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Votar ou "apoiar partidos Comunistas implica em excomunhão automática?"

Written By Beraká - o blog da família on sexta-feira, 14 de outubro de 2022 | 19:52




Romanos 4,15: “E onde não há lei, ou conhecimento da lei, não há transgressão”


 


 

 

Motivos pelos quais um católico não pode votar no PT!

 

 

 

 

Por Dr. Rafael Vitola Brodbeck (advogado, escritor e pensador católico) - Veritatis Splendor 18 de outubro de 2004

 

 




 

 

Exposição de Motivos

 

 

 

Considerando a gravíssima ignorância que reina em nosso país quanto às ideologias totalitárias e anticristãs e o que elas propõem como modelo nos terrenos da economia, da política, da história, do direito, da moral e do comportamento. Considerando que as organizações de esquerda, em decorrência de estarmos em uma etapa avançada do processo revolucionário, hoje se apresentam com uma capa de democracia, mudaram pontos acidentais em seu discurso e, assim aparentemente domesticadas, atraem a simpatia dos incautos.Considerando a infiltração de tendências marxistas em ambientes católicos desde principalmente os anos 60 e 70, causando grande confusão entre os fiéis, que não mais conhecem o pensamento social e político da Igreja e a condenação pontifícia quanto aos partidos socialistas ou proto-socialistas. Considerando que as heresias e os erros teológicos, sobretudo por ocasião da crise pós-conciliar, penetraram de tal forma em instituições formativas do clero e do laicato, impedindo que muitos sacerdotes, até mesmo bem-intencionados, possuam uma adequada consciência anticomunista e uma posição firme de defesa da doutrina tradicional da Igreja, com esse relativismo tão pernicioso tendo por uma de suas funestas conseqüências a falta de unidade no rebanho católico e mesmo entre alguns Bispos. Considerando o crescimento do Partido dos Trabalhadores, com sua fantástica ascensão às mais alta magistratura do país, e sua influência em não poucos católicos através da Teologia da Libertação, infindáveis vezes rejeitada pela Santa Sé, totalmente incompatível com a doutrina católica tal como preservada e ensinada pelo Papa e pela Tradição. Considerando o riquíssimo conteúdo da Doutrina Social da Igreja, ignorado pela maioria dos fiéis e mesmo por setores do clero, a qual se opõe frontalmente aos postulados socialistas, comunistas, esquerdistas, petistas etc. Considerando que essa mesma Doutrina Social é, por vezes, transmitida de maneira truncada e seletiva, quer por ignorância, quer por má-fé, como se o Papa e a Igreja Católica fosse totalmente favoráveis ao projeto  PT, sem ressalvas,  e suas aspirações político-filosóficas. Considerando que o socialismo, mais do que uma doutrina política, é toda uma forma de ver o mundo e o homem, e que, por isso, tratar desse assunto é tarefa que interessa sobremaneira à Igreja Católica, chamada a evangelizar esse mesmo homem e a reconciliar com Deus o mesmo.

 



Iremos propor, nesse despretensioso trabalho, as razões da ilicitude de qualquer forma de participação do católico nas fileiras do Partido dos Trabalhadores e, como diz o título, também em outros movimentos ou grupos que sustentem, em maior ou menor grau, a mesma ideologia.

 

 

 


 



Que ele desfaça as eventuais confusões, converta os que estão no erro, reafirme a posição dos que se mantêm inabaláveis na defesa da doutrina católica em comunhão com o Papa, e afaste todas as dúvidas dos que, sem culpa, foram atraídos para setores e doutrinas socialistas. Dedicamos esse artigo à Santíssima Virgem de Guadalupe, Padroeira da América Latina, para que ela, Mãe de Deus e nossa, abençoe seus filhos tão ameaçados pelas experiências comunistas no continente a ela consagrado. Rogamos também a intercessão dos mártires que morreram sob a opressão da Revolução Cubana de Fidel Castro e Che Guevara, e dos guerreiros cristeros do México, que combateram os inimigos da Realeza de Cristo no campo temporal.

 

 

 

Silogismo que guiará nossa argumentação

 

 

 

 

Chamamos silogismo ao raciocínio lógico, ordenado e concatenado, no qual de duas premissas se extrai uma conclusão. Iremos expor um silogismo, explicitá-lo por pontos, e, a seguir, comentaremos a conclusão a que chegarmos.

 

 

 

 

Ei-lo:

 

 

 

-Premissa maior: A Igreja condenou o socialismo e mantem esta condenação.

 

 

-Premissa menor: Ora, o PT é declaradamente socialista.

 

 

 

-Conclusão: Logo, o PT deve ser rejeitado por quem se considera fiel à Igreja.

 

 

 

 

Se alguém pretender refutar o conteúdo de nossa argumentação, as três únicas maneiras possíveis de fazê-lo são:

 

 

 

a)Provar que a premissa maior está errada; ou

 

 

b)Provar que a premissa menor está errada; ou ainda

 

 

c)Provar que há algum erro lógico na conclusão a partir das mesmas.

 

 

 

 

De qualquer modo, a refutação do silogismo dar-se-á sustentando que o mesmo é falso, revestindo-se de aparente lógica apenas, sendo, portanto, um sofisma ou uma falácia.Não procedendo do modo explicado, qualquer tentativa de contestação do presente libelo será fracassada, provando-se mera tergiversação, manobra notadamente diversionista, que não ataca o fulcro da questão.

 

 

 

Explicitação das premissas

 

 

 

 

1. A Igreja condenou o socialismo

 

 




 

a) citações do Magistério Pontifício que comprovam a rejeição da Igreja às doutrinas comunistas e socialistas:

 

 

 

 

“O comunismo é intrinsecamente mau (ver o manifesto comunista) e não se pode admitir, em campo algum, a colaboração recíproca, por parte de quem quer que pretenda salvar a Civilização Cristã.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Divini Redemptoris, de 19 de março de 1937)

 

 

 

 

“E se o socialismo estiver tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã? (…) O socialismo, quer se considere como doutrina, quer como fato histórico ou como “ação”, se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça (…) não pode conciliar-se com a doutrina católica, pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã. (…) Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 

 

 

 

“A Igreja tem rejeitado as ideologias totalitárias e ateias associadas, nos tempos modernos, ao comunismo ou ao socialismo. Além disso, na prática do capitalismo, ela recusou o individualismo e o primado absoluto da lei do mercado sobre o trabalho humano.” (Catecismo da Igreja Católica, 2425)

 

 

 

 

Sobre o comunismo e o socialismo: “Estas pestes, muitas vezes, e com palavras gravíssimas, foram reprovadas na Encíclica Qui Pluribus, de 9 de novembro de 1846; na Alocução Quibus Quantisque, de 20 de abril de 1849; na Encíclica Noscitis et Nobiscum, de 8 de dezembro de 1849; na Alocução Singulari Quadam, de 9 de dezembro de 1854; na Encíclica Quanto Conficiamur Moerore, de 10 de agosto de 1863.” (Sua Santidade, o Papa Beato Pio IX. Syllabus, § IV).

 

 

 

“Não ajudar o socialismo – Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Quod Apostolici Muneris, de 1878, 34).

 

 

 

 

Falando do capitalismo “selvagem”, o Papa João Paulo II, com a clareza que lhe é peculiar, reafirma a doutrina da Igreja sobre o tema: “Nesta luta contra tal sistema não se veja, como modelo alternativo, o sistema socialista, que, de fato, não passa de um capitalismo de Estado, mas uma sociedade do trabalho livre, da empresa e da participação.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 35)

 

 

 

O grau de solenidade da rejeição do socialismo e do comunismo é explicitado pelo Papa:

 

 

 

 

“Estas doutrinas, que nós de novo com a nossa suprema autoridade solenemente declaramos e confirmamos...”(Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 

 

 

 

 

b) principais razões da condenação da Igreja ao socialismo:

 

 

 

 

O socialismo prega o igualitarismo de forma ideológica e não Cristã a supressão forçada da sociedade de classes, ou, em suas formas mais moderadas, ao menos a atenuação desse modelo social, o que contraria a doutrina social da Igreja, que, longe de defender desigualdades injustas e iníquas, sustenta a desigualdade harmônica:

 

 

 

“A igualdade entre os homens diz respeito essencialmente à sua dignidade pessoal e aos direitos que daí decorrer.Quando nasce, o homem não dispõe de tudo aquilo que é necessário ao desenvolvimento de sua vida corporal e espiritual. Precisa dos outros. Aparecem diferenças ligadas à idade, às capacidades físicas, às aptidões intelectuais ou morais, aos intercâmbios de que cada um pôde ser beneficiar, à distribuição das riquezas. Os “talentos” não são distribuídos de maneira igual. Essas diferenças pertencem ao plano de Deus. Ele quer que cada um receba do outro aquilo que precisa e que os que dispõem de “talentos” específicos comuniquem seus benefícios aos que dele precisam. As diferenças estimulam e muitas vezes obrigam as pessoas à magnanimidade, à benevolência e à partilha...” (Catecismo da Igreja Católica, 1935-1937)

 

 

 

 

 

