O Santo Rosário goza de uma tradição Cristã
mais que milenar. Sua meditação combina a recitação de orações vocais (Pai
Nosso, Ave maria, Gloria e jaculatórias) com a consideração dos chamados
“Mistérios do Rosário”, que são momentos estelares — “flashes” — da passagem de
salvífica e libertadora de Jesus Cristo por este mundo. Este percurso Cristológico vai desde a Concepção de Jesus no seio da
Virgem Maria, até sua Ascensão (o ciclo se completa com “a descida do Espírito
Santo, os mistérios da Assunção e Coroação” de Maria Santíssima no seio da
Trindade). Com razão, o papa São Paulo VI definiu o Rosário como «um
compêndio da vida de Cristo».Tiago 4, 6-10: “Antes, Ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste
aos soberbos, mas dá sua graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus,
resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a
vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em
pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos
exaltará”
Deus é simples! nós é que somos complicados e complicamos tudo!
Maria também é simples e nos pede coisas simples e na sua humilde simplicidade. Maria Santíssima tem esta graça de Congregar Pessoas ao seu redor, pois ela é a filha predileta do Pai, para ser a mãe de seu Filho por meio do Espírito Santo. Onde Maria está toda Trindade está com ela! Foi assim em Pentecostes e o fenômeno se repete em nossos dias. Em todas as aparições de Fátima, Nossa Senhora repetiu: “Rezai o Rosário todos os dias”, mostrando-nos que essa é a oração que mais lhe agrada e com a qual podemos obter “infalivelmente” as graças de que precisamos. Nos Apelos da Mensagem de Fátima (1997), a Irmã Lúcia faz um comentário longo sobre o pedido da oração diária do terço, feito por Nossa Senhora, no dia 13 de Maio de 1917 (primeira aparição), e aproveita para fazer uma descrição completa da primeira aparição: “Nossa Senhora termina a sua Mensagem, desse dia 13 de Maio de 1917, dizendo: ‘Rezem o terço, todos os dias, para alcançarem a paz para o mundo e o fim da guerra’” (Irmã Lúcia, Apelos, 1997). No último escrito, Como vejo a Mensagem, já referido, a Irmã Lúcia faz ainda mais uma consideração sobre o significado da escolha do dia 13: “Por que terá Deus escolhido o dia 13? Não sei, mas, pela vida além, nas minhas meditações, tenho pensado muito neste pormenor e perguntado a [mim] mesma: que significado poderá ter a escolha do dia 13? Sem saber como responder-me, um dia pensei: Não será que significa a primeira aparição de Nossa Senhora, a 13 de maio de 1917 o mistério da Santíssima Trindade – ‘Um só Deus, em três Pessoas distintas, Pai, Filho e Espírito Santo’? E fiquei meditando nesta ideia […]: Será este o sentido que Deus lhe quis dar? Não sei, mas para mim, foi como que o reflexo de uma nova luz”. (Lúcia, Como vejo a Mensagem, 2006).
Apesar de sua forma
simples, o Rosário é o memorial de toda a vida de Nosso Senhor Jesus cristo,
que contemplamos ao longo de sua recitação meditada!
Entregando-nos esse
sacramental a Mãe de Deus quis colocar ao nosso alcance um poderosíssimo meio
de salvação e um auxílio nas dificuldades. As graças ligadas ao Terço (a parte
diária do Rosário) são tão abundantes que podemos aplicar a ele as palavras de
São Bernardo de Claraval, na famosa oração do “Lembrai-vos”: Nunca se ouviu dizer
que alguém tenha recorrido à sua proteção e tenha sido desamparado!
MAS O
ROSÁRIO NÃO É MUITO REPETITIVO?
É
justamente nessa repetição que está toda sua potencialidade! Para o demônio e seus asseclas esta repetição torna-se uma tortura ao
relembrar-lhes constantemente os mistérios da salvação, a recompensa dos justos
e o fim dos ímpios, já dizia Santo Padre Pio aos seus filhos espirituais. Por isto toda horda satânica odeia visceralmente o Santo Rosário!
Mas, o que
é no mundo o que não se repete?
