O hedonismo é muito confundido com o
epicurismo, apesar de eles possuírem divergências claras.
“O epicurismo surge através de Epicuro, que levando em conta
o hedonismo que o antecede irá, segundo suas concepções, aperfeiçoá-lo.
Salientando que o prazer deverá ser regido pela razão, o que resulta em
moderação.”
Antiguidade:
Aristipo de Cirene (ca. 435-335 a.C.),
contemporâneo de Sócrates, é considerado o fundador do hedonismo filosófico:
1)- Ele
distinguia dois estados da alma humana, o prazer (movimento suave do amor) e a
dor (movimento áspero do amor).
2)- Segundo
ele o prazer, independentemente da sua origem, tem sempre a mesma qualidade e o
único caminho para a felicidade é a busca do prazer e a diminuição da dor.
3)- Ele afirma
inclusive que o prazer corpóreo é o próprio sentido da vida.
Outros defensores do hedonismo clássico foram
Teodoro de Cirene e Hegesias de Cirene.
É importante
notar que o hedonismo cirenaico diferencia-se do hedonismo epicurista,
sobretudo no que diz respeito à avaliação moral do prazer.
Enquanto a
escola cirenaica preceitua que o prazer é sempre um bem em si e melhor quanto
mais tempo durar e quanto mais intenso for.
A filosofia epicurista
determina que o prazer, para ser um bem, precisa de moderação (gr.
"Phronēsis").
A Idade Moderna
Julien Offray
de La Mettrie, iluminista francês, atualizou o hedonismo e seu discípulo,
Donatien Alphonse François de Sade, radicalizou-o, transformando-o em
amoralismo, tranformando o ideal de "serenidade" em
"frieza" diante de outras pessoas.
Posteriormente as teses hedonistas foram retomadas
pelos autores utilitaristas Jeremy Bentham e Henry Sidgwick. Este último autor
distingue entre hedonismo psicológico e hedonismo ético:
1)-Hedonismo
psicológico é a pressuposição antropológica de que o ser humano sempre procura
aumentar o seu prazer e diminuir seu sofrimento e que, assim, a busca do prazer
é a única força motivadora da ação humana.
2)-Já
hedonismo ético é uma teoria normativa que afirma que os homens devem ver o
prazer (os bens materiais) como o mais importante em suas vidas.
ATENÇÃO !!! - Aqui diferenciam-se o egoísmo hedonista, no
qual o indivíduo busca somente o seu próprio bem, e o hedonismo universalista
ou utilitarismo, que busca o bem de todos. (the greatest happiness to the
greatest number is the foundation of morals and legislation), à ideia de que é possível a realização do
máximo de utilidade com o mínimo de restrições pessoais, numa perspectiva que
reduz o direito a uma simples moral do útil coletivo.
Libertando-se
deste critério quantitativo da aritmética dos prazeres, Stuart Mill assume o
critério da qualidade e formula a lei do interesse pessoal ou princípio
hedonístico:
“Cada indivíduo procura
o bem e a riqueza e evita o mal e a miséria. Desta forma, a moral do interesse
individual de Bentham aproxima-se de uma moral altruísta ou social.”
Atualmente as
teses hedonistas são defendidas por filósofos como o francês Michel Onfray.
Fonte:
Wikipedia
UMA PARALISIA: O HEDONISMO
( Por Padre Faus)
Se
você pudesse olhar a “bússola íntima” de muitos homens e mulheres, veria que um
grande número de corações tem a agulha magnética apontada para uma estrela de
cinco pontas:
meu prazer−
meus gostos− meu interesse –minhas vantagens−meu direito de ser feliz.
Outros,
poucos − tomara que aumentem e você seja um deles! –, apontam para um Norte
melhor, para outra estrela que tem cinco pontas radiantes:
ideal−doação−serviço−meu
dever−meu amor.