“Segundo a ordem estabelecida por Deus, deve haver na sociedade príncipes e vassalos, patrões e proletários, ricos e pobres, sábios e ignorantes, nobres e plebeus, os quais todos, unidos por um laço comum de amor, se ajudam mutuamente para alcançarem o seu fim último no céu e o seu bem-estar moral e material na terra.”(Sua Santidade, o Papa São Pio X. Motu Próprio Fin dalla Prima, de 18 de dezembro de 1903)

 

 

 

 

 

“A Igreja, pregando aos homens que eles são todos filhos do mesmo Pai celeste, reconhece como uma condição providencial da sociedade humana a distinção das classes; por esta razão ela ensina que apenas o respeito recíproco dos direitos e deveres, e a caridade mútua darão o segredo do justo equilíbrio, do bem estar honesto, da verdadeira paz e prosperidade dos povos. Mais uma vez o declaramos: o remédio para esses males [da sociedade] não será jamais a igualdade subversiva das ordens sociais.” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Alocução ao Patriciado e à Nobreza Romana, em 24 de janeiro de 1903)

 

 

 

NA VERDADE “SERIA O MESMO QUE TROCAR SEIS POR MEIA DÚZIA”, POIS NO SISTEMA COMUNISTA CONTINUA A NECESSIDADE DE CLASSES DIRIGENTES (PORÉM, MAIS INESCRUPULOSAS):

 

 



 


 

 

“Se [Cristo] chamou junto de si, para os consolar, os aflitos e os sofredores, não foi para lhes pregar o anseio de uma igualdade quimérica.” (Sua Santidade, o Papa São Pio X. Encíclica Notre Charge Apostolique, 38)

 

 

 

 

“Não é verdade que na sociedade civil todos tenhamos direitos iguais (dignidade sim), e que não exista hierarquia legítima.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Divini Redemptoris, de 19 de março de 1937)

 

 

 

 

 

“Pois bem, os irmãos não nascem nem permanecem todos iguais: uns são fortes, outros débeis; uns inteligentes, outros incapazes; talvez algum seja anormal, e também pode acontecer que se torne indigno. É pois inevitável uma certa desigualdade material, intelectual, moral, numa mês família. Pretender a igualdade absoluta de todos seria o mesmo que pretender idênticas funções a membros diversos do mesmo organismo.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Discurso aos fiéis da Paróquia de São Marciano, em 4 de abril de 1953)

 

 

 

 

 

O socialismo é contrário à propriedade privada (dos outros! claro, mas Dos poderosos dirigentes não!)

 

 

 

 

Pregando o coletivismo, seja, em sua vertente radical, pela total supressão da mesma nos meios de produção (e até nos de consumo, em alguns casos), seja, nos modelos moderados, sensivelmente diminuída (limitação da propriedade, ao seu exercício, etc), ao passo em que a Igreja a defende como direito natural do homem; por ser igualitário, condena a propriedade privada e defende o coletivismo, onde tudo é de todos, o que é rejeitado pelo Decálogo e pela Doutrina Social da Igreja:

 

 

 

 

“Fique bem assente que o primeiro fundamento a estabelecer para todos aqueles que querem sinceramente o bem do povo é a inviolabilidade da propriedade particular.” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)

 

 

 

 

 

O direito de propriedade privada, mesmo em relação a bens empregados na produção, vale para todos os tempos. Pois depende da própria natureza das coisas.”(Sua Santidade, o Papa João XXIII. Encíclica Mater et Magistra, de 15 de maio de 1961)

 



“A propriedade particular não seja esgotada por um excesso de encargos e impostos. Não é das leis humanas mas da natureza que emana o direito de propriedade individual; a autoridade pública...obra contra a justiça e contra a humanidade quando, sob o nome de impostos, sobrecarrega desmedidamente os bens dos particulares.” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)

 

 

 

 

“Rejeitar ou atenuar o direito de propriedade privada ou individual leva rapidamente ao coletivismo, ou pelo menos à necessidade de admitir-lhe os princípios.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 

 

 

 

“É alheio à verdade dizer que se extingue ou se perde o direito de propriedade com o não uso ou abuso dele.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 

 

 

 

Alguns distorcem o conceito da função social da propriedade, sobretudo a agrária, para tentar uma reforma rural de moldes confiscatórios. O dito acima rejeita tais pretensões.O sétimo mandamento proíbe tomar ou reter injustamente os bens do próximo ou lesá-lo, de qualquer modo, nos mesmos bens. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens terrestres e dos frutos do trabalho dos homens. Exige, em vista do bem comum, o respeito à destinação universal dos bens e ao direito de propriedade privada. A vida cristã procura ordenar para Deus e para a caridade fraterna os bens deste mundo.

 

 

 

 

I - A destinação universal e a propriedade privada dos bens

 

 

 

 

“No começo, Deus confiou a terra e seus recursos à administração comum da humanidade, para que cuidasse dela, a dominasse por seu trabalho e dela desfrutasse. Os bens da criação são destinados a todo o gênero humano. A terra está, contudo, repartida entre os homens para garantir a segurança de sua vida, exposta à penúria e ameaçada pela violência. A apropriação dos bens é legítima para garantir a liberdade e a dignidade das pessoas, para ajudar cada um a prover suas necessidades fundamentais e as daqueles de quem está encarregado. Deve também permitir que se manifeste uma solidariedade natural entre os homens.O direito à propriedade privada, adquirida ou recebida de modo justo, não abole a doação original da terra ao conjunto da humanidade. A destinação universal dos bens continua primordial, mesmo se a promoção do bem comum exige o respeito pela propriedade privada, pelo respeito direito e exercício.Usando aqueles bens, o homem que possui legitimamente as coisas materiais não as deve ter só como próprias dele, mas também como comuns, no sentido de que elas possam ser úteis não somente a ele, mas também aos outros.? A propriedade de um bem faz de seu detentor um administrador da Providência, para fazê-los frutificar e para repartir os benefícios dessa administração a outros, a seus parentes, em primeiro lugar.Os bens de produção – materiais ou imateriais -, como terras ou fábricas, competências ou profissões, requerem os cuidados de quem os possui para que sua fecundidade aproveite ao maior número possível. Os detentores os bens de uso e de consumo devem usá-los com moderação, reservando a melhor parte ao hóspede, ao doente e ao pobre. A autoridade política tem o direito e o dever de regulamentar, em função do bem comum, o exercício legítimo do direito de propriedade.” (Catecismo da Igreja Católica, 2401-2406)

 




“Os sectários do socialismo, apresentando o direito de propriedade como uma invenção humana que repugna à igualdade natural dos homens, e reclamando o comunismo dos bens, declaram que é impossível suportar com paciência a pobreza e que as propriedades e regalias dos ricos podem ser violadas impunemente. Mas a Igreja, que reconhece muito mais útil e sabiamente que existe a desigualdade entre os homens, naturalmente diferentes nas forças do corpo e do espírito, e que esta desigualdade também existe na propriedade dos bens, determina que o direito de propriedade ou domínio, que vem da própria natureza, fique intacto e inviolável para cada um.” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Quod Apostolici Muneris, de 1878)

 

 

 

 

“Não se oponha também à legitimidade da propriedade particular o fato de que Deus concedeu a terra a todo o gênero humano para a gozar, porque Deus não a concedeu aos homens para que a dominassem confusamente todos juntos. Tal não é o sentido dessa verdade. Ela significa, unicamente, que Deus não assinou uma parte a nenhum homem em particular, mas quis deixar a limitação das propriedades à indústria humana e às instituições dos povos.Aliás, posto que dividida em propriedades particulares, a terra não deixa de servir à utilidade comum de todos, atendendo a que ninguém há entre os mortais que não se alimente do produto dos campos. Quem os não tem, supre-os pelo trabalho, de maneira que se pode afirmar, com toda a verdade, que o trabalho é o meio universal de prover às necessidades da vida, quer ele se exerça num terreno próprio, quer em alguma arte lucrativa cuja remuneração, apenas, sai dos produtos múltiplos da terra, com os quais se ela comuta.” (Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)

 

 

 

 

 

Com tais afirmações, o Romano Pontífice fere de morte as alegações do Movimento Sem-Terra (MST), uma vez que não pelo fato de alguns não terem a propriedade rural que deixarão de trabalhar: podem fazê-lo na propriedade dos outros, como empregados; e mesmo os urbanos se beneficiam dos frutos da terra, comendo-os, comprando-os com o dinheiro que recebem por seus labores etc.

