Sinceramente, fico a me
questionar se com estas catequeses, formações, homilias e cultos recheadas de
CARIDADE SEM VERDADE, nos motivarão a sermos capazes de suportar esta grande
provação que já começa com o Comunismo ateu batendo às nossas portas? Será que
esse tipo de Cristão, tolerante com o pecado, ecumênico, beneficente, filantrópico, cristãos "nutellas" com uma fé de botequim, sem verdade, sem virtudes
exercitadas, sem nervo, simpático ao liberalismo moral.Com seminaristas,
sacerdotes e até bispos mais vítimas que cúmplices de erros aos quais já
nasceram dentro dele, e não conseguem percebê-lo, e são ensinados em muitos
seminários, paróquias e dioceses do Brasil e mundo afora. Uma Igreja que acaba tolerando
tudo, e com espaços para tudo, parecendo mais uma casa de tolerância (um
prostíbulo), uma torre de Babel. Uma igreja beneficente e filantrópica, preocupada
só com o social, que tolera todos os erros, uma igreja indiferente ao erro e ao
mal. Parecendo com um hospital que tolerasse e "desse espaço" a todos
os vírus e bactérias. Claro que um falso hospital assim, tolerante de todas as
enfermidades, ia morrer todo o mundo. Esse pseudo-hospital, aliado de todas as
doenças, faria mais mal que bem. Um hospital traidor da vida, que mais se
parece com a torre de Babel, onde todos falavam e ninguém se entendia. Igreja
que não tem amor nenhum à verdade, porque não tem nenhum ódio ao erro, não tem
nenhum amor à virtude, pois nem odeia e nem condena o vício, pelo contrário, é amigo dele. Igreja que mais
parece um super-mercado de palpites achológicos, onde todo mundo tem a sua
verdade, uma igreja enfim,sem muros de separação, mas claro que existe sim esta igreja: no
inferno! Ela é a igreja que satanás quer implantar no mundo no lugar da Igreja
de Cristo coluna e sustentáculo da Verdade e Mãe de todas as virtudes. É no inferno onde o diabo tolera e apoia todos os erros, pecados, odeia toda a verdade e
todo o bem. Porque quem tolera a mentira, não ama a verdade. Quem não condena o
vício, odeia a virtude, quem não denuncia o erro o aprova. Que formam Cristãos que se tivessem vivido no tempo de
Cristo, teriam pedido a libertação de Barrabás, e teriam condenado
Jesus à crucificação, pois Jesus foi intolerante com os erros, nada ecumênico e nem politicamente correto, pois condenou os fariseus chamando-os de hipócritas e
raça de víboras. Uma igreja que tem a Pilatos como o modelo do cristão tolerante,
que não é contra e nem a favor, muito pelo contrário, e que prefere lavar as
mãos no conflito entre a verdade e a mentira! Diplomático, e politicamente correto que prefere não usar
farpas contra os fariseus, e nem o chicote contra os vendilhões do templo,
fazendo com que o templo fique cheio de vendilhões e de fariseus, e a expulsar
os que querem uma Igreja santa e lutam com suas renuncias em vista da
santidade.Será que estes vão aguentar o tranco?
FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA SOBRE A APOSTASIA DA FÉ
Mateus
10, 32-33: "Quem,
pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do meu Pai
que está nos céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o
negarei diante do meu Pai que está nos céus”.
2
Tessalonicenses 2,3-4: “Não
deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia e, então, será revelado o homem
do pecado, o filho da perdição. Este se opõe e se exalta acima de tudo o que se
chama Deus ou é objeto de adoração, chegando até a assentar-se no santuário de
Deus, proclamando que ele mesmo é Deus”.
1
Timóteo 4,1-3: “O
Espírito diz claramente que nos últimos tempos alguns abandonarão a fé e
seguirão espíritos enganadores e doutrinas de demônios. Tais ensinamentos vêm
de homens hipócritas e mentirosos, que têm a consciência cauterizada e proíbem
o casamento e o consumo de alimentos que Deus criou para serem recebidos com
ação de graças pelos que creem e conhecem a verdade”.
Hebreus
6,4-6: “Ora,
para aqueles que uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial,
tornaram-se participantes do Espírito Santo, experimentaram a bondade da
palavra de Deus e os poderes da era que há de vir, mas caíram, é impossível que
sejam reconduzidos ao arrependimento; pois para si mesmos estão crucificando de
novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública”.
Hebreus
10,26-27: “Se
continuarmos a pecar deliberadamente depois que recebemos o conhecimento da
verdade, já não resta sacrifício pelos pecados, mas tão somente uma terrível
expectativa de juízo e de fogo intenso que consumirá os inimigos de Deus”.
2
Pedro 2,20-21: Se,
tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso
Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por
elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. Teria sido melhor que
não tivessem conhecido o caminho da justiça, do que, depois de o terem
conhecido, voltarem as costas para o santo mandamento que lhes foi transmitido”.
Lucas
8,13: “As
sementes que caíram sobre as pedras são aqueles que recebem a palavra com alegria quando a
ouvem, mas não têm raiz. Creem durante algum tempo, mas desistem na hora da
provação”.
Hebreus
2,1: “Por
isso é preciso que prestemos maior
atenção ao que temos ouvido, para que jamais nos desviemos”.
Jesus não nos enganou; Ele disse com clareza:“Então
naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (Mt 24,21).A maioria dos cristãos
não gosta de meditar sobre isso, mas não podemos fugir desta realidade! A Igreja é o Corpo de
Cristo; a Cabeça passou pela Paixão e morte para entrar na glória (Lc 24,26).
“Porventura não era necessário que Cristo sofresse essas coisas e assim entrasse
na Sua glória?” Assim disse Jesus aos discípulos de Emaús. Então, o Corpo da
Igreja também passará pela Paixão final e última. É verdade que nesses 2000
anos ela já sofre a Paixão; os seus mártires derramaram o seu sangue em toda a
Terra; em todos os lugares onde a semente do Evangelho foi lançada ao solo,
teve de ser regada pelo sangue dos mártires; isto foi em todos os séculos, e é
mais ainda hoje diante do Estado Islâmico no Oriente e do laicismo anticatólico
no Ocidente.
Os
cristãos foram massacrados pelos judeus no primeiro século, e por três séculos
seguidos pelos romanos; e depois pelo nazismo, comunismo. A Espanha e o México foram banhados com o sangue dos cristãos nos anos
de 1930; e também na Rússia, China, Laus, Camboja, Vietnã e Cuba no século XX. Cristo
continua e agonizar e sofrer a Paixão até ele voltar para dar o triunfo
definitivo à Igreja.Sempre houve guerra
contra a Igreja, e hoje não é diferente, e conforme as escrituras vai piorar!
Não nos iludamos. A provação final será do tipo que abalará a fé de muitos
crentes! Jesus perguntou: “Mas quando vier o
Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). E disse que:
“Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da
iniquidade, o amor de muitos esfriará. Aquele, porém, que perseverar até o fim
será salvo. E este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro,
como testemunho para todas as nações. E então será o Fim” (Mt 24,11-14).
O que abalará a fé de muitos crentes?