Os astros percorrem sempre a mesma órbita. A terra gira sempre em torno do mesmo eixo. Os dias e as noites se sucedem sempre da mesma forma. As estações, os anos, os meses, os dias, obedecem sempre ao mesmo ciclo. As aves cantam sempre o mesmo canto. As árvores produzem sempre as mesmas flores e os mesmos frutos. Os animais e os seres humanos se multiplicam sempre da mesma forma. O coração bate no peito sempre do mesmo jeito. O sangue percorre sempre as mesmas veias. E quando queremos bem a alguém, nunca nos cansamos de dizer sempre a mesma palavra: eu te amo! Os anjos e os santos no paraíso cantam pela eternidade afora: Aleluia! Aleluia! Santo, santo, santo! Se assim é, por que em nossa oração, não deveríamos ouvir sempre a mesma Palavra de Deus, renovar sempre o mesmo Sacrifício e a mesma Ceia, repetir sempre o mesmo gesto de amor, balbuciar sempre a mesma invocação? Foi Deus quem nos fez assim, foi Jesus quem mandou que fosse assim, por que admirar-se de que sejamos assim? Tudo depende da qualidade do amor que nós colocamos naquilo que, ao longo da vida, podemos e devemos repetir milhares de vezes.O amor nunca se cansa, como o olho não se cansa de ver, o ouvido não se cansa de ouvir, o paladar não se cansa de saborear. Pelo contrário, na vida humana, a sucessão dos mesmos atos leva à aprendizagem, ao aprofundamento, à concentração. O Terço de Nossa Senhora é a expressão concreta dessa realidade. Enquanto com a boca repetimos o Pai Nosso e a Ave Maria, a mente percorre, com Jesus, os mistérios de sua vida, paixão, morte, ressurreição e glorificação; e com Maria, os acontecimentos dos quais Ela participou, unida a seu Filho e à sua Igreja. Tudo adquire seu sentido na medida em que procuramos concentrar a atenção em Jesus, aprofundar o sentido de sua vida, manifestar o nosso amor a Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e a Nossa Senhora. Esta forma de fazer oração é tão antiga quanto a humanidade. Ela existe em todas as religiões, em todos os cultos, porque corresponde ao nosso modo humano de relacionamento com os outros e com Deus.No cristianismo, o costume de repetir a mesma invocação data desde os seus inícios. O próprio Jesus nos ensinou a insistir em nossa oração até sermos atendidos. O Evangelho nos refere diversas palavras de Jesus, episódios em sua vida e parábolas que incutem essa maneira de fazer oração. Com o tempo, surgiram meios concretos de organizar esse tipo de oração, como são hoje os nossos terços e rosários feitos de todo tipo de material. Quando Jesus nos adverte que não devemos repetir nossa oração como fazem os pagãos, Ele não condena a repetição da oração em si, mas condena o modo de fazer próprio dos pagãos, e fariseus hipócritas, ou seja, a multiplicação de palavras, e a repetição pela repetição, sem o conteúdo do amor do coração, a repetição mágica, as palavras estéreis que não atingem o coração de Deus.Que durante a recitação do Terço aconteçam distrações, é normal. Isso ocorre em qualquer oração, não somente no Terço: faz parte da nossa fraqueza. Deus não repara nisso, desde que não haja má vontade; Ele sabe de quê somos feitos. As distrações, como nos diz Santa Teresa de Ávila, nos apontam para nossas fragilidades, e para aquilo que estar querendo tomar o lugar de Deus em nossas vidas. Procure concentrar-se melhor na meditação dos mistérios da nossa Salvação. É este um caminho de santificação recomendado pela Igreja, em particular pelos Papas e pelos Santos.
Em 16 de outubro de 2002, o Beato
João Paulo II dirigiu a toda a Igreja uma carta recomendado a oração do Terço
ou do Rosário. A carta começa assim:
“O
Rosário da Virgem Maria… na sua simplicidade e profundidade, permanece… uma
oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade… Na
sobriedade dos seus elementos, concentra a profundidade de toda a mensagem
evangélica, da qual é quase um compêndio. Nele ecoa a oração de Maria, o seu
perene Magnificat pela obra da Encarnação redentora iniciada no seu ventre
virginal. Com ele, o povo cristão frequenta a escola de Maria, para deixar-se
introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da
profundidade do seu amor. Mediante o Rosário, o fiel alcança a graça em
abundância, como se a recebesse das mesmas mãos da Mãe do Redentor”.
Além de que, repetir as orações do
terço equivale a repetir a alguém que você o ama. É interessante constatar como
cada vez mais pessoas rezam o terço, e não somente as católicas: também membros
de outras confissões religiosas estão descobrindo a riqueza desta oração! E
muitos devem sua verdadeira conversão ao Santo Rosário!