 

 

 

 

“a teoria socialista da propriedade coletiva deve absolutamente repudiar-se como prejudicial àqueles mesmos a que se quer socorrer, contrária aos direitos naturais dos indivíduos”(Sua Santidade, o Papa Leão XIII. Encíclica Rerum Novarum, de 1º de maio de 1891)

 

 

 

 

“A própria natureza exige a repartição dos bens em domínios particulares, precisamente a fim de poderem as coisas criadas servir ao bem comum de modo ordenado e constante. Este princípio deve ter continuamente diante dos olhos quem não quer se desviar da reta senda da verdade.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 




Ora, o próprio Jesus em sua encarnação, precisou ocupar um corpo para operar a salvação! O socialismo tem uma visão deturpada da História, baseada na filosofia substancialmente dialética, a qual foi reiteradas vezes condenada pela Igreja, e que se expressa pela chamada “luta de classes”, sempre vendo os processos históricos como conflitos entre um pólo opressor (tese) e um oprimido (antítese), os quais produzem um resultado (síntese), que evoluirá para outro conflito revolucionário; essa filosofia é oposta aos postulados de Santo Tomás de Aquino e dos grandes Doutores da Igreja; a História no pensamento socialista é fundamentalmente materialista, e o ateísmo dessa doutrina não é mero acidente, senão ponto essencial de sua concepção de mundo;

 

 

 

O socialismo cai, ainda, no erro filosófico do historicismo, condenado pelo Papa:

 


 


 



 

O historicismo “consiste em estabelecer a verdade de uma filosofia sobre a base de sua adequação a um determinado período e um determinado objetivo histórico. Desse modo, ao menos implicitamente, se nega a validez perene da verdade. O que era numa época, sustenta o historicista, pode não ser verdade noutra.”(Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Fides et Ratio, de 14 de setembro de 1998, nº 87)

 

 

 

 

O socialismo tem uma visão antropológica igualmente deturpada, avessa ao ensino da Igreja:

 

 

 

 

 

“Aprofundando agora a reflexão delineada, e fazendo ainda referência ao que foi dito nas Encíclicas Laborem Exercens e Sollicitudo Rei Socialis, é preciso acrescentar que o erro fundamental do socialismo é de caráter antropológico. De fato, ele considera cada homem simplesmente como um elemento e uma molécula do organismo social, de tal modo que o bem do indivíduo aparece totalmente subordinado ao funcionamento do mecanismo econômico-social, enquanto, por outro lado, defende que esse mesmo bem se pode realizar prescindindo da livre opção, da sua única e exclusiva decisão responsável em face do bem e do mal. O homem é reduzido a uma série de relações sociais, e desaparece o conceito de pessoa como sujeito autônomo de decisão moral, que constrói, através dessa decisão, o ordenamento social. Desta errada concepção de pessoa, deriva a distorção do direito, que define o âmbito do exercício da liberdade, bem como a oposição à propriedade privada. O homem, de fato, privado de algo que possa dizer seu, e da possibilidade de ganhar com que viver por sua iniciativa, acaba por depender da máquina social e daqueles que a controlam, o que lhe torna muito mais difícil reconhecer a sua dignidade de pessoa e impede o caminho para a constituição de uma autêntica comunidade humana.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 13)

 

 

 

 

A matriz filosófica do socialismo é a mesma do liberalismo/iluminismo, o que acarreta sua natural condenação!

 

 

 

 

Eis que o pensamento liberal também foi rejeitado pela Igreja; mesmo que alguns neguem, o socialismo, o comunismo, o nazismo, o fascismo, são filhos do liberalismo, pois tanto faz dizer que a verdade é criada pelo proletariado representado pelo Estado (socialismo e comunismo), pela raça pura comandada pelo Estado (nazismo), pelo Nação dirigida pelo Estado (fascista), ou pela maioria democrática (liberalismo): todas essas hipóteses são contrárias à visão católica de que a verdade é absoluta, aferível pela razão humana e revelada por Deus; herdeiro do liberalismo, ainda que finja combatê-lo, pesam contra o comunismo todos os erros daquela falsa noção de liberdade, equivocado entendimento quanto às relações entre Estado e Igreja, etc;

 

 

 

 

O socialismo LIBERTÁRIO defende o aborto, o feminismo radical, e, nas suas vertentes mais modernas e avançadas, BEM COMO a prática homossexual, tudo condenado pela doutrina católica

 

 

 

 

 

O socialismo, por todos os seus postulados, é incompatível com a Doutrina Social da Igreja. A experiência socialista em todos os países em que foi implantada teve como conseqüência obrigatória a violência desordenada: veja-se Pol Pot, Mao-Tsé Tung, Fidel Castro, Josef Stálin, Ho Chi Min, Tito etc. O socialismo sem exceções, onde se instalou perseguiu a religião, pois é ponto pacífico na doutrina social-comunista o ódio a qualquer manifestação de culto a Deus, em especial à Fé Católica, que é a verdadeira Revelação de Cristo; isto foi traduzido em milhões de mortos pelos regimes comunistas e em perseguições dos mais variados matizes mesmo em Nações de socialismo dito moderado. O socialismo é obrigatoriamente estatizante, dando todo o poder ao Estado, como representante máximo das aspirações do proletariado, mesmo quando este afirma não querer tal regime (no que Gramsci, teórico comunista italiano, dizia que estava o povo sendo manipulado e que, por não ter a vontade livre, deveria ser representado sempre pelo Intelectual Coletivo, i.e., pelo Partido); a Igreja Católica, ao contrário, embora não defenda o liberalismo econômico que gera o capitalismo “selvagem”, propõe o princípio da subsidiariedade, em que o Estado tem de ser forte, com autoridade suficiente, e interventor quando necessário, para manter a moral no mercado e nas relações, mas dando a liberdade que os socialistas não desejam nessa matéria; a Igreja prega a iniciativa privada com responsabilidade, ao passo que os diversos sistemas socialistas ensinam que o Estado deve coletivizar tudo ou, pelo menos, supervisionar de modo excessivo, caindo no totalitarismo que lhe é característico (daí sua semelhança com o nazi-fascismo, novamente):

 

 

 

 

“Ora, sem dúvida alguma, segundo a doutrina social da Igreja, o Estado tem seu papel próprio na ordenação da vida social. Para desempenhar esse papel, deve mesmo ser forte e ter autoridade. Mas, os que o invocam continuamente e lançam sobre ele toda a responsabilidade, o conduzem à ruína e fazem mesmo o jogo de certos poderosos grupos interessados.” (Sua Santidade, o Papa Pio XII. Discurso ao VII Congresso da UCID, em 7 de março de 1957).

 

 

 

 

“Deve-se afirmar que no campo econômico a parte principal compete à iniciativa privada dos cidadãos, quer ajam isoladamente, quer associados de diferentes maneiras a outros para a consecução de interesses comuns.” (Sua Santidade, o Papa João XXIII. Encíclica Mater et Magistra, de 15 de maio de 1961)

 

 

 

 

 

“Deve-se respeitar o princípio de subsidiariedade: uma sociedade de ordem superior não deve interferir na vida interna de uma sociedade de ordem inferior, privando-a das suas competências, mas deve antes apoiá-la em caso de necessidade e ajudá-la a coordenar a sua ação com a das outras componentes sociais, tendo em vista o bem comum.” (Sua Santidade, o Papa João Paulo II. Encíclica Centesimus Annus, de 1o de maio de 1991, 48)

 

 

 

 

 

“Permanece, contudo, imutável aquele solene princípio da filosofia social: assim como é injusto subtrair aos indivíduos o que eles podem fazer com a própria iniciativa e esforço, para o confiar à coletividade, do mesmo modo passar para uma sociedade maior e mais elevada o que sociedades menores e inferiores, podiam conseguir, é uma injustiça, um grave dano e perturbação da boa ordem social. O fim natural da sociedade e da sua ação é coadjuvar os seus membros, e não destruí-los nem absorvê-los.” (Sua Santidade, o Papa Pio XI. Encíclica Quadragesimo Anno, de 1º de maio de 1931)

 

 

 

 

 

Pelo igualitarismo, o socialismo tende a favorecer toda a sorte de comportamentos contrários á Moral!

 

 

 

 

Os partidos de esquerda identificam-se com a promoção do aborto, das “uniões homossexuais”, do amor-livre etc. A filosofia comuno-socialista nega diretamente Deus e a existência de uma moral objetiva.O socialismo não subordina as idéias à realidade, negando a verdade, portanto, e primando pela ideologia; ao contrário, a Igreja, sobretudo através da magistral obra de Santo Tomás de Aquino, sustenta ser a verdade justamente a adequação da idéia à realidade, no que entra em confronto direto com a filosofia socialista. O socialismo, quando não está ainda no poder, insufla a revolta ilegítima do povo contra a autoridade constituída, com uma série de expedientes que não são aprovados pela Moral da Igreja: A sociedade humana não estará bem constituída nem será fecunda a não ser que lhe presida uma autoridade legítima que salvaguarde as instituições e dedique o necessário trabalho e esforço ao bem comum. Chama-se autoridade a qualidade em virtude da qual pessoas ou instituições fazem leis e dão ordens naturalmente justas e legítimas aos homens, e esperam obediência da parte deles.Toda comunidade humana tem necessidade de uma autoridade que a dirija. Tal autoridade encontra seu fundamento na natureza humana. É necessária à unidade da cidade. Seu papel consiste em assegurar enquanto possível o bem comum da sociedade.

 

 

 

 

A autoridade exigida pela ordem moral emana de Deus:

 

 



“Todo homem se submeta às autoridades constituídas, pois não há autoridade que não venha de Deus, e as que existem foram estabelecidas por Deus. De modo que aquele que se revolta contra a autoridade opõe-se à ordem estabelecida por Deus. E os que se opõem atrairão sobre si a condenação? (Rom 13,1-2).