Tudo
indica que será uma “impostura religiosa” de falsos profetas, isto é, uma falsa
religião, uma falsa doutrina, que trará uma “solução aparente dos seus problemas”
e, sobretudo a “apostasia da verdade”. A grande mentira será a “glorificação do
homem” no lugar de Cristo.
Não há como negar que vemos tudo isso acontecer hoje,
aumentando a cada dia! Essa
provação já começou há muito tempo, e se intensifica. Já o ateu Ludwig Fuerbach
(†1872), filósofo alemão discípulo de Engels, já dizia que “o homem é a medida
de todas as coisas”. Nietsche, discípulo de
Fuerbach, filósofo ateu, que morreu num hospício, falava da “morte de Deus” e
do evento do “super homem”. Esses filósofos ateus e materialista impregnaram o
mundo, sobretudo universitário, desse messianismo em que “o homem se glorifica
a si mesmo” no lugar de Cristo. Eles são lidos por muitos universitários hoje.Quando São Paulo
escreveu aos tessalonicenses falando da segunda vinda de Cristo, deixou claro
que os que se perderem, será por causa da “apostasia da verdade”. Leia com
atenção o que São Paulo disse:“Porque
primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o
filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é
divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se
como se fosse Deus”.São Paulo alerta que:“O homem da iniquidade” “usará de todas as
seduções do mal com aqueles que se perdem, “por não terem cultivado o amor à
verdade que os teria podido salvar… Desse modo, serão julgados e
condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal”
(2Ts 2, 9-11).São Paulo insiste na questão da verdade:“Serão
condenados todos os que não deram crédito à verdade” - Jesus ensinou que:“A
verdade vos libertará”. Ele disse a Pilatos que “veio ao mundo para dar
testemunho da verdade” - O demônio é “o pai da
mentira” (Jo 8,44), e é especialista nesta arte de enganar os homens; mas
Cristo o desmascara. O demônio usará de todas as seduções e
mentiras para desviar os fiéis da “verdade que salva”, que Jesus trouxe ao
mundo.Vemos o que diz o Catecismo:Há
um “levante contra tudo o que é divino e sagrado”.A verdade que nos
salva, que Jesus pregou, os Apóstolos registraram nos Evangelhos e a Igreja
ensina pelo seu Sagrado Magistério que Jesus institui para não nos deixar errar
o caminho da salvação. Ele confiou esta Verdade salvífica aos Apóstolos, e lhes
garantiu na Santa Ceia que nunca se enganariam:
“Quando
vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (João
16,13).
“Quem
vos ouve a Mim ouve, quem vos rejeita a Mim rejeita” (Lc 10,16).
“Não
temas pequeno rebanho, foi do agrado do Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32).
O nosso Catecismo garante que:
“Cristo
quis conferir à Sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele
que é a Verdade” (n.889).
“O
ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo
de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar esse serviço Cristo
dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes”
(n. 890).
“E
diz que goza dessa infalibilidade o Papa quando proclama um dogma e o Colégio
dos Bispos quando se manifesta em um Concílio Ecumênico (cf. n.891).
Então, para nos
livrarmos dos enganos e seduções de Satanás, pela mentira, pelo erro de
doutrina que se propaga cada vez mais, pelos falsos profetas, cada vez mais
abundantes, um meio seguro para a nossa salvação é o
Catecismo da Igreja, que nos explica as verdades da Sagrada Escritura. Quando o Papa São João Paulo II o aprovou, em 1992,
disse:“Este
Catecismo lhes é dado a fim de que sirva de texto de referência, seguro e
autêntico, para o ensino da doutrina católica” (Const. Fidei Depositum).É aqui, meus irmãos e
irmãs, que temos a âncora da verdade que nos livrará de todas as seduções
mentirosas do mal, hoje e na hora da volta gloriosa de Cristo Nosso Senhor.
O Catecismo SEM MEIOS TERMOS, nos fala MUITO claro da perseguição final que ela vai
sofrer:
“Antes do Advento de Cristo, a
Igreja deve passar por essa provação final que abalará a fé de muitos crentes
(Lc 18,8; Mt 24,12). “Mas quando vier o Filho do Homem, acaso achará fé sobre a
Terra?” (Lc 18,8). “E ante o progresso crescente da iniquidade, a caridade de
muitos esfriará” (Mt 24,12).A
perseguição que acompanha a peregrinação dela na Terra desvendará o ‘mistério
da iniquidade’ sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos
homens uma solução aparente a seus problemas a custa da apostasia da verdade. A
impostura religiosa suprema é a do Anticristo; isto é, a de um pseudo messianismo em que o homem glorifica a si mesmo em
lugar de Deus e de Seu Messias que veio na carne” (2 Ts 2, 4-12) (1
Ts 5,2-3; I Jo 2, 18-22) (Catecismo n. 675).
O Catecismo termina dizendo que:
“A
Igreja só entrará na Glória do Reino por meio desta derradeira Páscoa, em que
seguirá seu Senhor em Sua Morte e Ressurreição. (Ap 19,1-9) (CIC n. 677).
Portanto, o Reino de Deus não se realizará por um triunfo histórico
da Igreja (Ap 13,8).Segundo
um progresso ascendente da iniquidade, mas por uma vitória de Deus sobre o
desencadeamento último do mal (Ap 20,7-10) que fará sua esposa descer do Céu”
(Ap 21,2-4).O
triunfo de Deus sobre a revolta do Mal assumirá a forma do Juízo Final, depois
do derradeiro abalo cósmico deste mundo que passa” (2 Pe 3, 12-13).São Paulo fala claro da “apostasia da verdade” da fé que
muitos cairão:“A manifestação do ímpio será
acompanhada graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e
prodígios enganadores. Ele usará de
todas as seduções do mal com aqueles que se perdem por não terem cultivado o
amor a verdade, que s teria podido salvar… Desse modo serão julgados e
condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no
mal” (2 Ts 2,9-12).Não é sem razão que o Catecismo diz categoricamente que: “A
salvação está na verdade” (CIC n. 851).
O mundo está dividido em duas partes:
1ª)-Os que creem no
“Espírito da Verdade” (Jo 16,13), o Espírito Santo,
2ª)-E os que seguem o
espírito da mentira, Satanás, o “pai da mentira” (Jo 8,44), como o chamou
Jesus.
Esta provação final é
que separará, definitivamente, o joio do trigo. Deus permitirá ao Príncipe das
trevas uma última investida contra a Igreja, como nunca houve:“Então
naquele tempo haverá grande tribulação, tal como não houve desde o princípio do
mundo até agora, nem tornará a haver jamais” (Mt 24,21).
Tudo que os cristãos já sofreram até hoje será repetido e
piorado!
-A perda dos bens.
-As perseguições.
-Exílios
-Mortes
O Senhor Jesus disse
que:“O
irmão entregará o irmão, o pai denunciará o filho, os filhos levantar-se-ão
contra os pais e os farão morrer” (Mt 10,21).
Por isso certamente:
-Os mosteiros serão
destruídos, as Congregações religiosas e Comunidades fechadas, como foi no
passado (durante a revolução Francesa).
-A hierarquia da Igreja
será abalada e perseguida.
-As Igrejas serão
profanadas e incendiadas como na Rússia comunista e na França da Revolução
Francesa (1789), e transformadas em lugares de devassidão.