No entanto, também existem os que não
o rezam porque têm objeções. Então vamos agora responder a algumas dessas
objeções:
1. A recitação do terço não está na
Bíblia...
Claro que está! Certamente, não como
o conhecemos hoje, mas todas as orações do terço e os mistérios que meditamos
têm sua origem na Bíblia. Não foi por acaso que o Papa João Paulo II chamou o
terço de “compêndio do Evangelho”, pois tudo que nós recitamos e meditamos no
terço, é retirado das sagradas escrituras.
2. Onde a Bíblia diz que devemos rezar o
terço?
Desde sua origem, a comunidade cristã
se guiou pela Sagrada Escritura (Antigo Testamento) mas também pelos
ensinamentos orais dos apóstolos, que apenas posteriormente foram confirmados
pela própria Igreja Católica os atuais livros e cartas do Novo Testamento como
vemos e lemos hoje, pois, a bíblia não caiu do Céu como pensam alguns, já toda
prontinha, com zíper e tudo.Existiu todo um longo processo até a formulação do
Cânon atual.E se você quer cumprir o que a Bíblia diz, lembre-se de que a
Bíblia pede para meditar sobre a Palavra de Deus, orar e interceder uns pelos
outros. E o terço é isso! Não nos esqueçamos de que Maria disse que todas as
gerações a chamariam de bem-aventurada. Como cumpre esta promessa de Maria quem
não reza proclamando-a assim? Por telepatia?
3. Maria foi uma mulher como todas,
morreu e não ouve nossas orações
Maria foi escolhida por Deus para ser
a Mãe do seu Filho. Isso a torna superior a todas as mulheres. A carne de Jesus
era a mesma carne de Maria, pois Jesus foi formado da carne de Maria sem
participação de homem, mas por obra do Espírito Santo.No Antigo Testamento,
vemos a grande importância dada à mãe de um rei e seu poder de interceder por
alguém diante de seu filho. O Senhor, que nos mandou honrar nossa mãe, sem
dúvida honrou a sua. Como? Libertando-a da corrupção do pecado e da morte.Por
fim, Jesus disse que Deus não é um Deus de mortos, mas de vivos, porque todos
vivem para Ele. Estas afirmações permitem concluir que Maria, como Mãe do Filho
de Deus, Mãe do Rei, está no céu, junto a Jesus, e Ele atende sua intercessão
por nós, como fez nas bodas de Caná, antecipando a sua hora de se manifestar ao
mundo, por causa de um pedido de Maria, que já tinha tanta certeza que Ele a
iria atender, que já foi logo dizendo aos servos que ali estavam: Fazei tudo
que Ele vos disser.
4. O terço dá mais importância a Maria
que a Jesus...
Tudo no terço nos faz olhar para
Jesus, proclamar o seu nome, que fica no meio da Ave Maria. No Rosário também,
rezamos o Pai-Nosso, que Jesus nos ensinou. Nas Ave-Marias, nós proclamamos:
“Bendito o fruto do vosso ventre Jesus”, e pedimos à sua Mãe que rogue por nós
junto a Ele. Além disso, todos os mistérios do Rosário estão relacionados à
vida de Jesus, e tão somente a Ele.
5. O terço é uma oração repetitiva, como
as que Jesus condena
Jesus não condenou a repetitividade,
mas o vazio das preces. Ele mesmo justificou um publicano que pedia perdão
repetitivamente batendo no peito: Senhor tende piedade de mim que sou pecador! Repetir as orações
no terço equivale a repetir a alguém que você o ama, e não se cansa de dizer
nem ouvir isso! A sequência de Ave-Marias acalma a alma e permite contemplar cada
mistério da vida de Jesus.
6. É complicado rezar o terço
É facílimo rezar o terço e é fácil
aprender a rezá-lo! Há uma verdadeira abundância de folhetos explicativos e
pessoas que boa vontade que podem nos ensinar sempre de boa vontade, é só
pedir.
7. Rezar o terço é chato
Chato é rezar mecanicamente, pensando
em outra coisa e esperando acabar logo. Se você aproveitar cada mistério para
contemplar a cena e sobretudo para relacionar cada mistério contemplado, com o
que você está vivendo, conversando sobre isso com Jesus por meio da intercessão
de Maria nossa mãesinha, então rezar o terço será fascinante, sempre atual, e
você gostará mais dele, porque o renova constantemente em sua vida espiritual,
e na batalha contra os nossos inimigos visíveis e invisíveis.
