Olhe novamente para a modelo da postagem acima, e a imagine como sua
irmã, filha, ou esposa. Antes do Pecado original, Adão olhava para Eva por
inteira, ou seja, integralmente. Uma das consequências do pecado é a divisão.
Após a queda, Adão passa a olhar Eva sua companheira com outros interesses e por
partes. A pergunta que fazemos hoje é a mulher só tem a oferecer partes de seu
corpo? Na foto acima de ilustração desta postagem ainda
falta tirar mais coisas: Cabelos postiços, coxas grossas e barriga tanquinho
trabalhadas na academia, ou nas lipos da vida. Tirando tudo que fisicamente a
mulher possa oferecer, o que restaria? Está na hora de devolvermos a
INTEGRALIDADE FEMININA que fez Adão extasiado por todo ser feminino de
Eva dizer: “Esta sim! É carne da minha carne e ossos dos meus ossos!”(Gen
2,23).
Ver a mulher como
imagem e semelhança de Deus, e não como mero objeto de satisfação sexual!
Quando a Bíblia diz que o homem é a imagem e semelhança de Deus, ela não
quer dizer exatamente que somos fisicamente parecidos com Deus. Deus é Espírito e não possui um corpo como o nosso (João
4,24). Apesar disso, devemos entender que o homem, em todo o seu ser, é a
imagem e semelhança de Deus, de modo que sua plena constituição, material e
imaterial é semelhante a Deus. O homem é uma criatura racional, pessoal,
criativa e moral, com quem o próprio Deus compartilha seus atributos
comunicáveis. Ele possui vida proveniente de Deus e potencial para se
relacionar com Ele.Assim, os seres humanos são capazes de: expressar
vontades; tomar decisões; avaliar situações; demonstrar emoções; pensar de
forma lógica e racional; exercer domínio; possuir responsabilidades e criar
coisas incríveis e colaborar com Deus na obra da criação!
Maria a nova Eva,
modelo para a mulher e para o homem de hoje!
A Mulieris dignitatem foi publicada no fim de um Ano Mariano e
representa de certa forma o seu fruto e o seu legado. João
Paulo II mostra-o amplamente quando precisa que o modelo para a mulher não pode
estar na base só de definições conceituais de caráter filosófico ou teológico e
sim dirigindo o olhar sobretudo para a “Mulher” da Escritura, para Maria que,
graças à sua união excepcional com Deus, constitui a expressão mais perfeita da
dignidade e da vocação humana. O acontecimento central da história da
salvação, está inseparavelmente unido a uma extraordinária elevação da mulher
(cfr. MD, 3). Deus, com efeito, escolheu uma mulher
para estreitar a aliança definitiva com a humanidade e, por isso mesmo, faz
dela a representante e o modelo da Igreja e da humanidade inteira, homens e
mulheres. A partir desta perspectiva, qualquer argumentação que diminua
o papel da mulher, perde inclusive o último pingo de razão.
Maria participa da
redenção precisamente como mulher com todo seu ser feminino!
Como tal, é a primeira a receber, conservar e transmitir a Boa Nova; é
em sua feminilidade que o amor de Deus se interioriza e aprofunda em medida sem
igual. “Aquela plenitude de graça, concedida à Virgem de Nazaré para chegar a
ser Theotókos, significa ao mesmo tempo, a plenitude da perfeição do que é
característico da mulher, daquilo que é feminino” (MD, 5). Em Maria, encontram-se completas, na forma mais sublime,
todas as possibilidades da mulher. Por isso, vivendo unida à Mãe de Deus,
imitando-a e procurando imitá-la, a mulher desenvolve em grau máximo a própria
personalidade. Esta é uma ideia que João Paulo II já havia claramente formulado
na Encíclica Redemptoris Mater (25/03/1987): “Com efeito, a feminilidade
acha-se em uma relação singular com a Mãe do Redentor (...). Pode-se, portanto,
afirmar que a mulher, olhando a Maria, encontra nela o segredo para viver
dignamente sua feminilidade e realizar sua verdadeira promoção” (n. 46).É
bem sabido que certas correntes do feminismo rejeitam veementemente a imagem de
