As finalidades e os
efeitos da Santa Missa
Pe. Paulo Ricardo
A Santa Missa é uma reprodução do sacrifício da Cruz! Por isso, ela tem as mesmas finalidades e produz os mesmos efeitos que o sacrifício do Calvário!!! Mas quais seriam estes efeitos? Estão eles presentes em todos os sacrifícios que oferecemos a Deus ou somente na Santa Missa? Como isto pode dar um norte à minha vida espiritual?
Em sua encíclica
Mediator Dei, o venerável Papa Pio XII presenteou todo o povo cristão com um
verdadeiro tesouro doutrinal, explicando com precisão e eloquência o que é a
sagrada liturgia e em que consiste o sacrifício da Santa Missa!
É na segunda parte deste documento, de modo particular, que Sua
Santidade, a partir das sentenças dogmáticas do imortal Concílio de Trento,
desenvolve o seu Magistério sobre a celebração eucarística.
Ele começa por
explicar a sua natureza:
"O augusto sacrifício do altar não é (...)
uma pura e simples comemoração da paixão e morte de Jesus Cristo, mas é um
verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se incruentamente, o sumo
Sacerdote faz aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai,
vítima agradabilíssima" [1]. Substancialmente, o sacrifício do
Calvário e o sacrifício eucarístico são o mesmo sacrifício. Quando o sacerdote sobe ao altar e, emprestando a Cristo a
sua língua e a sua mão [2], oferece a Santa Missa por todos os homens,
está fazendo não só a mesma coisa que Jesus fez naquela ceia derradeira [3],
mas também aquele ato de entrega realizada no madeiro da Cruz. A diferença é
que, enquanto no Calvário Jesus se entregou de modo cruento, isto é, derramando
o Seu sangue, na última ceia e nos altares de nossas igrejas este sacrifício é
oferecido sem derramamento de sangue ("incruentamente").
Preleciona Pio XII:
"Na cruz, com efeito, ele se ofereceu todo a Deus com os seus
sofrimentos, e a imolação da vítima foi realizada por meio de morte cruenta
livremente sofrida; no altar, ao invés, por causa do estado glorioso de sua
natureza humana, 'a morte não tem mais domínio sobre ele' (Rm 6, 9) e, por
conseguinte, não é possível a efusão do sangue; mas a divina sabedoria
encontrou o modo admirável de tornar manifesto o sacrifício de nosso Redentor
com sinais exteriores que são símbolos de morte. Já
que, por meio da transubstanciação do pão no corpo e do vinho no sangue de
Cristo, têm-se realmente presentes o seu corpo e o seu sangue; as espécies
eucarísticas, sob as quais está presente, simbolizam a cruenta separação do
corpo e do sangue. Assim o memorial da sua morte real sobre o Calvário
repete-se sempre no sacrifício do altar, porque, por meio de símbolos
distintos, se significa e demonstra que Jesus Cristo se encontra em estado de
vítima." [4]
ATENÇÃO!!! - Assim,
é importante explicar:
Durante a celebração da Santa Missa, Jesus não
está, por assim dizer, "sofrendo de novo" o Calvário, experimentando
a agonia da coroa de espinhos ou carregando novamente todo o peso da cruz. A
entrega feita no sacrifício eucarístico, no entanto, é a mesma: o oferente é o
próprio Jesus – "é Ele mesmo quem preside invisivelmente toda Celebração
Eucarística" [5] – e trata-se da mesma vítima: "o Cordeiro de
Deus, que tira o pecado do mundo" [6]. A diferença
de modo entre as duas é apenas acidental, não muda a substância do
sacrifício.
Pela transubstanciação (ocupação por antonomásia), estão
presentes debaixo das espécies do pão e do vinho Jesus Cristo em corpo, sangue,
alma e divindade!