“Quando
portanto, virdes a abominação da desolação, de que fala o profeta Daniel,
instalada no lugar santo então os que estiverem na Judeia fujam para as
montanhas” (Mt 24, 15).
(Cristãos já hoje, preferem a morte a renunciar a fé) |
Então, os fracos na fé vão se escandalizar de Jesus e da
doutrina da Igreja e vão apostatar:
-Aderir aos erros (Mt
24,10).
-Dirão como Pedro: “Não
conheço esse homem” (Mt 26,74). Não conheço a Igreja(não sou cristão!).
As almas fracas não
entenderão que Jesus continua a obra da Redenção na Igreja e em cada alma e que
todos devem participar da Sua Paixão (Cl 1,24).Os que por amor do
Mestre, beberem com Ele aquele cálice do Getsemani, serão salvos e ajudarão a
salvar almas. Mas esses fortes na fé já não serão perturbados. O Senhor os
sustentará.Que importará aos
cristãos dos últimos tempos, fortalecidos pela Eucaristia e por Maria, serem
perseguidos e verem toda a maldade se abater sobre a Igreja?Que importa? A
Igreja não pode morrer; não pode ser vencida. Apenas está fazendo a sua mais bela
colheita para a eternidade.Quando terminar a colheita, o Cristo aparecerá e com
o sopro de sua boca matará o Anticristo e dispersará o seu exército. “Então,
aparecerá o ímpio, aquele que o Senhor destruirá com o sopro da Sua boca e o
suprimirá pela manifestação de sua Vinda” (2 Ts 2,8). Cristo preparará os seus para o último combate – que
ninguém sabe quando será – mas que já começou!
“Por
isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
esclarecerá” (Efésios 5,14)
“Que
são os penas presentes! Elas não têm proporção alguma com a glória que nos
espera no céu” (Rm 8,18).
Esses heróis dos últimos tempos já estarão, como os primeiros
cristãos, despojados de tudo:
-Bens
-Familiares
-Prazeres, e tudo o
mais que os prendia no mundo.
Será
o exército invencível de Cristo, os que vão com Ele até o Calvário, felizes
como os mártires, por uma graça especial. Será o tempo mais belo da Igreja,
porque, os seus algozes, sem o saberem, encherão os celeiros do céu. É
exatamente no tempo da mais terrível perseguição da Igreja, que Jesus faz as
suas mais belas conquistas; o céu se enche de almas santas.Cristo está em cada uma delas para ampará-las e
fortalece-las! “Eis
que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” (Mt 28,20).Em cada alma Ele sofre
as injúrias, escárnios, açoites, para completar a obra da Redenção. É porque a
alma tem consciência desta Presença divina em sua alma, que ela tem toda a
consolação. E ela, então, agradece por tê-la feito digna de poder participar,
sem mérito de sua parte, dos sofrimentos de Sua Paixão, e de participar, em
breve do triunfo de Sua Ressurreição! Maranathá ! Vem logo Senhor Jesus!
Prof. Felipe Aquino
Supliquemos a Têmpera dos Mártires!
Narrativa de II
Macabeus 7 (Conforme a bíblia Septuaginta - O Martírio de uma família!)
"1. Havia também sete irmãos que
foram um dia presos com sua mãe, e que o rei, por meio de golpes de azorrague e
de nervos de boi, quis coagir a comerem a proibida carne de porco.*2. Um dentre eles tomou a palavra e
falou assim em nome de todos: “Que nos
pretendes perguntar e saber de nós? Estamos prontos a morrer, antes de violar
as leis de nossos pais”.3. O rei, fora de si, ordenou que
aquecessem até a brasa assadeiras e caldeirões.4. Logo que ficaram em brasa
ordenou que cortassem a língua do que falara por todos e, depois, que lhe
arrancassem a pele da cabeça e lhe cortassem também as extremidades, tudo isso
à vista de seus irmãos e de sua mãe.5. Em seguida, mandou conduzi-lo ao
fogo inerte e mal respirando, para assá-lo. Enquanto o vapor da assadeira se espalhava em profusão, os outros, com
sua mãe, exortavam-se mutuamente a morrer com coragem.6. “O Senhor nos vê – diziam – e
certamente terá compaixão de nós, como o diz claramente Moisés no seu cântico
de admoestações: Ele terá compaixão de seus servos.”*7. Desse modo, morto o primeiro,
conduziram o segundo ao suplício. Arrancaram-lhe
a pele da cabeça com os cabelos e perguntaram-lhe: “Comerás carne de porco,
ou preferes que teu corpo seja torturado membro por membro?”.8. Ele respondeu: “Não” – no idioma
de seu país. Por isso, padeceu os mesmos tormentos do primeiro.9. Estando prestes a dar o último
suspiro, disse: “Maldito, tu nos arrebatas a vida presente, mas o Rei do
universo nos ressuscitará para uma vida eterna, pois morremos por fidelidade às
suas leis”.10. Após este, torturaram o
terceiro. Reclamada a língua, ele a apresentou logo, e estendeu as mãos
corajosamente.11. Declarou com nobreza: “Do céu
recebi estes membros, mas eu os desprezo por amor às suas leis, e dele espero
recebê-los um dia de novo”.12. O próprio rei e os que o
acompanhavam ficaram admirados com o heroísmo desse jovem, que reputava por
nada os sofrimentos.13. Morto este, aplicaram os mesmos
suplícios ao quarto,14. e este disse, quando estava a
ponto de expirar: “É uma sorte desejável perecer pela mão humana com a
esperança de que Deus nos ressuscite. Para ti, porém, certamente não haverá
ressurreição para a vida!”.15. Arrastaram, em seguida, o
quinto e torturaram.16. Encarando o rei, lhe disse:
“Ainda que mortal, tens poder sobre os homens, e fazes o que queres. Não
penses, todavia, que nosso povo esteja abandonado por Deus!17. Espera, verás quão grande é a
sua potência e como Ele te castigará a ti e à tua raça”.18. Após este, fizeram achegar-se o
sexto, que disse antes de morrer: “Não te iludas. Nós mesmos merecemos estes sofrimentos,
porque pecamos contra nosso Deus. Em
consequência, recebemos estes flagelos surpreendentes.19. Mas não creias tu que ficarás
impune, após haveres ousado combater contra Deus”.20. Particularmente admirável e
digna de elogios foi a mãe que viu perecer seus sete filhos no espaço de um só
dia e o suportou com heroísmo, porque sua esperança repousava no Senhor.21.
Ela exortava a cada um no seu idioma materno e, cheia de nobres sentimentos, com uma coragem varonil, realçava
seu temperamento de mulher.22. “Ignoro – dizia-lhes ela – como
crescestes em meu seio, porque não fui eu que vos dei o espírito e a vida, não fui eu que ajuntei os vossos membros.23. Mas o Criador do mundo, que
formou o homem na sua origem e deu existência a todas as coisas, vos
restituirá, em sua misericórdia, tanto o espírito como a vida, se agora
fizerdes pouco caso de vós mesmos por amor às suas leis.”24. Receando, todavia, o desprezo e
temendo o insulto, Antíoco solicitou em termos insistentes o mais jovem, que
ainda restava, prometendo-lhe com juramento torná-lo rico e feliz, se
abandonasse as tradições de seus antepassados, tratá-lo como amigo e
confiar-lhe cargos.25. Como o jovem não lhe prestava
nenhuma atenção, o rei mandou que a mãe
se aproximasse e o exortasse com seus conselhos, para que o adolescente
salvasse sua vida.26. Como ele insistiu por muito
tempo, ela consentiu em persuadir o filho.27. Inclinou-se sobre ele e,
zombando do cruel tirano, disse-lhe na língua materna: “Meu filho, compadece-te de tua mãe, que te trouxe nove meses no seio,
que te amamentou durante três anos, que te nutriu, te conduziu e te educou até
esta idade.28.
