Por *Rudimar Couto
Chega de ficar em silêncio! Precisamos bradar aos quatro cantos que há um lindo cavalo de madeira no pátio da escola!
Ele é grande, suntuoso e nada se
parecem com um espantalho produzido para estabelecer pânico social. Muito pelo contrário.
Trata-se de um cavalo magnífico, feito para encantar desavisados professores, coordenadores,
gestores e reprogramar crianças. Um
cavalo que traz sobre o dorso uma sela cuidadosamente trançada e multicolorida como símbolo das diferentes
culturas e da diversidade de gênero.
Como um presente de
grego, esse Cavalo de Troia chega com nobres
intenções:
Acabar com o preconceito contra os diferentes, construir relações
de gênero mais justas e ressignificar as
práticas sociais por meio da construção de
uma cultura de paz. Entretanto, estas supostas boas intenções, quando analisadas
de perto, não combinam com as aspirações
das famílias dos alunos e não as convencem.
Também, não são aceitas como válidas por parte considerável dos professores. A natureza impositiva dessa
ideologia e seus interesses conhecidos,
mas não declarados, acabam gerando uma verdadeira guerra ideológica com as famílias, pela primazia da
educação das crianças. Esse
magnífico presente que adentra à escola, símbolo da suposta defesa dos direitos humanos, trouxe em seu interior “a
maldita e mal dita” ideologia de gênero.
MAS, AFINAL, O QUE É
“IDEOLOGIA DE GÊNERO”?
A chamada "ideologia de gênero" representaria o conceito que
sustenta a identidade de gênero. Consiste na ideia (sem comprovação científica) de que os
seres humanos nascem "iguais",
sendo a definição do "masculino" e do "feminino" -
um produto “histórico – cultural” desenvolvido tacitamente pela sociedade.Teóricos
da “ideologia de gênero” afirmam que ninguém nasce homem ou mulher, mas que cada indivíduo deve construir
sua própria identidade, isto é, seu
gênero, ao longo da vida. “Homem” e “mulher”, portanto, seriam apenas papéis sociais flexíveis, que cada um
representaria como e quando quisesse,
independentemente do que a biologia determine como tendências masculinas
e femininas.
Diferentemente do
feminismo clássico, os militantes dessa linha não querem apenas direitos e oportunidades iguais para
homens e mulheres. Para alguns de seus
expoentes, a própria divisão do mundo entre homens e mulheres é um mal a ser combatido!
Assim diz Shulamith Firestone, em seu livro The Dialectic of Sex (A dialética do sexo), de 1970: “A meta definitiva da revolução feminista deve ser igualmente – ao contrário do
primeiro movimento feminista – não
apenas acabar com o privilégio masculino, mas também com a própria diferença de sexos. As diferenças
genitais entre os seres humanos já não
importariam culturalmente.”
Outra referência
acadêmica a cunhar o termo “gênero” foi a feminista Judith Butler, em seu livro “Gender Trouble”:
Feminism and the Subversion of Identity (Questão de gênero: o feminismo
e a subversão da identidade), ela afirma que
“o gênero é uma construção cultural; por isso não é nem resultado causal
do sexo, nem tão aparentemente fixo como
o sexo”. Na mesma obra, Butler ainda
defende que “homem e masculino poderiam significar tanto um corpo
feminino como um masculino; mulher e
feminino tanto um corpo masculino como um
feminino”.
IDEOLOGIA DE GÊNERO
E A ATUAL CRISE DA IDENTIDADE SEXUAL PARA SEUS ADEPTOS:
Ao definir ideologia de gênero, devemos considerar
dois conceitos bem particulares, que assumem significados distintos: ideologia
e movimento. Algumas ideologias
viraram movimentos, ao passo que muitos movimentos nasceram sem ideologia.
Hoje, quando
precisamos nos referir à ideologia de gênero, é mais prático utilizar a
expressão agenda de gênero – lembrando-se de que o
termo “agenda” significa projeto,
planejamento e sequência!