Maria como ponto de referência da realização da mulher, acusando-a de haver
oferecido no passado um pretexto teológico à tendência católica de colocar a
mulher em posições subordinadas[2]. Contra esta
atitude, João Paulo II sublinha a liberdade de Maria que entrou com uma
“participação plena” de seu “eu pessoal e feminino” naquela relação única com Deus
(MD, 49). Doou consciente e voluntariamente todo seu ser físico e espiritual a
Deus, quando se definiu a si mesma como a escrava do Senhor (Lc 1, 38).Reconhecer
que uma interpretação errônea dessa expressão pode induzir à manutenção da
mulher em situações de subordinação, ao ponto de fazer passar, como qualidades
femininas, a timidez e o ânimo encolhido, não significa que a virtude da
caridade e da disponibilidade para servir, tenham que ser simplesmente
liquidadas como um fragmento de escravidão. A rejeição
do “serviço” coincide com efeito com a exaltação prática do egoísmo, quer
dizer, com a atitude espiritual que constitui a maior ameaça à realização
pessoal, tanto da mulher como do homem. É necessário, no entanto, sondar as
palavras em que Maria declara ser a “serva” do Senhor em toda a sua
incomparável profundidade.Os textos do Gênesis sobre a situação do homem e da
mulher no “princípio” contêm também a explicação das desarmonias da realidade:
“O pecado se inscreve precisamente neste princípio e se revela como contraste e
negação” (MD, 9). Como recorda o Concílio Vaticano II, a imagem de Deus no
homem, mesmo não tendo sido apagada pelo pecado, foi consideravelmente ofuscada
(MD, 9)[8]. A perda da íntima união originária com o Criador implica uma
alteração na relação recíproca entre os sexos. O homem e a mulher se encontram
um frente à outra e inclusive a natureza se rebela contra eles (cfr. MD, 9).Quanto
mais o homem se afasta de Deus pelo pecado, tanto menos reconhece que só pode
realizar a própria vida através da preocupação pelo outro e menos respeita os
outros homens. João Paulo II observa que as tristes
consequências desta alteração afetam sobretudo o sexo feminino: o homem
desrespeita a dignidade da mulher e a priva de seus direitos, degradando-a com
frequência ao fazê-la objeto de posse e de prazer. O domínio e o
utilitarismo substituem o amor e o dom de si, com todas as formas de traição à
pessoa que estas palavras encerram. O Santo Padre
condena energicamente as injustiças à quais está exposta a mulher e afirma que
elas ferem também o homem: pois quando ele ofende a dignidade e a
vocação da mulher “age contra a própria dignidade pessoal e a própria vocação”
(MD, 10).
Maternidade física e
maternidade espiritual da Mulher (I Tim 2,15)
A unidade e a igualdade do homem e da mulher não anulam, no entanto, a
diversidade. Tendo insistido até aqui na radical paridade dos dois sexos, o
Santo Padre busca, na segunda parte da Carta Apostólica, as dimensões
específicas. A especificidade não está, sem dúvida, na qualidade ou nos dotes
humanos que caracterizam a um ou a outro. Com efeito, segundo dados
estatísticos, a maior ou menor frequência com que os diversos talentos aparecem
nos homens ou nas mulheres não nos diz nada acerca das pessoas concretas. Nenhum indivíduo é determinado somente pelo sexo: além de ser
homem ou mulher, possui disposições e aptidões próprias que lhe conferem
individualmente condições para a atividade artística, técnica, científica,
social, etc.A especificidade é, pois, bem mais radical e consiste na
maternidade ou na paternidade (cfr. MD, 17). O Papa fala longamente
sobre a maternidade como dimensão da vocação da mulher (cfr. MD, 18), que
implica desde o início uma especial abertura à concepção ou ao nascimento.
Dessa forma, a mulher se realiza admiravelmente mediante um “dom sincero de si”
(MD, 18).
A maternidade não é
apenas um processo fisiológico!