São Paulo
nos diz para orar sem cessar (cf. 1Ts 5,17) e que nós oremos sempre e por tudo
(Ef 5,20)! Como então, fazer isso?
Segundo algumas versões, foi praticando exatamente este orai sem cessar que nasceu o terço. Nos mosteiros antigos praticava-se a leitura de todos os salmos, todos, ao longo de um dia inteiro. Assim os monges poderiam orar sem cessar. Entretanto, ao longo dos anos, os salmos foram sendo substituídos pela Ave-Maria, em virtude dos iletrados que não sabiam ler os Salmos, posteriormente foi intercalando-se a oração do Senhor.Como existem 150 salmos, a substituição gerou 150 Ave-Marias, ou seja, um rosário. Qualquer oração que seja, dita com piedade, perseverança, amor e fervor, será bem aceita, seja ela repetida ou não, porque não será vã.Vejamos, também, que, em comparação, muitas igrejas protestantes que possuem um ritual litúrgico, como os luteranos, anglicanos, metodistas, e alguns presbiterianos, possuem livros de orações, repetidas à semelhança dos católicos, como o Credo Niceno entre outros. Inclusive existem luteranos que rezam um terço adaptado a realidade deles. Sem contar, também, as expressões de louvor, repetidas à exaustão, de quase todos os protestantes neopentecostais (tipo: Aleluia! Glórias a ti, Senhor, Amém, etc). Não creio que eles, que gritam sem cessar tais expressões, consideram isto como vã repetição, e a justificativa se aplica aos católicos. Outro exemplo de repetição de uma oração está no Salmo 136. Leia e conte quantas vezes aparece o mesmo verso: porque o seu amor é para sempre !!! O que desagrada a Deus não é a repetição da oração, mas como ela é feita.Enfim, podemos concluir que uma leitura rápida e literal da Bíblia pode levar a desfechos indesejados. Não, não é uma vã repetição rezar o terço, não é uma vã repetição rezar o Pai-Nosso, não é vã a repetição que se faz de coração aberto, sincero e piedoso. Destaco aqui uma exortação de São João Crisóstomo:“Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. É impossível que caia em pecado o homem que reza...” - A Tradição da Igreja que nos deu como herança o cânon da Bíblia é a mesma que nos transmitiu as orações: o Pai-Nosso, a Ave-Maria, as Ladainhas. Muitas das orações usadas na Liturgia até os nossos dias têm sua origem Bíblia, por exemplo: o Benedictus (cf. Lc 1, 68-79); o Magnificat (cf. Lc 1, 46-55); o Nunc dimíttis (cf. Lc 2, 29-32), que são orações rezadas todos os dias na Liturgia das Horas; os Salmos, lidos ou cantados, na Santa Missa todos os dias. Por isso, dizer que as nossas orações não são válidas é o mesmo que dizer que a Bíblia não é válida, já que ambas tem a mesma origem, ou seja, a Tradição da Igreja. Em linguagem popular, podemos dizer que os protestantes querem “ensinar o Pai-Nosso ao vigário”. Não podemos deixar que palavras sem fundamento minem a nossa fé em orações que tanto bem fizeram e fazem na Igreja, como o Santo Rosário, o Ofício da Imaculada Conceição, as Ladainhas, e as orações deixadas pelos Santos do passado e do presente. Abandonar estas orações é o mesmo que perder nossas raízes, a nossa ligação com a Tradição, que nos deu os fundamentos da nossa fé. Muitos homens e mulheres de Deus deram suas vidas para que todo esse patrimônio da nossa fé chegasse intacto até nós. Agora, nós nos deixaremos enganar por pessoas que se apossaram do que é nosso e ainda querem nos dizer o que a Bíblia ensina? Tomemos posse dos preciosos tesouros que Nosso Senhor nos deixou: a Sagrada Tradição, as Sagradas Escrituras e o Sagrado Magistério. Tomemos posse também das orações, como o Terço, o Rosário, as Ladainhas, que santificaram nossos irmãos na fé durante estes mais de dois mil anos da Igreja instituída sobre Pedro (conf. Mateus 16,18). Não nos enganemos, os protestantes não são nossos irmãos na fé, não queremos com isto criar revanchismos, contendas e inimizades, de forma alguma, mas apenas esclarecer,pois infelizmente os protestantes não comungam da mesma fé que a nossa Católica. Podem até ser irmãos em Cristo, e pelo mesmo Batismo quando realizado na forma Trinitária,conforme Cristo ordenou (Mateus 28,19), mas não irmãos na mesma fé professada integralmente pela santa mãe Igreja Católica Apostólica Romana. Para que sejamos verdadeiramente irmãos na fé, precisamos compartilhar da mesma fé e isso infelizmente ainda é algo muito distante, pelo menos por enquanto.E somente a graça de Deus será capaz de realizar esta obra. Pois, os protestantes desprezaram a Tradição e o Magistério da Igreja e ficaram somente com a Bíblia atrvés do dogma Luterano do sola scriptura.O Terço é uma espécie de “corrente” que liga a terra com o céu pelas mãos de Maria. Ela mesma, em Lurdes e Fátima, pediu que rezássemos o Terço. Atenda você também o pedido de nossa santa Mãe!