 

 

 

 

O dever da obediência impõe a todos prestar à autoridade as honras a ela devidas e cercar de respeito e, conforme seu mérito, de gratidão e benevolência as pessoas investidas de autoridade.Deve-se ao papa S. Clemente de Roma a mais antiga oração da Igreja pela autoridade política:“Concedei-lhes, Senhor, a saúde, a paz, a concórdia, a estabilidade, para que exerçam sem entraves a soberania que lhes concedestes. Sois vós, Mestre, rei celeste dos séculos, quem dá aos filhos dos homens glória, honra e poder sobre as coisas da terra. Dirigi, Senhor, seu conselho segundo o que é bom, segundo o que é agradável a vossos olhos, a fim de que, exercendo com piedade, na paz e mansidão, o poder que lhes destes, vos encontrem propício.” Se, por um lado, a autoridade remete a uma ordem fixada por Deus, por outro, “são entregues à livre vontade dos cidadãos a escolha do regime e a designação dos governantes.”

 

 

 

 

 

A diversidade dos regimes políticos é moralmente admissível, contanto que concorram para o bem legítimo da comunidade que os adota

 

 

 

 

Os regimes cuja natureza é contrária natural, à ordem pública a aos direitos fundamentais das pessoas, não podem realizar o bem comum das nações às quais são impostos.A autoridade não adquire de si mesma sua legitimidade moral. Não deve comportar-se de maneira despótica, mas agir para o bem comum, como uma força moral fundada na liberdade e no senso de responsabilidade.A legislação humana não goza do caráter de lei senão na medida em que se conforma à justa razão; de onde se vê que ela recebe seu vigor da lei eterna. Na medida em que ela se afastasse da razão, seria necessário declará-la injusta, pois não realizaria a noção de lei; seria antes uma forma de violência.A autoridade só será exercida legitimamente se procurar o bem comum do grupo em questão e se, para atingi-lo, empregar meios moralmente lícitos. Se acontecer de os dirigentes promulgarem leis injustas ou tomarem medidas contrárias à ordem moral, estas disposições não poderão obrigar as consciências. Neste caso, a própria autoridade deixa de existir, degenerando em abuso do poder.

 



“É preferível que cada poder seja equilibrado por outros poderes e outras esferas de competência que o mantenham em seu justo limite. Este é o princípio do estado de direito, no qual é soberana a lei, e não a vontade arbitrária dos homens.” (Catecismo da Igreja Católica, 1897-1904)

 

 

 

 

c) citações de outros pensadores católicos, Santos e eclesiásticos:

 

 

 

 

 

“Por fidelidade ao Evangelho e à doutrina da Igreja, a Legião de Cristo sempre vai estar muito atenta à problemática social que aflige o mundo e, na medida das suas possibilidades, vai agir para que todas as suas instituições e as pessoas que tiverem contato com ela também se imbuam desta mesma consciência social. A Legião e o Regnum Christi vão ter sempre no coração da sua espiritualidade os mesmos sentimentos de Cristo para com os pobres e excluídos, as pessoas humildes, os que sofrem injustiças. A nossa luta em favor do homem é uma luta pelo humanismo autêntico, que pretende abrir o homem à Boa Nova, à fé em Cristo e, a partir daí, abri-lo aos caminhos da justiça e da caridade. Mas não vai cair nas soluções fáceis da luta de classes e do recurso à violência, simplesmente porque são anti-evangélicos e anti-humanos. A ideologia da luta de classes mostrou a sua incapacidade histórica, com a queda estrondosa dos regimes marxistas. Seu resultado foi a geração de novas violências e sistemas totalitários e ditatoriais, que destruíram não somente a liberdade dos homens, mas até mesmo a própria vida econômica. Nós procuramos, ao contrário, a mudança radical do coração humano, fruto da conversão interior do homem que, tocado pela graça, se abre à fé em Cristo e às necessidades do irmão. A nossa missão é trabalhar pela instauração do Reino de Cristo na sociedade, através da pregação da Boa Nova do Reino, por meio de uma ação claramente sobrenatural e transcendente, que muda o coração dos homens, criando as bases de uma civilização da justiça e do amor.”(MACIEL, Pe. Marcial, LC. Apud COLINA, Jesús. Minha vida é Cristo, São Paulo: CEFID/Logos, 2003, pp. 108-109)

 

 

 

 

 

“No emaranhado de opiniões, ideias, partidos e movimentos hodiernos, nada esclarecedores, pergunta-se ansiosamente de que lado está a Igreja? Há padres hoje, e Bispos até, que defendem os partidos de esquerda, chegando a ponto de apresentá-los como os únicos confiáveis. Há os que propugnam a luta de classes, a reforma agrária socialista, a invasão de terras alheias, propondo como modelo os países comunistas. É essa afinal a posição da Igreja? Nós respondemos categoricamente: Não! A posição da Igreja não é constituída pelas idéias desta ou daquela porcentagem eclesiástica, seja ela qual for, mas sim pela tradição doutrinária que nos foi legada por Nosso Senhor, pelos Apóstolos e enriquecida pelo ensinamento dos Papas, Concílios, Santos e Doutores da Igreja. E esse ensinamento perene defende a propriedade privada, condena o comunismo, o socialismo, a luta de classes, prega as virtudes cristãs da justiça e da caridade, ensina que amar os pobres não é odiar os ricos, promovendo assim através da prática de uma moral sadia a verdadeira harmonia e felicidade social... Não nos iludamos. Desconfiamos dos discursos demagógicos que, através de propostas humanitárias e aparentemente cristãs, terminam afinal na luta de classes, na agitação, no igualitarismo e no materialismo ateu com a mais completa negação de Deus e da mentalidade cristã. É hora de tirar da estante as encíclicas de Leão XIII e Pio XI sobre a questão social, que refletem com precisão a doutrina da Igreja e são leitura utilíssima e esclarecedora na atual conjuntura religiosa. A solução para o problema social não está no socialismo ou comunismo, mas sim na prática da justiça e caridade, com a formação da verdadeira consciência cristã, alicerce da verdadeira ordem social.”( RIFAN, D. Fernando Arêas. De que Lado está a Igreja?, in Quer Agrade, Quer Desagrade, Campos: ed. do autor, 1999, pp. 123-124).

 

 

 

 

 

“E como o oposto do socialismo ou comunismo não é o liberalismo econômico ou o capitalismo, mas sim o catolicismo, será pela propagação das verdadeiras ideais cristãs que construiremos o anticomunismo digno deste nome. O resto é ilusão e perda de tempo.” (RIFAN, D. Fernando Arêas. A Fraqueza dos Bons, in Quer Agrade, Quer Desagrade, Campos: ed. do autor, 1999, p. 104)

 

 

 

 

 

“O igualitarismo moderno, de inspiração atéia, é contrário não somente à Revelação, senão também à natureza. É uma ideologia falsa, que somente fazendo violência à realidade das coisas pode se afirmar, e não pela própria verdade. Sabemos cientificamente que, por exemplo, em qualquer associação de viventes, uma manada de lobos  domina a confusão e a ineficácia até que nela se estabeleça uma estruturação hierárquica, que implica relações desiguais. Pois bem, a autoridade, a hierarquia, a desigualdade, que é natural entre os animais, segue sendo natural entre os homens. Certamente nas sociedades humanas haverá que se distinguir, mas não entre os animais,  desigualdades justas, procedentes de Deus, conformes à natureza, e desigualdades injustas, nascidas da maldade dos homens: temos, pois, de afirmar as primeiras e combater as segundas. Porém, em todo o caso, deve restar claro que o princípio igualitário, enquanto tal, é injusto, é violento, é contrário à natureza.” (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 16)

 

 

 


 

 

“Se Deus criou o mundo naturalmente hierárquico e desigual, é indubitável que na Providência divina ricos e pobres têm seu lugar. Não é vontade de Deus que todos sejam iguais na posse dos bens deste mundo. Ou, em outras palavras: pode haver riquezas legitimamente adquiridas e honestamente possuídas. Pode haver, sem dúvida, riquezas benéficas, realmente postas a serviço de Deus e do bem comum dos homens.” (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 339)

 

 

 

 

 

É lei natural que os seres superiores movam os inferiores, pela virtude mais excelente que Deus lhes conferiu” e também que “os inferiores devem obedecer aos superiores.” (Santo Tomás de Aquino. S. Th., II-II, q. 104, a. 1)

 



“...também as riquezas, enquanto são certo bem, são algo divino, principalmente quando dão possibilidade de fazer muitas obras boas.” (Santo Tomás de Aquino. Quodlibeto, 10, q. 6, a. 12, ad 2m)

 

 

 

 

 

Em tais condições, a coexistência pacífica da Igreja com o comunismo deve ser recusada pelos católicos:

 

 

 

 

 

1º argumento. — A ordem temporal exerce uma ação formadora — ou deformadora — profunda sobre a alma dos povos e dos indivíduos. A Igreja não pode, pois, aceitar uma liberdade que implique em calar sobre os erros do regime comunista, criando no povo a impressão de que Ela não os condena.

