se repetirá ali três vezes, o mesmo ocorrendo em outras igrejas ao redor do mundo, cumprindo-se desta forma a profecia de Malaquias que diz: Do nascer ao por do Sol se realiza um sacrifício perfeito (Malaq1,10-11). É essa atualização contínua do nascer ao por do sol do sacrifício do Senhor que dá a motivação pela qual as igrejas católicas só celebrarem sua ceia num altar, e não até em uma mesa de sinuca (coisa que seria irrelevante para algumas igrejas evangélicas).Os verdadeiros católicos acreditam firmemente que é somente  participando da desta santa, sagrada e perfeitíssima comunhão com Cristo, não de forma supersticiosa, mas concreta e real, porém não anterior a conversão, pois desde os primeiros séculos, só participam da Comunhão os iniciados (Batizados e catequizados),é que podem participar da vida eterna através deste maior mistério da fé (Jo 6,48-58).Sendo imensos os benefícios espirituais que emanam da eucaristia na caminhada com Cristo aludindo-se a Elias que caminhou pela força daquele pão.A Força da Eucaristia nos primórdios, conforme o alimento do profeta Elias, em 1Rs 19,4-10, é o tema que nos propomos a estudar e que serve de estímulo partindo do profeta Elias em seu tempo, percorreremos do momento em que ele se alimenta do pão oferecido pelo anjo (1Rs 19,4-10) até o tempo que se chama "Hoje".E, a partir desse alimento verdadeiro, o vigor do profeta será renovado, sendo prenuncio da “Força da Eucaristia”, o mesmo alimento que recebemos em cada celebração eucarística, para dar sentido a nossa Missão.














2)- Lutero e sua doutrina da "consubstanciação": A doutrina da transubstanciação tem sua irmã gêmea no conceito de consubstanciação. Esse segundo modo de interpretar a ceia do Senhor foi proposto inicialmente por Martinho Lutero (1483-1546). Ele rejeitou a transubstanciação por considerá-la uma doutrina irracional e também condenou o ensino de que o sacrifício de Cristo se prolongaria na eucaristia. Porém, Lutero não via possibilidade de interpretar a fórmula “Isto é o meu corpo” de outro modo que não fosse o literal, ou seja substancialmente. Por isso, propôs que mesmo o pão continuando a ser pão e o vinho continuando a ser vinho, a presença física de Cristo é real na ceia, sendo seu corpo recebido por todos os participantes da mesa do Senhor. Para Lutero, portanto, o corpo de Cristo estava nos elementos e com os elementos, sem que o pão e o vinho se transformassem em carne e sangue. Assim, por propor que na ceia a substância dos elementos é recebida pelo crente junto com a substância do corpo físico do Senhor, a doutrina ensinada pelo reformador recebeu posteriormente o nome de consubstanciação. A concepção de Martinho Lutero acerca da ceia estava atrelada à sua proposta acerca da ubiqüidade do corpo de Cristo. Na verdade, a doutrina da consubstanciação depende exclusivamente desse conceito (Ubiqüidade significa onipresença).Lutero ensinava, pois, que o corpo físico de Cristo tinha atributos divinos, podendo estar em vários lugares ao mesmo tempo e não somente sentado à direita do Pai nas alturas. Daí a possibilidade de estar junto aos elementos da ceia e servir de alimento para os cristãos. O maior oponente de Lutero nesse assunto foi o reformador suíço Ulrico Zuínglio (1484-1531). Ele combateu a consubstanciação dizendo que os benefícios da ceia eram puramente espirituais, não havendo sentido nem necessidade de qualquer presença corporal de Cristo no pão e no vinho. Além disso, Zuínglio rejeitou o conceito de ubiqüidade exposto por Lutero, afirmando que a encarnação não ocorreu de tal modo que a natureza humana de Cristo, em seu aspecto corporal, se tornasse onipresente.  Com base em João 6,63 -  passagem que em nada se refere ao mistério eucarístico, mas tão somente um texto tirado do contexto, ele frisou que “a carne para nada aproveita” e insistiu que a fórmula “Isto é o meu corpo” devia ser interpretada como uma mera metáfora representativa, mesmo forçando e indo contra os originais gregos que tratam literalmente as espécies consagradas com o verbo SER (est), e não REPRESENTA (semanei).A doutrina da consubstanciação seguiu seu curso dentro do luteranismo. Ela apareceu na primeira edição da Confissão de Augsburgo (1530), escrita por Filipe Melanchton, foi claramente afirmada na Fórmula da Concórdia (1577), um documento produzido para por fim às controvérsias que haviam surgido dentro do luteranismo, e continua sendo defendida pelas igrejas luteranas ao redor do mundo, através da confiante afirmação, presente em seus credos, de que a ceia do Senhor “é o verdadeiro corpo e sangue de nosso Senhor Jesus Cristo para ser comido e bebido por nós, cristãos, sob o pão e o vinho”.