Por força do sacramento, no pão está o Seu corpo e, no vinho, o Seu
sangue; mas, pela realidade dos fatos, Jesus todo está presente tanto no pão
quanto no vinho! É assim porque, estando Ele ressuscitado e no Céu em corpo
glorioso, não pode mais ser separado! O uso do pão e do vinho como matéria
deste sacramento, no entanto, significa esta "cruenta separação" do
Seu corpo e do Seu sangue, ocorrida na Cruz.
Pio XII também
indica que não só o ministro e a vítima dos dois sacrifícios são "idênticos",
mas também os fins!O primeiro deles é a glorificação de
Deus (latrêutico). Trata-se da "adoração"!
A típica atitude de adoração consiste em pôr-se de joelhos
diante de Deus, rebaixando-se diante d'Ele e reconhecendo-se um nada. Na Cruz,
Jesus adorou o Pai de modo perfeitíssimo. "Sendo Ele de condição divina,
não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo,
assumindo a condição de um escravo e assemelhando-se aos homens. E, sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais,
tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz" [7].
Durante a Santa
Missa, por mais que se tenha um sacerdote ou uma assembleia indigna, Jesus está
oferecendo a mesma adoração perfeita que ofereceu no madeiro da Cruz!
Ainda que todos os seres humanos e todos os anjos juntos cultuassem a
Deus, não conseguiriam jamais superar o valor desta oferta do próprio Deus. Por
esse motivo, é impossível comparar o augusto Sacrifício do altar com as
chamadas "celebrações da Palavra". Se por um lado estas celebrações
comunitárias são importantes em lugares com carência de padres, por outro, é
realmente muito triste que a sua frequência indevida acabe por obscurecer as
diferenças substanciais entre a Missa e uma simples "reunião
fraterna". Na Missa, o padre age in persona Christi; na celebração da
Palavra, ao invés, ainda que a comunidade faça parte do Corpo Místico de
Cristo, não há como ocorrer a consagração do pão e do vinho, uma vez que
"o povo (...) não pode de nenhum modo gozar dos poderes sacerdotais"
[8].
A segunda finalidade
da Missa é eucarística, ou seja, dar a Deus ação de
graças!
O homem, que tudo recebe de Deus, tem-lhe uma dívida de ação de graças
que não poderia jamais pagar, a menos que o Senhor mesmo não se fizesse homem e
sanasse esta dívida por ele. "A Eucaristia é um
sacrifício de ação de graças ao Pai, uma bênção pela qual a Igreja exprime seu
reconhecimento a Deus por todos os seus benefícios, por tudo o que ele realizou
por meio da criação, da redenção e da santificação. (...) Este sacrifício de
louvor só é possível através de Cristo: Ele une os fiéis à sua pessoa, ao seu
louvor e à sua intercessão, de sorte que o sacrifício de louvor é
oferecido por Cristo e com ele para ser aceito nele" [9].
O terceiro fim deste
memorial é propiciatório, isto é, oferecer uma expiação
pelos nossos pecados!
Com o pecado, o homem ofende a Deus e Este, por
sua vez, espera do homem, além do arrependimento, a reparação de sua ofensa. Se
os sacrifícios oferecidos pelos antigos "simplesmente devolviam a Deus as
coisas que Ele mesmo havia criado: touros, ovelhas, pão e vinho", na Santa
Missa, "irrompe um elemento novo e maravilhoso: pela primeira vez e todos
os dias, a humanidade pode já oferecer a Deus um dom digno dEle: o dom do seu
próprio Filho, um dom de valor infinito, digno de Deus infinito" [10].
Só desta forma os crimes cometidos pelo homem contra Deus podem ser plenamente
satisfeitos.
Por fim, a quarta
finalidade da Missa é impetratória: Jesus "nos
dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, Àquele
que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade" [11].
Nos altares de nossas igrejas, Jesus continua
colocando-se entre a humanidade e o Pai e pedindo a Ele as graças necessárias
para nossa salvação!
Para lograr os
efeitos da redenção de Jesus, no entanto, é preciso que o homem se abra a Deus!