O Sucesso dos terços: fez surgir uma capela!
Segundo o professor Dilermando, o casal Feliciano e Francisca recebia em sua casa, aos sábados, os fazendeiros da região para participarem dos terços celebrando em louvor à Senhora do Norte, nome pelo qual conheciam Nossa Senhora de Aparecida. Com o tempo, a casa da rua do Comércio foi ficando pequena para o número crescente de sitiantes que compareciam às celebrações sabatinas. Brotou então a ideia de se construir uma capela com capacidade para acomodar melhor aqueles católicos. Sá Chica prontificou se em doar o terreno e, com o dinheiro arrecadado em leilões, a capela foi erguida no lugar onde se encontra hoje a Matriz de Santa Rosa. O mesmo professor, de outra feita, escreveu: “No ano de 1884, por sugestão do casal Luiz Antônio Ribeiro e Joaquina Custódia Ribeiro, fazendeiros vizinhos foram organizando leilões dos donativos angariados, aplicados na construção da primeira capela”.
(Fonte: “Pedras
Fundamentais de Santa Rosa de Viterbo”, livro do jornalista Romeu Antunes)
*Veja a humildade de uma devota de Maria Santíssima:
Havia uma senhora muito simples
que vendia verduras na vizinhança. Certo dia, tia
Joana, conhecida por toda a vizinhança, foi vender suas verduras na casa de um
protestante e perdeu o terço no jardim da casa deste. Passados alguns dias, Joana voltou novamente à sua casa. Este veio logo
zombar de tia Joana, e dizia para ela:
-"Você perdeu o seu Deus?"
Ela humildemente respondeu:
-"Eu, perder o meu Deus? Nunca!"
Ele, então, pegou o terço e disse:
-"Não é esse o seu
Deus?"
-Ela disse:
-"Graças a Deus, o senhor encontrou meu terço,
muito obrigada!"
"Porque você não
troca este cordão com essas sementinhas, pela Bíblia?"
Ela respondeu:
"Porque a Bíblia eu não sei ler, e com o terço
eu medito toda a Palavra de Deus e a guardo no meu coração."
Ele disse:
-Medita a Palavra de
Deus? Como assim? Poderia me dizer?"
Respondeu tia Joana, pegando o terço:
-Posso sim! “Quando eu pego na cruz,
lembro-me que o filho de Deus derramou todo o seu Sangue pregado na cruz para
salvar a humanidade.
Esta primeira conta grossa me lembra que há só um Deus onipotente. Estas três
contar pequenas me lembram as três pessoas da Santíssima Trindade: Pai, Filho e
Espírito santo. Esta
conta grossa me faz lembrar a oração que o senhor mesmo nos ensinou, que é o
Pai Nosso. O
terço tem cinco mistérios, que fazem (lembrar) as cinco chagas de Nosso Senhor
Jesus Cristo cravado na cruz, e cada mistério tem dez Ave-Marias, que me fazem
lembrar os Dez Mandamentos que o senhor nos escreveu nas tábuas de Moisés. O Rosário de nossa
senhora tem vinte mistérios, que são: cinco gozosos, cinco dolorosos, cinco
gloriosos e cinco luminosos. De manhã, quando me levanto para iniciar minha
luta do dia eu rezo os gozosos, lembrando-me do humilde lar de Maria de Nazaré.