3)- Calvino e a sua doutrina eucarística pessoal do virtualismo: A concepção acerca da ceia conhecida como presença espiritual foi ensinada pelo reformador francês João Calvino (1509-1564). Seu conceito pessoal quanto à mesa do Senhor, é que não se trata de um ritual em que o corpo de Cristo está presente de alguma maneira física, como ensinam os católicos e os luteranos. Para Calvino, a ceia é um sacramento em que a carne e o sangue do Salvador estão espiritualmente presentes, sendo exibidos nos elementos, de modo que os que participam do pão e do cálice alimentam-se em espírito do próprio Senhor. É nesse sentido que Calvino afirma que, ao receber o símbolo do corpo, o crente deve confiar que a ele está sendo dado também, o próprio corpo de Cristo. Na particular concepção calvinista, o sacrifício de Cristo não se repete durante a Eucaristia, mas os benefícios de sua morte substitutiva (redenção, justiça, santificação e vida eterna) são renovados e reforçados em prol dos comungantes. Isso, porém, só acontece com quem come e bebe com fé. Os que o fazem na incredulidade não recebem tais benefícios. Antes, são condenados por sua indigna aproximação da mesa do Senhor. É importante frisar que a doutrina da presença espiritual esposada por Calvino tem relação direta com seu conceito de sacramento. Segundo ele, há somente dois sacramentos: o batismo e a ceia. Em ambos, Cristo e seus benefícios são representados. Porém, o valor desses sinais supera o simples objetivo simbólico. Neles há uma relação espiritual entre o símbolo e a coisa simbolizada, de tal forma que os efeitos do que é simbolizado são comunicados ao símbolo, graças à atuação do Espírito Santo e a virtude da palavra de Deus que instituiu os sacramentos.É, pois, por causa dessa visão que, no tocante à ceia, Calvino insiste em afirmar que o corpo de Cristo está fisicamente presente no céu, mas, por meio do poder do Espírito, durante a Eucaristia os cristãos participam da sua carne e do seu sangue, unindo-se desse modo ao Senhor e recebendo seus benefícios. Ele diz expressamente: “Sustentamos que Cristo desce até nós, tanto pelo símbolo exterior, quando por seu Espírito, para que nossas almas verdadeiramente vivifiquem com a substância de sua carne e de seu sangue.” Uma vez que, segundo o reformador, isso ocorre pelo misterioso poder (arcana virtus) do Espírito, esse ensino é também chamado de “virtualismo”.A doutrina da presença espiritual de Cristo na ceia foi recepcionada pela Confissão de Fé de Westminster(1646), um dos documentos mais importantes da fé reformada, e se constitui num dos ensinos distintivos das igrejas presbiterianas. Ao longo dos séculos, essa doutrina tem se imposto com notável força, não com base em sutilezas gramaticais que negam o sentido figurado da frase “isto é o meu corpo”, mas, especialmente, pela ênfase no controvertido enunciado de Paulo em 1Coríntios 10,16: “Porventura, o cálice da bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é a comunhão do corpo de Cristo?” É com o sentido dessas palavras que os oponentes da doutrina da presença espiritual são desafiados a lidar.