 

 

 

 

2º argumento. — Renunciando a ensinar os preceitos do Decálogo que fundamentam a propriedade privada (7º e 10º Mandamentos), a Igreja apresentaria uma imagem desfigurada do próprio Deus. O amor de Deus, a prática da virtude da justiça e o pleno desenvolvimento das faculdades do homem, e, portanto, a sua santificação, ficariam assim gravemente prejudicados.

 

 

 

 

3º argumento. — A Igreja não pode aceitar o comunismo como um fato consumado e um “mal menor”.

 


1. Quanto à primeira condição, parece-nos que a resposta deve ser negativa, à vista da força suasória (persuasiva), que têm uma metafísica e uma moral concretizadas num regime, numa cultura, num ambiente.

 

 

 

 

A missão docente da Igreja não consiste só em ensinar a verdade, mas também em condenar o erro. Nenhum ensino da verdade é suficiente enquanto ensino, se não inclui a enunciação e refutação das objeções que contra a verdade se possam fazer. “A Igreja — disse Pio XII — sempre transbordante de caridade e de bondade para com os desgarrados, mas fiel à palavra de seu Divino Fundador, que declarou. “Quem não está coMigo, está contra Mim” (Mat. 12, 30), não pode faltar a seu dever de denunciar o erro e de arrancar a máscara aos semeadores de mentiras…” (Radiomensagem do Natal de 1947 — “Discorsi e Radiomessagi”, vol. IX, p. 393). No mesmo sentido se exprimiu Pio XI: “O primeiro dom de amor do Sacerdote ao seu meio, e que se impõe da maneira mais evidente, é o dom de servir à verdade, à verdade inteira, e desmascarar e refutar o erro sob qualquer forma, máscara ou disfarce com que se apresente” (Encíclica “Mit Brennender Sorge”, de 14 de março de 1937 — AAS, vol. XXIX, p. 163). É da essência do liberalismo religioso a falsa máxima de que para ensinar a verdade não é necessário impugnar ou refutar o erro. Não há formação cristã adequada, que prescinda da apologética. Resulta particularmente importante notá-lo, à vista do fato de que a maioria dos homens tende a aceitar como normal o regime político e social em que nasce e vive, e de que o regime exerce a este título uma influência formativa profunda sobre as almas.Para medir em toda a sua extensão o poder dessa ação formativa, examinemo-la em sua razão de ser e em seu modo de operar.Todo regime político, econômico e social se baseia, em última análise, em uma metafísica e em uma moral. As instituições, as leis, a cultura e os costumes que o integram, ou com ele são correlatos, refletem na prática os princípios dessa metafísica e dessa moral.Pelo próprio fato de existir, pelo natural prestígio do Poder Público, bem como pela enorme força do ambiente e do hábito, o regime induz a população a aceitar como boas, normais, até indiscutíveis, a cultura e a ordem temporal vigentes, que são as conseqüências dos princípios metafísicos e morais dominantes. E, ao aceitar tudo isto, o espírito público acaba por ir mais longe, deixando-se penetrar como por osmose, por esses mesmos princípios, habitualmente entrevistos de modo confuso, subconsciente, mas muito vivo, pela maior parte das pessoas.A ordem temporal exerce pois uma ação formadora — ou deformadora — profunda sobre a alma dos povos e dos indivíduos.Há épocas em que a ordem temporal se baseia em princípios contraditórios, que convivem em razão de um tal ou qual ceticismo com colorido quase sempre pragmatista. Em geral, esse ceticismo pragmático passa daí para a mentalidade das multidões.Outras épocas há, em que os princípios metafísicos e morais que servem de alma à ordem temporal são coerentes e monolíticos, na verdade e no bem como na Europa do século XIII, ou no erro e no mal como na Rússia ou na China de nossos dias. Então, esses princípios podem marcar-se a fundo nos povos que vivem em uma sociedade temporal por eles inspirada.O viver em uma ordem de coisas assim coerente no erro e no mal já é de si um tremendo convite à apostasia.No Estado comunista, oficialmente filosófico e sectário, esta impregnação doutrinária na massa é feita com intransigência, amplitude e método, e completada por uma doutrinação explícita incansavelmente repetida a todo propósito.Ao longo de toda a História não há exemplo de pressão mais completa em seu conteúdo doutrinário, mais sutil e polimórfica em seus métodos, mais brutal em suas horas de ação violenta, que a exercida pelos regimes comunistas sobre os povos que estão sob seu jugo.Num Estado assim totalmente anticristão não há meio de evitar esta influência senão instruindo os fiéis sobre o que ele tem de ruim.Face a tal adversário, mais ainda do que face a qualquer outro, a Igreja não pode, pois, aceitar uma liberdade que implique em renunciar sincera e efetivamente ao exercício, franco e eficiente, de sua função apologética.

 

 

 

 

2. Quanto à segunda condição, também nos parece que não é aceitável, tendo em vista não só a incompatibilidade total entre o comunismo e a doutrina católica, como particularmente o direito de propriedade em suas relações com o amor de Deus, a virtude da justiça e a santificação das almas.

 

 

 

 

Para a recusa desta segunda condição há antes de tudo uma razão de caráter genérico. A doutrina comunista, ateia, materialista, relativista, evolucionista, colide do modo mais radical com o conceito católico de um Deus pessoal, que promulgou para os homens uma lei em que se consubstanciam todos os princípios da moral, fixos, imutáveis, e consentâneos com a ordem natural. A “cultura” comunista, considerada em todos os seus aspectos e em cada um deles, conduz à negação da moral e do direito. A colisão do comunismo com a Igreja não se dá, pois, apenas em matéria de família e de propriedade. E é sobre toda a moral, sobre toda a noção do direito, que a Igreja se deveria então calar. Não vemos, portanto, a que resultado tático conduziria um “armistício ideológico” entre católicos e comunistas circunscrito a estes dois pontos, se em todos os outros a luta ideológica continuasse.” (OLIVEIRA, Plínio Corrêa de Oliveira. Acordo com o regime comunista: para a Igreja, esperança ou autodemolição?) - “Não podemos usar a tática da avestruz, achando que o problema se resolve ao ser ignorado. Mas não podemos recorrer a soluções que não são do Evangelho, como as que alguns autores de certas teologias da libertação procuram, ao pretender unir, numa falsa aliança, o Evangelho e a luta de classes. Não negamos a possível boa intenção e sinceridade destas pessoas; porém, a sinceridade não é o critério da verdade, pois uma pessoa pode estar sinceramente enganada! Só Deus pode julgar o interior de cada homem! Mas o que podemos fazer, como foi feito pelo Magistério da Igreja, que sobre esse assunto, se emitiu duas declarações pela Congregação da Doutrina da Fé, guiada pelo cardeal Josef Ratzinger,  é afirmar claramente que as teologias da libertação que admitem a análise marxista, e com muita freqüência, também certos elementos da sua filosofia materialista de fundo, são incompatíveis com a doutrina social da Igreja. A nossa preocupação em matéria social, portanto, é aplicar os grandes princípios da doutrina social da Igreja, procurando conscientizar os leigos, especialmente os que têm mais possibilidades devido à sua posição política, econômica ou social, para que eles apliquem esses princípios no próprio raio de ação. É um trabalho lento e pouco vistoso, mas eficaz, a longo prazo. Através da formação e da projeção apostólica dos leigos, é possível realizar obras de grande envergadura no âmbito do desenvolvimento social e econômico.”(MACIEL, Pe. Marcial, LC. Apud COLINA, Jesús. Minha vida é Cristo, São Paulo: CEFID/Logos, 2003, pp. 107) - “Alguns cristãos pregam como norma a resistência aos poderes, e como exceção o dever de obediência. Adornam sua doutrina com algumas citações bíblicas, nas quais se faz alusão pejorativa aos poderosos (o Magnificat, por exemplo, em Lc 1,52), mas a verdade é que repelem a Revelação. É certo que os poderes políticos e outras modalidades de autoridade civil estão geralmente mais ou menos corrompidos, e que raras vezes são de todo sadios tanto em sua origem como em seu exercício (e quem garante que aqueles(as) que iriam assumir o poder, oriundos do proletariado, também, não se corrompam?). Sem embargo, ainda que sejam assim as coisas, o dever cristão da obediência cívica está normalmente vigente, e só excepcionalmente há de ceder a outras exigências morais contrárias. Isto é o que ensinaram Jesus e os Apóstolos em tempos terríveis. Os que aceitam esta doutrina terão às vezes problemas de discernimento à hora de aplicá-la na prática. Porém, os que rechaçam tal doutrina de Cristo, como poderão aplicá-la com prudência. Errarão sempre, necessariamente. Alguns cristãos pretendem superar as injustiças de autoridades e leis vencendo o mal com o mal. Estes querem o bem sem esperar mais, agora, sem sofrimentos próprios, a custa do que quer que seja; qualquer meio vale, se se mostra eficaz. Estão, pois, dispostos a pressionar, ridicularizar a autoridade e desprestigiá-la, armam escândalos, rompem a unidade, usam de intimidações, greves selvagens ou guerras.Estes são os que vêem na Cruz de Cristo a raiz de muitos males históricos. É coisa clara que se envergonham do Evangelho de Jesus (cf. Rm 1,16; 2 Tm 1,8), e que o consideram loucura e absurdo (cf. 1 Co 1,23). Pois a Revelação divina nos ensina: Que ninguém devolva mal pelo mal, senão que buscai sempre fazer o bem entre vós e com todos (1 Ts 5,15). Cristo não veio matar o próximo, mas dar a sua vida por eles. Jesus não morreu na cruz apenas por uma classe social, mas por todos os pecadores, sejam pobres, ou ricos. Não te deixes vencer pelo mal [fazendo-o tu], mas vence o mal com o bem? (Rm 12,21). A Igreja sabe que, às vezes, a violência pode ser expressão de caridade (cf. Jô 2,15), porém só a admite em casos extremos (por exemplo, GS 68c, sobre a greve; 79b-d, sobre a guerra justa, ou seja, de defesa), e se se dá um conjunto de condições (cf. Pio XI, Encíclica Firmissimam Constantiam, de 28 de março de 1937, Dz 3775-3776), ignoradas muitas vezes pelos partidários da violência.” (RIVERA, Pe. José; IRABURU, Pe. José María. Síntesis de Espiritualidad Católica, 6ª ed., Pamplona: Fundación Gratis Date, 2003, p. 370)