Eu te suplico, meu filho, contempla o céu e a terra. Reflete bem: tudo o que
vês, Deus criou do nada, assim como todos os homens.29. Não temas, pois, este algoz, mas sê digno de teus irmãos e
aceita a morte, para que no dia da misericórdia
eu te encontre no meio deles”.30. Logo que ela acabou de falar, o
jovem disse: “Que
estais a esperar? Não atenderei às ordens do rei. Obedeço àquele que deu a Lei
a nossos pais, por intermédio de Moisés.31. Mas tu, que és o inventor dessa
perseguição contra os judeus, não escaparás à mão de Deus.32. Quanto a nós é por causa de
nossos pecados que sofremos. 33. e se, para nos punir e
corrigir, o Deus vivo e Senhor nosso se irou por pouco tempo contra nós, ele há
de se reconciliar de novo com seus servos.34. Ímpio, não te exaltes sem razão,
embalando-te em vãs esperanças, enquanto levantas a mão sobre os servos do céu.35. Tu ainda não escapaste ao
julgamento do Deus Todo-poderoso que tudo vê!36. Enquanto meus irmãos participam
agora da vida eterna, em virtude do sinal da Aliança, após terem padecido um
instante, tu sofrerás o justo castigo de teu orgulho, pelo julgamento de Deus.37. A exemplo de meus irmãos, entrego meu corpo e minha vida pelas
leis de nossos pais, e suplico a Deus que ele não se demore em apiedar-se de
seu povo. Oxalá
tu, em meio aos sofrimentos e provações, reconheças nele o Deus único.38. Enfim, que se detenha em mim e
em meus irmãos a cólera do Todo-poderoso, que se desencadeou sobre toda a nossa
raça”.39. Abrasado de ira e enraivecido
pela zombaria, o rei maltratou este com maior crueldade do que os outros.40. Morreu, pois, o jovem
purificado de toda mancha e completamente entregue ao Senhor.41. Seguindo as pegadas de todos os
seus filhos, a mãe pereceu por último.42. Terminamos aqui nossa narração
concernente aos banquetes rituais e a estas atrozes perseguições."
A oferta de si mesmo pelos pecadores na tradição da Igreja
Colossenses
1,24: “Agora me alegro nos sofrimentos
suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha
carne, por seu corpo que é a Igreja”.
Por Enzo Franchini - Tradução:
P. António Tomás Correia, SCJ
Dar a vida pelos
amigos, mas também pelos inimigos do nome cristão: foi o preceito que levou os
mártires a oferecerem-se sacerdotalmente – como vítimas insignes – para que o
mundo tivesse vida.A tradição, a este respeito, é tão forte que não se
hesitará, a certo momento, em colocar o confessor sobrevivente à execução
capital entre os presbíteros (como melhor explicará o texto). Aquele que, como
Jesus, é vítima, por isso mesmo é sacerdote. É
à luz desta grande tradição que ocorre explicar a oblatividade reparadora. Não
só os mártires, mas todos os que sofrem perseguição do Inimigo têm o poder de
intercessão pela salvação. Se a Igreja tivesse
esquecido a sua função sacerdotal que a torna continuadora do sacrifício de
Cristo, teria sido infiel à sua própria indefectibilidade. O termo “reparação”
pode ser recente, ligado a formas de devoção que, entre outras coisas,
introduzem na grande espiritualidade algumas acentuações originais, e mesmo por
isso, não comuns ao conjunto do sentir cristão. Mas
o serviço reparador é uma constante no ministério da Igreja. São sobretudo os
mártires os modelos de referência para o exercício desta função sacerdotal: e é
aos mártires que nos deveremos referir com empenho particular nesta breve
síntese, longe de ser completa.Mas antes parece necessário lembrar – ao menos com alguns
acenos – o serviço reparador que compete a todo o povo de Deus:É a Comissão Teológica
Internacional (no seu documento preparatório ao Sínodo sobre a Penitência) que
refere a célebre afirmação de S. Agostinho:“A
caridade da Igreja que está derramada nos nossos corações por meio do Espírito
Santo perdoa os pecados de todos os que lhe estão unidos”. Para Agostinho é
indubitável que a intercessão eclesial tem um verdadeiro poder, uma
sacerdotalidade efetiva, assim como ela tem verdadeira eficácia sacrificial:
Deus não perdoa os pecados sem a cooperação, não só do conjunto eclesial, mas
também de cada crente:“Ouso
dizer que as chaves (o poder de absolver) recebemo-las todos nós. Nós ligamos e
desligamos. E também vós ligais e desligais”.É esta a convicção que
leva o texto sinodal Reconciliatio et poenitentia (42) a recomendar a todos os
crentes de “implorar incessantemente a reconciliação para todo o corpo de
Cristo e para o mundo”. O que permite a João Paulo II (Salvifici doloris, 19)
afirmar:“Cada
um é chamado a… tornar-se participante no sofrimento redentor de Cristo”. A convicção da Igreja
primitiva sobre este assunto era categórica. Entre tantas, é forte esta
afirmação de Justino que retoma a convicção de que só pela oração dos cristãos
o mundo é salvo, na tribulação escatológica que o aflige:“Se
Deus não cumpriu ainda ou não cumpre o juízo é porque sabe que cada dia há
quem, instruído no nome de Cristo, abandona o caminho do erro e recebe os seus
dons”.No contexto deste
trecho fala-se muito conscientemente de uma espécie de ministério cumprido a
favor do mundo da parte destes consagrados a Deus.“Quem
de vós – confirma Orígenes (nas homilias sobre Josué) – pedras vivas, está apto
e pronto para a oração e para oferecer súplicas a Deus, dia e noite, pertence
àqueles com os quais Jesus edifica o altar… pedras inteiras, intactas, não
talhadas pelo cinzel… que puderam rezar unânimes, com uma única voz e um só
espírito… dignos de formar juntos o único altar sobre o qual Jesus oferece ao
Pai o seu sacrifício”.Era doutrina comum, se já S. Clemente Romano via como
totalmente “normal” esta solidariedade dos santos com os pecadores:“Andáveis
aflitos pelas faltas do próximo, como se os defeitos dos outros fossem vossos”.
E S. Leão Magno:
“Perdoados
os pecados, termina a severidade da vingança e fica suspensa toda a punição… O
homem deve fazer como Deus”.