4)- A quarta concepção literal, acerca da ceia é chamada memorial. Essa é a visão segundo a qual a ceia é vista apenas como uma mera ordenança do Senhor, apenas um TEATRO para trazer à memória dos crentes o sacrifício que Cristo realizou no Calvário. Geralmente, essa doutrina é atribuída ao já mencionado reformador Ulrico Zuínglio. De fato, Zuínglio rejeitou qualquer noção sobre a presença de Cristo nos elementos eucarísticos. Para ele, comer a carne do Senhor significava crer nele, de modo que a expressão “isto é o meu corpo” devia ser entendida como uma metáfora.Deve-se dizer, contudo, que não é correto atribuir a Zuínglio uma concepção memorialista extrema. Isso porque esse reformador via a ceia não apenas como um momento de recordação, alegria e gratidão, mas também como um sinal mediante o qual, como no batismo, o crente comprova sua fé e mostra para a igreja que pertence a Cristo.Para as demais igrejas protestantes, principalmente as pentecostais e neopentecostais, segundo estes, dentre as quatro visões sobre a ceia do Senhor, a que a concebe basicamente como um memorial parece ser a que melhor se harmoniza com o ensino das Escrituras. O próprio Senhor, ao instituir essa ordenança, afirmou: “Fazei isso, em memória de mim”. (1Co 11,23-25).O memorialismo bíblico, porém, não é do tipo que despreza as realidades espirituais ligadas à ceia. Na verdade, um enunciado que leve realmente em conta a totalidade da evidência neotestamentária deve afirmar que a ceia do Senhor é um memorial que recorda o sacrifício de Cristo, memorial este celebrado em meio a uma realidade espiritual que transcende a experiência regular da igreja, à medida que proporciona aos crentes uma cumplicidade mais plena com o próprio Senhor presente de forma intensa no momento da celebração. Ora, é evidente que, desfrutar de uma cerimônia assim, provocará transformações nos participantes, mais do que meras recordações.






Doravante nos damos a tarefa de decompor e explicar de forma clara e precisa, o transcendental significado da palavra "Transubstanciação"








Vemos que em nós, no mundo bem como no universo, tudo está em constante transformação, constante mudança. Existem dois tipos essenciais de mudança, sendo estes, a mudança de estado e a mudança de forma:





1)-Quando existe mudança de forma, algo apenas muda sua aparência, mas não seu transfundo, sua parte mais intima e principal, que carrega.





3)-Já a mudança (transformação/mutação) da matéria em outra, é uma transformação, sem duvida radical e profunda, onde um elemento muda seu principio, alterando sua estrutura por completo e também,sua forma.