Por isso, ensina Pio XII, "é necessário que depois de haver resgatado o mundo com o elevadíssimo preço de si mesmo,
Cristo entre na real e efetiva posse das almas" [12]. Para ilustrar que,
mesmo oferecendo o Santo Sacrifício por todos os homens, apenas alguns muitos
verdadeiramente aproveitam de sua eficácia, o Santo Padre faz uma bela
analogia: "Pode-se dizer que Cristo construiu no Calvário uma piscina de
purificação e de salvação e a encheu com o sangue por ele derramado; mas se os
homens não mergulham nas suas ondas e aí não lavam as manchas de sua
iniquidade, não podem certamente ser purificados e salvos" [13].Para tanto, urge que os fiéis participem "do santo
sacrifício eucarístico, não com assistência passiva, negligente e distraída,
mas com tal empenho e fervor que os ponha em contato íntimo com o sumo
sacerdote (...), oferecendo com ele e por ele, santificando-se com ele"
[14].
O protagonista da
Sagrada Liturgia é Jesus, que oferece ao Pai o dom precioso de Si mesmo!
ATENÇÃO!!! Não é a comunidade que está no
centro da Missa! a ação principal não está sendo
realizada nem pelo sacerdote nem pela assembleia, mas por Jesus! Para
participar ativamente da Santa Missa, os fiéis devem ser motivados a perscrutar
o que se passa no altar, e não inventar jograis, danças ou outras coisas que,
em última instância, acabam desviando o foco de toda a ação litúrgica da Cruz!
Referências:
1. Carta Encíclica Mediator Dei, sobre a
Sagrada Liturgia, n. 61
2. Cf. São João Crisóstomo, In Joan. Hom.,
86, 4
3. Cf. Mt 26, 1-16; Mc 14, 1-11; Lc 22, 7-23
4. Carta Encíclica Mediator Dei, sobre a
Sagrada Liturgia, n. 63
5. Catecismo da Igreja Católica, parágrafo
1348
6. Jo 1, 29
7. Fl 2, 6-7
8. Carta Encíclica Mediator Dei, sobre a
Sagrada Liturgia, n. 76
9. Catecismo da Igreja Católica, parágrafos
1360 e 1361
10. Trese, Leo John. A fé explicada. Trad.
Isabel Perez. 7. ed. São Paulo: Quadrante, 1999. P. 320
11. Hb 5, 7
12. Carta Encíclica Mediator Dei, sobre a
Sagrada Liturgia, n. 70
13. Ibidem
14. Carta Encíclica Mediator Dei, sobre a
Sagrada Liturgia, n. 73
Recomendações
1. "Christus Passus" nella
dottrina eucarística di San Tommaso d'Aquino
O CATECISMO DA
IGREJA E A DOUTRINA DA SANTA MISSA!
§1359 A Eucaristia, sacramento de nossa salvação
realizada por Cristo na cruz, é também um sacrifício de louvor em ação de
graças pela obra da criação. No sacrifício eucarístico, toda a criação amada
por Deus é apresentada ao Pai por meio da Morte e da Ressurreição de Cristo. Por
Cristo, a Igreja pode oferecer o sacrifício de louvor em ação de graças por
tudo o que Deus fez de bom, de belo e de justo na criação e na humanidade.
Fonte e ápice da
vida eclesial
§1324 A Eucaristia é "fonte e ápice de toda a vida cristã ". "Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios
eclesiásticos e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se
ordenam. Pois a santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da
Igreja, a saber, o próprio Cristo, nossa Páscoa ."
O rito litúrgico é Memorial,
mas a presença é Real
§1357 Cumprimos esta ordem do Senhor celebrando o memorial de seu
sacrifício. Ao fazermos isto, oferecemos ao Pai o que Ele
mesmo nos deu: os dons de sua criação, o pão e o vinho, que pelo poder do
Espírito Santo e pelas palavras de Cristo se tornaram o Corpo e o Sangue de
Cristo, o qual, assim, se torna real e misteriosamente presente.