 

 

 

 

2. Ora, o PT é socialista

 

 

 

 

a) está nos seus estatutos e programas (cf. www.pt.org.br) a plataforma socialista;

 

 

 

b) nas duas primeiras candidaturas à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva utilizou como título de seu programa “Projeto Brasil Socialista”.

 

 

c) a história do PT confirma sua adesão ao socialismo:Os principais líderes e todos os fundadores eram socialistas, a maioria de tendência marxista clássica inclusive! Mesmo as correntes mais moderadas do PT são contaminadas de socialismo em maior ou menor grau. Muitos dos caciques do Partido foram guerrilheiros e tentaram implantar um regime comunista no Brasil, como José Dirceu, José Genoíno e outros. Os fundadores do PT pertencentes à chamada “esquerda católica” foram ou são de organizações contrárias ao ensino católico, que publicamente rejeitam a autoridade do Papa (Leonardo Boff, ex-OFM; Frei Betto, OP; Marcelo Barros, OSB; etc); muitos deles foram militantes de organizações socialistas nos anos 60 e 70, e que não abandonaram suas idéias;

 

 

 

 

d) o PT apóia, de uma forma ou de outra, o MST, grupo que pretende uma reforma agrária de perfis socialistas e que não esconde isso de ninguém, contrariando, portanto, o ensino católico acima exposto.

 

 

 

 

e) o PT participa oficialmente do Fórum de São Paulo (cf. www.midiasemmascara.org), organismo dos movimentos socialistas e comunistas, com vistas a elaborar planos de tomada de poder (democraticamente ou através de ações revolucionárias explícitas) na América Latina.

 

 

 

 

f) os programas do PT incluem temas como cotas para negros ou para pobres em faculdades, reforma agrária, alta tributação, projetos tendentes a, em maior ou menor grau, diminuir ou suprimir a sociedade de classes e a propriedade de classes, no que demonstra ser socialista.

 

 

 

 

g) a visão histórica pregada pelo PT é totalmente influenciada pela dialética materialista de Marx (opressores X oprimidos), e por isso vivem criticando os 500 anos do Descobrimento (em ultraje ao Papa, que enviou representação para as festas), e ensinando uma história distorcida pelo socialismo.

 

 

 

 

h) o PT comanda, de uma forma ou de outra, as manifestações desordeiras contra a autoridade constituída, sempre que não está no poder, por ser influenciado por pressupostos socialistas, e em seu currículo constam agitações, invasões, badernas, tentativas revolucionárias.

 

 

 

 

i) o PT apóia o Chavismo Venezuelano e  Castrismo Cubano, e outros ditadores comunistas, como o presidente do Gabão, elogiado por Lula sua visita à África.

 

 

 

j) o PT tem uma forte aliança com a teologia da libertação de caráter marxista, diversas vezes condenada pelos Papas tanto por seus erros sociais e políticos quanto por seus erros teológicos.

 

 

 

k) a cultura interna do PT é notadamente socialista ou simpatizante do socialismo:Celebração de heróis socialistas e comunistas (Fidel, Lênin, Mao, Ho Chi Min, Pol Pot e, principalmente, Che) em camisetas e bandeiras petistas. O símbolo do PT é socialista: a estrela amarela sobre um fundo vermelho da URSS, da China comunista, da Internacional Socialista, de vários partidos comunistas ao redor do mundo (PSOE na Espanha; PSB, PPS, PCdoB, PCB, PSTU e PCO no Brasil). Os intelectuais do PT não negam sua inspiração em Antonio Gramsci, teórico comunista italiano, e fundamentam suas teses com pressupostos de matriz socialista (igualitarismo, coletivismo, oprimido X opressor, negro X branco, mulher X homem, pobre X rico etc). As alianças tradicionais do PT para suas campanhas são com partidos socialistas (PCdoB, PCB, PSB, PPS, PV etc), o que demonstra, no mínimo, simpatia e comunhão ideológica.

 

 

 

 

l) a experiência dos governos do PT, notadamente no Rio Grande do Sul, pôs em prática sua ideologia socialista, com perseguição aos jornalistas, ideologização da Brigada Militar e do ensino (concursos públicos para professor com questões explicitamente pró-socialistas), catalogação dos inimigos etc.

 

 

 

 

m) o PT, ainda que alguns membros não o sejam, é francamente favorável ao aborto, ao “casamento” homossexual, à eutanásia, ao feminismo radical.

 

 

 

 

3. Logo, o PT deve ser rejeitado por quem se considera fiel à Igreja

 

 

 

 

E, por isso, é claramente imoral a participação consciente e deliberada de qualquer católico, seja leigo, seja eclesiástico, seja religioso, no PT e em outros partidos socialistas:

 

 

 

– É incoerente o católico(a), fazer campanha, doar dinheiro e votar no PT, favorecendo, de qualquer forma, o PT em sua estratégia de tomada de poder, mesmo que não concorde com o socialismo desse partido, ou apenas porque considera que é um partido que supostamente luta pelos direitos trabalhistas.

 

 

– É completamente incoerente um católico(a) utilizar símbolos petistas ou levar outros a crer que comunga plenamente das ideais do PT, porque acha que estão em unidade com o magistério da igreja, nos princípios, meios e fins.

 

 

O católico deve, isso sim, estudar a Doutrina Social Católica, e posicionar-se politicamente de acordo com o que diz o Santo Padre, o Papa, suprema autoridade de governo e infalível autoridade na interpretação e ensino da Igreja, sendo o Vigário de Cristo na terra!

 

 

VEJAMOS AGORA UM OUTRO LADO DA MOEDA COM RELAÇÃO A EXCOMUNHÃO AUTOMÁTICA:


 

 

 





Diante de tudo isso que foi exposto anteriormente, será que todos os que se dizem católicos, incluindo bispos, padres e religiosos e leigos, sabiam claramente de tudo isso? Incluindo você que nos leu até aqui? Portanto. Nem sempre votar e apoiar partidos socialistas implica automaticamente em excomunhão, pois precisa preencher os requisitos:

 



-Pleno conhecimento da matéria.

 

-Vontade firme e deliberada em transgredir!

 



No máximo pode estar em pecado grave. Então se você anda por aí decretando a excomunhão automática a torto e a direito, a quem declara voto em candidato socialista, para que a coisa não é bem assim! Não, a princípio ninguém é excomungado automaticamente por ser fã do presidiário quatro dedos, nem por usar camiseta do Che Guevara, nem por votar em comunista. Dependendo do contexto, e nível de conhecimento, no máximo podemos dizer que a pessoa está em pecado grave (pois a Igreja CONDENA O SOCIALISMO). Mas ainda assim, só um bom confessor, conhecedor e fiel ao sagrado magistério pode avaliar. Leigo não tem que ficar declarando excomunhão automática para condenar o voto de ninguém, muito menos para "excomungar" membros do clero! Se querem convencer um católico a renunciar a seu voto em um socialista, seja sereno e apresente argumentos. Dá mais trabalho, mas é o melhor caminho. Taxar o outro de "excomungado" só faz você pagar mico e perder um potencial católico fiel.

 

 

 

Não poder comungar do Corpo e Sangue de Cristo (por estar em pecado mortal) é a mesma coisa que ser excomungado? NÃO!

 

 

 

 

Muitos católicos têm feito essa confusão. E assim acabam banalizando o sentido da pena de excomunhão, que é a pena mais grave dada pela Igreja a um católico.Confira o significado de cada uma das duas situações:

 

 

 

-DESPREPARADO PARA COMUNGAR POR ESTAR EM PECADO MORTAL – é o católico que cometeu algum pecado grave, pecado que coloca a alma em sério risco de ir para o Inferno. Ele não deve comungar até que se arrependa e se confesse com um sacerdote.