Podemos ousar em afirmar que a mudança de forma se dá na horizontal, e a mudança material, na vertical, porém uma está intimamente ligada à outra. Para a mudança material, se requer a real transformação da essência em outra, como da água em vinho nas bodas de Caná, ou as reações químicas na natureza; já para a mudança de forma, ou estado,como da água nos estados sólido, líquido e gasoso, não, pois permanecem os acidentes visíveis inalterados.A Transubstanciação se dá por antonomásia, ou seja por ocupação, que conforme o Papa Paulo VI, é o que acontece nas espécies eucarísticas: Deus em sua natureza Divina, com seu corpo, sangue, alma e Divindade ocupa as espécies eucarística sem mudar a aparência das espécies (acidentes). Diferentemente de transformação de uma matéria em outra (caso como citamos anteriormente, da água transformada em vinho nas bodas de Caná).Portanto na Eucaristia nós católicos não adoramos as espécies eucarísticas em si, mas a presença real de Deus ali,  que é assegurada pelo próprio Cristo nas escrituras: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,53-54). Ainda nos referindo a Transubstanciação, vale a pena entender o sentido profundo desta palavra; Trans – Transformar; Substânci(a) – Fixo, Matéria, Sabedoria.(A)cão – Volátil, Espírito, Poder. Pois a Transubstanciação é a ciência de converter o Fixo no Volátil, é a capacidade de elevar a Matéria Caótica que carregamos, em Espírito Puro; é o Dom de Deus que permite com que a Sabedoria que um homem carrega se Transforme em Poder. É incrível que sem a substância não pode haver a ação, pois encerrado em potência dentro da substância silenciosa e fria, se encontra o fogo e o movimento em seu estado primordial. Devemos cumprir com as sábias palavras do Magno Sacerdote quando diz“Este ato misterioso do qual dou fé, simboliza a Transubstanciação”, pois dentro daquele Santo Recinto, mesmo que por breves instantes, deve estar ocorrendo esta Transubstanciação. Vemos que poder terrivelmente divino se encontra nesta palavra, temos pois a chave de alterar qualquer elemento que se encontre sobre a face da terra, assim nos tornando verdadeiros Alquimistas a serviço de Deus. porém é melhor que nos dediquemos a transformar o que há dentro de nós. Vemos que uma pessoa que tenha tal ou qual forma de Atuar, mediante a Ação da palavra, pode impregnar qualquer outro veículo físico ou interno, de Ânimo, de Força de Felicidade, permitindo assim mudar sua forma de Atuar para uma mais similar ao primeiro, servindo como base para que com esta nova forma mais sutil possa alterar por si só seu Estado.Sem maiores rodeios dizemos que nem todas as pessoas tem como mudar seu Estado interior, porque sua Forma física se torna um obstáculo para isto.Realmente de nada valeria mudar a forma se o estado continua débil e fraco. É verdadeiramente necessário imperar antes de tudo uma profunda mudança em nossos estados Anímicos e Espirituais, ocasionando assim profundas e definitivas transformações nas formas.





O MAGISTÉRIO DA IGREJA AFIRMA:










“Cristo Jesus, aquele que morreu, ou melhor, que ressuscitou, aquele que está à direita de Deus e que intercede por nós” (Rm 8,34), está presente de múltiplas maneiras em sua Igreja: em sua Palavra, na oração de sua Igreja, “lá onde dois ou três estão reunidos em meu nome” (Mt 18,20), nos pobres, nos doentes, nos presos, em seus sacramentos, dos quais ele é o autor, no sacrifício da missa e na pessoa do ministro. Mas “sobretudo (está presente) sob as espécies eucarísticas”. - O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único. Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e faz com que da seja “como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao qual tendem todos os sacramentos”. No santíssimo sacramento da Eucaristia estão “contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo todo...Esta presença chama-se 'real' não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo, Deus e homem, se toma presente completo, ocupando as espécies eucarísticas”.É pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo que este se torna presente em tal sacramento. Os Padres da Igreja afirmaram com firmeza a fé da Igreja na eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo para operar esta conversão. Assim, São João Crisóstomo declara: “Não é o homem que faz com que as coisas oferecidas se tomem Corpo e Sangue de Cristo, mas o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. O sacerdote, figura de Cristo, pronuncia essas palavras, mas sua eficácia e a graça são de Deus. Isto é o meu Corpo, diz ele. Estas palavras transformam as coisas oferecidas.”






Santo Ambrósio afirma acerca desta conversão:




“Estejamos bem persuadidos de que isto não é o que a natureza formou, mas o que a bênção consagrou, e que a força da bênção supera a da natureza, pois pela bênção a própria natureza mudada. Por acaso a palavra de Cristo, que conseguiu fazer do nada o que não existia, não poderia mudar as coisas existentes naquilo que ainda não eram? Pois não é menos dar às coisas a sua natureza primeira do que mudar a natureza delas.”