§1362 A Eucaristia é o memorial da Páscoa de
Cristo, a atualização e a oferta sacramental de seu único sacrifício na
liturgia da Igreja, que é o corpo dele. Em todas as orações eucarísticas
encontramos, depois das palavras da instituição, uma oração chamada anamnese ou
memorial.
A Presença Real
§1373 "Cristo Jesus, aquele que morreu, ou
melhor, que ressuscitou, aquele que está à direita de Deus e que intercede por
nós" (Rm 8,34), está presente de múltiplas maneiras em sua Igreja):
em sua Palavra, na oração de sua Igreja, "lá onde dois ou três estão
reunidos em meu nome" (Mt 18,20), nos pobres, nos doentes, nos presos, em
seus sacramentos, dos quais ele é o autor, no sacrifício da missa e na pessoa
do ministro. Mas "sobretudo (está presente)
sob as espécies eucarísticas".
§1374 O modo de presença de Cristo sob as espécies eucarísticas é único.
Ele eleva a Eucaristia acima de todos os sacramentos e
faz com que da seja "como que o coroamento da vida espiritual e o fim ao
qual tendem todos os sacramentos". No santíssimo sacramento da Eucaristia
estão "contidos verdadeiramente, realmente e substancialmente o Corpo e o
Sangue juntamente com a alma e a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por
conseguinte, o Cristo todo" . "Esta presença chama-se 'real'
não por exclusão, como se as outras não fossem 'reais', mas por antonomásia, porque é substancial e porque por ela Cristo,
Deus e homem, se toma presente completo."
§1375 É pela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo
que este se torna presente em tal sacramento. Os Padres
da Igreja afirmaram com firmeza a fé da Igreja na eficácia da Palavra de Cristo
e da ação do Espírito Santo para operar esta conversão. Assim, São João
Crisóstomo declara:Não é o homem que faz com que as coisas oferecidas se tomem
Corpo e Sangue de Cristo, mas o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. O
sacerdote, figura de Cristo, pronuncia essas palavras, mas sua eficácia e a
graça são de Deus. Isto é o meu Corpo, diz ele. Estas palavras transformam
as coisas oferecidas.E Santo Ambrósio afirma acerca desta conversão: “Estejamos
bem persuadidos de que isto não é o que a natureza formou, mas o que a bênção
consagrou, e que a força da bênção supera a da natureza, pois pela bênção a
própria natureza mudada. Por acaso a palavra de Cristo,
que conseguiu fazer do nada o que não existia, não poderia mudar as coisas
existentes naquilo que ainda não eram? Pois não é menos dar às coisas a
sua natureza primeira do que mudar a natureza delas.”
Sacrifício
§1363 No sentido da Sagrada Escritura, o
memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos dos acontecimento do
passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou por todos os
homens. A celebração litúrgica desses acontecimentos toma-os de certo
modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel
entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os
acontecimentos do êxodo tomam-se presentes à memória dos crentes, para
que estes conformem sua vida a eles.
§1364 O memorial recebe um sentido novo no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a páscoa de
Cristo, e esta se toma presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por
todas na cruz torna-se sempre atual: "Todas as vezes que se celebra
no altar o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nessa páscoa foi imolado,
efetua-se a obra de nossa redenção."
§1365 Por ser memorial da páscoa de Cristo, a Eucaristia é também um
sacrifício. O caráter sacrifical da Eucaristia é
manifestado nas próprias palavras da instituição: "Isto é o meu Corpo que
será entregue por vós", e "Este cálice é a nova aliança em meu
Sangue, que vai ser derramado por vós" (Lc 22,19-20). Na
Eucaristia, Cristo dá este mesmo corpo que, entregou por nós na cruz, o próprio
sangue que "derramou por muitos para remissão dos pecados" (Mt
26,28).