 

 

 

 

-EXCOMUNGADO – é a pessoa que recebeu a pena canônica máxima da Igreja, e assim se torna um ex-católico. Caso venha a se arrepender e pedir perdão, sua pena só pode ser retirada por um BISPO ou por seu encarregado (exceto em caso de excomunhão por aborto, em que a excomunhão pode ser retirada por qualquer sacerdote). Para resumir grosseiramente, podemos dizer que a diferença essencial entre os dois estados é que o primeiro é um mau católico, mas ainda é católico; e o segundo (o excomungado) nem pode mais ser considerado católico. Está completamente desligado da Igreja.

 

 

-Se morrer, o excomungado não pode receber um funeral católico.

 

 

-Se estiver doente, não pode receber a unção dos enfermos.

 

 

-Se desejar se casar, também lhe será negada a cerimônia no matrimônio.

 

 

 

PAREM DE BANALIZAR A EXCOMUNHÃO!

 

 

 

 

Espero que tenha ficado claro que a excomunhão é uma condição extrema. Mas infelizmente está sendo usada por católicos arrogantes ou simplesmente mal informados como arma para “corrigir” católicos socialistas (ou supostamente socialistas).O folclore do Brasil acaba de ganhar um novo personagem lendário, que figura ao lado do Saci-Pererê, do Curupira e do Boitatá: o católico excomungado automaticamente porque votou em partido socialista.Como já dissemos inúmeras vezes em nosso apostolado, “o socialismo é uma doutrina demoníaca totalmente incompatível com a fé católica”. Porém, votar em um candidato socialista nos dias de hoje não necessariamente indica que o católico é um apóstata excomungado. Muito provavelmente, é alguém que está em pecado mortal – dependendo do cenário político e do nível de consciência sobre o tema:

 

 

 

-Nos anos 1940/1950, era muito claro o que era ser socialista. Era necessário perseguir a Igreja implacavelmente. Era tudo era preto no branco. Hoje, não mais! Naquele tempo, o simples fato de ler uma revista ou jornal comunista configurava colaboração com o comunismo e excomunhão, conforme declara o documento de Pio XII de 1949 (AAS 41). Hoje, não mais! Se assim fosse, todo o mundo que assiste programas de quase todas as grandes redes de TV e acessa links de quase todos os jornais da grande mídia brasileira deveriam ser considerados excomungados! Graças à Revolução Cultural, o socialismo está presente até no enredo da novela de época da vovó. Teremos que dizer à vovó para deixar de ver a novela lacradora, para evitar “colaborar com o socialismo” e não ser excomungada? Ou você é daqueles(as) que só decreta a excomunhão para os outros, os da sua família, não?

 

 

 

-O documento de Pio XII proíbe até de LER livros e revistas socialistas, sabia disso? Se levar isso ao pé da letra sem a devida contextualização para os dias de hoje, vamos ter que dizer que quem acessa links de artigos da Folha de SP ou do G1 está excomungado! E até quem entra em uma faculdade de Humanas também tá excomungado, porque é impossível fazer humanas sem ter que ler mil livros da Escola de Frankfurt e outros lixos marxistas!

 

 

 

-A Igreja Católica tem a sua Doutrina Social. Seu conteúdo se choca tanto com o socialismo quanto com o ultra-liberalismo (muitas vezes defendido por partidos e políticos de direita).A Igreja, portanto, não é de esquerda nem de direita. Porém, de modo geral, a direita é menos ofensiva aos valores cristãos, e por isso deve ser considerada como alvo do voto preferencial dos fiéis, como mal menor, entretanto, cada eleição deve ser considerado caso a caso.

 

 

 

-É necessário sim, o empenho intenso e constante de cada católico(a) em se informar sobre o que é o socialismo e sobre o mal que esse sistema pode fazer às almas! Só assim, com conhecimento sólido, poderá alertar e abrir os olhos dos irmãos(ãs) que, muitas vezes até mesmo sem saber, colaboram com a agenda socialista.Em vez disso, tem muita gente se limitando a declarar a excomunhão automática de todos que considera católicos “vermelhos”. A histeria chegou ao ponto de ser comum ver leigos duvidando da validade da missa deste ou daquele padre, pois o tal certamente seria um “comunista excomungado”.Em primeiro lugar, ainda que um padre seja automaticamente excomungado, mas não formalizado pela autoridade da Igreja, sua missa é válida (desde que ele celebre conforme a Igreja ordena). Em segundo lugar, é bizarro que leigos de instrução medíocre, inflados por posts de sites católicos de adolescentes RAD TRAD e sem noção, se sintam capacitados para declarar a excomunhão de sacerdotes ungidos do Senhor. Pera ai irmão(ã)! Ponha-se em seu lugar! Quem é você na fila do pão?

 

 

 

-O Concílio de Trento fez um sério alerta sobre o grande dano que pode gerar o uso da excomunhão a torto e a direito. PRESTEM MUITA ATENÇÃO NESSE TEXTO: “Use-se com precaução as armas da excomunhão...Ainda que a espada da excomunhão seja o nervo da disciplina eclesiástica, e seja extremamente salutar para conter as pessoas em seu dever, seu uso deverá ser feito com sobriedade e com grande circunspecção, pois ensina a experiência, que se for utilizado esse castigo temerariamente ou por causas leves, ele ficará muito mais depreciado que temido, e causará mais dano que proveito” (Trento, Sessão XXV, cap. III).A Igreja mandou os bispos – ATENÇÃO! Os bispos, e não leigos de meia-tigela que nem eu e você – terem precaução e sobriedade com as excomunhões. Mas a toda poderosa fulana de tal, quarta pessoa da santíssima trindade,  universitária não sei de onde, juntamente com o famoso Zé Mané, já declararam a excomunhão automática de dezenas de pessoas (não sei se incluiu alguém de sua família) só este ano, pelos grupos do WhatsApp, Facebook e Instagran... Tá “serto”...

 

 

 

 

Excomunhão: voadora misericordiosa da Igreja

 

 

 

Postado por O Catequista

 

 

 

Se um membro do corpo necrosou, o que o médico faz? Não há outro jeito senão amputá-lo, para que a necrose não se expanda para outros membros e leve o corpo inteiro à morte. É uma medida extrema, triste, mas salvadora. Da mesma forma, quando a Igreja excomunga um dos membros de seu Corpo, quer somente evitar que os outros membros também adoeçam e se percam!

 

 

 

 

O QUE É EXCOMUNHÃO?

 

 

 

 

A excomunhão é uma pena aplicada por um bispo ou pelo Papa, por meio da qual um católico batizado deixa de ser membro o Corpo Místico visível de Cristo. Ou seja, ele não pode mais ser considerado católico; sua comunhão com a Igreja está rompida – EXcomunhão. Porém, permanece o laço espiritual e invisível do batismo que é indelével, ou seja, nem a excomunhão pode anular! Foi o próprio Cristo que deu aos Apóstolos o poder de excomungar, quando disse: "E, se ele não os atender, dize-o à Igreja; e, se recusar ouvir também a Igreja, considera-o como pagão e publicano" (Mt 18,17). Considerar uma pessoa como pagã significa que ela não mais deve ser considerada cristã. Por isso, o excomungado não pode receber NENHUM sacramento e não pode exercer nenhum ofício na Igreja. Mas esse estado terrível não precisa ser definitivo: para que a excomunhão seja retirada, basta o excomungado se arrepender e se confessar – mas não com qualquer padre! O perdão só pode ser dado pelo bispo local, pelo Papa ou por um sacerdote especialmente designado por eles.A excomunhão é uma medida dura, mas pedagógica. Não visa condenar o excomungado ao Inferno, mas sim chamar-lhe à razão, deixando bem clara a profunda gravidade de seu erro.

 

 

 

 

Quem pode ser excomungado? Conforme o CDC, Aqueles que comentem essas faltas:

 

 

 

1)-Apostasia (renegar a fé católica).

 

 

2)-Heresia (insistir em negar publicamente, uma ou mais verdades da fé católica revelada, mesmo depois de advertido pelas autoridades da Igreja).

 

 

 

3)-Cisma (fundar uma seita “católica” rebelada contra Roma).



4)-Profanação das espécies sagradas (o Corpo e o Sangue de Cristo).

 

 

5)-Violência física contra o Papa.

 

 

6)-Absolvição por um sacerdote do cúmplice do pecado da carne.

 

 

7)-Consagração ilícita de um bispo sem autorização do Papa.

 

 

8)-Violação direta do segredo da Confissão pelo confessor.

 

 

9)-Aborto (quem faz aborto, apóstatas, cismáticos e hereges são excomungados automaticamente, sem que seja necessário a Igreja publicar uma sentença formal contra ele. Desde o Ano Santo da Misericórdia, aberto pelo Papa Francisco em dezembro de 2015, foi concedido a TODOS os sacerdotes o poder de perdoar o pecado do aborto).

 

 

 

Por que pecados como estupro, corrupção ou latrocínio não constam nessa lista?