O Concílio de Trento resume a fé católica ao declarar:






“Por ter Cristo, nosso Redentor, dito que aquilo que oferecia sob a espécie do pão era verdadeiramente seu Corpo, sempre se teve na Igreja esta convicção, que O santo Concílio declara novamente: pela consagração do pão e do vinho opera-se a mudança de toda a substância do pão na substância do Corpo de Cristo Nosso Senhor e de toda a substância do vinho na substância do seu Sangue; esta mudança, a Igreja católica denominou-a com acerto e exatidão transubstanciação”. - A presença eucarística de Cristo começa no momento da consagração e dura também enquanto subsistirem as espécies eucarísticas. Cristo está presente inteiro em cada uma das espécies e inteiro em cada uma das partes delas, de maneira que a fração do pão não divide o Cristo. (Catecismo da Igreja Católica § 1373-1377).







CONCLUSÃO




Portanto, diante do exposto, observa-se que o milagre da transubstanciação ocorre pela eficácia da Palavra de Cristo e da ação do Espírito Santo, pois, para Deus nada é impossível (cf. Mt 19,26).É preciso compreender que o milagre é de transubstanciação, e não de transformação:“O que ocorre é que, com a consagração, o Espírito Santo de Deus (e não o padre) modifica por antonomásia,a substância do pão e do vinho, que doravante, são Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo. No entanto, os acidentes pão e vinho permanecem, pelo que as espécies eucarísticas seguem possuindo todas as propriedades químicas de pão e de vinho. Esta diferenciação entre "substância" e "acidente" é de fundamental importância para a correta compreensão do sacramento da eucaristia.” (cf. ATAQUE DE MARY SCHULTZE CONTRA A TRANSUBSTANCIAÇÃO). Porém, devido a dureza dos corações humanos, Deus já permitiu que o milagre da Transubstanciação ocorresse com a transformação da matéria, como se pode comprovar, por exemplo, no Milagre Eucarístico de Lanciano e em outros milagres Eucarísticos reconhecidos pela Igreja (cf. FENÔMENOS EUCARÍSTICOS NA HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA).Sobre o fato de Cristo ter dito que era a “Videira” ( cf. Jo 15,1), “O caminho” (cf. Jo 14,6) de exortar os discípulos a entrarem pela “porta estreita” (cf. Mt 7,13), não que dizer que Ele não falava literalmente ao afirmar que era o “Pão da Vida”: “Jesus replicou: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede”. (Jo 6,35). Uma prova cabal que ele falava literalmente, é que após a afirmação de que “se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6,53-54), muitos não suportando a verdade, se foram, e Jesus pergunta para os poucos que ficaram: “Então Jesus perguntou aos Doze: Quereis vós também retirar-vos?Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o Santo de Deus! (Jo 6,67-69).Quando Jesus disse que era o Pão vivo, os ouvintes se escandalizaram e foram embora por causa da dureza da doutrina, o que significa que entenderam, mas não aceitaram o sentido literal destas palavras. O que faria Cristo, se quisesse transmitir uma mensagem simbólica apenas, vendo que o tinham entendido errado, de modo literal? Chamaria a todos de volta:"Não vão, vocês entenderam errado, voltem, não foi isto que literalmente eu quis dizer..."Mas o que fez? Não só não os chamou de volta, como ainda disse aos Apóstolos: "E vocês, também querem ir?" Confirmou, com isso, o entendimento real dos ouvintes: Cristo estava falando, sim, literalmente!





*Francisco José Barros Araújo – Bacharel em Teologia pela Faculdade Católica do RN, conforme diploma Nº 31.636 do Processo Nº  003/17







BIBLIOGRAFIA:






- CIC - Catecismo da Igreja Católica.




- Maurice Brouard - Enciclopédia da Eucaristia




- John L. Mackenzie - Dicionário Bíblico






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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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