§1366 A Eucaristia é, portanto, um sacrifício
porque representa (toma presente) o Sacrifício da Cruz, porque dele é memorial
e porque aplica seus frutos:[Cristo] nosso Deus e Senhor ofereceu-se a si mesmo
a Deus Pai uma única vez, morrendo como intercessor sobre o altar da cruz, a
fim de realizar por eles (os homens) uma redenção eterna. Todavia, como
sua morte não devia pôr fim ao seu sacerdócio (Hb 7,24.27), na última ceia,
"na noite em que foi entregue (1 Cor 11,13), quis deixar à Igreja, sua
esposa muito amada, um sacrifício visível (como o reclama a natureza humana) em
que seria representado (feito presente) o sacrifício cruento que ia realizar-se
uma vez por todas uma única vez na cruz, sacrifício este cuja memória haveria
de perpetuar-se até o fim dos séculos (l Cor 11,23) e cuja virtude salutar
haveria de aplicar-se à remissão dos pecados que cometemos cada dia.
§1367 O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único
sacrifício: "É uma só e mesma vítima, é o mesmo
que oferece agora pelo ministério dos sacerdotes, que se ofereceu a si mesmo
então na cruz. Apenas a maneira de oferecer difere". "E porque
neste divino sacrifício que se realiza na missa, este mesmo Cristo, que se
ofereceu a si mesmo uma vez de maneira cruenta no altar da cruz, está contido e
é imolado de maneira incruenta, este sacrifício é verdadeiramente propiciatório".
§1368 A Eucaristia é também o sacrifício da Igreja. A Igreja, que é o
corpo de Cristo, participa da oferta de sua Cabeça. Com
Cristo, ela mesma é oferecida inteira. Ela se une à sua intercessão junto ao
Pai por todos os homens. Na Eucaristia, o sacrifício de Cristo se torna também
o sacrifício dos membros de seu Corpo. A vida dos fiéis, seu louvor, seu
sofrimento, sua oração, seu trabalho são unidos aos de Cristo e à sua oferenda
total, e adquirem assim um valor novo. O sacrifício de
Cristo, presente sobre o altar, dá a todas as gerações de cristãos a
possibilidade de estarem unidos à sua oferta. Nas catacumbas, a Igreja é muitas
vezes representada como uma mulher em oração, com os braços largamente abertos
em atitude de orante. Como Cristo que estendeu os braços na cruz, ela se
oferece e intercede por todos os homens, por meio dele, com ele e nele.
§1369 A Igreja inteira está unida à oferta e à intercessão de Cristo.
Encarregado do ministério de Pedro na Igreja, o Papa está associado a cada
celebração da Eucaristia em que ele é mencionado como sinal e servidor da
unidade da Igreja universal. O Bispo do lugar é sempre
responsável pela Eucaristia, mesmo quando é presidida por um presbítero; seu
nome é nela pronunciado para significar que é ele quem preside a Igreja
particular, em meio ao presbitério e com a assistência dos diáconos. A
comunidade intercede assim por todos os ministros que, por ela e com ela, oferecem
o Sacrifício Eucarístico:Que se considere legítima só esta Eucaristia que se
faz sob a presidência do Bispo ou daquele a quem este encarregou. É pelo ministério dos presbíteros que se consuma o sacrifício
espiritual dos fiéis, em união com o sacrifício de Cristo, único mediador,
oferecido em nome de toda a Igreja na Eucaristia pelas mãos dos presbíteros,
de forma incruenta e sacramenta até que o próprio Senhor venha.
§1370 À oferenda de Cristo unem-se não somente
os membros que estão ainda na terra, mas também os que já estão na glória do
céu: é em comunhão com a santíssima Virgem Maria e fazendo memória dela, assim
como de todos os santos e santas, que a Igreja oferece o Sacrifício
Eucarístico. Na Eucaristia, a Igreja, com Maria, está como que ao pé da
cruz, unida à oferta e à intercessão de Cristo.