S. Gregório de Nazianzo
avança a audaz explicação deste poder sacerdotal cristão, que consiste em tornar-se “uma
força vital para o resto dos homens”. As explicações satisfatórias
pelas quais o crente estaria encarregado de pagar pelos outros,
independentemente dos outros, são aproximações que arriscam de deformar o
mistério, mesmo se repetidíssimas na tradição cristã. É muito mais persuasivo
ver o princípio da unidade solidária que permite aos crentes tornarem-se alma
de quem não tem alma, para que seja o próprio pecador a encontrar dentro de si
a capacidade para o regresso. Estamos num ponto delicado, que mereceria ser
repensado profundamente, na base dos grandes documentos. Bastam algumas
passagens para dar a entender a intencionalidade profunda daquelas afirmações
de solidariedade com os pecadores de que, particularmente, os mártires se
tornarão expressão. “Concede-me,
antes de mais, ó Senhor – é a lindíssima oração de S. Ambrósio, no seu De
poenitentia – ser capaz de compartilhar com participação íntima a dor dos
pecadores. Esta de fato é a virtude mais alta… Cada vez
que se trata do pecado de alguém que caiu, concede-me experimentar compaixão e
não repreendê-lo arrogantemente, mas de gemer e de chorar de tal modo
que, enquanto choro sobre outro, eu chore sobre mim mesmo”. Esta atitude alimentou
profundamente toda a espiritualidade oriental. Dos documentos orientais não
bastaria citar só algumas passagens, mas seria necessário descrever aquele
comportamento de compaixão solidária que é certamente, como exemplo, uma das
almas da Filocalia. Comovente, entre muitas, a expressão de Simeão o Novo
Teólogo:“O
sacerdote considera os pecados dos outros como seus próprios pecados” - A citar esta passagem é
Evdokimov que se esforça por demonstrar como é daqui que a ortodoxia inteira
deduz o seu comportamento para com os afastados. “Será salvo aquele que salva os
outros”, refere o mesmo autor, citando Soloviev. E ainda (desta vez
citando Orígenes):“Um
só santo, com as suas orações, é mais forte na sua luta do que uma multidão de
pecadores” - A função dos santos,
portanto, é exactamente aquela de levar à salvação as multidões pecadoras.
Também G. Dossetti conclui com simplicidade:“A
oração pelos inimigos é a primeira coisa a que se deve dedicar um monge
cristão, é aquela que lhe obtém os frutos do Espírito, segundo Silvano de Monte
Athos” - Mas é sobretudo na
oblação dos mártires que a Igreja continua a encontrar o sentido da oblação da
vida, como no gesto que cumpre a plenitude da imitação de Cristo.Talvez o
teólogo que mais sublinhou o martírio como oferta de amor pela salvação dos
inimigos foi D. Barsotti. Também inspirando-nos na sua interpretação,
tratar-se-á de ver como o martírio se deve entender sobretudo como um dar a
vida pelos pecadores: porque eles sãos os inimigos por quem rezar.“O
inimigo é por definição aquele que põe obstáculos, atraiçoa, causa dano aos
outros. Nós devemos amar a sua alma… e amar o seu corpo” (Basílio).
O martírio não é só a cruz, é a cruz dada aos outros pelos
outros!
É o cumprimento daquela
original ideia cristã – sem paralelo nas outras religiões – que se exprime no
modelo daquele Jesus que se fez salvação dos homens, para tornar-nos por nossa
vez salvadores. Não é uma observação entre as muitas: é o próprio estatuto da
Igreja, é a missão que justifica a sua presença entre os homens.“Rezai
sem cessar também por todos os outros homens. Também para eles há esperança de
conversão e de união a Deus… À sua ira, a vossa mansidão; à sua presunção, a
vossa humildade; às suas blasfémias, as vossas orações; ao seu erro, a vossa
firmeza na fé; à sua ferocidade, a vossa doçura que evita pagar o mal com o
mal. Pela nossa bondade mostremo-nos seus irmãos…” Assim escreve Inácio aos Efésios, mostrando a razão da sua
própria atitude martirial. Ele escreve a Policarpo:“Como
atleta perfeito leva o peso das enfermidades de todos… Se amas só os bons
discípulos, não tens mérito algum… Eu ofereço em expiação por ti a minha vida e
as minhas cadeias”.
Aos cristãos de Tralle:
“A
minha vida é oferecida em sacrifício por vós, não só agora, mas também quando
tiver alcançado a Deus”.
Ainda aos Efésios:
“Ofereço
a minha vida em sacrifício por vós”.
O martírio como amor aos inimigos é também o tema em
Policarpo - “cordeiro
insigne… escolhido de um grande rebanho para a oferta, holocausto agradável” - Como vem definido nas atas do seu martírio: “É
conforme uma verdadeira e sólida caridade não procurar só a própria salvação,
mas a salvação de todos os irmãos… Rezai por todos os crentes, rezai também
pelos reis e autoridades e príncipes, por aqueles que vos perseguem e vos
odeiam… e pelos inimigos da cruz”.
S. Frutuoso, caminhando para o martírio, manifesta a mais
ampla consciência do valor da sua oblação:
“Devo
levar no coração toda a Igreja Católica, para que se estenda do oriente ao
ocidente”.
Para S. Blandina e os
mártires de Lião, o martírio é a continuação da luta de Cristo com o mal e é
também a assunção dos sofrimentos dos outros para restituí-los a Deus como
oferta.Na Lettera a Diogneto encontramos reafirmada a convicção de
que é pela intercessão dos santos que o mundo é salvo:“É
por eles que o mundo subsiste”.Daqui uma “regra” para quem deve reproduzir nas suas ações
a oblatividade de Jesus:“Amando
a Cristo, tornar-me-ei imitador da sua bondade. Não te admires de que um homem
possa tornar-se imitador de Deus: pode sê-lo, porque o próprio Deus o quer…
Quem toma sobre si a carga do próximo… este é o imitador de Deus”.De novo Orígenes, muito fértil neste aspecto da doutrina:“Nosso
Senhor assume os pecados dos cristãos junto com os seus filhos, os apóstolos e
os mártires… Os mártires, que foram imolados… estão junto ao altar. Quem está
no altar exercita as funções sacerdotais. Elas consistem na oração de
intercessão pelos pecados do povo”. Apoc
6,9-11:
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da
palavra de Deus e por amor do
testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso
sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas
vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que
também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de
ser mortos como eles foram.” - Para Clemente de
Alexandria – sintetiza Evdokimov – o baptizado leva também os estigmas das
preocupações sacerdotais de Cristo, também ele desce aos infernos para
arrastar, na sua subida, todos os escravos da morte. Move-o:“a
compaixão pelos pecados dos seus irmãos; reza pela confissão e conversão dos
seus próximos: deseja tornar participantes dos seus bens os seus amigos”.Mas, sempre para Clemente, é sobretudo o mártir que cumpre
em si esta missão:“Chamaremos
ao martírio perfeição (teleiotes) não porque seja o termo da vida do homem
(telos) mas porque testemunha a perfeição da caridade”. É ele que refere l’agraphon:“Se
o próximo do eleito pecou, então pecou também o eleito”. Cipriano: “Agora a paz é necessária não para
os fracos, mas para os fortes; a comunhão deve ser concedida não aos
moribundos, mas aos vivos, de modo que aqueles que excitam e exortam ao combate
não fiquem por nossa culpa privados das armas e desprotegidos, mas sejam por
nosso meio protegidos pelo corpo e sangue de Cristo… De outro modo, como torná-los capazes de beber na taça do martírio se
não os admitirmos primeiro a beber na Igreja na taça do Senhor?”.Eis porque, para
Cipriano, os mártires são advogados, paráclitos para o mundo inteiro. E S.