A
primeira estrela nasce dos porões mais profundos do egoísmo. A segunda surge do
abismo de Amor de Deus, anunciando um alvorecer de vida.
Se você leu “O
senhor dos anéis” ou viu o filme, estará lembrado das sombras de Mordor, que
invadem a Terra Média e ameaçam devastar tudo.
O
hedonismo é hoje uma sombra de Mordor que avança sobre a vida moral das
pessoas.
Você sabe o
que é o hedonismo? Vale a pena lembrar:
«Doutrina que considera
que o prazer individual e imediato é o único bem possível, princípio e fim da vida moral».
Em coerência com isso, é característico do hedonismo
considerar o sofrimento individual como o “único mal”; e igualmente como um
absurdo o sacrifício voluntário, se não é meio para conseguir maiores “prazeres
individuais”.
Acontece,
porém, que eliminando o sacrifício, as virtudes desaparecem ou ficam
paralisadas. «Nenhum ideal – dizia São Josemaria – se torna realidade sem
sacrifício» (Caminho,
n. 175).
Como
talvez lembre, no primeiro capítulo comentávamos a parábola de Cristo que fala
do papel ridículo de um homem que principiou a edificar e não pôde terminar (Lc 14,28-30). É
muito interessante constatar que Jesus usou essa imagem para ilustrar a
seguinte sentença:
Aquele que não carrega a
sua cruz e me segue, não pode ser o meu discípulo (Lc
14,27).
Realização e cruz:
Quem
conhece um mínimo de História, sabe que, durante milênios, tanto os espíritos
pagãos mais elevados como os cristãos – no Ocidente e no Oriente – chegaram à
certeza de que a autêntica realização humana só podia encontrar-se nas virtudes, e no bem (nos valores)
para o qual todas elas apontam.
Os homens e as
mulheres, sem dúvida, falhavam, não eram santos; muita vez eram mesquinhos; mas
nunca os pais e mestres pensavam nem ensinavam que o único mal da vida fosse o
sofrimento ou o sacrifício.
Via-se
como coisa evidente que o mal consistia na falta de valores (de referências
nítidas sobre o bem e
o mal) e
de virtudes. Por isso, as virtudes eram ensinadas, em todas as idades, como um
esforço moral necessário para alcançar o bem e vencer o mal.
“Todos os heróis admirados e propostos como modelo eram
homens e mulheres capazes de grandes sacrifícios, de renúncias generosas, de
sofrimentos heroicos por uma causa, que consistia sempre num bem, nunca num prazer puro
e simples.”
Era
um ideal em que o bem e a beleza se identificavam. Este foi o denominador comum
dos grandes personagens bíblicos, dos heróis pagãos e dos santos cristãos.
Até há pouco mais de meio século, o sinal da grandeza de uma
pessoa era a qualidade excepcional das suas virtudes. Neste sentido, a
Igreja Católica, ao estudar a possível canonização de algum fiel falecido com
fama de santidade, analisa primeiro se praticou “virtudes heroicas”.
Se,
ao longo dos séculos, a virtude não só admitia como exigia o sofrimento
corajoso e o sacrifício desinteressado, agora, esse quadro parece estar sendo
pichado, retalhado, substituído pela liberdade do prazer sem entraves. Quem se
atreve a opinar o contrário é tachado de “moralista”, medieval e truculento.
Esses “pichadores” não se dão conta de que a única liberdade
que merece esse nome é aquela que filósofos cristãos chamam “liberdade de
qualidade”, ou seja, a liberdade de escolher voluntariamente o que é bom, o que
é melhor, o que é virtude.
E
que, pelo contrário, a liberdade que eles defendem é a “liberdade de
indiferença”, que é a liberdade de “tanto faz”, e consiste em optar em cada
momento pelo que dá na cabeça, em escolher o que agrada e rejeitar o que
incomoda. Tudo fica, assim, sob as rédeas do capricho e do prazer imediato.