É sobretudo um acontecimento que envolve o ser da mulher em sua mais
íntima raiz e corresponde à inteira estrutura psicofísica da feminilidade. O
documento pontifício conclui por isso que o “modo único de contato com o novo
homem que está se formando, cria, por sua vez uma atitude para com o homem –
não só para com o próprio filho, mas para com o homem em geral – tal que
caracteriza profundamente toda a personalidade da mulher” (MD, 18). A antropologia filosófica e as ciências experimentais
recentes confirmam, por exemplo, que a mulher oferece uma contribuição mais
concretamente humana às relações interpessoais: ela possui uma capacidade toda
sua de descobrir o indivíduo na massa e de promovê-lo como tal. “Deus – afirma
João Paulo II – lhe confia de uma maneira especial o homem, o ser humano” (MD,
30). Subtrair o indivíduo do anonimato da sociedade massificada, salvá-lo da
fria tirania das tecnologias, protegê-lo em um contexto de relações pessoais,
tudo isto é missão e conquista da mulher. Isto não significa, no entanto, que
as mulheres criem um mundo mais humano só com a sua presença e mais do que os
homens. A nossa sociedade só poderá mudar se ambos os sexos souberem
acolher o convite de colaborar com a obra criada para dar vida a uma nova cultura,
marcada pela compreensão, o amor, o dom de si e aquela recíproca atitude de
serviço que Deus inscreveu em cada um deles no princípio da criação e da
redenção (MD, 18). Mas, em tudo isto a mulher tem muito
a oferecer (cfr. MD, 3)Maria supera e precede todos os cristãos no caminho da
santidade. É o modelo da perfeita semelhança com Deus que, na vida
intratrinitária como no mistério salvífico, revelou-se como Amor que se entrega
a si mesmo (cfr. MD, 29). Nela, a mulher compreende que “não pode se encontrar
a si mesma senão doando amor aos outros” (MD, 30). E isto vale para qualquer
criatura humana. O aprofundamento de tal missão leva o Santo Padre a
voltar, na conclusão do documento, ao ideal cristão de serviço. A moral
ensinada por Jesus implica uma mudança completa do valor mundano do poder ao da
humildade, que está, na verdade, muito mais em consonância com as exigências
fundamentais da natureza humana. Só quem ama, homem ou mulher, pode notar a
existência dos outros e ajudar efetivamente; só quem ama pode aliviar os
sofrimentos. O amor torna sensível e forte, humilde e seguro, livre e obediente
ao mesmo tempo; e faz assumir a responsabilidade para um futuro mais humano.
A visão do
Apocalipse culmina com a aparição de Maria, vencedora na luta contra o mal, na
qual o Santo Padre vê o cumprimento definitivo da dignidade e da vocação da
mulher (cfr. MD, 30).
No combate contra o pecado, que se propõe como luta pelo ser humano e
pela sua realização definitiva em Deus, a mulher é chamada a construir a civilização
do amor com a sua força espiritual e moral. A Igreja,
portanto, rende graças por todas e cada uma das mulheres: pelas mães, pelas
irmãs, pelas esposas; pelas mulheres consagradas a Deus na virgindade; pelas
mulheres que se dedicam a tantos e tantos seres humanos, que esperam o amor
gratuito de outra pessoa; pelas mulheres que cuidam do ser humano na família,
que é o sinal fundamental da sociedade humana; pelas mulheres que trabalham
profissionalmente, mulheres que, às vezes, carregam uma grande responsabilidade
social; pelas mulheres « perfeitas » e pelas mulheres « fracas » — por todas:
tal como saíram do coração de Deus, com toda a beleza e riqueza da sua
feminilidade; tal como foram abraçadas pelo seu amor eterno; tal como,
juntamente com o homem, são peregrinas sobre a terra, que é, no tempo, a
« pátria » dos homens e se transforma, às vezes, num « vale de lágrimas »; tal
como assumem, juntamente com o homem, uma comum responsabilidade pela sorte da
humanidade, segundo as necessidades cotidianas e segundo os destinos
definitivos que a família humana tem no próprio Deus, no seio da inefável
Trindade.
A Igreja agradece
todas as manifestações do “gênio feminino” surgidas no curso da história, no meio
de todos os povos e Nações!
Agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na
história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e
caridade das mesmas: agradece todos os frutos de
santidade feminina.A Igreja pede, ao mesmo tempo, que estas inestimáveis «
manifestações do Espírito » (cf. 1 Cor 12, 4 ss), com grande generosidade
concedidas às « filhas » da Jerusalém eterna, sejam atentamente reconhecidas e
valorizadas, para que redundem em vantagem comum para a Igreja e para a
humanidade, especialmente em nosso tempo. Meditando o mistério bíblico
da « mulher », a Igreja reza, a fim de que todas as mulheres encontrem neste
mistério a si mesmas e a sua « suprema vocação ».
*Adaptado de Mulieris
dignitatem - Carta Apostólica de São João Paulo II publicada e, 15 de agosto de 1988
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