Agostinho:“Também
nós, irmãos, se verdadeiramente amamos, imitamos. Não poderemos de facto trocar
um fruto mais excelente do nosso amor do que aquele que consiste na
imitação de Cristo… Os santos mártires
seguiram-no até ao derramamento do sangue, até a assemelharem-se a Ele na
paixão”. - “Tudo
o que sofres da parte daqueles que estão entre os membros de Cristo é aquilo
que faltava aos sofrimentos de Cristo. Portanto, vem acrescentado porque
faltava”. Talvez, sem nos
apercebermos, dos testemunhos tenhamos passado à doutrina. É preciso voltar ao
exemplo dos mártires, aqueles que têm o direito de ensinar com outra voz
diferente da dos doutores; mesmo se os doutores da Igreja, muitas vezes, leram
a doutrina exatamente a partir do exemplo dos mártires. É ligado a S. Ambrósio
– mesmo se de modo mais complexo de quanto seja aqui possível recordar – aquele
S. Vigílio que, recordando a paixão dos mártires do Vale de Non, os descreveu
como os não-violentos, oferecidos pela salvação dos seus próprios inimigos:“Da
parte dos santos foi aplicada a única forma perfeita de combate: tudo suportar,
se provocados ceder, sofrer com paciência, travar o furor público com a própria
mansidão, vencer sucumbindo”.Tanto mais meritório é este testemunho quanto quem o
escreve ter-se-ia tornado ele mesmo, dali a pouco, mártir!A tradição oriental é
talvez ainda mais explícita, a este respeito, como já se acenou. Extraordinário
aquilo que essa tradição conta do mártir Panteleimon que, antes da decapitação,
reza pelo perdão dos pecados próprios e depois pelos dos carnífices. É
então que uma voz do Céu declara: O teu nome não é Pantaleão, mas Panteleimon,
aquele que tem piedade de todos. É um protótipo, é um emblema: se
também certas actas dos mártires parecem desenrolar-se como um desafio orgulhoso
entre carnífice e vítima, mais frequentemente a vítima recorda-se de
Jesus Cristo, imita-o na morte perdoando, como Estêvão. “Vós
tendes-me ódio de morte – diz S. Josafá protector da Ucrânia – mas eu
transporto-vos no coração e ficaria contente por morrer por vós”: é um dos
testemunhos mais indicativos, colocado como está entre a Igreja latina e a
oriental, testemunho das duas tradições.
Já tinha ensinado Cabasilas que o amor é o verdadeiro
sacrifício:
“aquele de que os mártires
cristãos, de uma vez por todas, levaram os estigmas impressos na sua carne”. E
é mesmo “sacrifício de amor unitivo”, segundo o grande místico, esta oferta que
vale não tanto pela intensidade dos sofrimentos, como se a cruz tivesse valor
exatamente porque é tormento: vale pela densidade do amor. “Damos a vida por aqueles que devem ser edificados pelo nosso
martírio”. É isto mesmo que não
permitirá ligar mais tão intimamente a oferta da vida pelos outros ao facto de
suportar fisicamente a pena capital. É sempre necessário, para o cristão, dar a
própria vida para tornar completa a salvação: mas não é
preciso, para isso, um acontecimento processual.
OS TIPOS DE MARTÍRIOS
“Como
muitas são as perseguições, assim são muitos os géneros de martírio… Só Deus
sabe quantos sofrem todos os dias o martírio em silêncio!”
É esta uma doutrina muito querida ao santo bispo de Milão:
“Tomemos bem conta de que não são perseguidores somente aqueles que
se vêem, mas também aqueles que não se vêem; e são muito mais numerosos… não
somente de fora, mas também de dentro das almas de cada um. Desta
perseguição foi dito: todos os que querem viver piedosamente em Cristo serão
perseguidos (2Tim. 3, 12). Todos,
disse, sem exceção. De fato quem pode ser dispensado, quando o próprio Senhor
suportou os tormentos da perseguição?”Coisas muito parecidas
escreve S. Agostinho, enquanto começava a firmar-se a convicção de que nem só
os mártires merecem entrar no álbum dos santos.Também para S. Leão Magno:“a
ninguém é negada a vitória da cruz”. ”Também vós, se o quiserdes, sofrendo
perseguição por Cristo, exatamente como os mártires, sereis mártires todos os
dias… Como? Se também vós lutardes contra os demónios perniciosos, se vos levantardes contra o pecado e contra a vossa vontade.
Se lutardes, também vós sereis mártires”.Este morrer todos os
dias tem o poder de intercessão como o do martírio de sangue e constitui uma verdadeira “confissão”, pelo que é confessor – em certo sentido equivalente
ao mártir, até no título com que vem designado cristãmente – aquele que se opõe
ao poder do mundo.Recorde-se
que os lapsi podiam ir ter com os confessores nos seus cárceres para se fazerem
dar o libellum que os readmitia imediatamente na comunhão eclesiástica, negada
doutro modo.Não se poderia dar uma
prova mais evidente do crédito que, junto da primitiva Igreja, tinha a
intercessão de quem rezava em nome do próprio ser participante da paixão de
Cristo. E aqueles que, tendo testemunhado em tribunal a sua fé, escapavam
depois à morte, obtinham por direito um lugar entre os presbíteros durante a ação
eucarística, mesmo se não encarregados de pronunciar a fórmula consacratória:
outro modo para indicar, mesmo plasticamente, o respeito eclesial por esta
sacerdotalidade martirial que, agora sabemos, compete a todos.
Referimos inteiramente a passagem sobre que tanto se
discutiu e ainda se continua a discutir:
“Se
um confessor foi preso pelo nome do Senhor, não lhe serão impostas as mãos para
o diaconado ou o presbiterado, porque ele possui a honra do presbiterado por
causa da sua confissão. Mas se vier a ser constituído bispo então se deverão
impor as mãos”. - Não faltaram aqueles
que – como Evdokimov – pensaram interpretar o texto no sentido literal de um
presbiterado conseguido por direito com a confissão martirial.Não é preciso
mais para saber que valor insubstituível tem aquela reparação que – enquanto
oferta da vida pela redenção do mundo – é portanto constitutiva do ser cristão.A
reparação, ao menos como foi ensinada em Paray-le-Monial, tem condições
próprias, a respeito da oferta sacrificial da vida, comum a todos os crentes. De fato,
como se terá ocasião de dizer a seu tempo, ela comporta uma particular
sensibilidade à dor de Cristo, ao ponto de ser antes de tudo solidariedade com
Jesus e com a sua tristeza mortal diante do pecado. Mas, por de baixo
destas conotações específicas, fica a substância de sempre: importa dar a vida
pela salvação do mundo, no único modo que isso pode ser realizado, isto é, como
participação na paixão do Senhor. As conotações específicas não devem fazer
perder de vista o que permanece de qualquer modo a substância oblativa.De resto,
é difícil não ler no sentido mais “nosso” – e ao mesmo tempo dentro da grande
tradição cristã de sempre – aquilo que reza S. Catarina:“Ó
doce Jesus, juntamente manifestas sede e pedes que te seja dado de beber…
aquele que ama pede para ser amado! A alma dá de beber ao seu Criador quando
lhe dá amor por amor. Mas não lho pode dar mediante um serviço a fazer-lhe a
Ele, mas mediante o próximo”.E parece a descrição de
alguém que tenha recebido, como seu, o Coração de Cristo aquela esplêndida
intercessão que se conta de S. Paissio:“Paissio
rezava por um seu discípulo que tinha renegado a
Cristo. O Senhor apareceu-lhe e disse: E não tens em conta que me
renegou? Mas o santo continuava a ter piedade e a rezar mais intensamente por
aquele discípulo. Então o Senhor disse-lhe: Paissio, tu tornaste-te semelhante
a mim com o teu amor”.