O hedonismo paralisa o amor de Deus
O
hedonismo, como o orgulho, infiltra-se em tudo, infecciona o sangue da alma. É
uma esclerose progressiva, generalizada. Afeta gravemente as relações com Deus
e as relações com o próximo.
Vamos ver, com
apenas algumas pinceladas, esse efeito paralisante:
1)- Em primeiro
lugar, as relações com Deus:Com a mística do prazer, Deus é jogado
fora como um obstáculo que atrapalha, com seus mandamentos, a liberdade de
viver conforme as próprias vontades. “Deus exige”? “Então não serve!”. “Eu é
que devo exigir de Deus que Ele me sirva, que me ajude a não sofrer, a me
sentir bem, a ganhar dinheiro,não sou eu que devo servir a Deus, mas Ele que
deve me servir, se quer que eu creia N’Ele.
A
religião é vista pelo hedonista como um produto de supermercado ou de shopping.
O mercado das religiões, hoje, está bem abastecido. As gôndolas estão cheias,
para cada qual escolher a sua religião “à la carte”.
Para muitos, a Verdade não interessa; não interessa nem a
Palavra nem a Vontade de Deus. Interessa só um tipo de religião que aprove
todos os meus caprichos, pecados e erros; que me faça cafuné na cabeça e me
tranquilize, oferecendo-me cultos, pregações, cânticos e orações com efeitos semelhantes
aos da sauna, da ioga ou da dança do ventre.
Uma
religião, em suma, sem outro amor que o “amor a mim mesmo”, amenizado por umas
pinceladas de caridade “gostosa” e uma pitada de alguns dias voluntariado para
tranquilizar a consciência.
É
evidente que esse tipo de religiosidade é paralisante, e não levará nunca à
realização no amor, à plenitude da vida. Nunca levará ao Deus vivo.
2)- O hedonismo paralisa o amor ao próximo:Lembro-me de
umas palavras expressivas da Carta
às famílias de João Paulo II, em que falava de:
«uma civilização das “coisas” e não das “pessoas”; uma
civilização em que as pessoas se usam como se usam as coisas… A mulher pode
tornar-se para o homem um objeto, os filhos um obstáculo para os pais, a
família uma instituição embaraçosa para a liberdade dos membros que a compõem».
A mentalidade
hedonista de um casal, por exemplo, nota-se na decisão relativa a ter ou não
ter filhos, a ter mais ou menos filhos.
É
um assunto complexo, que exige ponderar diversos fatores objetivos (saúde, p.e.).
Mas, em oitenta por cento dos casos, o fator decisivo é o hedonismo: o
comodismo, a aversão ao sacrifício, o desejo de não ter trabalho, de gozar de
mais liberdade para fazer o que se quer. Onde estão aí as virtudes da família e
do lar?
A mentalidade
hedonista é – como diria o Papa Francisco – uma “mentalidade de descarte”(Cultura
do Provisório, nada de definitivo).
Em
nome do prazer e do direito de ser feliz, o marido descarta a mulher, a esposa
descarta o marido, ambos descartam os filhos, que sempre sofrem as
consequências da separação. “Foi inevitável”, dizem, “será melhor para eles”.
Será? Fora casos patológicos, teria sido muito melhor para os filhos conviver
com as virtudes que os pais deveriam ter vivido, mas não quiseram viver (porque
exigiam renúncia e sacrifício!).
De fato, se
quisermos conhecer os motivos da maioria dos divórcios, o casal e o advogado
nos darão uma lista.
Mas
a verdadeira “lista”, aos olhos de Deus são as virtudes que faltaram e levaram aquela família a cair
pulverizada, como um edifício sem estacas nem pilares:
“O sentido de vocação e missão, a entrega generosa ao ideal
familiar, a abnegação, a compreensão, a dedicação prestativa e alegre, a
paciência, o espírito de serviço, o espírito de perdão, e tantas outras mais.”