§1371 O Sacrifício Eucarístico é também oferecido pelos fiéis defuntos
"que morreram em Cristo e não estão ainda plenamente purificados",
para que possam entrar na luz e na paz de Cristo:Enterrai este corpo onde quer
que seja! Não tenhais nenhuma preocupação por ele! Tudo o que vos peço é que
vos lembreis de mim no altar do Senhor onde quer que estejais.Em seguida, oramos [na anáfora] pelos santos padres e Bispos
que faleceram, e em geral por todos os que adormeceram antes de nós acreditando
que haverá muito grande benefício para as almas, em favor das quais a súplica é
oferecida, enquanto se encontra presente a santa e tão temível vítima. (...) Ao
apresentarmos a Deus nossas súplicas pelos que adormeceram, ainda que fossem
pecadores, nós (...) apresentamos o Cristo imolado por nossos pecados,
tomando propício, para eles e para nós, o Deus amigo dos homens.
§1372 Santo Agostinho resumiu admiravelmente esta doutrina que nos
incita a uma participação cada vez mais completa no sacrifício de nosso
redentor, que celebramos na Eucaristia: Esta cidade
remida toda inteira, isto é, a assembléia e a sociedade dos santos, é oferecida
a Deus como um sacrifício universal pelo Sumo Sacerdote que, sob a forma de
escravo, chegou a ponto de oferecer-se por nós em sua paixão, para fazer de nós
o corpo de uma Cabeça tão grande. (...) Este é o sacrifício dos cristãos:
"Em muitos, ser um só corpo em Cristo" (Rm 12,5). E este
sacrifício, a Igreja não cessa de reproduzi-lo no sacramento do altar bem
conhecido pelos fiéis, onde se vê que naquilo que oferece, se oferece a si
mesma
Vejamos o que os
Santos ensinam sobre o valor da Santa Missa:
1)-S.
Bernardo:
“Na hora da morte, as missas que houveres assistido serão a tua maior
consolação. Toda missa implora o teu perdão junto à justiça divina.”
“Em toda missa podemos diminuir a pena temporal devida aos teus pecados,
e diminuí-la mais ou menos consoante o teu fervor. Assistindo com devoção à
missa, prestas a maior das honras à santa humanidade de Jesus Cristo. Ele
compadece-se de muitas das tuas negligências e omissões.”
“Perdoa-te os pecados veniais não confessados, dos quais porém te
arrependeste.”
“Diminui o império de satanás sobre ti.”
“Sufraga as almas do purgatório da melhor maneira possível.”
“Uma só missa que houveres assistido em vida ser-te-ás mais salutar que
muitas a que outros assistirão, por ti depois de tua morte, pois pela Missa
participas da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.”
“A Missa preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.”
“Toda Missa diminui o teu purgatório.”
“Toda Missa alcança-te um grau de glória maior no céu.”
“És abençoado em teus negócios e interesses pessoais.”
“Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só missa
do que com distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra.”
2)-S.
Jerônimo:
“Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem se quer
cogitamos pedir-lhe e que, entretanto, nos é necessário.”
3)-Cura
d’Ars (padroeiro dos sacerdotes):
“Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa que zelo não
teríamos em participar dela.”
4)-São
Francisco de Sales:
“A Missa é o sol da Igreja. ”
Malaquias 1, 10-12: “Ah, se houvesse uma pessoa entre vós que fechasse
as portas do Templo! Assim ao menos não acenderia o fogo do meu Altar
inutilmente. Afinal, não tenho em vós o menor prazer”, afirma Yahweh dos
Exércitos, e não aceitarei as vossas ofertas desse jeito! Pois do nascer ao pôr do Sol, grande é o meu Nome entre as
nações. Em toda parte incenso especial é queimado e ofertas puras são
trazidas em adoração ao meu Nome, porquanto gâdôl, grande será o meu Nome entre
todas as nações da terra!, declara o SENHOR dos Exércitos. Mas vós profanais o
meu Nome, quando dizeis: A mesa de Deus é impura, e seu alimento é desprezível.”
FONTES DE CONSULTAS:
-https://padrepauloricardo.org/episodios/a-santa-missa-em-nossas-vidas
-https://cleofas.com.br/o-valor-da-santa-missa/
http://www.montfort.org.br/bra/documentos/catecismo/a_santa_missa/
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