O instinto cristão conhece bem que a co-redenção com que
nós completamos quanto falta aos sofrimentos de Cristo:
Não é questão de
quantidade, não é como um preço a pagar para a equiparação das faltas com que
se subtraiu honra ao nosso Deus. É só questão de amor. Até
um protestante como Bonhoeffer – claramente inclinado, exactamente porque é
protestante, para uma espécie de substituição vicária na pena a suportar no
lugar do pecador – resgata amplamente o possível equívoco, ele que acabará
mártir, consciente que “cada vida humana é por essência uma vida vicariamente
responsável”.Ele sabe que a questão, em definitivo, é só questão de
amor, questão de coração:“Substituição e, portanto,
responsabilidade são possíveis somente mediante o dom total da própria vida ao
próximo. Somente quem não pensa em si vive responsavelmente, ou seja vive… A responsabilidade,
entendida como vida e ação vicária, é essencialmente uma relação de pessoa a
pessoa… O justo sofre por causa do mundo, o injusto não… Em certo sentido, ele
transporta o sensorium Dei [nós diríamos: o coração de Deus] no mundo: por isso
sofre do mesmo modo que Deus sofre por causa do mundo… A resposta do justo ao sofrimento que o mundo lhe
traz é bênção. Esta foi a resposta de Deus ao mundo… Deus não paga com a mesma
medida, e assim deve fazer também o justo. Não
condenar, não repreender, mas abençoar… O mundo vive da bênção de Deus e do
justo”.
Em Resistência e rendição repete:
“O homem é chamado a partilhar o
sofrimento de Deus sofrendo em relação ao mundo sem Deus… Esta é a metànoia:
não pensar antes de mais nas suas próprias tribulações, nos próprios problemas,
nos próprios pecados, nas próprias angústias, mas deixar-se arrastar com Jesus
Cristo pelo seu caminho no acontecimento messiânico constituído pelo facto de
que Is 53 se cumpre agora!” - Como se vê, os temas da
participação na dor de Deus, e até da consolação a Deus, são aqui repetidos de
maneira não muito diferente de quanto pertence à nossa vocação.Mas não é esta possível
simultaneidade que aqui convém apreender. Antes ainda – em fidelidade a um
carisma que é objectivo e comprometedor, até tornar-se ministério, até dar
razão das estruturas operativas da nossa vida – é preciso repetir a importância
do dom da vida pelos irmãos - “O exército espiritual dos crentes,
que leva por diante o combate através do jejum e da oração; o duelo silencioso
de um homem solitário que luta contra o mal e contra a morte; a coragem de um
eremita que atrai sobre si os espíritos maus para libertar os seus irmãos; os
cristãos que entoam no coração deste mundo o cântico da fornalha ardente!
O mais humilde gesto de penitência e o exorcismo balbuciante de uma oração: eis o
que conta antes de mais na gigantesca tensão entre o mundo decaído e o mundo
que vem, eis o grande trabalho” (O. Clémont).
CONCLUSÃO
É verdade que o mundo
mudou muito. No entanto, o Senhor Jesus continua a nos chamar, e nossa resposta
se dá através da fidelidade criativa manifestada nas pequenas histórias
quotidianas. É nos pequenos acontecimentos que manifestamos nosso amor por
Jesus, ao próximo, e ao exemplo de seus santos. É nos pequenos acontecimentos
que descobrirmos e louvamos a Deus por sua ação no reverso da história, no
simples e inoperante, na pequenez e no silêncio de tantas vidas ocultas e
insignificantes aos olhos do mundo, mas que fazem coisas extraordinárias. Gente
simples, fazendo coisas pequenas, em lugares pouco importantes, consegue
mudanças extraordinárias, assim como gostas de água que vão formando os grandes
oceanos. Uma das características do cristão é o viver o heroísmo. Não, é claro,
o heroísmo das armas que destroem e matam. O verdadeiro Cristão não é
chamado a matar, mas como Cristo, a dar sua vida em favor dos outros. O
heroísmo cristão é o heroísmo da misericórdia. O cristão descobre e vive novas
relações com Deus, com os irmãos e irmãs, com a natureza criada, objetivando o
bem comum. Por isso, questione-se quanto ao que Jesus faria, em cada situação,
pergunte a si mesmo: “O que Jesus faria nesta situação? ”. Quando você
não souber o que fazer, reze: “Espírito Santo, iluminai-me! Dai-me sabedoria! Vinde!
Mostrai-me o que Jesus faria no meu lugar, neste momento, nesta circunstância”.
Sabemos
em quem colocamos a nossa confiança (cf. 2Tm 1,12). Porém, sabemos que isso não
nos isenta do sofrimento, pois Jesus mesmo disse que, no mundo, haveríamos de
ter aflições. (Jo 16,33). No entanto, o sofrimento vivido com Deus não
leva ao desespero. A pessoa, mesmo enfrentando dificuldades, sente paz e
suporta tudo, porque não está sozinha. Ela é sustentada pela força de Deus. O problema é que, em nossos dias, até mesmo a palavra renúncia causa repugnância. Atualmente, as pessoas estão buscando a felicidade a qualquer custo. Há quem diga que estamos na era da busca da felicidade. Ora, é correto e salutar buscar a felicidade. O problema está no caminho que escolhemos para conquista-la. Se buscamos a felicidade percorrendo o caminho do amor, não há como excluir sacrifícios. Por isso, somos sempre convidados a olhar mais longe (cf. Jo 12,25). É preciso ter fé a todo momento, porém principalmente, nos momentos de grandes dores. Na hora em que nos sentimos prostrados, é que precisamos ainda mais nos agarrar a Jesus Cristo e, desse modo, imitar Jesus Cristo.