Coisas
análogas se poderiam dizer do egoísmo no relacionamento com os parentes,
colegas e amigos, pois também é o hedonismo o que determina, com muita
frequência, a exclusão dos idosos e dos doentes (que o Papa Francisco não de
cansa de denunciar); a abdicação de responsabilidades na educação dos filhos (já
estão numa boa escola); o relaxamento e a trapaça nos compromissos e obrigações
profissionais e sociais, a corrupção na vida pública, etc.
3)- O hedonismo paralisa no amor a nós mesmos:Finalmente,
umas poucas palavras para que não esqueçamos que o hedonismo destrói, em
primeiro lugar, a vida de quem o adota como bússola para a vida.
De fato, o hedonismo avilta o sexo, rebaixando-o ao nível do
consumo material. A parceira ou o parceiro – mesmo quando se trata de marido e
mulher – desce ao nível da lata de cerveja que, uma vez consumida, se joga
fora.
Assim,
a sensualidade egoísta torna-se vício tirânico, obsessão, compulsão. O viciado
em “liberdade sexual” (em libertinagem) torna-se um pobre escravo da
pornografia, da Internet, das redes sociais, da tv noturna, dos desvios da
sensualidade. Diz: “Faço o que quero”, mas deveria dizer: “Faço o que não
consigo mais deixar de fazer”. Atolou, sem forças para sair, num brejo de que
só Deus o pode tirar.
A
mesma coisa acontece com a liberdade, tão “atual” (festinha, balada…), de
consumir álcool desde a preadolescência; de experimentar drogas brandas; de
passar logo depois para a experiência de drogas mais fortes, até cair numa
escravidão progressiva, que pode não ter retorno.
Você acha que
esses pobres viciados, verdadeiros farrapos humanos, são um monumento à
liberdade que tanto os motivou?
Sobre
o pano de fundo dessas desgraças, entende-se melhor a tremenda importância
desta afirmação: «Onde não há mortificação, não há virtude» (Caminho, n.180).
Trataremos disso mais adiante.
Antes
de sair dos porões, gostaria de terminar este capítulo com um apelo vibrante:
« Não gostaríeis de gritar à juventude que fervilha à vossa
volta: – Loucos!, largai essas coisas mundanas que amesquinham o coração… e
muitas vezes o aviltam…, largai isso e vinde conosco atrás do verdadeiro Amor?» (Caminho, n. 790).
Seminário de Bioética termina com pistas
de ações práticas para jovens defenderem a vida:
O seminário de bioética do dia 15 de julho de 2012, último
dia do Seminário Nacional Juventude e Bioética, o dia iniciou com a palestra do
assessor da Comissão para a Vida e Família da CNBB, padre Rafael Fornasier.
Em sua
colocação, o assessor forneceu pistas de ação para que os jovens possam, em sua
realidade, levar a postura da Igreja sobre a defesa da vida.
Inicialmente,
padre Rafael apresentou como a Igreja tem dado a contribuição quando reforça a
Palavra de Deus, o cuidado com o próximo, a educação para a vida e o amor e o
protagonismo de todos os católicos nesta defesa.
Ao citar a Constituição Pastoral Gaudium et Spes,
do Papa Paulo VI, o sacerdote enfatizou a importância da presença dos leigos e
que eles podem falar também em nome da Igreja contra as formas de atentado à
vida.
1)-Cultura de morte
Antes de
fornecer as pistas de ações concretas aos jovens, padre Rafael traçou um
panorama do contexto atual de cultura da morte e citou alguns de seus
elementos:
a)- Ideologia
eugenista, em que os “diferentes” devem ser eliminados, com base na teoria de
que apenas os "perfeitos" devem viver. Tal concepção fundamentou a
ideologia nazista e uma das máximas criadas foi o jargão “Vidas que não devem
ser vividas”. Inicialmente, favoreceu a eutanásia e, depois, a ideia da superioridade
da raça branca.
b)- Ideologia
de gênero: distinção entre o biológico e social. Ou seja, o sexo ou as
características físicas com as quais o indivíduo nasceu não determinariam a
atuação ou o modo de ser na sociedade.
c)- Utilitarismo,
consumismo, hedonismo: hoje, as questões de bioética estão muito ligadas a
estes conceitos no sentido de questioná-los. Tais conceitos apresentam, segundo
o assessor, um forte cunho econômico e uma busca de uma liberdade deturpada e
de um prazer exacerbado.