No meio-dia, no meu cansaço e na fadiga do trabalho, eu rezo os Mistérios
Dolorosos que me fazem lembrar a dura caminhada de Jesus Cristo para o
Calvário. Final
da tarde quando vai chegando o fim do dia, com as lutas todas vencidas, eu rezo
os Mistérios Gloriosos, que me fazem lembrar que Jesus venceu a morte para dar
salvação a toda a humanidade, e a noite antes de dormir, eu rezo os
Mistérios Luminosos, pois nossa vida é missão, e já me preparo para no dia
seguinte ser aquilo que Jesus nos pediu: “Ser sal da terra e luz para o mundo!”
E
agora me diga, onde está a idolatria?"
Ele, depois de ouvir tudo isso, disse:
– Eu não sabia disso...Ensina-me tia
Joana, a rezar o terço!!!"
*Testemunho
enviado por A.R.S, Esperança – PB. (Transcrito
do Informativo "Ecos de Fátima", nº 14 , janeiro de 1998)
CONCLUSÃO
O Rosário tem provocado reservas a objeções baseadas na índole aparentemente mecânica desse tipo de oração: muitos o têm na conta do exercício fadado ao automatismo e à rotina, apto a esterilizar a vida de união com Deus mais do que a estimulá-la. Não obstante, verifica-se que tanto os Santos corno grandes sábios cristãos muito estimaram o Rosário.Pergunta-se então: como entender o valor atribuído a esse devoção? Não se poderia formular um juízo adequado sobre tal prática, caso se levasse em conta apenas a sua face externa. A repetição da preces vocais pode realmente dar a impressão de que se mecaniza e materializa a oração (a qual é essencialmente elevação da alma a Deus); pode assim parecer incorrer na condenação que Jesus proferiu no Evangelho:“Quando orardes, não multiplicareis as palavras, como fazem os pagãos, Os quais julgam que serão atendidos em vista da multidão de suas palavras” (Mt 6,7).Neste texto não há dúvida. O Senhor reprova a concepção que faz coincidir oração com repetição de vocábulos, como se o homem pudesse influir sobre a Divindade pelo aparato de sua verbosidade.Não é, porém, por efeito dessa mentalidade que se repetem as “Ave-Maria” na recitação do Rosário. Não; estes têm valor totalmente subordinado; visam apenas criar uma atmosfera, um clima, dentro do qual o espírito mais compassadamente se possa elevar a Deus; e a contemplação interior, acompanhada da atos de amor, que constitui a finalidade da repetição de fórmulas no Rosário. A oração vocal, no caso, pode ser comparada ao corpo, ao passo que a contemplação fez as vezes da alma do Rosário. Ora, assim como a alma humana, em condições normais neste mundo, precise da colaboração do corpo até mesmo para exercer as suas funções mais sublimes, assim também a elevação da alma a Deus na oração precise de um esteio sensível, que, no caso do Rosário, vem a ser a recitação das “Ave-Maria”; este cria como que um “espaço” espiritual dentro do qual a meditação e o afeto se devem desenvolver; a monotonia das fórmulas é quebrada pelo ritmo progressivo da meditação ou da contemplação. Assim o Rosário põe em ação toda: as potencialidades do homem tanto as espirituais como as corporais, para promover a união com Deus.A oração do terço se baseia na repetição de Ave-Marias e Pais-Nossos, mas jamais tais orações serão vãs, ou seja, despropositadas e orgulhosas, se devidamente proferidas. Logo após essas palavras, Jesus ensina o Pai-Nosso, dizendo portanto, orai desta maneira... Tal exemplo de oração foi absorvido pelo povo que a escutou e, sem dúvida alguma, repetida diversas vezes, ao longo de toda uma vida e ao longo de toda a vida da Igreja Cristã. Jesus queria, com estas palavras, alertar mais uma vez o povo contra os que pretendiam atrair a atenção dos homens, em detrimento a Deus. São os fariseus, que gostavam de alardear sobre suas virtudes de oração e jejum, enquanto tinham no coração uma piedade falsa. Daniel J. Harrington, escreve, sobre essa passagem, o seguinte: “Na devoção judaica, a oração de súplica era muito importante e os discípulos de Jesus são exortados a não confundir quantidade com qualidade. Como Pai amoroso, Deus conhece as necessidades de seus filhos antes mesmo que eles façam seus pedidos, mas Ele quer que eles peçam com fé e confiança.Na súplica, mais do que informar Deus de alguma situação, expressamos nossa dependência e nossa fé. Portanto, não há porque considerar como vãos o Pai-Nosso ou a Ave-Maria somente porque são repetidas. O que Deus enxerga é a postura do coração ao recitá-las, e não a postura do ego de quem repete.”
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