ORAÇÃO PEDINDO A TEMPERA DOS MÁRTIRES (PARA USO PRIVADO):
Ó gloriosos Santos Mártires, vós que fostes tão corajosos em viver como um verdadeiro cristão num meio tão adverso à fé, alcançai-nos de
Deus, por Jesus Cristo, a graça de uma fé ardente, corajosa, misericordiosa e
destemida como a vossa, para que, mesmo nas adversidades da vida, possamos dar
testemunho de nosso batismo por atos concretos da fé por nós abraçada. Dai-nos o ardor
que preencheu vossos corações no desejo de converter para Cristo todos os
povos e nações. Dai-nos o alento para que possamos concretizar o auxílio ao
próximo em palavras de vida e esperança! Vós que não temestes as ameaças e torturas dos
poderosos, alcançai-nos do Espírito Santo os dons da fortaleza e da temperança
para resistirmos ao mal. Suplicai a Jesus também, o dom da sabedoria para difundirmos o
bem. Fazei de nós fiéis cristãos destemidos e verdadeiros soldados do grande e
único Rei verdadeiro, Jesus Cristo. Vós que sofrestes com perseverante alegria os
sofrimentos da injusta, do desprezo, calúnia e perseguição, olhai para as pessoas que, em qualquer
parte do mundo, padecem injustiças, que são perseguidos e impedidos
de viver sua fé. Obtende para nós fortaleza e amor, abrindo nosso coração a
sermos pessoas verdadeiramente consagradas a Jesus Cristo. Vós que fostes vítimas da violência, olhai por nosso mundo tão violento e
cruel, muitas vezes sofrendo pelo medo diante da iniquidade que cresce. Valei-nos
nos momentos de medo, angústia e dor, livrai a nós, nossas famílias e nossas
casas dos males do corpo e da alma, e quando formos atingidos por eles que possamos suportar de forma Cristã.Obtende de Deus a conversão dos pecadores mais empedernidos, a começar pelos de nossa casa e os mais próximos a nós. Que o Espírito Santo possa fortalecer nossas virtudes e carismas e, assim,
possamos, como vós, tornarmo-nos luz para este mundo, principalmente
em meio às trevas. Que saibamos superar Cristamente todo ódio, preconceito, doenças e a violência das guerra; que possamos testemunhar diante da indiferença, ganância, vaidade e da corrupção; principalmente nos momentos de desunião,desamor e falta de fé. Pedimos santos mártires, que nos animeis com o mesmo
espírito que voz fizeram tão fortes, leias e destemidos. Dai-nos os dons do mesmo Espírito Santo que habitou em vós para nos colocarmos a serviço dos irmãos, fazendo-nos soldados destemidos no amor à santa igreja!
Ó Deus, na vossa incansável misericórdia, escutai a nossa oração não permitindo
que nos domine o poder das trevas, mas abri os nossos olhos à luz do Espírito
Santo, para que amemos cada vez mais a Cristo, vosso filho, com renovado impulso,
reconhecendo-o presente nos nossos irmãos como o fizeram vossos santos mártires. Protegei,
com a vossa poderosa intercessão, os filhos desta Terra de Santa Cruz. Livrai-nos de toda epidemia corporal, moral e espiritual. Fazei que se
convertam aqueles que, por querer ou sem querer,são instrumentos de
infelicidade e perdição para os outros. Animai para que o justo persevere na sua fé, e propague o
amor de Deus, até o triunfo final. Santos mártires, rogai por nós sem cessar. Alcançai para nossa
pátria e nossa cidade o dom da Paz, assisti nossos governantes, autoridades constituídas, e os militares nas arriscadas funções que desempenham, e olhai pelo povo que se confia a vossa
defesa. Por fim santos mártires, socorrei-nos em nossas fraquezas e necessidades mais urgentes, as quais nem sabemos,rogando por nós junto
a Deus. Por Cristo nosso Senhor, na unidade
do Espírito Santo, Amém!
ORAÇÃO PELO SANTO PADRE, O PAPA, SUCESSOR DE PEDRO E PASTOR UNIVERSAL DA "IGREJA VISÍVEL"
Oremos pelo nosso Santo padre, o Papa, sucessor de Pedro na Igreja Visível de Cristo (conf. Mateus
16,18). Que o Senhor lhe conceda e o sustente sempre com a sua graça, confirme
os irmãos, e para que ele possa assistir como Pastor das ovelhas que Deus lhes
confiou, e que a ele se submetem, não faltando ao Pastor a obediência do
rebanho nem ao rebanho o cuidado do Pastor!
Em
Latim:
Oremus...Deus, ómnium fidélium pastor et rector, fámulum tuum N.N., quem pastórem
Ecclésiae tuae praeésse voluísti, propítius réspice: da ei, quaésumus, verbo et
exémplo, quibus praeest, profícere; ut ad vitam, una cum grege sibi crédito,
pervéniat sempitérnam. Per Dominum nostrum Jesum Christum. Ámen.
Oremos... Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai cheio de bondade para o vosso
servo, o Papa (Nome), a quem quisestes colocar à frente da vossa Igreja como
pastor. Concedei-lhe, Vos pedimos, a graça de fazer, por suas palavras e por
seu exemplo, com que progridam na virtude aqueles de quem é chefe, e chegue,
com o rebanho que lhe foi confiado, à vida eterna! Por Nosso Senhor Jesus
Cristo. Amém.
REFERÊNCIAS:
1 Comissão Teológica
Internacional, A reconciliação e a penitência, in “Il Regno” (1984), 3, p. 74.
2 L’ora di lettura
commentata dai padri, IV, EDB, Bologna 1976, p. 618.
3 Justino, Dialogo com
Trifone 39, PG 6, 560.
4 Orígenes, Omelie su
Giosuè figlio di Nun 9, 1-2, SC 71, 244-246; o texto é referido em CONFERÊNCIA
EPISCOPAL ITALIANA, Liturgia delle ore, IV, p. 1497-1498.
5 Clemente Romano,
Prima Lettera ai Corinzi 2, in I padri apostolici, Città nuova, Roma 1966, p.
48.
6 Leão Magno, Discorsi
92, 1.2.3, PL 54, 454-455; o texto é referido em CONFERÊNCIA EPISCOPAL
ITALIANA, Liturgia delle ore, IV, p. 527-528.
7 Gregório de Nazianzo,
Discorsi 39, 20, PG 36, 359; o texto é referido em CONFERÊNCIA EPISCOPAL
ITALIANA, Liturgia delle ore, I, p. 615.
8 Cf. P. Evdokimov,
Cristo nel pensiero russo, Cittá nuova, Roma 1972, p. 122.
9
G. Dossetti, Testimonianza di un monaco, in “Il Regno” (1986), 19, p. 590.
10
Cf. D. Barsotti, La dottrina dell’amore nei Padri della chiesa fino a Ireneo,
Vita e pensiero, Milano 1963.
11 Inácio de Antioquia,
Lettera agli Efesini, X, PG 5, 653.
12 Inácio de Antioquia,
Lettera a Policarpo, II, PG 5, 720-721.
13 Inácio de Antioquia,
Lettera ai Tallesi, XIII, PG 5, 685.
14 Policarpo, Lettera
ai Filipesi, XII, PG 5, 1015-1016.
15 Atti dei
martiri,Paoline, Roma 1985, p. 475.
16 L’ora di lettura,
VII, p. 326-328.
17 Orígenes, Omelie sui
Nm 10,2, SC 29, pp. 193-194.
18 Clemente de
Alexandria, Stromati, VII, 12, 80,1, PG 9, 512.
19 Clemente de
Alexandria, Stromati, VII, 13, 82,1,PG 9, 513.
20 Cipriano,
FONTES DE CONSULTAS:
-https://cleofas.com.br/a-ultima-provacao-da-igreja/
-https://cleofas.com.br/como-sera-a-grande-provacao-da-igreja/
-https://www.dehonianos.org/portal/a-oferta-de-si-mesmo-pelos-pecadores-na-tradicao-da-igreja0/
-https://www.dehonianos.org/portal/a-oferta-de-si-mesmo-pelos-pecadores-na-tradicao-da-igreja0/
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