O sacerdote apresentou
ainda as questões em voga da bioética, como aborto, controle de natalidade
(métodos contraceptivos), reprodução assistida e pesquisas com células-tronco.
Além destas, o
assessor destacou também realidades como a disseminação da Aids, homossexualidade,
pesquisa com seres humanos, prostituição, eutanásia, tráfico de pessoas,
desequilíbrio ecológico, com o objetivo dos jovens tomarem consciência do seu
campo de ação na sociedade atual.
Pistas de ação
“Isso deve nos
interpelar a atitudes concretas”. Foi com este alerta que o assessor ressaltou
a necessidade do protagonismo leigo e de ações efetivas na defesa da vida, como
a cobrança juntos aos Três Poderes para que atuem em favor da vida e da
família. Neste ponto, o sacerdote apontou como as três esferas parecem não
caminhar juntas, como se vê em certos casos, atualmente, com a sobreposição do
judiciário sobre o legislativo.
Ao recordar
ideias que afirmam ser hipocrisia a proibição do aborto e das drogas porque
limitariam uma suposta liberdade, o assessor questionou apontando que, se
formos seguir esta linha, também seria hipocrisia ter as leis de trânsito,
jáque muitos morrem no trânsito, ou leis punitivas dos assassinatos pois muitos
matam todos os dias.
“Nem tudo o que a lei
diz para fazer é moralmente lícito”.
Foi a partir
desta afirmação que padre Rafael Fornasier deu pistas de ação pastoral e social
para que todos se empenhem contra as leis abortistas e posturas que violam a
vida humana.
Entre as
indicações de ações estão a coleta de assinaturas para aprovação do Estatuto do
Nascituro; acompanhamento dos procedimentos legislativos e dos julgamentos no
STF; criação e promoção de associações de família, pró-vida, juristas (âmbito
civil) e de médicos; criação e promoção de comissões de respeito, promoção e
defesa da vida; formação de programas de acolhida e acompanhamento em favor da
vida (exemplos: CAM, Projeto Raquel, Sonho de Mãe, Fazenda da Esperança).
Um outro ponto
de destaque a ser empreendido pelos jovens é a formação contínua, através de documentos
e do Catecismo da Igreja, cursos em seminários e institutos, além de grupos de estudo.
Envio:
Com a Santa
Missa, presidida pelo presidente da Comissão Episcopal para a Juventude, Dom
Eduardo Pinheiro, neste domingo, 15, o Seminário de Bioética chegou ao fim.
Conforme apontou Dom Eduardo, a partir deste encontro os jovens são enviados
para as suas dioceses, movimentos, pastorais e comunidades para que disseminem
todo o conteúdo deste final de semana.
Antes da
Celebração Eucarística, os jovens tiveram ainda, na manhã deste domingo, um
momento final de perguntas e respostas, com a presença de Dom Chomali, Dom
Antônio Augusto, Dr.ª Lenise Garcia e da Drª. Alice Teixeira Ferreira, do
Departamento de Biofísica da Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista
de Medicina (Unifesp/EPM), além da apresentação das Comissões para Juventude e
para Vida e Família da CNBB e dos Jovens Conectados.
Fonte:CNBB - http://www.cnbb.org.br/site/comissoes-episcopais/vida-e-familia/9850-seminario-de-bioetica-termina-com-pistas-de-acoes-praticas-para-jovens-defenderem-a-vida
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