Essa questão remete a um movimento promovido, no início do século XIX,
por uma pessoa de nome Lewis Henry
Morgan. Ele dedicou seus estudos a
estabelecer três itens no incipiente movimento chamado, então, de
“sociedade primitiva”. A intenção de Morgan era demonstrar que o Estado, a ideologia
de gênero, a crise da identidade sexual
e religião tinham causado grandes
problemas na configuração da família. Para Morgan, que
desenvolveu sua pesquisa ao lado da
tribo dos Iroqueses, nada poderia ser mais errado do que estabelecer o conceito de família na
sociedade, pois os vínculos consanguíneos,
segundo ele, não existem.
O processo de Morgan
se estendeu, infelizmente, pelos meios universitários durante os séculos XIX e XX. Seus maiores
expoentes e ideólogos eram Marx e
Engels!
-A primeira definição do termo ideologia de gênero é então: “movimento que pretende desconstruir a família e os vínculos
existentes dentro dela”.
-O segundo passo, no estabelecimento de tal ideologia, foi dado, em
1968, quando
Robert Stoller defendeu a necessidade de fortalecer o conceito e a definição do termo gênero, em detrimento da
definição do termo sexo. Segundo
Stoller, utilizar o termo sexo masculino e feminino constituía uma
séria problemática para a identidade
sexual do indivíduo.
-Em 1975, Elisabeth Clarke e Simone de Beauvoir
despontam como as maiores promotoras do
feminismo ocidental. Na época, a ideologia de gênero e o aparecimento de um novo sexo atraíam a
atenção sobre a situação que se vivia
desde o início do século XX, quando um grupo de mulheres decidira sair às ruas de Nova York exigindo o direito ao
sufrágio. A esse movimento se deu o nome de “feminismo ideológico”.
-Desde o ano de 1999, iniciamos um quarto momento, aquele no
qual nos encontramos! Diante da situação vivida pelos
apelativos do gênero e pelos novos
movimentos sexuais, no século XXI, tornou-se
mais relevante o processo educativo que
países como Holanda, Bélgica e Suécia iniciavam viver. Nesse momento da agenda, seus defensores
pretendem criar um sistema educativo e
pedagógico dentro do qual um dos passos seja permitir que a pessoa não se sinta reconhecida na sua
natureza. Sob essa perspectiva, ela
mesma, com o passar do tempo, poderia descobrir qual é o seu estado
natural e, assim, “decidir” se é homem
ou mulher. Essa suposta decisão vem
acompanhada de um aniquilamento da pessoa, substituindo-a por “alguém sem identidade”.
TRÊS QUESTIONAMENTOS
RELEVANTES E PERTINENTES SOBRE A IDEOLOGIA DE GÊNERO:
1)-Quanto tempo e o que se deve esperar dessa “experiência
ideológica?”
2)-Quais modelos “essa pessoa não definida” deve
seguir dentro da sociedade?
3)-Como deverá ser tratado(a) quem não compactua e não se enquadra nesta
experiência? Haja vista hoje, nos países supracitados acima, as pessoas que
optaram por esse sistema não conseguem
encontrar uma forma acertada para o tal desenvolvimento da identidade, pois os
estudiosos da ideologia de gênero não têm certeza se está sendo levada em conta a liberdade individual –
que nasce nas mesmas relações que eles
se permitem proibir?
Já se vislumbra dois
outros passos nesta “agenda” a serem cumpridos:
-O próximo será a desconstrução do significado do termo “pessoa” e até mesmo do termo “indivíduo”; sendo assim, quem decide, no seu
lugar, não é mais alguém autônomo, mas alguém que poderia deixar nas
mãos de outro essa decisão: O estado
Totalitário!
-O passo seguinte seria o mais abrangente de todos: eliminada
a pessoa, eliminam-se suas relações e
seus efeitos. Por exemplo, nota-se atualmente
a ascensão do assim chamado poliamor.
Nessa forma de relacionamento, as
pessoas podem estabelecer matrimônios ou uniões de fato, mas sempre abertas a outro tipo de relações, sem
compromisso definitivo ou sem a
exigência da estabilidade, cumplicidade, responsabilidade e unicidade,
mas tão somente, o prazer pelo prazer.
*Rudimar Couto, é Pedagogo, pós Graduado em Psicopedagogia
Clínico e Institucional.
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