 

 

 

 

Simples: porque não é necessário! Não precisa nem mesmo ser católico para saber que tais crimes são detestáveis, e não podem ser aceitos nem justificados. Por sua vez, o pecado que leva à excomunhão possui uma característica peculiar: é gravíssimo, mas se apresenta muito facilmente como um ato justo. Os que cometem um pecado passível de excomunhão - em especial os hereges, cismáticos e apóstatas - geralmente se orgulham com sua sinceridade equivocada desse pecado, e o alardeiam aos quatro cantos, caçando aplausos e apoio (e muitas vezes conseguem isso). Já um corrupto, um estuprador ou um assassino buscam sempre ocultar seu crime, pois sabem que serão hostilizados por todos, caso sejam descobertos. Como bem está bem explicado no blog Deus lo Vult, a excomunhão serve “para desmascarar Satanás travestido de anjo de luz. É empregada não para coroar a maldade dos pecados que já são abjetos por natureza, mas para revelar a malícia escondida sob aqueles que parecem inofensivos ou mesmo virtuosos”.

 

 

 

ALÉM DE TUDO ISSO, AIINDA Existem na Igreja dois princípios fundamentais a cerca da "ignorância invencível"

 











1)-O primeiro é que Deus quer que todos os homens se salvem e que cheguem ao conhecimento da verdade, como diz Paulo na segunda carta a Timóteo. Conhecer, neste sentido, equivale a aderir, acolher na própria vida o Senhor.







 

2)- O segundo: historicamente, o Evangelho não chegou ainda a todos os povos e a conquistar todos os corações! Seja porque não chegou materialmente a todos os lugares da Terra, seja porque, ainda que chegue, nem todos o acolhem pelos mais variados motivos.



 

Sobre  isso, nos diz  a teóloga Ilaria Morali, professora de teologia na Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma, especializada no tema da Graça: “A doutrina cristã da salvação é muito clara”.



 

Para explicá-la, recorreria a dois textos do Magistério:




 

1)-O primeiro é um discurso de Pio IX com ocasião do consistório que aconteceu em 8 de dezembro de 1854, por ocasião da solene proclamação do dogma da Imaculada Conceição. O Papa disse que: “Os que ignoram a verdadeira religião, quando sua ignorância é invencível, não são culpados deste fato ante os olhos de Deus.”

 

 

 

2)- Anos depois quis retomar este ensinamento declarando o sentido da ignorância invencível na carta encíclica «Quanto conficiamur moerore», de 1863.É sabido que escreveu: “Os que observam com zelo a lei natural e seus preceitos esculpidos por Deus no coração de todo homem podem alcançar a vida eterna se estão dispostos a obedecer a Deus e se conduzem numa vida reta...” (conf. Rom.2,6-15).





 

Pio IX voltou a propor uma convicção consolidada já há séculos na teologia cristã:


 

“Há homens e mulheres que, por várias razões, seja por condicionamentos culturais, seja por uma experiência, ou um contato negativo com a fé cristã, não chegam ao consentimento da fé.”


 

Ainda que pareça que estas pessoas rejeitem conscientemente a Cristo, não se pode emitir um juízo inquestionável sobre esta rejeição.Ignorância invencível indica precisamente uma condição de falta de conhecimento com respeito a Cristo, à Igreja, à fé, falta de conhecimento que, pelo momento, não pode ser superado com um ato de vontade.A pessoa está bloqueada, como impossibilitada para chegar ao «sim» da fé.Como experimentamos todos os dias entre nossos conhecidos, as razões pelas quais muitas pessoas dizem não a Cristo são múltiplas: Uma desilusão, uma traição, uma má catequese, um condicionamento cultural e social, etc.





 

Pio IX mesmo admitiu a "dificuldade de delimitar os casos de ignorância invencível", perguntando-se:






 

«Quem terá o poder de determinar os limites dessa ignorância segundo a índole e a variedade dos povos, das regiões, dos espíritos e de tantos outros elementos? »

 

 



Pio IX ensina-nos, pois, uma grande prudência e um grande respeito por quem não tem o dom da fé em Cristo:




 

 

1)- Não somos capazes de compreender plenamente as razões de uma rejeição da fé, nem podemos saber com certeza, quem aparentemente parece que não ter fé, na realidade, muitos tem apenas uma forma muito imperfeita de fé, que Deus pode aproveitar e leva-los a salvação.







 

2)- Para nós, cristãos batizados é bom recordar que nosso batismo não é uma garantia automática de salvação. Se assim fosse, o esforço por conduzir uma vida cristã seria inútil.Cada cristão deve esforçar-se por merecer esta salvação com uma vida de fidelidade a Deus, de caridade para com os irmãos, de boas obras. Contudo, ninguém pode estar seguro da própria salvação, porque só Deus tem o poder de concedê-la.”









"Fora da Igreja não há salvação" é uma afirmação ministerial da Igreja, porém não se deve entende-la de forma absoluta, mas relativa:





 

Entretanto, significaria isso que uma pessoa que não tivesse tido a possibilidade material de conhecer a existência da Igreja, por exemplo, um índio da América, antes da chegada dos europeus, não tinha possibilidade alguma de salvar-se?É claro que afirmar a impossibilidade de salvação desse índio seria atribuir a Deus uma injustiça!Esse índio, como todos os que não tivessem nenhuma possibilidade material de conhecer a Igreja, poderiam, sim, salvar-se, pois estavam em situação de ignorância invencível.










 

Por ignorância invencível entende-se, como se depreende desses mesmos termos:



 

“Uma condição em que a pessoa não tenha absolutamente nenhuma possibilidade de fazer qualquer coisa para conhecer e aderir a algo, no caso, a Cristo e a  Igreja Católica.”

 

 

 

Uma pessoa em situação de ignorância invencível com respeito à Igreja Católica pode salvar-se se respeitar a lei natural, que Deus inscreveu no coração de todo homem.Essa obediência à lei de Deus colocada na natureza possibilita a salvação dessa pessoa.




“Se ela não pertence ao corpo visível da Igreja, ela pertence, porém, à alma da Igreja, por um desejo, pelo menos implícito, de receber o batismo. Ela tem o chamado "Batismo de desejo".


 

 

 

Foi o que ensinou o Concílio de Trento:




 

"Depois da promulgação do Evangelho, não pode dar-se [a justificação do ímpio] sem o lavatório da regeneração [Cânon 5, sobre o Batismo] ou por seu desejo, conforme está escrito: "Se alguém não tiver renascido pela água e pelo Espírito Santo, não pode entrar no reino de Deus"( Jo. VIII, 5) ( Denzinger, 796).







 

Portanto, o Concílio de Trento ensinou infalivelmente que existe o batismo de desejo!

 

 

 

Esse batismo de desejo, que, como dissemos, é o de uma pessoa que pratica a lei de Deus como está inscrita na natureza, não tem necessidade de ser explícito. Aliás, não poderia ser de outro modo, naturalmente, pois a pessoa em estado de ignorância invencível não pode conhecer que existe o sacramento do Batismo.Conclui-se, pois, que uma pessoa em estado de ignorância invencível pode possuir o batismo de desejo, ainda que simplesmente implícito, e, por esse batismo de desejo, ela pertence à alma da Igreja, embora não a seu corpo visível, e pode se salvar. Deste modo, o dogma que ensina que "fora da Igreja não há salvação" continua firme e válido, pois a pessoa em ignorância invencível, e que obedece à lei natural, pertence, de fato, à alma da Igreja.

 

 

 

 

 

BIBLIOGRAFIA:

 

 



https://ocatequista.com.br/catequese-sem-sono/item/18216-excomunhao-x-nao-poder-comungar-sao-coisas-diferentes

 

 

 

https://www.facebook.com/ocatequista/posts/2039436689409845/

 

 

https://ocatequista.com.br/o-catequista-tv/os-cacadores-de-treta/item/17604-os-cacadores-de-treta-5-detonando-o-comunismo

 

 

https://www.veritatis.com.br/motivos-pelos-quais-um-catolico-nao-pode-votar-no-pt/

 


https://ocatequista.com.br/catequese-sem-sono/catequese/item/16955-excomunhao-voadora-misericordiosa-da-igreja

 









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Neste Apostolado APOLOGÉTICO (de defesa da fé, conforme 1 Ped.3,15) promovemos a “EVANGELIZAÇÃO ANÔNIMA", pois neste serviço somos apenas o Jumentinho que leva Jesus e sua verdade aos Povos. Portanto toda honra e Glória é para Ele.Cristo disse-nos:Eu sou o caminho, a verdade e a vida e “ NINGUEM” vem ao Pai senão por mim" (João14, 6).Defendemos as verdade da fé contra os erros que, de fato, são sempre contra Deus.Cristo não tinha opiniões, tinha a verdade, a qual confiou a sua Igreja, ( Coluna e sustentáculo da verdade – Conf. I Tim 3,15) que deve zelar por ela até que Ele volte(1Tim 6,14).Deus é amor, e quem ama corrige, e a verdade é um exercício da caridade. Este Deus adocicado, meloso, ingênuo, e sentimentalóide, é invenção dos homens tementes da verdade, não é o Deus revelado por seu filho: Jesus Cristo.Por fim: “Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é nega-la” - ( Sto. Tomás de Aquino).Este apostolado tem interesse especial em Teologia, Política e Economia. A Economia e a Política são filhas da Filosofia que por sua vez é filha da Teologia que é a mãe de todas as ciências. “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao vosso nome dai glória...” (Salmo 115,1)

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